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Dificuldade de Aprendizagem e Transtornos

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Aula 5: Dificuldade de aprendizagem – Unidade 2
Dificuldade de aprendizagem
O universo escolar e o processo educativo têm como um de seus objetivos a aprendizagem, tanto de conteúdos como de comportamentos. Nesse processo, a aprendizagem é influenciada por fatores referentes a quem ensina e a quem aprende, porque a educação é uma relação de ensino-aprendizagem. A aprendizagem envolverá fatores individuais, tais como:
Aspectos cognitivos: memória, atenção, pensamento, percepção e linguagem.
Emocionais: auto-estima e autoconfiança.
Físicos: visão, audição e psicomotricidade.
Sociais: capacidade de estabelecer relacionamentos. 
Assim como aspectos relacionais que concernem à relação com o professor e com os demais alunos, aspectos da matéria a ser aprendida e da metodologia de ensino.
No processo de aprendizagem, a informação é captada (input), processada e emitida (output).
	
A informação recebida é organizada e integrada para ser armazenada e, depois, recuperada. Nesse processo, a informação, processada de forma única pelo indivíduo, se reveste de significado. 
Assim sendo, a dificuldade de aprendizagem pode ocorrer tanto por uma falha na captação, no processamento, no armazenamento ou na recuperação da informação, que se caracteriza por algum problema na estrutura cognitiva, como também pode ocorrer pela forma como o conteúdo é ministrado. Nesse último caso, a origem do problema é pedagógica.
A dificuldade de aprender pode ter uma origem intrínseca relacionada ao processamento da informação e, portanto, pode ser uma disfunção do sistema nervoso central, ou pode estar relacionada à metodologia de ensino ou às relações interpessoais com o professor ou os alunos, e, portanto, tem uma origem extrínseca.
No caso da dificuldade relacionada ao processamento da informação, o problema em aprender está relacionado com um transtorno de aprendizagem, que possui classificação nos manuais de diagnóstico, no CID 10, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (distúrbio de aprendizagem) e no DSM IV elaborado pela Associação Psiquiátrica Americana (transtorno de aprendizagem).
O transtorno de aprendizagem deve ser diagnosticado através de testes para avaliação da expressão escrita, da leitura e da matemática. Esses aspectos caracterizam os três tipos de transtorno apresentados nos manuais acima citados:
Transtorno da leitura.
Transtorno da escrita.
Transtorno da matemática.
Para ser considerado um transtorno, segundo esses manuais, não pode ser em decorrência de problemas visuais ou auditivos, de falta de oportunidade de aprender, de problemas na metodologia de ensino ou didática, de traumatismo ou doença cerebral adquirida ou de descontinuidade educacional, em função de mudanças de escola.
O motivo da dificuldade deve ocorrer pelo mau funcionamento no sistema nervoso central.
Transtorno da expressão escrita
O aluno que apresenta esse transtorno possui dificuldade para compor textos escritos, para organizar parágrafos de forma adequada, possui erros de gramática, pontuação e ortografia e possui uma caligrafia precária.
O DSM IV apresenta os critérios necessários para que o diagnóstico seja realizado.
Para que seja caracterizado como transtorno no aluno, essas habilidades devem estar significativamente abaixo da média para a idade, para a capacidade intelectual e para o nível de escolaridade dele e, na presença de algum déficit sensorial, a dificuldade excede aquelas habitualmente associadas.
Esses transtornos dificultam a aprendizagem do aluno e, portanto, devem ser diagnosticados. O tratamento é realizado pela fonoaudiologia e pela psicopedagogia e, caso seja necessário, por tratamento farmacológico, que deverá ter o acompanhamento da psiquiatria ou neurologia.
O aluno deverá ter o auxílio dessas especialidades (fonoaudiologia e psicopedagogia) e continuar as atividades escolares regularmente.
O professor e a escola deverão criar estratégias de atuação que auxiliem os alunos com dificuldades, para que estes possam aprender e se desenvolver nesse espaço.
O psicólogo escolar, ao observar a possibilidade da existência desses transtornos, poderá encaminhar os alunos para uma avaliação, e poderá auxiliar o professor na reflexão acerca de estratégias e planejamento adequados. 
