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Eletiva 2 - Apostila (48)

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professor: Dr. Marcel Leonardi
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL
Capítulo 1 Aula 1 
LEI DE INTRODUÇÃO 
AO CÓDIGO CIVIL (LICC)
Coordenação: Dr. Flávio Tartuce
01
Lei de Introdução Ao Código Civil (LICC)
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
A Lei de Introdução ao Código Civil funciona como uma verdadeira "lei de introdução às leis", ou ainda 
como um "conjunto de normas sobre normas". Ela existe, portanto, para regular o próprio Direito, ou seja, 
ela não rege as relações da vida das pessoas, mas sim as próprias normas jurídicas, indicando como elas 
devem ser interpretadas ou aplicadas. 
A Lei de Introdução ao Código Civil é um código de normas jurídicas que trata, em síntese, dos seguintes 
assuntos: a) início da obrigatoriedade da lei; b) tempo de obrigatoriedade da lei; c) garantia da eficácia da 
ordem jurídica, não admitindo a ignorância da lei vigente; d) integração das normas, quando houver lacuna; 
e) critérios de interpretação jurídica; f) direito intertemporal; g) direito internacional privado brasileiro, 
abrangendo regras relativas à pessoa, à família, aos bens, às obrigações, à sucessão por morte ou por 
ausência, à competência judiciária brasileira, à prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro, à prova do 
direito estrangeiro, à execução de sentença proferida no exterior, à proibição do retorno, aos limites da 
aplicação de leis, atos e sentenças de outro país no Brasil; h) e, por fim, atos civis praticados pelas 
autoridades consulares brasileiras no exterior.
Para compreender a vigência da lei no tempo, precisamos recordar que uma lei não entra em vigor de 
imediato, mas somente após completado o processo legislativo. A Lei de Introdução ao Código Civil 
estabelece uma regra geral para a vigência das normas jurídicas no Brasil no artigo 1º, "caput", que tem a 
seguinte redação: Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco 
dias depois de oficialmente publicada.
O artigo 1º estabelece um intervalo de tempo entre a publicação da lei e a data de início de sua vigência. 
Esse intervalo de tempo é conhecido como "vacatio legis". A regra geral é a de que a lei somente entra em 
vigor quarenta e cinco dias após sua publicação.
É exatamente em razão dessa regra geral contida no artigo 1º que o legislador estabelece prazos mais curtos 
ou mais longos para o início da vigência de outras leis, conforme a importância, a urgência dessas leis e a 
facilidade ou a dificuldade de adaptação da sociedade às novas regras. 
Assim sendo, é importante recordar que, quando não houver outra disposição na própria lei, ela somente 
entra em vigor quarenta e cinco dias depois de sua publicação, e não de imediato. Essa regra geral tem 
aplicação apenas em território nacional. O parágrafo 1º do artigo 1º estabelece que "nos Estados 
estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de 
oficialmente publicada". O prazo é maior tendo em vista a necessidade de divulgação da nova lei em 
território estrangeiro, principalmente às autoridades diplomáticas.
O artigo 2º, "caput", da Lei de Introdução ao Código Civil, diz o seguinte: Art. 2º Não se destinando à 
vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
Aula 1
02
A regra geral é a de que a lei permanece em vigor por tempo indeterminado, a não ser que se trate de lei de 
vigência temporária, como, por exemplo, leis orçamentárias, ou outras que estipulem qual é o seu prazo de 
vigência. Assim sendo, a lei pode ter vigência temporária, contendo um limite para sua eficácia, ou vigência 
permanente, sem prazo determinado, produzindo efeitos até que seja modificada ou revogada por outra da 
mesma hierarquia ou por hierarquia superior. 
A revogação representa o ato de retirar a obrigatoriedade de uma norma, tornando-a sem efeito. Existem 
duas espécies de revogação: a ab-rogação, que ocorre quando a lei nova regula inteiramente a matéria da 
lei anterior, ou quando exista incompatibilidade explícita ou implícita entre elas, e a derrogação, que torna 
sem efeito apenas uma parte da norma, permanecendo em vigor os dispositivos que não foram modificados.
