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Reuso de Água_Apostila

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Reuso da Água
Cristiano Alves de Carvalho
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Reuso da Água, parte 
integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que 
a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apre-
sentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 CONCEITOS SOBRE REUSO DE ÁGUA ..................................................................................... 7
1.1 Importância da Água .....................................................................................................................................................8
1.2 Tipos de Água ....................................................................................................................................................................9
1.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................12
1.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................13
2 APLICAÇÕES E TIPOS DO REUSO DE ÁGUA ..................................................................... 15
2.1 Tipos de Reuso e Aplicações ....................................................................................................................................15
2.2 Riscos do Reuso da Água ...........................................................................................................................................19
2.3 Potencial e Limitações do Reuso de Água ..........................................................................................................21
2.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................23
2.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................24
3 TECNOLOGIAS DE REUSO DE ÁGUA ...................................................................................... 25
3.1 Reuso Agrícola ...............................................................................................................................................................25
3.2 Biossólidos .......................................................................................................................................................................29
3.3 Reuso da Água na Indústria ......................................................................................................................................31
3.4 Reuso das Águas Tratadas por Lodos Ativados na Aquicultura ..................................................................33
3.5 Coleta, Tratamento e Uso de Águas Pluviais .....................................................................................................34
3.6 Legislação e Normatização do Reuso da Água ................................................................................................35
3.7 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................36
3.8 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................37
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 39
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 43
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
INTRODUÇÃO
O uso consciente da água é fundamental para as nossas gerações, bem como para as gerações fu-
turas. O reuso da água é um assunto importante que visa à preservação do meio ambiente. É uma forma 
eficaz que objetivamente garante as gerações futuras o acesso a esse recurso tão precioso e essencial à 
vida: a água potável.
Segundo Rodrigues (2005), o reuso de água surge atuando em dois aspectos: instrumento para 
redução do consumo de água (controle de demanda) e recurso hídrico complementar. 
A ausência de uma legislação específica sobre o assunto traz, como consequência, altos riscos de 
contaminação do meio ambiente devido a práticas inadequadas os riscos à saúde pública são um proble-
ma que ainda temos que enfrentar. 
Em função dessas características, o reuso vem sendo difundido de forma crescente no Brasil, im-
pulsionado pelos reflexos financeiros associados aos instrumentos trazidos pela Lei 9.433 de 1997, que 
visa à implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos: outorga a cobrança pelo uso dos recursos 
hídricos (RODRIGUES, 2005). 
A reutilização, o reuso de água ou o uso de águas residuárias não é um conceito novo e tem sido 
praticado em todo o mundo há muitos anos. Existem relatos de sua prática na Grécia Antiga, com a dis-
posição de esgotos e sua utilização na irrigação. No entanto, a demanda crescente por água tem feito do 
reuso planejado da água um tema atual e de grande importância (CETESB, 2010). 
O reuso reduz a demanda sobre os mananciais de água devido à substituição da água potável por 
uma de qualidade inferior. Essa prática, atualmente muito discutida, posta em evidência e já utilizada 
em alguns países, é baseada no conceito de substituição de mananciais. Tal substituição é possível em 
função da qualidade requerida para um uso específico (CETESB, 2010). 
Os principais objetivos desta apostila são identificar medidas para redução do consumo de água; 
caracterizar a importância da reutilização da água; indicar diretrizes para promoção do reuso; relacionar 
a integração com as políticas de gerenciamento de recursos hídricos e de saneamento ambiental; e iden-
tificar condições de proteção à saúde e ao meio ambiente.
Desejo a você um bom estudo e um ótimo aprendizado.
Cristiano Alves de Carvalho
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7
CONCEITOS SOBRE REUSO DE ÁGUA1
Caro(a) aluno(a), saiba que a técnica de 
reuso de água depende de uma série de fatores 
para se firmar como uma prática de racionaliza-
ção dos recursos hídricos, tais como, a aprovação 
da população, vontade de nossos governantes e 
aprovação mercadológica, para realmente se efe-
tivar essa prática como uma tecnologia sistêmica. 
Sabemos que essa técnica é confiável e, principal-
mente, segura, atraindo uma série de investimen-
tos, o que torna a prática muito acessível.
O conceito de reuso não é novo e é uma prá-
tica que ocorre em todo o mundo há anos. Desde 
a Grécia Antiga, a irrigação utilizou-se da disposi-
ção de esgotos para o benefício da agricultura. As 
cidades cresceram, e a demanda por água cresce 
de maneira exponencial, fazendoda tecnologia 
do reuso planejado da água um tema atual e de 
grande importância. A tecnologia do reuso é uma 
boa alternativa para o problema de escassez de 
água, porém não é a solução. É preciso conscienti-
zar a humanidade para o uso racional ou eficiente 
da água, e devemos considerar o reuso de água 
como parte da solução, e não como fator definiti-
vo para o problema.
O tratamento dos esgotos tratados é de 
suma importância para um melhor planejamen-
to, tornando assim a gestão sustentável dos re-
cursos hídricos uma alternativa para o uso de 
águas destinadas a fins agrícolas e de irrigação, 
entre outros. A grande preocupação é disponibili-
zar as fontes de água de boa qualidade para abas-
tecimento da população, fazendo com que o uso 
de esgotos venha a contribuir com a conservação 
dos recursos hídricos.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
8
AtençãoAtenção
É preciso conscientizar a humanidade para um 
uso o uso racional ou eficiente da água, e de-
vemos considerar o reuso de água como parte 
da solução, e não como fator definitivo para o 
problema.
