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PLANOS DE EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA DO CASAMENTO EFEITOS DO CASAMENTO

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PLANOS DE EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA DO CASAMENTO. EFEITOS DO CASAMENTO
A Escada Ponteana (criada pelo grande jurista Pontes de Miranda) analisa os elementos do negócio jurídico através de 03 planos: Plano da Existência, Plano da Validade e Plano da Eficácia.
PLANO DE EXISTÊNCIA. - Plano do ser, nele ingressam todos os fatos jurídicos, sejam lícitos, sejam ilícitos. - Concernente à estruturação do casamento, de acordo com a presença de elementos básicos, fundamentais, para que possa ser admitido, considerado. 
PLANO DE VALIDADE. - Diz respeito à aptidão do casamento frente aos elementos exigidos pelo ordenamento jurídico para a sua admissibilidade. 
PLANO DE EFICÁCIA. - Tendo pertinência com a possibilidade automática do casamento produzir, desde logo, efeitos jurídicos.
 (
PLANO DE EXISTÊNCIA
)
Existe a necessidade de elementos estruturantes para que o casamento seja considerado na esfera jurídica. Para existir o casamento é necessário que haja a manifestação de vontade das partes. 
Frustrados os elementos de existência, o casamento NÃO EXISTE na órbita jurídica, não podendo produzir, por conseguinte, qualquer efeito jurídico. É um nada jurídico. É necessária também a celebração do matrimônio com a presença de autoridade.
Existe uma dificuldade de diferenciar o plano de existência do plano de eficácia. 
Impossibilidade de reconhecer invalidades sem expressa cominação legal. 
Sendo inexistente, o casamento não produz qualquer efeito. 
Elementos Existenciais do Casamento (Pressupostos): 
Art. 1.535 e 1.536 CC - Existência de consentimento dos nubentes (manifestação de vontade) 
 (
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar 
por livre e espontânea vontade
, declarará efetuado o casamento, nestes termos:
 