O parágrafo primeiro do artigo 2º da Lei de Introdução estabelece que a lei posterior revoga a anterior em 
três situações: a) quando expressamente o declare, b) quando seja com ela incompatível ou c) quando regule 
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Quando a lei nova declara que revoga a lei anterior, 
temos a revogação expressa. Quando a lei nova é incompatível com a lei anterior, ou quando passa a 
regular inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior, mesmo que não conste da lei a expressão 
"revogam-se as disposições em contrário", temos a revogação tácita ou indireta.
Em outras situações, as leis novas apenas complementem ou regulam uma lei anterior. Nesses casos, não 
existe revogação nem modificação da lei antiga, conforme a redação do parágrafo 2º do artigo 2º da Lei de 
Introdução ao Código Civil: "A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior".
Quando isso ocorre, tanto a lei antiga quanto a nova estão em vigor, e devem ser interpretadas em conjunto. 
Ainda com relação a esta questão da vigência da lei no tempo, há uma regra muito importante prevista no 
parágrafo terceiro do artigo 2º da Lei de Introdução ao Código Civil. Vamos analisá-la: "Salvo disposição em 
contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência".
Chama-se repristinação o fato de uma lei revogada ser restaurada quando a lei que a revogou perder a 
vigência. Ou seja, temos uma lei antiga, que foi revogada, que passa a valer novamente porque a lei que a 
revogou deixou de produzir efeitos. Isso é também conhecido como "efeito repristinatório" e, como regra, 
não é admitido no Direito brasileiro.
Realmente, a regra geral estabelecida pela Lei de Introdução ao Código Civil é a de que nenhuma norma 
revogada voltará a valer caso a lei que a revogou perca sua vigência, salvo disposição expressa em 
contrário. Ou seja, a lei antiga, que havia sido revogada, não renasce em razão do cancelamento da lei 
posterior que a revogou, a não ser que o legislador estabeleça essa condição de modo expresso. A 
repristinação não é admitida porque ela coloca em risco a segurança jurídica, causando dificuldades na 
aplicação do direito. 
O artigo 3º da Lei de Introdução ao Código Civil estabelece um princípio básico de Direito, existente desde a 
época do Direito Romano: "Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece". É o princípio 
clássico de que ninguém pode alegar ignorância em relação à lei.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
Esse princípio decorre do próprio interesse público, pois a vida em sociedade se transformaria em um 
verdadeiro caos se a obrigatoriedade da lei dependesse do efetivo conhecimento de sua existência por cada 
indivíduo, o que seriaimpossível de determinar. 
O conhecimento da lei ocorre no momento de sua publicação no Diário Oficial, que é o meio pelo qual as 
normas jurídicas entram em vigor. A partir deste momento, ninguém pode alegar ignorância a respeito da lei, 
que se tornou pública. Presume-se, portanto, que seus destinatários têm plena ciência de seu conteúdo a 
partir da publicação da lei. 
Em muitas ocasiões, uma lei tem lacunas que precisam ser supridas por seu intérprete. Em outras situações, 
simplesmente não existe uma norma que seja diretamente aplicável ao caso analisado. O artigo 4º da Lei de 
Introdução ao Código Civil estabelece que, "quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito".
A analogia consiste em aplicar, a um caso não previsto de modo direto ou específico por uma norma jurídica, 
uma outra norma jurídica, que foi prevista para uma hipótese distinta, porém semelhante ao caso não 
previsto. A aplicação da analogia exige a presença de três condições simultâneas: a) o caso não esteja 
previsto em norma jurídica; b) o caso tenha uma relação de semelhança com outro caso, previsto em norma 
jurídica, e c) o elemento de identidade entre os casos não seja qualquer um, mas sim um elemento essencial, 
um fato que permita afirmar que a situação não regulada pela lei realmente mereça ser regulada por uma lei 
que, a princípio, somente teria aplicação para outra situação.