A utilização de água com uma qualidade in-
ferior, obtida pela tecnologia do reuso de água, 
faz os mananciais de água, que nos fornecem 
água potável, serem preservados. O maior objeti-
vo da prática do reuso é de poupar grandes quan-
tidades de água potável, a qual é substituída por 
água de qualidade inferior (geralmente efluentes 
pós-tratados) para situações em que podemos 
utilizar esse recurso dentro dos padrões de pota-
bilidade.
1.1 Importância da Água
O planeta Terra, quando observado do es-
paço, é azul devido à abundância de água, o que 
nos faz pensar que é difícil de acreditar como po-
demos sofrer de escassez de água. Saiba que mais 
de 99% dessa água não serve para o consumo ou 
tem custo de exploração muito elevado. Somen-
te uma fração muito pequena da água do planeta 
está se transformando em água doce por meio de 
um contínuo processo de evaporação e precipi-
tação. 
Cerca de 40.000.000 m3 de água são trans-
feridos dos oceanos para a terra a cada ano, re-
novando o suprimento em quantidade muitas 
vezes superior à necessária para a população 
atual do planeta. O problema surge da distribui-
ção desigual da precipitação e do mau uso que se 
faz da água captada. Hoje, existem 26 países que 
abrigam 262 milhões de pessoas e que se enqua-
dram na categoria de áreas com escassez de água 
(MANCUSO; SANTOS, 2003).
O reuso da água é uma alternativa impor-
tante, apresentando uma distinção cada vez me-
nor entre técnicas de tratamento de água em 
relação às técnicas de tratamento de esgotos. 
O tratamento de água deve ser encarado como 
uma forma de purificar a água de qualquer grau 
de impureza para um grau de pureza que seja 
adequada ao uso pretendido. Algumas iniciativas, 
como preservar, aumentar a eficiência no consu-
mo e reusar, retardam a escassez que se aproxima 
no futuro e permitem um desenvolvimento sus-
tentável.
Nosso planeta possui uma grande quanti-
dade de água, que permanece constante desde 
500 milhões de anos, da qual 97,5% estão conti-
dos nos mares e oceanos, sendo, portanto, salga-
da. Deixando fora da estatística a água congelada 
dos polos, sabemos que a água doce correspon-
de a somente 0,6% do total, sendo que 98% es-
tão contidos nos aquíferos e apenas 2% nos rios 
e lagos.
Reuso da Água
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9
Fonte: CETESB.
Saiba maisSaiba mais
Diante da crescente demanda dos recursos hídricos, a exploração das águas subterrâneas é uma alternativa 
bastante atraente para abastecimento, em virtude da sua abundância, qualidade e relativo baixo custo de 
captação, principalmente considerando-se a condição inadequada de qualidade das águas superficiais asso-
ciada ao elevado custo do tratamento dessas águas para os diversos usos e a escassez verificada em algumas 
regiões. Assim, o recurso hídrico subterrâneo vem se tornando estratégico para desenvolvimento econômico 
da sociedade, devendo, portanto, ser protegido contra a poluição.
É importante considerar as águas subterrâneas no ciclo hidrológico, de modo que sua exploração para os 
diversos usos não altere o fluxo de base das águas superficiais. A Resolução nº 22 do Conselho Nacional de 
Recursos Hídricos (CNRH) estabelece que os Planos de Recursos Hídricos devem promover a caracterização 
dos aquíferos e definir as inter-relações de cada um deles com os demais corpos hídricos superficiais e sub-
terrâneos, bem como com o meio ambiente, visando à gestão sistêmica, integrada e participativa das águas.
No Estado de São Paulo, atualmente, aproximadamente 80% dos municípios são total ou parcialmente abas-
tecidos por águas subterrâneas, atendendo uma população de mais de 5,5 milhões habitantes. A figura abaixo 
apresenta o levantamento de uso da água subterrânea para abastecimento público no Estado de São Paulo 
realizado pela CETESB em 2007. 
Fonte: CETESB.
1.2 Tipos de Água
Água doce
A biosfera vem se modificando desde que 
a vida surgiu no planeta Terra, há mais ou menos 
3,5 bilhões de anos. As condições adversas de 
temperatura e pressão transformaram o planeta, 
que com o passar dos anos acumulou água em 
sua superfície, formando-se assim o ciclo hidroló-
gico.
Cristiano Alves de Carvalho
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10
 
Fonte: www.mma.gov.br. 
Ciclo Hidrológico
A importância da água doce para a huma-
nidade é inegável. Os seres vivos precisam desse 
recurso, cada vez mais escasso, para sobreviver. 
Esse recurso é utilizado para o consumo huma-
no, bem como para atividades socioeconômicas. 
A água doce pode ser retirada de rios, lagos, re-
presas e aquíferos, também chamados de águas 
interiores.
As cidades crescem de maneira desen-
freada, ou seja, sem um correto planejamento 
ambiental causando grandes problemas para a 
sociedade. É inevitável que a poluição domésti-
ca e industrial esteja presente, tornando-se um 
grande problema para todos e criando, assim, 
condições ambientais inadequadas, bem como 
propiciando desenvolvimento de doenças, au-
mento da temperatura, poluição do ar e sonora, 
contaminação da água subterrânea, entre outros 
problemas.
No Brasil, as regiões metropolitanas são a 
maior preocupação devido ao crescimento des-
controlado e desorganizado; além disso, temos, 
o acréscimo da poluição doméstica e industrial, 
acarretando o aumento de sedimentos e material 
sólido e, consequentemente, a contaminação de 
mananciais e das águas subterrâneas.
