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Faringotonsilites: causas, sintomas e tratamento

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Faringotonsilites 1
◽
Faringotonsilites
O que é?
São infecções de vias aéreas superiores que acometem a faringe, tonsilas 
palatinas (amígdalas) e tonsilas faríngeas (adenoides). Essas estruturas 
compõem um anel linfático, junto com a tonsila lingual, chamado de anel 
linfático de Waldeyer (logo, ele é uma rede de tecido linfoide distribuído na 
VAS).
Epidemiologia
É uma das doenças mais comuns na população geral
Dor de garganta e IVAS são as queixas mais comuns
Tem maior incidência no outono-inverno
Predomina mais em crianças de 5-10 anos de idade
Fatores de risco: idade, tabagismo, consumo de álcool, DM, imussupressão 
Classificação de Brodsky
Faringotonsilites 2
Fisiopatologia
Há uma quebra do desequilíbrio da flora, por uso de antibióticos e proliferação 
de agente externo, por exemplo, e aí bactérias que compõem a flora normal da 
região da garganta podem causar doença. 
Qual bactéria boa da microbiota?
Streptococcus viridans → importante na inibição de crescimento de 
bactérias patogênicas 
Quais os principais agentes etiológicos?
Faringotonsilites 3
Quadro clínico
Tonsila faríngea → adenoides
Adenoidite aguda
Quadro semelhante a IVAS generalizada
Febre
Rinorreia
Obstrução nasal
Roncos 
Adenoidite crônica
Rinorreia persistente
Halitose
Congestão crônica
Muito relacionada ao reflexo faringo-laríngeo
Tonsila palatina → amígdalas
Amigdalite aguda
Febre
Dor de garganta
Disfagia
Adenomegalia cervical
Hiperemia de amígdalas
Pode ter exsudato 
Amigdalite crônica
Dor de garganta crônica
Halitose
Faringotonsilites 4
Cálculos amigdalianos excessivos 
Edema periamigdaliano
Adenopatia cervical amolecida persistente 
No geral, temos 5 formas/classificações clínicas de faringotonsilites, que ajudam 
a estreitar o diagnóstico:
Eritematosa
Hiperemia difusa e aspecto congesto de toda mucosa faríngea, podendo ou 
não ter exsudato esbranquiçado. Então, se ver a garganta de um paciente 
toda vermelha e apenas isso, dizemos que é uma faringotonsilite 
eritematosa.
É a forma mais comum → geralmente de origem viral. 
Pode ter febre moderada, tosse, coriza, obstrução nasal , ausência de 
adenopatia → remetem muito a um quadro viral.
Eritêmato-pultácea
Além da hiperemia, tem também a presença de exsudato esbranquiçado ou 
purulento (criptas e superfícies das tonsilas palatinas).
Maior causa dessa classificação são infecções bacterianas, principalmente 
pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A. 
� A presença de petéquias no palato é muito sugestivo de infecção 
pelo estreptococo beta h. A
O paciente pode ter uma dor faríngea, odinofagia e otalgia reflexa.
Faringotonsilites 5
Pseudomembranosa
Tem a formação de placas mais ou menos aderentes, recobrindo as 
amígdalas, além de edema da mucosa. 
Difteria e alguns casos de mononucleose infecciosa (EBV) podem se 
apresentar com esse quadro. No caso de EBV, pode se apresentar também 
como eritêmato-pultácea, então para pseudomembranosa lembrar bem da 
difteria. Além disso, nos casos de EBV a úvula costuma estar 
preservada. Na difteria, as placas são bem aderentes e sangrantes na 
tentativa de remoção e acometem a úvula.
Ulcero-necrótica
Há formação de úlceras profundas associadas à necrose tecidual, às vezes 
unilateral → é muito comum na angina de Plaut-Vincent (causada por 2 
bactérias) e cancro sifilítico (primeira infecção por sífilis).
Pensar em neoplasia também.
Faringotonsilites 6
Vesículosa 
Tem a presença de vesículas ou de úlceras superficiais que ocorrem devido 
a erupção das vesículas. → aftas
Causada usualmente pelo vírus Herpes Simples tipo 1. 
Também pode ter em outra doença causada pelo enterovírus Coxsackie, a 
Herpangina, comum em crianças, tendo as manifestações de dor de 
garganta, febre.
Como sempre, é necessária saber diferenciar se é viral ou bacteriano:
💡Dica: tosse, coriza, obstrução nasal, rouquidão e conjuntivite falam a 
favor de viral. Além disso, os sintomas virais são espalhados em todo corpo, 
a bacteriana tem a maioria dos sintomas localizados na garganta.
