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AULA 6 – 26.07.2021 O QUE É? - Processo de formação e/ou acúmulo de pigmentos, normal (ex.: melanina) ou patológica no organismo; - Há pigmentação exógena (pigmentos de origem externa) e pigmentação endógena (pigmentos produzidos pelo próprio organismo). PIGMENTAÇÃO EXÓGENA ANTRACOSE: - Acontece no pulmão, devido o acúmulo de sais de carbono advindos da inalação da poeira de carvão; - Não é patológica; - Pode atingir os linfonodos; - Acontece, normalmente, em indivíduos que vivem em ambientes com muita fuligem; - Depositam-se dentro dos macrófagos nos pulmões por fagocitose; - O excesso pode levar à inflamação, que leva à doença pulmonar. - A antracose não é uma doença, é a pigmentação. Para que uma doença seja desenvolvida, deve haver exposição diariamente e por muito tempo; - A pneumoconiose dos mineradores de carvão tem como primeiro sintoma a antracose, que não traz nenhuma modificação na função pulmonar, apenas a pigmentação. Se a exposição à poeira do carvão é prolongada e constante, leva à pneumoconiose simples, uma inflamação inespecífica que ativa macrófagos e formam-se nódulos fibróticos se houver persistência. Se continuar o contato crônico, há a progressão para uma pneumoconiose complicada, que é uma fibrose maciça e progressiva. 1. Antracose no pulmão / 2. Nódulo fibrótico ARGIRIA: - Por sais de prata; - Pode ser localizada ou generalizada; - A prata se deposita no tecido; - Pode estar relacionada à uma intoxicação. TATUAGEM: - Por sais de enxofre, mercúrio, ferro e entre outros corantes; - Por amálgama (contém prata) – material utilizado para obturação; - Os pigmentos da tatuagem são fagocitados pelos macrófagos que estão no tecido conjuntivo. CAROTENOSE: - É relacionada a uma ingestão excessiva de pigmentos vegetais; - Coloração amarela-pálida; - Depositam-se nas células da adrenal. Células de Kupfer e adipócitos; - Excesso do consumo de alimentos como cenoura, brócolis, manga, abóbora e outros ricos em beta caroteno podem causar carotenose. PIGMENTAÇÃO ENDÓGENA PIGMENTOS HEMOGLOBÍNICOS: - Produtos do metabolismo da hemoglobina; - A porção heme da hemoglobina é de extrema importância para a geração dos pigmentos, pois estes são gerados a partir do seu processamento; - O acúmulo pode acontecer pela excreção inadequada dos pigmentos ou produção exacerbada. 1. A enzima heme oxigenase converte a porção heme a biliverdina, um pigmento verde; 2. A biliverdina sofre ação da biliverdina redutase, que a converte em bilirrubina; 3. A bilirrubina se associa a proteínas plasmáticas (albumina) e é levada ao fígado, onde sofre metabolização, sendo conjugada ao ácido glucurônico; 4. A bilirrubina conjugada é solúvel, cai nos ductos biliares e migra para o intestino grosso; 5. No intestino grosso, sofre ação da microbiota e é convertida em urobilinogênio, que é excretado nas fezes como estercobilina. - Bilirrubina: o acúmulo da bilirrubina pode se dar por um defeito na ação do fígado que não metaboliza a bilirrubina adequadamente, ou pela grande quantidade de hemácias senescentes sendo degradadas ou por defeito na excreção pelos ductos biliares. O acúmulo de bilirrubina no sangue é chamado de hiperbilirrubinemia – um sinal de hiperbilirrubinemia é a icterícia (sinais clínicos: amarelamento na pele e nos olhos, palma das mãos, kernicteros “núcleo ictérico” – acúmulo de bilirrubina no tecido nervoso (medula espinhal e tecido cerebral), comum em recém-nascidos prematuros • Icterícia pré-hepática: acontece antes do processamento no fígado. Pode ocorrer no caso de doenças hemolíticas graves, piroplasmose, leptospirose, infecções por Streptococcus hemolíticos, por Clostridium spp., por Bacillus anthracis, intoxicações com ricina, saponinas, veneno de cobra, chumbo, ácido pirrólico e nitrobenzeno. Há hemólise excessiva. Os achados são aumento da bilirrubina e aumento da excreção de urobilinogênio. • Icterícia