Inseridas no conceito de águas doces, te-
mos as águas residuais, que são aquelas des-
cartadas resultantes da utilização para diver-
sos processos. Veja os exemplos dessas águas: 
�� Águas residuais domésticas: originárias 
de banhos; originárias de cozinhas; ori-
ginárias das lavagens de pavimentos 
domésticos.
�� Águas residuais industriais: originárias 
dos processos de fabricação.
�� Águas de infiltração: originárias da infil-
tração nos coletores de água existente 
nos terrenos.
�� Águas urbanas: originárias das chuvas, 
lavagem de pavimentos, regas etc.
Nós sabemos que após utilizarmos a água 
no nosso dia a dia, em muitas atividades (co-
zinhar, limpar, tomar banho etc.), essa água se 
transforma em água residual (ou esgoto), necessi-
tando ser tratada para poder ser reutilizada.
É enorme a quantidade de materiais po-
luentes transportados pelas águas residuais, que, 
caso não sejam tratados, podem causar prejuízos 
à qualidade das águas dos rios, comprometendo 
a fauna e flora desses meios, bem como todas as 
práticas que estes meios proporcionam, como, 
Reuso da Água
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11
por exemplo, a pesca, a balneabilidade, a navega-
ção, a geração de energia etc. 
Para amenizar o problema, devemos coletar 
todas as águas residuais produzidas e direcioná-
-las até a Estação de Tratamento de Águas Resi-
duais (ETAR) onde se processa o seu tratamento, 
que, grande parte das vezes, é biológico, efetuan-
do-se também um processo físicopara a retirada 
de sólidos grosseiros. 
O principal objetivo da ETAR é tratar as 
águas residuais, para que sejam devolvidas ao 
meio ambiente, em condições seguras. A ETAR 
pode ser dividida em quatro fases de tratamento. 
São elas:
�� Tratamento Preliminar: as águas pro-
venientes do uso doméstico ou das 
indústrias chegam à ETAR, onde os re-
síduos de maior dimensão são filtrados 
e separados. Os resíduos são acondicio-
nados em contentores e, em seguida, 
levados para o aterro sanitário.
�� Tratamento Primário: as águas resi-
duais são submetidas à fase de decan-
tação primária, onde se eliminam, por 
ação da gravidade, as partículas sólidas 
em suspensão.
�� Tratamento Secundário: esse é o mo-
mento onde as águas residuais passam 
por um Tratamento Biológico. Utilizam-
-se bactérias que digerem a matéria 
orgânica e, em seguida, passam pela 
Decantação Secundária, que nos pro-
porciona o depósito das lamas resultan-
tes da ação das bactérias.
�� Tratamento Terciário: esse é o mo-
mento onde as águas residuais passam 
por uma desinfecção e remoção de nu-
trientes. É nessa etapa que removemos 
os sólidos em suspensão, as bactérias, 
todos os nutrientes em excesso e os 
compostos tóxicos, tornando-as mais 
puras. Após esse tratamento, a água 
pode ser utilizada na agricultura, na 
rega de espaços verdes, na lavagem de 
pavimentos e ruas, entre outras utiliza-
ções possíveis.
�� Descarga Final da Água: é nessa fase 
que a água é devolvida ao meio am-
biente em condições ambientais segu-
ras.
Fonte: Grupo Águas de Portugal.
O tratamento deverá atender à legislação 
(Resolução do CONAMA nº 020/1986), que define 
a qualidade das águas em função do uso a que 
estão sujeitas, designadamente, águas para con-
sumo humano, águas para suporte de vida aquá-
tica, águas balneares e águas de rega.
Cristiano Alves de Carvalho
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12
Água Mineral:
�� São aquelas originárias de fontes na-
turais ou artificiais, que possuem ca-
racterísticas químicas, físicas e físico-
-químicas que as diferenciam das águas 
comuns. Por esse motivo, lhes são 
atribuídas propriedades terapêuticas. 
Existem outras definições baseadas 
nos tipos de água mineral que não se 
enquadrem completamente no critério 
anterior. 
Água Salgada:
�� Os oceanos representam uma impor-
tante fonte de energia, emprego e ali-
mento. Questões associadas aos mares 
assumem importância fundamental 
para o povo brasileiro, visto que o Brasil 
possui uma enorme costa marítima. To-
dos os recursos estão intimamente liga-
dos à sustentabilidade exploratória dos 
recursos pesqueiros através da pesca 
artesanal, do turismo e das comunida-
des tradicionais da orla marítima – fol-
clore, tradições, estilo de vida. 
1.3 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), vimos que a técnica de reuso de água depende de uma série de fatores para se 
firmar como uma prática de racionalização dos recursos hídricos, tais como aprovação da população, 
vontade de nossos governantes e aprovação mercadológica para realmente se efetivar essa prática como 
uma tecnologia sistêmica. O crescimento desordenado das cidades e a demanda por água que cresce 
de maneira exponencial faz da tecnologia do reuso da água um tema atual e de grande importância. A 
tecnologia do reuso é uma boa alternativa para o problema de escassez de água, porém não é a solução. 
Vimos que o tratamento dos esgotos é de suma importância para um melhor planejamento, tor-
nando, assim, a gestão sustentável dos recursos hídricos uma alternativa para o uso de águas destinadas 
a fins agrícolas e de irrigação, entre outros. 
A utilização de água com uma qualidade inferior, obtida pela tecnologia do reuso de água, faz os 
mananciais de água, que nos fornecem água potável, serem preservados. O reuso da água é uma alterna-
tiva importante, apresentando uma distinção cada vez menor entre técnicas de tratamento de água em 
relação às técnicas de tratamento de esgotos. 