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e o processo de aprendizagem escolar
O TDAH é causado por uma insuficiência de neurotransmissores em áreas do cérebro responsáveis pela atenção, pelo estado de vigília e controle das emoções. Esse distúrbio funcional ocasiona o déficit de atenção e a hiperatividade.
Segundo o manual de diagnóstico DSM IV, existem três subtipos de TDAH:
1. Um predominantemente hiperativo-impulsivo, que irá apresentar como sintomas: a agitação, a inquietação na cadeira, a dificuldade para realizar atividades de lazer em silêncio, dificuldade para aguardar a sua vez, fala em demasia.
2. O segundo predominantemente desatento, que irá apresentar dificuldade de manter a atenção, dificuldade de seguir instruções até o final, dificuldade em terminar tarefas escolares que exijam concentração, dificuldade em organizar tarefas e atividades.
3. O terceiro subtipo é combinado e apresenta os sintomas dos anteriores.
Para que seja diagnosticado um desses subtipos, faz-se necessário que o indivíduo apresente seis ou mais dos sintomas referentes àquele subtipo por no mínimo seis meses.
Observação: 
A criança pode apresentar déficit de atenção sem hiperatividade, sem problemas de aprendizagem e sem comportamento anti-social, ou pode apresentar o déficit de atenção associado a algum desses fatores. No entanto, quando apresenta o quadro de hiperatividade, em geral, também apresenta o déficit de atenção.
O tratamento desse transtorno é realizado em duas vias:
Farmacológica
O paciente será tratado com psicofármacos estimulantes ou antidepressores (no caso de quadro depressivo comórbido). 
Psicoterápica
Atuará nas conseqüências do TDAH na vida do indivíduo referentes às relações com pais e colegas, na adaptação à escola, na aprendizagem, nas questões relativas à auto-estima, entre outros. Isso porque o déficit de atenção causa dificuldades na relação com outras pessoas e conseqüentemente criam-se rótulos, rejeições, isolamento social e baixa auto-estima.
Atenção: É importante, também, ressaltar que o TDAH muitas vezes ocorre conjuntamente com outros problemas. As comorbidades mais comuns são: depressão, ansiedade, dificuldades de linguagem, dificuldade na coordenação motora e problemas comportamentais.
A criança com TDAH na escola
Em função do déficit de atenção, ela pode desenvolver dificuldades na área de aprendizagem, uma vez que esta necessita de retenção na memória, que por sua vez depende da percepção e da atenção. Se ela não consegue sustentar a atenção nas tarefas, terá dificuldade para reter informações e criar estratégias de solução de problemas mais elaborados.
O ensino escolar, a partir da 1ª série do Ensino Fundamental (antiga classe de alfabetização), exige da criança um comportamento mais disciplinado, onde ela tem um lugar para sentar e deve permanecer nele, por um longo tempo, sem levantar e muitas vezes sem poder falar com os colegas, mantendo a atenção na professora.
Uma criança com TDAH terá muita dificuldade em corresponder a essa postura, a começar pela dificuldade de ficar parada em um lugar, a dificuldade de não falar constantemente, a dificuldade de fixar a atenção na realização de uma tarefa. Todas essas dificuldades levam-na a ter um comportamento em sala que, muitas vezes, atrapalha a dinâmica das aulas e acaba por desagradar aos professores e colegas, a ter punição por mau comportamento e reclamações recorrentes à família. Com os colegas também não é diferente, pois essa agitação constante, que inclui os colegas mais próximos, acaba por trazer problemas também para eles.
Os rótulos dos professores e colegas são quase inevitáveis e muitas vezes juntamente com os rótulos vem o isolamento dos colegas.
O quadro comportamental e a dificuldade de aprendizagem acabam por conduzira uma baixa auto-estima. Essa situação não é incomum e, quando não avaliada e tratada adequadamente, pode levar a criança e o adolescente a abandonarem os estudos e continuarem, na vida adulta, com vários sintomas e com as conseqüências dessa experiência escolar.
Diante da dificuldade de se adaptar às instituições de ensino, alguns alunos conseguem desenvolver estratégias para focar a atenção, tais como horários fixos e tempo adequado de estudo, de acordo com as possibilidades pessoais e intervalos regulares, uso de recursos visuais, auditivos e cinestésicos, que possibilitam um aumento da atenção para que não se disperse, entre outros.
