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A LINGUAGEM E O DISCURSO JURÍDICO-AULA1NARRATIVA

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A LINGUAGEM E O DISCURSO
Juridicamente, em regra, é pela linguagem que ocorre a manifestação da vontade para que os atos jurídicos se promovam e as convenções ou os contratos se formalizem, validamente.
O importante no texto não é a sofisticação da linguagem, mas a clareza, a concisão, a correção, a qualidade dos argumentos apresentados, organizados mediante um raciocínio lógico e coerente, originados de uma seleção madura de fatos relevantes que compõem o caso concreto.
O excesso de termos jurídicos (conhecido como o juridiquês), técnicos, expressões latinas que não pertencem ao domínio comum, alguns usados equivocadamente ou com erros de grafia, termos específicos, alguns dos quais já são até ultrapassados, bloqueiam a compreensão e são mal vistos até no próprio meio jurídico.
Na Folha de SP, de 24.06.2003, a jornalista Heloísa Helvécia publica:
“Não há campo que use mais palavras desnecessárias que os das leis, na opinião do advogado Rui Fragoso, 47, da comissão de ensino da OAB-SP. Ele diz que o uso pernóstico do português é tão anacrônico quanto o anel de advocacia – embora o ensino de direito ainda não reflita mudanças. ‘O advogado de ve ser moderno e confiável. O jargão só inspira confiança nos incautos’. Fragoso afirma que a inda se verifica um excesso de expressões em latim e brocardos (...), quando a meta é clareza e concisão. ‘A pretensa erudição esconde a ausência de conhecimentos da língua e de argumentos. Sentença ou petição boa é aquela que o leigo entende’.
Entretanto
Simplificação da linguagem jurídica não é o mesmo que vulgarização dela, nem também quer dizer o desuso de termos técnicos necessários ao seu entendimento!
E ainda:
“É importante ressaltar que “escrever muito não significa escrever bem, porque a prolixidade é um defeito e não uma qualidade. Ser prolixo no mundo atual é estar desatualizado, é retroceder, é não buscar auditório, razão por que insistimos na necessidade de redigir textos claros, concisos e objetivos, enfatizando que a concisão e a clareza são as principais características da comunicação eficiente, tanto oral, quanto escrita.” 
NARRATIVAS ORAIS, P.9-17.
Fonte: ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA, 3ª EDIÇÃO, 2008, CAP. 1

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