Os tipos de água são:
�� água doce: esse recurso é utilizado para o consumo humano, bem como para atividades so-
cioeconômicas. A água doce pode ser retirada de rios, lagos, represas e aquíferos, também cha-
mados de águas interiores. Veja os exemplos dessas águas: águas residuais industriais; águas 
de infiltração; águas residuais domésticas; águas urbanas;
�� água mineral;
�� água salgada.
Reuso da Água
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
13
Caro(a) aluno(a),
Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se você fixou bem o conteúdo; assim, respon-
da às perguntas a seguir conforme o seu entendimento.
1. Citar e explicar o principal objetivo da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). Quais 
são as etapas de uma ETAR?
2. Qual o maior objetivo da prática do reuso da água?
3. Existem relatos de civilizações antigas da prática do reuso. Fale um pouco sobre o assunto e 
indique se essa iniciativa pode inspirar as gerações atuais.
1.4 Atividades Propostas
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
15
Segundo Borges (2003), historicamente re-
gistram-se práticas de reuso referentes às antigas 
civilizações, sobretudo na Grécia, onde os efluen-
tes eram usados para irrigação nas agriculturas. 
No entanto, somente a partir do século XX surgi-
ram as primeiras regulamentações sobre o tema. 
A prática do reuso se processa de forma direta, 
APLICAÇÕES E TIPOS DO 
REUSO DE ÁGUA2
quando o efluente, após tratamento, é utilizado 
no ponto de aplicação. Também pode ocorrer de 
forma indireta, quando o efluente é aplicado após 
a passagem por um curso d’água. O reuso ainda 
pode ser planejado, quando atende às exigências 
ambientais e sanitárias, sendo esta a forma mais 
adequada da sua aplicação.
Fonte: Site do governo de Minas Gerais.
2.1 Tipos de Reuso e Aplicações
Caro(a) aluno(a), com isso concluímos que o reuso da água ocorre de forma direta ou indireta, por 
meio de ações planejadas ou não. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) (OMS, 1973), 
tem-se:
�� Reuso indireto: ocorre quando a água já usada, uma ou mais vezes, para fins domésticos e 
industriais, sendo descarregada nas águas superficiais ou subterrâneas e utilizada novamente 
a jusante, de forma diluída.
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
16
Fonte: Revista on-line da Vector Engenharia e Automação. 
�� Reuso direto: é o uso planejado e deliberado de esgotos tratados para certas finalidades como 
irrigação, uso industrial, recarga de aquífero e água potável.
Fonte: Revista Digital da Água.
�� Reciclagem interna: é o reuso da água internamente às instalações industriais, tendo como 
objetivo a economia de água e o controle de poluição.
Segundo a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), o critério adotado 
para classificar o de reuso de água é realizado em duas divisões: potável e não potável.
Essa classificação foi adotada por sua praticidade e facilidade. 
Vamos tratar de cada caso:
�� Reuso potável direto: é a reutilização direta, no sistema de água potável, do esgoto recupera-
do que é tratado com técnicas avançadas. 
Reuso da Água
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17
Fonte: inorgan221.iq.unesp.br 
 
�� Reuso potável indireto: o esgoto, após a fase de tratamento, é colocado na coleção de águas 
subterrâneas ou superficiais para diluição, purificação natural e subsequente captação e trata-
mento para finalmente ser utilizado como água potável.
�� Reuso não potável para fins agrícolas: ocorre com a irrigação de plantas alimentícias e não 
alimentícias.
Fonte: Natura.
Cristiano Alves de Carvalho
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18
�� Reuso não potável para fins industriais: ocorre com a utilização em todos os processos in-
dustriais, tais como a refrigeração, as águas de processo, para utilização em caldeiras, entre 
outros.
 
Fonte: Brasil Diário. 
 
�� Reuso não potável para fins recreacionais: ocorre com a utilização em todos os processos de 
irrigação de plantas ornamentais, camposde futebol, parques, entre outros.
Fonte: Revista Construarte.
Reuso da Água
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19
�� Reuso não potável para fins domésticos: ocorre com a utilização em todos os processos de 
reuso de água para rega de jardins, descargas sanitárias, entre outros.
Fonte: http://usosustentaveldaagua.tripod.com/id1.html.
�� Reuso para manutenção de vazões: é a utilização planejada de efluentes tratados, que possui 
como principal objetivo uma adequada diluição de possíveis cargas poluidoras a eles carrea-
das, incluindo-se fontes difusas, além de propiciar uma vazão mínima na estiagem.
�� Recarga de aquíferos subterrâneos: ocorre com a utilização em todos os processos de recar-
ga dos aquíferos subterrâneos.
AtençãoAtenção
A prática do reuso se processa de forma direta 
quando o efluente, após tratamento, é utilizado 
no ponto de aplicação. Também pode ocorrer 
de forma indireta quando o efluente é aplicado 
após a passagem por um curso d’água.
2.2 Riscos do Reuso da Água
Caro(a) aluno(a), vamos abordar um assun-
to delicado e que, devido a falta de conhecimento 
da população, acaba sendo um entrave para uma 
maior disseminação do reuso da água. A gran-
de maioria dos efluentes disponíveis para reuso 
apresenta compostos orgânicos sintéticos e orga-
nismos patogênicos, especialmente nos efluentes 
originários de estações de tratamento de esgotos 
de grandes conurbações, com polos industriais 
de grande importância econômica, caracteriza 
reuso potável como umas alternativas atreladas a 
riscos muito expressivos, tornando-o inaceitável.
