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aula - tumores do trato gastrointestinal CÂNCER DE ESÔFAGO Incidência no mundo · Mais incidente na China e Índia (CEC); · No Brasil, Argentina e EUA o adenocarcinoma é mais incidente. · 8 casos em 100.000 habitantes no Brasil Definições · Esôfago cervical até a fúrcula esternal (predomínio do CEC); · Torácico ate veia pulmonar inferior; · Esôfago distal abaixo da carina, com a junção esofagogástrica (predomínio do adenocarcinoma); Fatores de risco Carcinoma espinocelular · Tabagismo e etilismo (são sinérgicos); · Bebidas quentes; · Hábitos alimentares; · Baixo nível socioeconômico; Adenocarcinoma · DRGE; · Obesidade; · S. metabólica; · Hábitos alimentares; · Países desenvolvidos’ Patologia · Conforme vai descendo as mutações vão ficando mais próximas do câncer gástrico Diagnóstico e estadiamento · PET- CT: metástase a distância; · USG endoscópico: avaliação de linfonodos locorregionais; · Broncoscopia: lesão em esôfago cervical/torácico. Apresentação clínica · Perda ponderal importante · Disfagia de condução com piora progressiva · Infecções de vias aéreas recorrentes · Rouquidão · Estridor · Tosse crônica Tratamento · Tratamento clássico: esofagectomia · CEC alto, esôfago cervical/alto: faz quimio e radio, por causa do risco de deiscência de anastomose, mediastinite. Grande mortalidade. · Principalmente esôfago torácico, operar ele quando recidiva não trouxe muito prejuízo. 50% recidivam só com quimio e radioterapia. · Tumor in situ T1A (sem invasão de submucosa): ressecção endoscópica · Tumor T1b (sem invasão da muscular própria) - Cervical: quimio e radioterapia definitivo - Tórax ou na junção esofagástrica: esofagectomia. · T2+ ou linfonodo positivo - Cervical e tórax: tratamento neoadjuvante, reavalia (se melhorar não precisa operar, se não desaparecer opera) - Em TEG: quimio neoadjuvante (4 ciclos antes de operar), opera e mais 4 ciclos de quimioterapia depois. · Mais adenocarcinoma, parecido com câncer gastrico · Doença metastática faz QT, e acha via definitiva de alimentação (geralmente gastrotomia) · Testa HER2 Câncer gástrico Incidência · Mais prevalente em região da Ásia e Chile. · Japão e Chile fazem rastreamento com endoscopia (fator alimentar). · Tumor que se desenvolve na Ásia tende a ser mais brando, mas não se sabe porque. · Incidência vem diminuindo no Brasil, mortalidade estável. · Até a 2º guerra era o tumor mais frequente, porém reduziu devido melhora da higiene e condições alimentares. · Parece estar aumentando em jovens como o tumor de cólon. Fatores de risco · H.Pylori-principal · Alimentos em conserva · Alimentos defumados, muito salgados · Má-conservação dos alimentos · História familiar · Obesidade · Etilismo · Sangue tipoA(principalmente no subtipo difuso com células em anel de sinete) · Úlcera: Não se sabe se ela é consequência apenas do H.Pylori · Anemia perniciosa: Lesa epitélio do estômago. Patologia Subtipo intestinal: mucinoso e tubular · Acomete mais homem; · H.pylori, tabagismo, pessoas mais velhas; · H.pylori leva a dano do epitélio gástrico - metaplasia intestinal - adenoma- adenocarcinoma invasor; · podem ter amplificação HER-2(alvo no paciente metastático). · Maioria dos canceres de estômago. · 70% dos casos; Subtipo difuso: células em anel de sinete · ligados a pessoas do sangue tipo A · sexo não faz diferença · ligado a perda das caderinas (moléculas de adesão celular). · Pacientes jovens, perda familiar do CDH2. · Pouco diferenciados tendem a fazer mais fazer carcinomatose peritoneal, mais agressivo, mais metástases a distância, pior resposta de tratamento e recidiva mais. · 30% dos Canceres de estômago. · Parecem vir aumentando. · Comportamentos e patologias diferentes, mas tratados iguais. Diagnóstico · Clínico · Pedir endoscopia: lesão ulcerada ou infiltrativa, biópsia e faz diagnóstico. Estadiamento: · Tomografia de tórax( exclusão de metástases) · RNM ou TC de abdome · USG endoscópico( linfonodos locorregionais ) · Laparoscopia diagnóstica · Mais importante quando em corpo, antro gástrico, principalmente nos difusos, olhar a carcinomatose. · Muda estadiamento e tratamento, considerado metástase a distância a princípio. · PET-CT: Na prática não pede, porque pode vir negativo. Clínica · dor pós-pandrial; · plenitude gástrica; · saciedade precoce; · queixas dispépticas; · vômitos alimentares; · Mais próximos da junção esôfago gástrica: pequenos sangramentos (anemia), disfagia progressiva, síndrome