Obs.: Vírus Esptein-Barr - Mononucleose infecciosa:
É uma doença viral que tem exsudato → é uma das exceções! Acomete 
indivíduos de 15-25 anos, tem a transmissão pela saliva ou contato 
próximo. 
Faringotonsilites 7
Sua clínica inclui febre alta, linfadenomegalia, angina, exsudato 
eritemato-pultráceo ou placas pseumembranosas. 
Outros sintomas incluem: artralgia, dor abdominal, esplenomegalia, 
exantema (principalmente após exposto a beta-lactâmico), 
hepatomegalia discreta (raramente com icterícia), náuseas, vômitos e 
tosse.
Tem alguns pródromos, como fadiga, mal-estar e mialgia, uma a duas 
semanas antes do início da febre.
Esqueminha de viral x bacteriano:
Diagnóstico
O ideal/padrão ouro seria que fizéssemos a cultura ou teste rápido, mas na real 
fazemos diagnóstico clínico e tratamento empírico, porque a cultura demora 
para crescer.
Tratamento
Faringotonsilites virais
Faringotonsilites 8
É terapia de suporte → analgésicos, hidratação, anestésicos tópicos e 
gargarejos com antissépticos.
É uma doença autolimitada, com melhora espontânea.
Faringotonsilites bacterianas
Antibioticoterapia empírica:
Penicilina G benzatina → 50.000 U/kg intramuscular em dose única
Amoxicilina (isolada ou junto com ácido clavulônico) durante 7-10 dias
Cafalosporinas de 2ª geração durante 5 dias
No caso de infecções bacterianas recorrentes (ATB recente por amigdalite e 
voltou a ter sintomas, por exemplo), vamos suspeitar que são bactérias 
produtoras de beta-lactamase, então vamos de:
Amoxicilina-clavulonato → 40-50mg/kg/dia por 7-10 dias
Cefalosporinas de 2ª e 3ª gerações
Macrolídeos → mais reservados para pctes com alergia a beta-
lactâmicos 
Tratamento cirúrgico:
Tonsilectomia/amigdalectomia
Útil para tratar infecções bacterianas de repetição.
Faz a remoção cirúrgica das amígdalas palatinas
Uma das cirurgias mais frequentes na otorrinolaringologia
Reduz em 43% a faringite recorrente
Quais as indicações?
Usamos os critérios de Paradise:
Paciente precisa ter 7 infecções no ano ou 5 infecções em 2 
anos seguidos ou 3 infecções nos últimos 3 anos.
Para contar como um episódio, o paciente precisa ter 
odinofagia associada a um ou mais dos sintomas: febre 
Faringotonsilites 9
>38,3º, adenopatia cervical, exsudato tonsilar, teste positivo 
para estrepto B grupo A
Outras indicações incluem:
Hipertrofia obstrutiva de tonsilas palatinas (apneia do sono e cor 
pulmonale)
Abcesso peritonsilar
Tonsilite críptica → formação de cáseo e halitose importante 
Biópsia → suspeita de tumor maligno de tonsila palatina ou 
linfoma 
Complicações
Abcesso peritonsilar
Ocorre abaulamento e deslocamento da tonsila palatina para a linha média, 
coma úvula rebatida para o lado da tonsila sem abcesso. A pessoa não 
consegue abrir a boca direito.
O tratamento é feito por drenagem e antibioticoterapia. Pode fazer TC.
Abcesso laterofaríngeo
É o abaulamento da parede lateral da faringe, disfagia unilateral intensa, 
endurecimento e empastamento do pescoço.
Abcesso retrofaríngeo
Se desenvolve ao longo dos linfonodos retrofaríngeos na altura da coluna 
vertebral cervical, causando disfagia e dispneia. Com a migração da 
infecção para regiões mais inferiores ocorre um abaulamento da parede 
posterior da faringe, que pode propagar-se aos planos inferiores, até o 
mediastino.
Angina de Ludwig
Faringotonsilites 10
É uma celulite fulminante que se inicia no espaço sublingual ou 
submandibular, causada por uma associação de aeróbios, anaeróbios e 
fusoespiroquetas. Associada com má conservação dentária.
O tratamento é a manutenção de VA e antibioticoterapia.
Complicações do estreptococos do grupo A
Essa bactéria pode causar febre reumática, nefrite pós-streptocócica, 
escarlatina e síndrome do choque tóxico.

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