A tecnologia para o tratamento adequa-
do desses efluentes e os custos dos sistemas de 
tratamentos levam à inviabilidade econômico-
-financeira para o abastecimento público, não 
http://usosustentaveldaagua.tripod.com/id1.html
Cristiano Alves de Carvalho
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
20
garantindo ainda a proteção adequada da saúde 
dos consumidores. Saiba que o uso dos efluentes 
para fins não potáveis deve ter a qualidade sanitá-
ria garantida por meio de tratamento adequado. 
Uma pesquisa desenvolvida por Rose et al. 
(1991) revelou que organismos patogênicos são 
liberados na água do banho e da lavagem de 
roupas. Também, micro-organismos patogênicos 
podem estar presentes na água da lavagem de 
alimentos crus como carnes e vegetais (ALLOS; 
TAYLOR, 1998). A tabela a seguir cita alguns dos 
principais riscos à saúde associados à presença 
dos micro-organismos patogênicos.     
 
Fonte: Allos e Taylor (1998).
Mendonça (2004) classifica os efluentes do-
mésticos em “efluente negro”, ou “blackwater”, e 
em “efluente cinza”, ou “greywater”. Para sistemas 
de reuso de água, é necessário conhecer as carac-
terísticas do efluente, para a definição do trata-
mento a ser aplicado e o uso final que esse efluen-
te poderá suprir. Jefferson et al. (1999); Eriksson 
et al. (2002) e Ottoson e Stenstrom (2003) classi-
ficam águas cinzas escuras como águas servidas 
residenciais originadas de lavatórios, chuveiros, 
banheiras, pias de cozinha, máquinas e tanques 
de lavar roupas. 
Para determinarmos o tipo de tecnologia 
para tratar a água cinza, precisamos considerar a 
variação de vazão em curtos períodos de tempo, 
bem como elevada biodegradabilidade. O trata-
mento da água cinza é semelhante ao utilizado 
em estações de tratamento de esgoto sanitário, 
com exigências quanto da qualidade do efluente 
muito superior. 
Fonte: LabCau.
Reuso da Água
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21
No Brasil, o reuso da água está relacionado 
mais efetivamente aos setores industriais e co-
merciais, devido às dificuldades de fiscalização e 
ao acréscimo no custo final da edificação. Muitas 
pesquisas estão sendo desenvolvidas para a im-
plantação desses sistemas de reuso, tornando 
viável essa tecnologia para todos.
É preciso desenvolver leis que estimulem 
tais práticas, mas também é preciso observar os 
aspectos técnicos, sanitários e ambientais, entre 
outros, que estão relacionados ao tema. A legisla-
ção deve estabelecer todos os critérios e mecanis-
mos para o controle dos sistemas de uso e reuso 
da água, a fim de evitar riscos à saúde pública e 
danos ao meio ambiente.
Saiba maisSaiba mais
“Águas cinzas e o desenvolvimento sustentável
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas (ONU), entre outras instituições, 
vêm alertando para o fato de que em algumas décadas a água doce será o recurso natural mais escasso e 
disputado pela maioria dos países. Dados da Associação dos Fabricantes de Materiais Sanitários (ASFAMAS) 
informam que o brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais água do que o volume indicado como suficiente 
pela OMS, que recomenda o consumo diário de 40 litros diários por pessoa.
Nesse contexto, surge o conceito de ‘água cinza’, que nada mais é do que a água que foi utilizada na máquina 
de lavar, na pia, na banheira ou no chuveiro. Correspondendo de 50 a 80% da água usada que vai para o esgoto, 
a água cinza possui diversas aplicações: irrigação de terrenos, lavagem de pisos e janelas, uso no vaso sanitário, 
entre outras.
Por possuir inúmeros aspectos positivos, a utilização da água cinza vem sendo discutida por vários setores da 
sociedade e já é praticada por alguns. Segundo o engenheiro Alexandre Santos, um condomínio que adote tal 
processo possui o grande benefício de usar essa água de reuso para fins não potáveis, conseguindo economia 
e ajudando de maneira muito significativa o meio ambiente. “Esse volume de aproximadamente 40.000 litros 
que eles não compram, ou você atende a outros locais que ainda não têm essa água, ou deixa de retirar essa 
água do manancial. Além disso, esse esgoto que está sendo tratado está deixando de ir para uma estação de 
tratamento (redução de custos) e para os mares.” 
Fonte: http://www.anamma.com.br/mostra-empauta.php?id=10
2.3 Potencial e Limitações do Reuso de Água
�� A confiabilidade de um sistema de 
tratamento para fins de reuso é a ca-
pacidade do sistema em produzir, de 
maneira consistente, efluentes dentro 
dos padrões exigidos (METCALF; EDDY, 
2003). Podemos dividir em duas classes 
os problemas que afetam o desempe-
nho e a confiabilidade de um sistema 
de tratamento: desempenho e confia-
bilidade de um sistema de tratamento 
afetado por falhas operacionais, defi-
ciências de projeto e falhas mecânicas; 
desempenho e confiabilidade de um 
sistema de tratamento afetado pela va-
riabilidade dos afluentes ao sistema de 
tratamento.
Apresentaremos, agora, as diversas limita-
ções e vantagens que podem ser relacionadas ao 
ponto de vista social, econômico e ambiental. No 
quadro a seguir são apresentadas as vantagens e 
limitações para cada tipo de reuso.
Cristiano Alves de Carvalho
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Reuso Urbano
Vantagens Limitações
• Preservação dos recursos hídricos. 
• Redução da captação de águas superficiais e 
subterrâneas.