paraneoplásicas, s. Leser-Trelat (ceratose seborreia pelo corpo, não é específica), s. de Trosseau: hipercoaguabilidade, tromboflebites migratórias, TVP, principalmente no CA estômago mas pâncreas e outros também fazem. · Mais raros: · Linfonodomegalia supraclavicular à esquerda: linfonodo de Virchow, indica metástase linfonodal de trato gástrico intestinal geralmente. · Nódulos periumbilicais: sister Mary joseph, sinais de carcinomatose periumbilical · Ascite. Tratamento · Estágios precoces: cirurgia, gastrectomia total/subtotal (se margem de segurança), chamada de gastrectomia com linfonedectomia à D2. · Tirar uma amostra linfonodal grande, para diminuir a chance de recidiva local depois. Melhora muito prognóstico. · In situ (sem invasão de submucosa, só pra subtipo intestinal): ressecção endoscópica · T1b e T2: gastrectomia e avaliar adjuvância. · Maior que T2 ou N positivo: quimio, opera, quimio. Tto neoadjuvante e gastrectomia. · Metastático: sem cirurgia, as vezes faz para controle de sintomas; GIST (gastrointestinal stromal tumor) · Neoplasia mesenquimal mais comum (sarcoma mais comum), mas é raro(1% dos tumores de TG1) História · 1911: descrição das células marcapasso intestinal-Cajal · 1983: descoberta a neoplasia, suspeitava que era das células de Cajal. Muitas reincidias e metástases. · 2001: relato de caso de GIST metastático. Ação do mesilato de imatinibe, tumor acabou sumindo (terapia alvo específica que mudou completamente o prognóstico). Epidemiologia · Maioria esporádicos, 5% familiar; · relação com NF-1 (neurofibrimatose tipo 1), sd. Carney, HF; · 5ª a 6ª década (mediana 63 anos); · Sem fator de risco associado. Patologia · Parece ter origem nas células de Cajal (entre a camada muscular e células nervosas, marca-passo do intestino). · Proto-oncogene KIT-1 · 3 principais tipos histológicos · Podem ser fusiformes(70%), epitelioides (20-15%) ou mistos. Imunohistoquímico · 95% KIT+; · CD34 +(60,70%). · Actina de músculo liso 30-40%. Manifestações clínicas · Maioria dos pacientes são sintomáticos, pode aparecer em qualquer lugar do TGI (40-70% estômago, intestino delgado 20-40%,colo 5-15%, esôfago <5%); · 21% achados de exames; · Sangramento; · Nodulação; · Dor abdominal; · Faz metástases pra fígado e peritônio, faz metástase à distância e raro metástases para linfonodo; Diagnóstico · Biópsia pré-operatória não é indicada, fazer ressecção direta. Estadiamento · EDA+EUS, RNM/TC tórax e abdome, PET(complementar com TC ou seguir atividade glicolítica). Tratamento · Doença ressecável, sem metástase-cirúrgico, preservar cápsula (cirurgião experiente), não precisa fazer linfonedectomia. · GISTs >= 2 cm devem ser ressecados, mas é também controversa a observação geralmente opera todo; · Classifica o risco pós operartório em risco intermediário ou alto: Imatinibe adjuvante. · Reduz muito a chance de recidiva; · Metastático: Imatinibe. Inibe a ação da tirosino-quinase do KIT e PDGFR; Tumores de vias biliares · Colangiocarcinoma intra-hepático, colangiocarcinoma extra-hepático (perihilar), colangiocarcinoma extra hepático (distal), carcinoma da vesícula biliar, ampola de Bater · Mais comum são os extra-hepáticos (peri-hilares), seguidos pelos extra-hepáticos (distal) e depois intra hepáticos (um pouco mais comuns em Curitiba); Colangiocarcinomas · nascem dos ductos biliares; · Intra-hepático é o segundo tumor mais frequente do fígado; · 1º é o hepatocarcinona; · Extra-hepático é o segundo mais comum do trato biliar; · Mais comum é o tumor de vesícula; · Ta diminuindo e aumentando o colnagiocarcinoma; · Comum em Israel, Ásia, sudesteasiático; Fatores de risco · Colangite esclerosante(muito relacionada à Retocolite Ulcerativa); · HF de fibrose congênita; · Colelitíase; · Colite ulcerativa; · Drogas: ACO, metildopa, isonizaida; · Contato com arsênio, bisfenol. Diagnóstico · Ultrassom de abdome · Muitas vezes queixas inespecíficas · Tc de tórax: excluir tumor a distância · Tc de abdome · RNM ou Colangio ressonância (preferências) · Importante realizar antes de desobstrução de vias biliares Tumor de vesícula biliar Incidência · Tumor mais frequente do trato biliar-40% (no geral é raro) · Colangiocarcinoma extra-hepático-20% · Ampola de Vater-20% · Países andinos, Israel, India e Paquistão Quadro clinico: Cólica biliar, dor mais difusa e prolongada, icterícia, anorexia e perda de peso Fatores de risco · colecistopatia crônica calculosa · Retocolite ulcerativa · Vesícula calcificada (em porcelana) · Chron · uso de estrogênio · junção de ducto pancreatobiliar anômalo · colelitíase principalmente se sintomas há mais de 20 anos · HF · sedentarismo · obesidade · mais em mulher(variável) · Helicobacter, S.typhi, paratyphi, infeccoes cornicas · <1% dos pacientes com colelitíase vai desenvolver Carcinoma ampola vater · Acontece na junção do ducto biliar comum(colédoco) com e pancreático · mais comum em homem · melhor prognóstico · Se comporta mais como gastrointestinal Clínica · Anorexia · náusea · diarreia, vesícula palpável e indolor(Couversier, palpável) · prurido (pela ictericia) · perda de peso · icterícia flutuante. · Tumor de papila, obstrui faz icterícia ai necrosa um pouquinho some a icterícia, depois obstrui denovo.. Diagnóstico · biópsia guiada por ecoendoscópia. · por US · Citologia por colangiografia tem baixa sensibilidade Estadiamento · RNM/colangio ressonância( abdômen e pelve) · Tc de tórax · ecoendoscopia · pet · CEA e CA-19-9. Tratamentos Colangiocarcinoma intra-hepatico · Doença localizada T N0-1 M0 · Cirúrgico: hepatectomia parcial · Depois QT adjuvante Colangiocarcinoma extra-hepático (hilar e distal) · TN0-1M0: Ressecção radial, incluindo retirada do ductobiliar extra-hepático, ressaca hepática ampliada (segmentectomia ou lobectomia), dissecção linfonodal e reconstrução biliar e vascular para atingir margem negativa Vesícula biliar T1NxM0 · T1a- avaliação da invasão por ecoendoscopia · Colecistectomia aberta ou laparoscópica sem dissecar linfonodo T1B · Colecistomia com dissecar hepatoduodenal e linfonodal · Ampola de vater TN0-1 M0 · cirurgia de wipple (gastroduodenopancreatectomia) · Adjuvância por 6 meses Localmente avançada/irresecável Colangiocarcinoma extra-hepático · Radio e quimioterapia baseada em flurouracil Colangiocarcionma intra-hepático · Quimioterapia sistemica · Quimio e radioterapia similar aos extra-hepáticos · Discutir quimioembolizacao em casos selecionados Carcinoma de vesícula biliar · QT sistemica Hepatocarcinoma Epidemiologia · Incidência menor no Brasil · Uma das neoplasias mais comum na Ásia (demora da vacina da hepatite B) · Idade média: 63 anos · maioria em homens-74% · Mortalidade maior em países em desenvolvimento · Sobrevida mediana em 5 anos: 17,6%. Pelos fatores de risco também Fatores de risco(tudo que causa cirrose) · hepatite b: pode causar hepatocarcinoma menos antes da cirrose · hepatite c · litíase biliar · etilismo · colecistectomia · esteatohepatite não alcoólica: obesidade, SM, diabetes · Hemocromatose · Tabagismo Tipos histológicos · Variante fibrolamelar: melhor prognóstico, pacientes mais jovens sem cirrose Clínica · Dor no hipocôndrio direito · Perda de peso · Icterícia · Ascite · Encefalopatia · Achado incidental em pacientes com fator de risco tem aumentado o diagnóstico em fases mais precoces · Paciente cirrose-fazer rastreamento com alfa-feto proteína e US de abdômen a cada 6 meses Estadiamento · Tc de abdomen e pelve ou RNM · EDA (olha se tem varizes) · US de abdômen: diagnosticar trombose de veia porta · PET-TC oncológico: Melhorar a detecção de doença extra-hepática · TC tórax. Diagnóstico · Aquisição de material histológico pelo fígado · Guiado por imagem US ou TC Presuntivo: · Imagem característica pela tomografia (RNM) · Hipervascularizacao arterial caracterizada por captação precoce de contraste na fase arterial e liberação tardia na fase venosa (wash-out). · Paciente cirrótico · Lesão maior que 2 cm · Sorologia para hepatites B ou C · alfa-feto proteína maior que 200. Classificação prognóstica Classificação de Barcelona · Junta CHILD (para função hepática) · estadio, tamanho Tratamento BCLC 0 a A Indicação de cirurgia · Child A · Bilirrubinas normais · Ausência de sinais de hipertensão · Tamanho único <5cm · Assintomático · MELD score <8 · Extensão da ressecção · Depende da função do fígado remanescente Indicação de transplante hepático · Presença de cirrose · Tumor único <5cm ou até 3 tumores <3cm · Ausência de invasão vascular · Ausência de doença extra hepática BCLC B · Pacientes potencialmente operáveis, mas doença irresecável · Quimioemolização Doxorrubicina Cisplatina · Embolização · Avaliação da resposta para futura ressecção BCLC C Estadio C: HCC avançado- PS1-2 +invasão vascular ou disseminação extrahepática +CHILD -pugh A-B · Sorafenibe · Lenvantinibe · Atezolizumabe com bevacizumabe · Terapia alvo, padrão ouro · Alguns pacientes tem resposta boa, mas tem também cirrose de base CHILD C nem trata
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