Os pais podem utilizar estratégias para auxiliar os filhos nos estudos. No entanto, o primeiro passo é que ele dispense um esforço para tal atividade, que considere a atividade de estudo importante e por isso merecedora de seu esforço.
Para a criança com TDAH, faz-se necessário criar estratégias para motivá-las e para auxiliá-las a fixar a atenção. Para motivá-las, pode-se tornar os estudos interativos ou lúdicos, ou estabelecer metas como forma de motivá-las.
Os pais devem conhecer o tempo de estudo que a criança é capaz de permanecer estudando e permitir intervalos. O tempo de atenção varia de uma criança para outra, algumas permanecem atentas por 20 minutos, outras por 30 minutos. Além da rotina de estudo, é preciso manter um registro com dia, hora e matéria a ser estudada para facilitar a organização da criança, que já se programa para a atividade a ser realizada.
GOLDSTEIN, S.; GOLDSTEIN, M. Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de atenção da criança. 8 ed. São Paulo: Papirus, 1994.
Visite www.tdah.org.br .
Leia o artigo sobre dislexia e disortografia .
1. No que concerne às dificuldades de aprendizagem, podemos afirmar que: I- Os aspectos cognitivos, emocionais, físicos e sociais podem causar dificuldades de aprendizagem. II- A dificuldade de aprendizagem da leitura pode ser causada pelo transtorno da escrita. III- Para dificuldade de aprendizagem ser considerada um transtorno o problema deve ocorrer por disfunção do Sistema Nervoso Central. Está CORRETO o que se afirma em: 
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1)Apenas em I e II 
2)Apenas I e III 
3)Apenas II e III 
4)I, II e III 
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2. Uma aluna com graves dificuldades de aprendizagem nas disciplinas que requerem leitura foi diagnosticada pela psicopedagoga clínica com 'transtorno de leitura', ou seja, 'dislexia'. A escola foi avisada e precisou fazer adatações para facilitar a aprendizagem da aluna. No entanto a aluna queixa-se de ser "perseguida" pela professora de Língua Portuguesa, pelo fato de frequentemente obter notas baixas. A questão foi levada ao psicólogo escolar, que orientou a aluna e a professora. Para a aluna o psicólogo explicou que: 
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1)No transtorno de leitura, ocorrem dificuldades de compreensão da língua escrita. Isto pode acarretar erros de leitura, omissões de letras e/ou palavras, prejuízos de compreensão. A professora está ciente do transtono da aluna e está procurando traçar estratégias que facilitem a aprendizagem. Mesmo assim, a aluna terá que lidar com suas dificuldades. 
2)Ao saber que a aluna apresenta dislexia, a professora tinha obrigação de facilitar as provas. Os alunos com necessidades especiais precisam ser protegidos e não devem ser contrariados. 
3)Ao saber que a aluna apresenta dislexia, sua família deveria providenciar um tratamento psicológico para ajudá-la a lidar com os problemas decorrentes de seu transtorno, já que a escola nada pode fazer. 
4)No transtorno de leitura, ocorrem dificuldades de compreensão da língua escrita. Isto pode acarretar erros de leitura, omissões de letras e/ou palavras, prejuízos de compreensão. A professora está ciente do transtono da aluna e está orientada a facilitar as provas da aluna. Se a professora não fez isso, deverá ser advertida.
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3. Um aluno do 3º ano do Ensino Fundamental apresenta comportamento indisciplinado em classe, dificuldade em fixar a atenção e em concluir as tarefas propostas. Implica com os demais colegas de forma exagerada, além da média. Seu comportamento atrapalha as aulas e aborrece a professora e os colegas. A psicóloga escolar conversou com os pais do aluno e foi informada de que o menino apresenta o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Diante da constatação de suas suspeitas, a psicóloga orientou a família a: 
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1)Tirar o aluno dessa escola e matriculá-lo numa escola para portadores de necessidades educacionais especiais. 
2)Valorizar os esforços no menino em suas atividades, ajudá-lo a fixar atenção nas tarefas e, sobretudo, ter paciência com a criança. 
3)Evitar o estabelecimento de rotinas de estudos com o menino, já que a rotina atrapalha a criança desatenta. Adotar estratégias lúdicas e assistemáticas de trabalho. 
4)Punir o menino sempre que ele apresentar comportamentos indevidos. 
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