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Direito Ambiental - Fontes

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FONTES DO DIREITO AMBIENTAL:
Fontes materiais: Dentre as fontes materiais do Direito Ambiental é importante destacar os movimentos populares que visam uma melhor qualidade de vida e do meio ambiente. Esse tipo de movimento ganhou mais expressão social e política na década de 60, chegando ao Brasil na década de 70 no estado do Rio Grande do Sul. Nesta mesma década, no estado do Acre, os seringueiros deram inicio a prática de “empate”, que tinha como objetivo impedir a derrubada de florestas de forma a preservar os seringais e o seu modo tradicional de produção e vida. Essa prática deu margem ao nascimento das reservas extrativistas. Este movimento se deu (em maior parte) pela liderança de Chico Mendes, que lamentavelmente foi assassinado. A sua coragem e empenho para defender o meio ambiente e a condição de vida de seus conterrâneos serve de inspiração para muitos que atuam na defesa e proteção do meio ambiente aqui no Brasil. 
É importante destacar também a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), que teve o seu primeiro ato de impacto nacional promovido pelo estudante de arquitetura Carlos Alberto Dayrell, que subiu em uma árvore para evitar que esta fosse derrubada pela Prefeitura para a construção de um viaduto. O movimento dos cidadãos em prol da proteção do meio ambiente resultou na criação de diversas leis protetoras do meio ambiente, entre a elas a que proíbe a produção e comercialização de agrotóxicos no Estado. 
As descobertas científicas também são fontes materiais do Direito Ambiental. As próprias conclusões científicas acerca do aquecimento global levaram a elaboração do Protocolo de Quioto. Convenções sobre produtos perigosos tem a sua fundamentação em descobertas científicas, e tais descobertas apontam questões que necessitam de regulamento jurídico. O mundo jurídico também incorpora o conhecimento científico. A doutrina é outra fonte material de importância ao Direito Ambiental, visto que a elaboração doutrinária de seus princípios vem sido fundamentais para a elaboração de leis e aplicação de normas de proteção ambiental aqui no Brasil, sem contar com as diversas decisões judiciais que citam doutrinas elaboradas por juristas brasileiros e estrangeiros. 
Fontes formais: São fontes formais do Direito Ambiental: A Constituição, as leis, os atos internacionais, as normas administrativas originadas dos órgãos competentes e a jurisprudência. Devido ao sistema federal do Brasil, cada Estado tem a sua própria Constituição que devem ser obedecidas e seguidas em seu âmbito específico, devendo se adequar ao modelo definido pela Constituição maior (ou Lei Fundamental da República) para serem consideradas válidas e não suscetíveis a inconstitucionalidade. 
As leis de proteção ambiental podem ser federais, estaduais ou municipais, cada um com sua própria atribuição e competência. Os atos internacionais firmados pelo Brasil também integram o Direito brasileiro (hierarquia de lei). As normas administrativas, apesar de serem importantes para o Direito Ambiental devido a sua capacidade de adequar o conhecimento científico a legislação, não pode utilizar-se disso para ultrapassar os limites fixados pela lei, pois isso pode acarretar em, além de invalidade formal, a limitação de garantias individuais e o prejuízo da boa qualidade ambiental. A jurisprudência também é um fator fundamental para a construção do Direito Ambiental, visto que muitos dos contornos básicos do Direito Ambiental foram alcançados por litígios jurídicos que eventualmente se adentraram a legislação.

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