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DIAGNÓSTICO PARA DOENÇA CELÍACA

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Por Alan Crisan Zocche 
DIAGNÓSTICO
DOENÇA CELÍACA
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico pode ser tanto endoscópico quanto laboratorial em pacientes que estão ainda
ingerindo o glúten, pois quando não há alimentação com glúten não tem o processo inflamatório
característico da doença. 
É válido lembrar que cerca de 90% não são diagnosticados. Nesse sentido, dentre os exames
laboratoriais sugeridos para diagnóstico são as dosagens de autoanticorpos.
 Em crianças é feita dosagem de Antigliadina (IgG+ IgA). 
Já em adultos são realizadas dosagens de Antiendomísio (IgA) e Antitransglutaminase (IgA+ IgG).
Se essas dosagens de anticorpos não forem conclusivas, pode ainda pesquisar se o paciente tem
HLA DQ2/DQ8. Lembrar que cerca de 40% da população tem HLA DQ2/DQ8, porém somente 1%
possui o gene ativo e, consequentemente, a doença. 
O exame PADRÃO-OURO para diagnóstico de doença celíaca é por BIÓPSIA do intestino delgado
por endoscopia.
Além dos exames, o médico deve fazer uma anamnese adequada, correlacionando a clínica do
paciente com uma hipótese diagnóstica. Por isso, na consulta, perguntar ao paciente se passa mal
quando este faz ingesta de alimento com glúten (como o pão). 
ENDOSCOPIA
A inflamação persistente da mucosa do intestino delgado na doença celíaca causa atrofia,
deformando as vilosidades com extensão variável, identificadas pela endoscopia digestiva alta
(EDA). 
Os marcadores endoscópicos clássicos configuram-se perdas das pregas de Kerkring, pregas
denteadas, fissuras entre as vilosidades, aglutinações que dão o aspecto em mosaico. 
Estes marcadores podem ser melhor identificados na EDA com o uso da cromoendoscopia
utilizando o índigo carmim (corante) que é instilado sobre a mucosa intestinal por meio de
aparelhos convencionais, melhorando identificação destes marcadores chegando em até 90% de
sensibilidade e especificidade. 
CLASSIFICAÇÃO BASEADA NO 
ASPECTO DUODENAL MOSAICO
EDA Tipo 0: 
Vilosidades com formas digitiformes algum foliáceo aspecto regular e contínuo
correspondendo ao Tipo 0 pré infiltrativo da classificação de Marsh. 
EDA Tipo I: 
Vilosidades na maioria regulares com alguns focos de aglutinação sem formar aspecto em
mosaico, correspondendo ao Tipo 1 infiltrativo da classificação de Marsh. 
EDA Tipo II: 
Vilosidades aglutinadas formando aspecto em mosaico com vilosidades ainda visíveis,
correspondendo ao Tipo 2 infiltrativo hiperplásico da classificação de Marsh.
EDA Tipo III: 
Ausência de vilosidades com formação em mosaico, correspondendo aos Tipos 3 e 4 pois a
superfície duodenal é sem
Por Alan Crisan Zocche 
BIÓPSIA
Com anticorpos antitransglutaminase e anticopor antiendomísio pede-se um endoscopia com
biópsia para confirmação;
Se o sorológico der positivo e a biópsia der negativa, repetir a biópsia;
Na dúvida, se o histológico deu positivo ou negativo, pedir HLA;
Se o sorológico e a biópsia der negativo não é doença celíaca;
Os níveis de anticorpos podem permanecer elevados ainda até 1 ano após uma dieta sem glúten;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Doença de Whipple 
Doença de Crohn 
Sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC) 
Linfoma 
Verminoses

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