• Aumento da disponibilidade de água para usos 
mais exigentes, tais como abastecimento público.
• Minimização das descargas em corpos d’água.
• Possibilidade de contaminação das águas de 
superfície e subterrânea devida gestão ineficiente 
durante a irrigação de ambientes urbanos.
• Falta de conscientização da população para a 
necessidade de preservação dos recursos hídricos.
• Inexistência de legislação e normas técnicas 
específicas sobre o assunto.
• Falta de estímulo ao reuso por parte dos poderes 
públicos.
• Investimentos em instalações hidráulicas e 
estações de tratamento relativamente elevado; não 
apresentam retorno em curto prazo.
Fonte: Água.org
Reuso Agrícola
Vantagens Limitações
• Preservação dos recursos subterrâneos.
• Minimização das descargas de esgotos em corpos 
d’água.
• Aumento da área cultivada a da produtividade 
agrícola.
• Diminuição da tendência de erosão do solo. 
• Aumento da concentração de matéria orgânica no 
solo e maior retenção de água. 
• Economia com fertilizantes corpos d’água.
• Possibilidadede salinização dos solos.
• Possibilidade de acúmulo de contaminantes 
químicos no solo.
• A aplicação de esgotos por períodos muitos 
longos pode levar à criação de habitats propícios à 
proliferação de vetores transmissores de doenças, 
tais como mosquitos e algumas espécies de 
caramujos.
Fonte: Água.org
Reuso Industrial
Vantagens Limitações
• Redução do lançamento de efluentes industriais 
em cursos d’água, possibilitando melhorar a 
qualidade das águas interiores das regiões mais 
industrializadas. 
• Redução da captação de águas superficiais e 
subterrâneas.
• Aumento da disponibilidade de água para usos 
mais exigentes, tais como abastecimento público.
• Melhoria da imagem junto à sociedade, com 
reconhecimento de empresa socialmente 
responsável.
• Redução dos custos de produção. 
• Aumento da competitividade do setor.
• Possibilidade de ocorrência de problemas 
relacionados à corrosão, incrustações e depósitos 
de materiais sólidos nas tubulações, tanques etc., 
se não houver rigor quanto à qualidade da água de 
reuso exigida para cada atividade industrial.
• Possibilidade de alterações da solubilidade 
de reagentes nas etapas de processamento e 
alterações das características físicas e químicas dos 
produtos finais.
Fonte: Água.org
Reuso da Água
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23
Caro(a) aluno(a),
Vimos neste capítulo que, segundo Borges (2003), historicamente, registram-se práticas de reuso 
referentes às antigas civilizações, sobretudo na Grécia, onde os efluentes eram usados para irrigação nas 
agriculturas. No entanto, somente a partir do século XX surgiram as primeiras regulamentações sobre o 
tema. Observamos que o reuso da água ocorre de forma direta ou indireta por meio de ações planejadas 
ou não. 
Vimos também que, segundo a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), 
o critério adotado para classificar o reuso de água é realizado em duas divisões: potável e não potável.
Tratamos em seguida de cada caso:
�� Reuso potável direto; 
�� Reuso potável indireto;
�� Reuso não potável para fins agrícolas;
�� Reuso não potável para fins industriais;
�� Reuso não potável para fins recreacionais;
�� Reuso não potável para fins domésticos;
�� Reuso para manutenção de vazões; 
�� Recarga de aquíferos subterrâneos.
 
Além disso, vimos que a grande maioria dos efluentes disponíveis para reuso apresenta compostos 
orgânicos sintéticos e organismos patogênicos, especialmente nos efluentes originários de estações de 
tratamento de esgotos de grandes conurbações, com polos industriais de grande importância econô-
mica, caracteriza reuso potável como umas alternativas atreladas a riscos muito expressivos, tornando-o 
inaceitável.
A confiabilidade de um sistema de tratamento para fins de reuso reside na capacidade do sistema 
de produzir, de maneira consistente, efluentes dentro dos padrões exigidos (METCALF; EDDY, 2003). Po-
demos dividir em duas classes os problemas que afetam o desempenho e a confiabilidade de um sistema 
de tratamento. São elas: desempenho e confiabilidade de um sistema de tratamento afetado por falhas 
operacionais, deficiências de projeto e falhas mecânicas; e desempenho e confiabilidade de um sistema 
de tratamento afetado pela variabilidade dos afluentes ao sistema de tratamento.
2.4 Resumo do Capítulo
Cristiano Alves de Carvalho
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2.5 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a),
Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se você fixou bem o conteúdo; assim, respon-
da às perguntas a seguir conforme o seu entendimento.
1. Explique as formas de reuso da água de acordo com a OMS.
2. Cite pelo menos duas vantagens e desvantagens para o reuso de água urbano.
3. Cite pelo menos duas vantagens e desvantagens para o reuso de água agrícola.
4. Cite pelo menos duas vantagens e desvantagens para o reuso de água industrial.
5. Como podemos definir as águas de cinza?
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Caro(a) aluno(a), saiba que a agricultura ir-
rigada é uma importante atividade para a econo-
mia do Brasil. Com a má distribuição das chuvas, a 
irrigação e a drenagem dos campos compensam 
os efeitos negativos para os campos. 
Em 2002, a área total cultivada no Brasil era 
de 54 milhões de hectares, e apenas 3 milhões 
de hectares contavam com sistemas de irrigação 
(CHRISTOPHIDIS, 2002). 