O costume é outra fonte supletiva para preencher as lacunas da lei. O costume, como o próprio nome já 
demonstra, é uma prática que se estabelece por força do hábito, ou seja, pela aceitação tácita de uma 
determinada prática, pela sociedade, ao longo do tempo. O costume possui dois elementos necessários: a) 
o uso e b) a convicção jurídica. Isto quer dizer que o costume somente pode ser levado em consideração 
quando consistir, de fato, em uma prática uniforme, constante, pública e geral e que represente, ao mesmo 
tempo, uma prática aceita como correta socialmente. 
Por outro lado, uma prática ilegal, ainda que comum na sociedade, não poderá ser considerada como um 
costume pelo juiz. As condições de vigência do costume, portanto, são as seguintes: continuidade, 
uniformidade, moralidade, e obrigatoriedade. Continuidade, porque a prática deve ser habitual; 
uniformidade, porque deve ser feita pela maioria das pessoas; moralidade, porque deve ser uma prática não 
proibida pelo ordenamento jurídico; e obrigatoriedade, porque as pessoas devem respeitar a prática como 
se fosse uma lei.
Quando nem a analogia, nem o costume podem ser utilizados para o preenchimento da lacuna na lei, o juiz 
pode aplicar os chamados princípios gerais de direito. Os princípios gerais de direito são preceitos que não 
estão necessariamente previstos de modo explícito pela norma jurídica, mas que são inerentes ao próprio 
ordenamento jurídico do país. Eles são conceitos básicos sobre como deve funcionar a vida em sociedade, 
independentemente de estarem ou não previstos em lei. Assim, os princípios gerais de direito são derivados 
das idéias políticas e sociais em vigor, como se representassem o consenso da sociedade com relação a 
quais valores e aspirações morais devem prevalecer em um determinado momento histórico. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Alguns princípios gerais de direito: a) moralidade; b) igualdade de direitos e deveres; c) proibição de 
enriquecimento ilícito; d) função social da propriedade; e) ninguém pode transferir mais direitos do que tem; 
f) a boa-fé é presumida e a má-fé deve ser provada; g) ninguém pode invocar a própria malícia; h) o dano 
causado por dolo ou culpa deve ser reparado; i) autonomia da vontade e liberdade de contratar, entre 
muitos outros.
Quando o juiz não encontra a solução para a lacuna da lei na analogia, nos costumes e nos princípios gerais 
de direito, pode se valer da eqüidade para decidir o caso. A eqüidade é entendida como um princípio de 
Direito Natural. Ela é uma forma de afastar o rigor da lei em determinadas hipóteses, ou seja, de se julgar 
uma situação específica de forma mais flexível, buscando-se uma interpretação mais benigna e humana do 
caso. 
Como o julgamento por eqüidade pode até mesmo contrariar o que diz a lei, ela não pode ser aplicada 
sempre. O próprio Código de Processo Civil estabelece, no artigo 127, que o juiz somente pode decidir por 
eqüidade nos casos previstos em lei. Para que a eqüidade possa ser utilizada, é preciso que os seguintes 
requisitos estejam presentes: a) a interpretação a ser adotada seja decorrência do sistema jurídico e do 
direito natural; b) não exista, sobre aquela matéria que está sendo julgada, texto de lei claro e inflexível; c) 
exista, realmente, uma omissão, defeito, ou uma exagerada generalidade da lei; d) não exista possibilidade 
de resolver a questão aplicando-se as soluções comentadas anteriormente, ou seja, a analogia, os costumes 
e os princípios gerais de direito; e) e, por fim, a elaboração da regra de eqüidade deve estar em harmonia 
com o sistema jurídico.