hepática: pode ser causada por lesões hepáticas que determinem diminuição da capacidade funcional dos hepatócitos (intoxicações, infecções, neoplasias). O mecanismo é que o fígado não processa a bilirrubina que chega, e, desta forma, prejudica a excreção. Os achados são acúmulo da bilirrubina conjugada e não-conjugada. • Icterícia pós-hepática: o problema está na capacidade de excretar a bilirrubina, em situações que obstruem a saída da bile do fígado. As causas podem ser parasitoses intestinais (ascaridíase, Thysanossoma actinoides), colelitíases, duodenite, compressões ductais (neoplasias, granulomas, abcessos, tecido conjuntivo na cirrose hepática). O mecanismo se dá pela redução do fluxo biliar – colestase. Principais achados são a bilirrubina conjugada no fígado e bilirrubina conjugada no plasma; • Hiperbilirrubinemia hereditária não conjugada: é relacionada a não entrada da bilirrubina dentro do hepatócito. Síndrome de Crigler-Najjar tipo 1 e tipo 2 e síndrome de Gilbert; • Hiperbilirrubinemia hereditária conjugada: a bilirrubina não consegue sair do hepatócito. Síndrome de Dubin-Johson e síndrome de Rotor; • Hiperbilirrubinemia neonatal: o bebê, geralmente prematuro, possui o acúmulo da bilirrubina porque o fígado não está maduro o suficiente para processar toda a bilirrubina conjugada. Redução do fluxo biliar – pós-hepática - Hematoidina: focos hemorrágicos após a degradação das hemácias. É o amarelado que fica depois de pancadas. É formada por uma mistura de lipídeos das células mortas e um pigmento semelhante a bilirrubina. Meningioma fibroblástico - Hemossiderose: é causada pelo excesso de hemossiderina. As causas podem ser o acúmulo de hemossiderina dentro das células devido os depósitos de ferro; pode ser localizada – focos de hemorragia ou generalizada – defeitos na absorção do ferro (esta pode ser adquirida ou genética, quando o indivíduo não produz a proteína transportadora de ferro ou está defeituoso). Hemocromatose hereditária – defeito congênito na absorção do ferro - Hemazoína: pigmento malárico e pigmento esquistossomótico. Os microrganismos cristalizam a porção heme, que forma a hemazoína. O pigmento malárico se deposita nas hemácias. No caso do esquistossomótico, o cistossoma regurgita o sangue e causa o acúmulo. Pigmento malárico Pigmento esquistossomótico MELANINA: - É produzida pelos melanócitos; - Pode estar alterada para mais ou para menos. - Na hiperpigmentação melânica, temos como exemplo as sardas (efélide) – locais onde os melanócitos produzem muita melanina –, nevos melanocíticos (sinais) – proliferação de melanócitos, podem ser considerados neoplasias benignas –, melanoma – câncer (neoplasia maligna), doença de Addison - há uma elevação do hormônio adrenocorticotrófico, o qual estimula a liberação do hormônio estimulador de melanócitos, que acaba provocando a produção de melanócitos em locais que, geralmente, o indivíduo não teria, como na gengiva, e o melasma que é associado a alterações hormonais (muito comum em puérperas); - Na hipopigmentação melânica, temos como exemplo o albinismo, onde não há produção de melanina, o vitiligo que é uma reação autoimune onde os melanócitos vão sendo destruídos, o piebaldismo que é um tipo albinismo localizado, onde há a falta de produção de melanina numa só região, o contato com algumas toxinas também pode lesionar os nervos melânicos da pele que param a produção de melanina naquele local em que houve o contato e a hanseníase devido às cicatrizes. ÁCIDO HOMOGENTÍSICO (OCRONOSE): - Ocorre quando há a deficiência da enzima ácido homogentísico 1,2-dioxigenase e, assim, o ácido homogentísico não é metabolizado e acumula-se; - É uma doença de cunho genético. LIPOFUSCINA: - É a coloração arroxeada observada em corpos residuais (acúmulo de materiais velhos); - Pode ser utilizadacomo marcador para células velhas.
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