O cenário atual é de 77 milhões de hectares 
de área cultivada no país; porém, a área irrigada 
esta próxima dos 3%. A irrigação intensifica a pro-
dução agrícola, mantendo as disponibilidades e 
os estoques de cultivares, visto que essa prática 
propicia uma produção na contra estação. 
A atividade de irrigação é a maior consumi-
dora de água entre os diversos usos desse recur-
so natural. Dentro dela, os consumos específicos 
variam bastante, a depender do método de irri-
gação empregado. A natureza do solo, o tipo de 
requerimentos das diferentes culturas e os índi-
ces de evaporação das regiões são elementos im-
portantes para se definir o consumo de água para 
irrigação (BERNARDI, 2003). 
Segundo Beekman (2006), como a deman-
da pela água continua a aumentar, o retorno das 
águas servidas e o seu reuso vêm se tornando 
um componente importante no planejamento, 
desenvolvimento e utilização dos recursos hídri-
cos, tanto em regiões áridas como nas úmidas. A 
utilização das águas servidas para propósitos de 
uso não potável, como na agricultura, represen-
ta um potencial a ser explorado em substituição 
TECNOLOGIAS DE REUSO DE ÁGUA3
3.1 Reuso Agrícola 
à utilização de água tratada e potável. Por meio 
do planejamento integrados dos recursos águas 
naturais e águas servidas, a reutilização pode pro-
piciar suficiente flexibilidade para o atendimento 
das demandas de curto prazo, assim como asse-
gurar o aumento da garantia no suprimento de 
longo prazo.
A aplicação de esgotos no solo é uma forma 
efetiva de controle da poluição e uma alternati-
va viável para aumentar a disponibilidade hídrica 
em regiões áridas e semiáridas (FUNASA, 2005).
O uso de esgotos como forma de reuso está 
associado aos aspectos ambientais, econômicos 
e de saúde pública. Essa prática, no Brasil, ainda 
é muito nova, limitando-se a áreas de cana-de-
-açúcar que são irrigadas com vinhaça. 
De acordo com Hespanhol (2009), apesar 
das inúmeras vantagens apresentadas por essa 
prática, alguns efeitos detrimentosos podem 
ocorrer em associação com o uso de esgotos na 
irrigação. Um efeito potencialmente negativo é a 
poluição, particularmente por nitratos, de aquífe-
ros subterrâneos, utilizados para abastecimento 
de água. Isso ocorre quando uma camada insatu-
rada, altamente porosa, se situa sobre o aquífero, 
permitindo a percolação de nitratos. Entretanto, 
ocorrendo uma camada profunda e homogênea 
capaz de reter nitratos, a possibilidade de conta-
minação é bastante pequena. A assimilação de 
nitrogênio pelas culturas reduz a possibilidade de 
contaminação por nitrato, mas isso depende das 
taxas de assimilação pelas plantas e das taxas de 
aplicação de esgotos no solo. 
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Segundo Mancuso (2008), entre os riscos 
envolvidos na utilização de efluentes pós-trata-
dos na irrigação agrícolas, podemos destacar: a 
restrição de culturas a serem irrigadas, a seleção 
do método de irrigação e o controle da exposição 
humana, pois estes são fatores que devem ser le-
vados em consideração, uma vez que apresentam 
riscos de varias formas, sendo capazes de atingi-
rem as plantas e também a saúde pública.
Métodos de irrigação
Caro(a) aluno(a), antes de abordarmos os 
sistemas de irrigação é preciso salientar que não é 
possível encontrar um sistema de irrigação ideal, 
capaz de atender a todas as demandas envolvi-
das. Por isso, deve-se escolher o sistema de irri-
gação mais adequado para atender aos objetivos 
desejados. A seleção do melhor método requer 
uma análise detalhada das condições apresenta-das (cultura, solo e topografia).
Saiba maisSaiba mais
Principais Métodos e Sistemas de Irrigação
Método de irrigação é a forma pela qual a água pode ser aplicada às culturas. Basicamente, são quatro os mé-
todos de irrigação: superfície, aspersão, localizada e subirrigação. Para cada método, há dois ou mais sistemas 
de irrigação que podem ser empregados. A razão pela qual há muitos tipos de sistemas de irrigação é a grande 
variação de solo, clima, culturas, disponibilidade de energia e condições socioeconômicas para as quais o sis-
tema de irrigação deve ser adaptado. Uma abordagem detalhada dos métodos e sistemas de irrigação e suas 
adaptabilidades às mais diversas condições de clima, solo e culturas é feita no documento “Seleção do Sistema 
de Irrigação”. 
Fonte: EMBRAPA.
Vamos tratar agora dos métodos de irrigação. São eles:
�� Aspersão: ocorre quando a água é aplicada sobre o solo e sobre a folhagem da cultura.
Irrigação por aspersão convencional em área experimental de milho.
Foto: Camilo L. T. Andrade
Reuso da Água
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�� Localizada: ocorre quando aplicamos a água de maneira localizada sobre a superfície do solo 
e sob a área sombreada pela copa das plantas.
Fonte: UFG.
�� Superfície: ocorre quando quase toda a superfície do solo é umedecida com a ajuda da gra-
vidade.
Fonte: UFG.
Cristiano Alves de Carvalho
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�� Subterrânea: ocorre quando a aplicação da água é feita abaixo da superfície do solo, ou seja, 
diretamente nas raízes das plantas.
Fonte: UFG.
Os sistemas de irrigação são o conjunto de equipamentos, formas de manejo e operação que, de 
forma organizada, realizarão o ato de irrigar as culturas.
Fonte: UFG.
