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Petição Inicial - caso 5 - AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO - PRÁTICA CÍVEL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRUSQUE/SC
PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da carteira de identidade nº xxx, expedida pelo xxx, inscrito no CPF sob o nº xxx, endereço eletrônico, domiciliado e residente na Rua Bauru, 371, Brusque/SC, por seu advogado, com endereço profissional xxx, para fins do artigo 77, inciso V, do CPC, vem a este juízo, propor: 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (IDOSO)
Pelo procedimento comum, em face de JUDITE, brasileira, solteira, advogada, portadora da carteira de identidade nº xxx, expedida pelo xxx, inscrita no CPF sob o nº xxx, endereço eletrônico, domiciliada e residente na Rua dos Diamantes, 123, Brusque/SC, e JONATAS espanhol, casado, comerciante, portador da carteira de identidade nº xxx, expedida pelo xxx, inscrito no CPF sob o nº xxx, endereço eletrônico, e JULIANA, brasileira, casada, profissão, portadora da carteira de identidade nº xxx, expedida pelo xxx, inscrita no CPF sob o nº xxx, endereço eletrônico, ambos domiciliados e residentes na Rua Jirau, nº 366, Florianópolis, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. 
I. PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO 
	Sendo o autor idoso de 65 anos, requer a prioridade na tramitação do processo, nos termos do artigo 71, da Lei 10.741/2003, Estatuto do Idoso, bem como do artigo 1.048, inciso I, do CPC.
II. GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Vem ainda, perante Vossa Excelência requerer que seja deferido o benefício de gratuidade de justiça, tendo em vista que o autor não dispõe de recursos para custear as despesas processuais sem prejuízo alimentar próprio ou de sua família, com fulcro no artigo 98 e seguintes do CPC. 
III. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
	O autor tem interesse na realização de audiência de conciliação e mediação.
IV. DOS FATOS
	- Em 15/12/2016, a primeira ré, utilizando-se de procuração outorgada pelo autor em novembro de 2011, com poderes especiais e expressos para alienação, alienou para o segundo réu e terceira ré o imóvel localizado na Rua Rubi nº 350, Balneário Camboriú/SC. 
	- O autor da ação é irmão da primeira ré, sendo ambos os proprietários em condomínio do imóvel citado anteriormente. 
	- Todavia, a procuração que a primeira ré utilizou foi revogada pelo autor em 16/11/2016. Sendo certo que a primeira ré foi devidamente notificada da revogação em 05/12/2016, ou seja, cerca de um dez dias antes da celebração do negócio jurídico. 
	- Em 01/02/2017, ao chegar ao seu imóvel de veraneio, em Balneário Camboriú/SC, a fim de gozar de suas férias, o autor, em uma situação constrangedora, se deparou com o segundo e o terceiro réus vivendo em sua residência. Só então tomando ciência que todo esse tempo o imóvel estava ocupado, em razão da alienação feita por sua irmã.
	 
V. DOS FUNDAMENTOS
	Trata-se de ação que visa a anulação do negócio jurídico, celebrado pelos réus. 
	A esse respeito o artigo 661, parágrafo 1º, artigo 682, inciso I e artigo 166, inciso V, do Código Civil, afirmam que:
“Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração.
§ 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos.”
“Art. 682. Cessa o mandato:
I - pela revogação ou pela renúncia;”
“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: (...)
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;” (grifei).
	No presente caso, tratando-se do fim alienação, dependeria de uma procuração de poderes especiais e expressos, como foi feito. No entanto, tal procuração outorgada havia sido revogada, sendo a primeira ré devidamente notificada bem como o cartório onde foi lavrada, o que deu publicidade ao ato. Dessa forma, a alienação ocorreu sem a outorga uxória exigida por lei, o que torna nulo o negócio jurídico realizado.
	Infere-se, portanto, que a alienação do imóvel é nula de pleno direito.
VI. DOS PEDIDOS
	Diante do exposto, o autor requer a esse juízo: 
a. Que seja deferido o pedido de Prioridade na Tramitação;
b. Que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça, ante os motivos já expostos;
c. Citação da parte ré para integrar a relação processual;
d. Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação da parte ré para o seu comparecimento;
e. Que seja julgado procedente o pedido de anulação do negócio jurídico;
f. Que seja julgado procedente o pedido para condenar a parte ré nas custas processuais e nos honorários advocatícios.
VII. DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal da parte ré.
VIII. DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se à causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) (art. 292, II, CPC)
	
Nestes termos, pede deferimento.
Local, dia, mês de ano.
Advogado
OAB

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