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EPIDEMIOLOGIA DOS AGRAVOS RELACIONADOS ÀS CAUSASA EXTERNAS

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POLÍTICAS PÚBLICAS, EPIDEMIOLOGIA E INDICADORES EM SAÚDE 1	quinta-feira, 9 de setembro de 2021
EPIDEMIOLOGIA DOS AGRAVOS RELACIONADOS ÀS CAUSASA EXTERNAS
Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostrou que, em 2019, 30,4% dos homicídios contra mulheres ocorreram dentro de casa, a proporção para os homens foi de 11,2%. As mulheres negras e pardas foram as maiores vítimas de feminicídio. A pesquisa "Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil" mostrou que o atentado à vida dessas mulheres foi 34,8% maior que o de mulheres brancas dentro de casa; fora de casa foi 121,7% maior.
A pesquisa analisou o ano de 2019, pré-pandemia. Em 2020, o cenário foi ainda mais assustador. Com a pandemia e a imposição do lockdown para algumas regiões do Brasil, vítima e agressor passaram a conviver por um período maior. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) houve um aumento de 22% nos casos de feminicídios entre março e abril do ano passado, período da quarentena imposta no país.
• As condições de saúde de mais alto impacto na morbidade e mortalidade no Brasil hoje não podem, a rigor, serem classificadas como doenças ou enfermidades; trata-se de problemas de saúde que se referem a questões sociais do desenvolvimento e das relações humanas
• Agravo: qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocados por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou hetero infligidas.
• Cid 10: Lesões decorrentes de atos de violência e de acidentes estão agrupadas como causas externas também denominadas agravos.
• Violência: “o uso intencional de força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”
(OMS, 2002).
Modos de violência
• Violência dirigida contra si mesmo (auto infligidas): suicídio, ideação suicida, tentativa de suicídio e auto abuso.
• Violência interpessoal:
• Familiar: conhecido como “doméstica”, entre parceiros íntimos ou membros da mesma família
• Comunitária: ocorre no ambiente social entre conhecidos e desconhecidos.
• Violência coletiva: violência social, política e econômica. Atos violentos, políticos, como dominação de grupos ou um Estado.
Natureza da violência
• Física
• Sexual
• Psicológica
• Privação
• Negligência
Consequências
• Indivíduo: agravos de ordem física, psicológica, sexual e comportamental que impedem o pleno desenvolvimento e inserção social.
• Sociedade: custos financeiros, judiciário, legislativo, medo, mudanças culturais.
Segundo a OMS, mais de 1,6 milhão de pessoas perdem suas vidas anualmente em decorrências de algum tipo de violência. Sendo uma das principais causas de mortes entre indivíduos de 11 a 44 anos em todo mundo, chega a representar 14% das causas de morte entre homens e 7% dos óbitos entre mulheres nessa faixa etária (WHO, 2018).
Há que se ressaltar que as estatísticas de mortalidade desvendam apenas a ponta de um iceberg, já que a maior parte das vitimizações não leva à morte, embora deixem marcas, muitas vezes, irremediáveis.
Fontes de dados para a vigilância das violências/lesões
• SIM (Sistema de informação de mortalidade
• SIH (Sistema de informação Hospitalares)
• VIVA - Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) (2006)
• SINAN (a partir do segundo semestre de 2008 Sistema de notificação de agravos de Notificação)
• Delegacias de Polícia
• Mídia
• Outros....
Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA /2006)
Objetivos:
• Conhecer a magnitude do problema.
• Desenvolver de ações de prevenção
• Caracterizar o perfil das vítimas
• Caracterizar o perfil dos prováveis autores de violências.
• Identificar o perfil dos atendimentos
• Monitorar tendências dos atendimentos
• Atender a legislação vigente
• Formulação e implantação de políticas públicas
Notificação de Violência Interpessoal/ Autoprovocada – Portaria GM/MS no 1271/2014 e SINAN versão 5.0
• Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências.
• A análise das notificações de violências não é feita segundo a categoria da CID-10, mas sim por tipologia da violência, a saber: intrafamiliar/doméstica, extrafamiliar/comunitária, autoprovocada, institucional e segundo a natureza da violência: física, negligência/abandono, sexual, psicológica/moral, dentre outras.
• A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas após o atendimento, pelo meio mais rápido disponível.
Violência contra a mulher:
• As mulheres negras são as que tiveram mais notificação de violência em quase todos os ciclos da Vida, com exceção da faixa etária de 60 anos ou mais em que houve predomínio de notificação entre as mulheres brancas 52%.
• As mulheres adultas, com idade entre 20 e 59 anos, foram as que mais tiveram notificação de violência, com 98.200 notificações do total de 162.535 (60,4%) seguidas pelas adolescentes (30.989), crianças (25.449) e idosas (7.937)
O principal autor da violência:
• O principal autor da violência foi cônjuge/ex-cônjuge, namorado/ex-namorado com 33,8% dos casos notificados, seguido da própria pessoa 14,5%, amigos conhecidos 11,6%, pai padrasto 8% mãe e Madrasta 7,8%
• entre as crianças a principal autora foi a mãe/madrasta 30,5% seguido pelo pai/padrasto.
Papel do setor PÚBLICO no enfretamento dos agravos
Política Nacional de Promoção da Saúde- Portaria no 687
MS/GM, de 30 de março de 2006
➢Promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde com condicionantes determinantes do processo saúde-doença
➢Redução do uso abusivo de álcool e outras drogas,
➢ diminuição de lesões e mortes provocadas pelo trânsito
➢ redução da morbimortalidade por causas violentas
➢promoção da cultura e paz.
O que encontramos sobre a violência no Brasil??
• É um dos efeitos das iniquidades relativas ao pertencimento étnico-racial, de gênero e de classe
• Pessoas do sexo masculino, negras e pobres constituem-se no principal grupo de vítimas e de autores da violência comunitária.
• Pessoas do sexo feminino negras e pobres são as principais vítimas da violência doméstica. A violência sexual afeta as faixas etárias mais jovens.
• A violência física por parceiros íntimos, aponta o padrão da iniquidade de gênero entre regiões do país revelando o efeito da cultura patriarcal mais evidente nas regiões norte e nordeste em contraste com as demais regiões.
POLÍTICAS DE ENFRENTAMENTO DAS VIOLÊNCIAS NO BRASIL E ARTICULAÇÕES COM O SETOR SAÚDE
• Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (lei 8.069/1990)
• Estatuto do Idoso (lei 10.741/2003)
• Estatuto do Desarmamento (lei 10.826/2003)
• Lei 10.778/2003: obriga a notificação compulsória de violência contra mulher pelos serviços de saúde públicos e privados.
• Lei Maria da Penha 11.340, de 7 de agosto de 2006
• Lei 13.104/2015: inclui feminicídio no rol de crimes hediondos.
• Código de Trânsito Brasileiro
• Política Nacional de Trânsito
• Lei N° 11.705 de 19/06/2008: A "Lei Seca" Chamada Lei Seca
• Estatuto do Desarmamento
• Entre outras, inclusive regionais.

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