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Aula 5: A política educacional brasileira na transição democrática: a carta de 1988 O objetivo dessa aula é o de debater o processo de elaboração da atual Constituição, levando em conta a conjuntura político-econômica da época, ao mesmo tempo em que busca identificar os interesses nacionais envolvidos durante o processo. Vamos apresentar o momento histórico em que a Constituição de 1988 foi elaborada e promulgada, e debater os principais aspectos educacionais definidos pelo texto constitucional. No vídeo acima, você vê o momento em que a Constituição foi promulgada, pelas mãos de Ulisses Guimarães. Visão geral da Constituição de 1988 O papel de cada esfera A União, estados, distrito federal e municípios devem proporcionar o acesso à cultura, á educação e à ciência, e que todas as esferas têm competência para legislar sobre educação, desde que respeitadas as diretrizes e bases fixadas em seu texto. Apresenta, ainda, como dos municípios, a prioridade quanto à responsabilidade de manter programas para os níveis pré-escolar e ensino fundamental (cabendo à União complementar recursos, em casos de dificuldades dos municípios). Art. 211 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino (...). § 2º - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. § 3º - Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. § 4º - Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. Outras considerações A Constituição de 1988 assegura ainda o direito à educação dos povos indígenas, garantindo que o ensino se realize em língua materna e na língua portuguesa. Permite, dessa maneira, a integração dos povos à sociedade brasileira, preservando sua cultura. Verbas públicas destinadas à educação Quanto à aplicação das verbas públicas, a Constituição estabelece que cabe à União aplicar no mínimo 18%, enquanto que os municípios e estados devem investir no mínimo 25% cada. Podemos considerar essa vinculação dos recursos como um avanço, pois predetermina uma parcela do orçamento que deve ser aplicada em educação. Comentário final sobre o tema da aula: Como vimos, a Carta de 1988 consagrou alguns direitos sociais, resultado de intensas lutas que animaram durante muitos anos a sociedade brasileira, algumas iniciadas ainda antes da Ditadura Militar. A questão é que, assim que o texto foi publicado, mobilizações de setores contrários aos direitos aprovados começaram a se fazer notar, e buscavam caminhos para o retrocesso, seguindo premissas neoliberais. Esse tema vamos abordar com detalhes nas aulas seguintes. Filme: Selecionamos para você uma ótima sugestão de filme que, no nosso caso, se relaciona com as aulas 4 e 5. Trata-se de Eles não usam black-tie, um filme nacional de Leon Hirszman, lançado em 1981, baseado na peça homônima de Gianfranceco Guarnieri. O filme foi ganhador de diversos prêmios nacionais e internacionais, tendo no elenco nomes como Fernanda Montenegro, Gianfrancesco Guarnieri, Carlos Alberto Riccelli e Bete Mendes no elenco. 1. Um grande debate permeou os momentos da Assembléia Constituinte instalada em 1987. Colocaram-se em lados opostos os privatistas e os defensores da Escola pública. Sobre a aplicação dos recursos públicos, o texto constitucional deliberou que: a) as verbas públicas devem ser destinadas exclusivamente para as escolas públicas; b) as verbas públicas devem ser distribuídas igualmente entre os estados que repassarão para todas as escolas; c) os recursos públicos podem ser destinados a escolas que comprovem sua finalidade não lucrativa; d) os recursos públicos serão destinados às escolas públicas e comunitárias, exclusivamente. 2. A Constituição de 1988 estabelece quatro âmbitos de sistemas de ensino: o federal, o do Distrito Federal, os estaduais e os municipais. O nível de ensino considerado obrigatório pelo texto constitucional está sob responsabilidade do governo: a) federal; b) estadual; c) municipal; d) do Distrito Federal. 3. O segmento de ensino que a Constituição estabelece como obrigatório é (são): a) a Educação Infantil; b) as séries iniciais; c) o Ensino Fundamental; d) a Educação Básica.
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