"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
)
A falta de Autoridade é diferente de Incompetência da Autoridade. 
 (
PLANO DE VALIDADE
)
Verificada a existência, passamos à análise da validade do negócio. Aqui, os substantivos destacados no plano anterior serão adjetivados.
O plano de validade estipula a nulidade ou a anulabilidade do casamento. Desse modo, a validade do casamento trata da adequação ou conformidade daquele matrimônio.
No plano da validade, verificam-se elementos necessários a adequação de um negócio ao que determina o ordenamento jurídico. Um negócio será válido quando revestir-se dos requisitos legais.
- Nulidade: atenta contra interesses de ordem pública, cuja proteção diz respeito à coletividade, decorrendo da necessidade de pacificação social. 
 (
Nulo – Não se convalida (vicio insanável)
Anulável – Pode ser sanado
)- Anulabilidade: é vício menos grave, comprometendo interesses particulares.
Casamento Nulo – Art. 1.521 CC – Impedimentos.
Casamento Anulável – Art. 1.550 CC – Causas de Anulação do Casamento.
* Atenção à Lei 13.811/2019: extinguiu o casamento dos menores de 16, mas não revogou o Inciso I, do Art. 1.550. Casamento dos menores de 16 é anulável? *
Casamento Irregular – Art. 1.523 CC – Causas Suspensivas do Casamento (Plano de Eficácia).
CAUSAS IMPEDITIVAS DO MATRIMÔNIO
 (
Art. 1.521. Não podem casar: 
I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II – os afins em linha reta; 
III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 
IV – os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V – o adotado com o filho do adotante; 
VI – as pessoas casadas; 
VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
)Com os impedimentos, objetiva a lei compatibilizar o casamento com valores cultivados pela espécie humana, alguns deles desde a pré-história, como a proibição do incesto. 
 (
Casamento nulo
)	
Está previsto no art. 1.548 do CC. 
O Estatuto da Pessoa com Deficiência revogou o Inciso I, do Art. 1.548 CC e inseriu § 2º no Art. 1.550.
“é nulo o casamento contraído pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil”
§ 2o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
 (
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído: 
I – revogado. 
II – por infringência de impedimento. 
)
O inciso I foi revogado em 2015 pela Lei n. 13.146/2015. No inciso II, o legislador fez referência aos impedimentos matrimoniais que estão previstos no art. 1.521 do CC.
São situações insanáveis e graves, em que a lei prevê a nulidade do casamento. Nesses casos, a sentença de nulidade produz efeitos ex tunc (EFEITOS RETROATIVOS) fazendo com que o casamento nulo tenha todos os seus efeitos apagados. 
EFEITOS JURÍDICOS DA NULIDADE:
 - Art. 1.549 CC: diferente do regime geral das nulidades, o Juiz não pode declarar de ofício a nulidade do casamento. 
- Ação Declaratória de Nulidade: imprescritível e com efeitos retroativos (ex tunc).
 - Art. 1.563 CC: a retroatividade salvaguarda o terceiro de boa-fé.
 (
Casamento anulável
)
 (
Art. 1.550. É anulável o casamento: 
I – de quem não completou a idade mínima para casar; 
II – do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; 
III – por vício da vontade (COAÇÃO MORAL), nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; 
IV – do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; 
V – realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; 
VI – 
por incompetência (RELATIVA) da autoridade celebrante
. 
§ 1º Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. § 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
)Está previsto no art. 1.550 do CC. 
Inciso III: Vício de vontade não se confunde com ausência de consentimento.
• Vontade tem de ser livre e de boa-fé. 
 (
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
)
• A Lei nesse caso não trata do Dolo, considerando como vício de vontade aplicável ao casamento apenas o Erro Essencial e a Coação.
• Erro Essencial: deverá ser de tal monta que torne insuportável a convivência. Art. 1.557 CC. (
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;  
)
	• Coação: Art. 1.558 CC
 (
Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares.
)
Prazo para a Anulação do Casamento: 
- Art. 1.560 CC: prazo decadencial posto que incidente no direito potestativo com prazo de exercício.
 (
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
IV - quatro anos,se houver coação.
) (
Art. 1.550. É anulável o casamento: 
I – de quem não completou a idade mínima para casar; 
II – do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; 
III – por vício da vontade (COAÇÃO MORAL), nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; 
IV – do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; 
V – realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; 
VI – 
por incompetência (RELATIVA) da autoridade celebrante
. 
§ 1º Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. § 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
)As hipóteses de anulação estão no Art. 1.550 e o prazo está no 1560.
Quanto a legitimação para a anulação:
 (
Art. 1.552. A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos será requerida:
I - pelo próprio cônjuge menor;
II - por seus representantes legais;
III - por seus ascendentes.
Art. 1.559. Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício, valida o ato, ressalvadas as hipóteses dos incisos III e IV do art. 1.557.
)
Efeitos Jurídicos do Casamento Anulável: 
- O casamento anulável pode ser convalidado. 
Natureza Jurídica da Sentença Anulatória do Casamento:
- Natureza desconstitutiva com efeitos ex tunc.(efeitos retroativos) - Retorna ao Estado Civil Solteiro.
Consequências Jurídicas da Anulação:
 (
CASAMENTO PUTATIVO 
) (
Art. 1.564. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorrerá:
I - na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente;
II - na obrigação de cumprir as promessas que lhe fez no contrato antenupcial.
) - Art. 1.564 CC. - Culpa??? Seria melhor o legislador referir apenas que o cônjuge que desse causa à invalidade poderia suportar, no caso concreto, tais efeitos sancionatórios.
Casamento que, contraído de boa-fé por um ou ambos os consortes, posto padeça de nulidade absoluta ou relativa, tem os seus efeitos jurídicos resguardados em favor do cônjuge inocente.
 (
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1 
o 
Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2 
o 
Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
)
É aquele em que um ou ambos os cônjuges desconhecem algum impedimento. Para o cônjuge de boa-fé, ele produz efeitos de casamento válido. Produz efeitos desde a celebração do casamento até a data da sentença anulatória, após a sentença, cessam todos os deveres que são resultantes do casamento.
 (
PLANO DA EFICÁCIA
)Os efeitos jurídicos estão dispostos nos parágrafos do Art. 1561. 
A capacidade do casamento, sendo ele existente e válido, de gerar efeitos.
Efeitos do Casamento:
 (
SOCIAIS
)
Projeção de consequências do casamento para terceiros. 
Efeitos Sociais: 
a) Comunhão de vida; 
b) Emancipação do cônjuge incapaz; 
c) Atribuição do estado de casado; 
d) Estabelecer a presunção de paternidade.
 (
PESSOAIS
)
Estabelecem uma série de direitos e deveres recíprocos entre os consortes. 
Efeitos Pessoais: 
a) Possibilidade de acréscimo do sobrenome do cônjuge (Art. 1.565, § 1º, CC); 
b) Fixação do domicílio conjugal (Art. 1.569, CC); 
c) Estabelecimento de direitos e deveres recíprocos (Art. 1.566, CC)
 (
PATRIMONIAIS
)
Impacto econômico
Efeitos Patrimoniais: 
- Regulamentação do estatuto patrimonial do casamento: regime de bens

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