A eqüidade tem por objetivo fazer com que o julgador encontre aquilo que for justo e razoável. Ou seja, ela 
serve para fazer com que a finalidade da lei prevaleça sobre sua linguagem, e que entre as diversas 
interpretações possíveis para o caso, encontre-se aquela que for mais benigna e humana.
O artigo 5º da Lei de Introdução ao Código Civil estabelece que "na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins 
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum". Isso significa que o juiz deve buscar o real objetivo 
da lei e não se ater apenas ao texto dessa lei. Se uma mesma lei permite mais de uma interpretação, o juiz 
deve escolher aquela que se apresente mais justa, ou seja, que atenda ao bem comum e à sociedade.
O artigo 6º da Lei de Introdução ao Código Civil estabelece que "a lei em vigor terá efeito imediato e geral, 
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada". A definição de cada um desses 
termos está na própria lei. Assim, ato jurídico perfeito, de acordo como parágrafo primeiro do artigo 6º, é o 
ato "já consumado segundo a lei vigente, ao tempo em que se efetuou". Isso quer dizer que o ato jurídico 
perfeito já se tornou apto a produzir os seus efeitos e, em razão disso, não é alterado pela existência de lei 
posterior. Ou seja, a lei em vigor terá efeito imediato geral, atingindo os fatos futuros e não os fatos 
passados. A lei nova não pode retroagir no tempo, para alcançar os fatos do passado, mas somente ser 
aplicada para o futuro.
Isso ocorre para garantir a segurança jurídica, já que se uma nova norma considerasse como inexistente ou 
inválido um ato já consumado que estava de acordo com a norma anterior, o direito adquirido que dele 
decorre desapareceria, por falta de fundamento.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Em outras palavras, os direitos adquiridos decorrentes das leis anteriores seriam perdidos, o que causaria 
desordem social. Direitos adquiridos são aqueles direitosque "o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, 
como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a 
arbítrio de outrem". O direito adquirido é, portanto, o direito que já se incorporou definitivamente ao 
patrimônio e à personalidade de seu tituilar, de forma que nem a lei, nem fato posterior possa alterar essa 
situação jurídica. 
É muito importante diferenciar o direito adquirido da expectativa de direito. O direito adquirido já faz parte 
do patrimônio do titular; a expectativa de direito, por outro lado, é a mera possibilidade ou a esperança de 
adquirir um direito, que depende de um requisito legal ou um fato aquisitivo específico que ainda não 
aconteceu. O direito adquirido é aquele que já se integrou ao patrimônio do titular, enquanto que a 
expectativa de direito depende de um acontencimento futuro para poder se transformar em um direito.
Coisa julgada é a "decisão judicial de que já não caiba recurso". A coisa julgada é uma qualidade dos efeitos 
do julgamento. Ela consiste na impossibilidade de mudança ou de rediscussão da sentença final da qual já 
não seja mais possível recorrer. Uma lei nova não pode modificar, portanto, a coisa julgada, nem os 
tribunais poderão decidir novamente a questão que já ficou decidida naquela sentença. 
A coisa julgada torna impossível a modificação da decisão, que pode então ser executada. Isto é assim 
porque, evidentemente, se as decisões judiciais não se tornassem imutáveis em algum momento, os litígios 
nunca terminariam. 
Precisamos lembrar também o seguinte: a irretroatividade das leis não é um princípio absoluto. As leis podem 
retroagir, desde que não ofendam o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. É importante 
saber, também, que determinadas normas de ordem pública têm aplicação imediata, como, por exemplo, a 
Lei do Plano Real, que modificou a moeda, e podem assim modificar contratos que já estavam em vigor. 
Temos que nos lembrar, também, que uma lei penal nova pode retroagir, quando isso for feito para beneficiar 
o réu, como nos casos de penas mais leves, ou inocentar atos que antes eram considerados criminosos. Além 
disso, quando nós pensamos em regras processuais, temos que lembrar que as novas disposições têm 
aplicação imediata, mas os atos que já foram praticados em um processo de acordo com a lei anterior 
continuam válidos. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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