A seguir, temos uma tabela com os fatores que afetam a seleção do método de irrigação:
Reuso da Água
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Método Fatores
Declividade Taxa de Infiltração Sensibilidade da Cultura ao Molhamento Efeito do Vento
Superfície
Área deve ser 
plana ou nivelada 
artificialmente a um 
limite de 1%. Maiores 
declividades podem 
ser empregadas 
tomando-se cuidados 
no dimensionamento.
Não recomendado 
para solos com taxa 
de infiltração acima 
de 60 mm/h ou com 
taxa de infiltração 
muito baixa.
Adaptável à 
cultura do milho, 
especialmente o 
sistema de sulcos.
Não é problema 
para o sistema 
de sulcos.
Aspersão Adaptável a diversas condições.
Adaptável às mais 
diversas condições.
Pode propiciar o 
desenvolvimento de 
doenças foliares.
Pode afetar a 
uniformidade de 
distribuição e a 
eficiência.
Localizada Adaptável às mais diversas condições.
Todo tipo. Pode 
ser usado em 
casos extremos, 
como solos muito 
arenosos ou muito 
pesados.
Menor efeito de 
doenças que a 
aspersão. Permite 
umedecimento de 
apenas parte da 
área.
Nenhum efeito 
no caso de 
gotejamento.
Subirrigação Área deve ser plana ou nivelada.
O solo deve ter 
uma camada 
impermeável abaixo 
da zona das raízes, 
ou lençol freático 
alto que possa ser 
controlado.
Adaptável à cultura 
do milho desde 
que o solo não 
fique encharcado 
o tempo todo. 
Pode prejudicar a 
germinação.
Não tem efeito.
Fonte: Adaptado de Turner (1971) e Gurovich (1985).
3.2 Biossólidos
O uso de biossólidos cresceu muito nas úl-
timas décadas em resposta à necessidade de au-
mentar a produção de alimentos sem a utilização 
de fertilizantes sintéticos. 
Os poluentes químicos são contaminantes 
microbiológicos, devido ao fato de que aderem 
ao tecido das plantas por adsorção que é realiza-
da pelas raízes. O grande inconveniente reside no 
fato de os poluentes químicos não poderem ser 
efetivamente removidos, seja por lavagem super-
ficial, seja por cozimento.
Hoje, existem mais de 65 mil produtos quí-
micos utilizados na agricultura, na indústria e em 
todos os demais setores da sociedade moderna 
que descartam esses produtos em águas resi-
duais, o que nos leva finalmente aos biossólidos. 
O uso agrícola de biossólido apresenta-se como 
uma alternativa promissora, pois transforma este 
resíduo em um importante insumo agrícola, con-
tribuindo para a diminuição do uso de fertilizan-
tes minerais e redução do efeito estufa (FERNAN-
DES; SILVA, 1999; ANDREOLI; PEGORINI, 2000).
Dessa forma, diversos são os estudos vol-
tados para a utilização de biossólidos como fer-
tilizante agrícola, sugerindo essa prática como 
uma excelente alternativa para diminuição de 
problemas ambientais e reciclagem de resíduos 
urbanos. Contudo, ainda são necessários estudos 
voltados para o desenvolvimento sustentável nos 
sistemas de reciclagem desses resíduos (GON-
ÇALVES JR. et al., 2007).
Cristiano Alves de Carvalho
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30
O uso agrícola de biossólido apresenta-se 
como uma alternativa promissora, pois transfor-
ma esse resíduo em um importante insumo agrí-
cola, contribuindo para a diminuição do uso de 
fertilizantes minerais e redução do efeito estufa 
(FERNANDES; SILVA, 1999; ANDREOLI; PEGORINI, 
2000).
Dessa forma, diversos são os estudos vol-
tados para a utilização de biossólidos como fer-
tilizante agrícola, sugerindo essa prática como 
uma excelente alternativa para diminuição de 
problemas ambientais e reciclagem de resíduos 
urbanos. Contudo, ainda são necessários estudos 
voltados para o desenvolvimento sustentável nos 
sistemas de reciclagem desses resíduos (GON-
ÇALVES JR. et al., 2007).
Existem diversas pesquisas apontando 
para incrementos de produtividade decorrentes 
do uso do biossólido para diversas culturas, tais 
como espécies florestais (POGGIANI; GUEDES.; 
BENEDETTI, 2000), cana-de-açúcar (SILVA et al., 
2001) e soja (VIEIRA et al., 2005), demonstrando 
que o uso do biossólido pode vir em complemen-
tação ou até mesmo em substituição aos fertili-
zantes minerais (SILVA; RESCK; SHARMA, 2002; 
MELO et al., 2004).
Saiba maisSaiba mais
O biossólido, ou lodo de esgoto, é a parte sólida, rica em nutrientes e matéria orgânica, que resulta do trata-
mento de esgotos. Além de colaborar com a despoluição dos rios e outros corpos hídricos, a utilização agrícola 
do lodo de esgoto é uma alternativa mais adequada do que os aterros sanitários, a incineração e as fazendas 
de lodo (proibidos há 20 anos). De acordo com os pesquisadores, o Brasil pode economizar US$ 500 milhões 
anuais com a reciclagem de nutrientes pela utilização lodo de esgoto na agricultura.
O valor agronômico do lodo de esgoto é inquestionável quando ele apresenta características adequadas em 
relação ao padrão de nutrientes, poluentes e patógenos humanos. As pesquisas dão conta de que o lodo 
de esgoto tem todos os nutrientes exigidos pelas plantas e possui alto teor de matéria orgânica. Atua como 
condicionador do solo, melhorando a sua estrutura. Esse resíduo, portanto, apresenta potencial econômico. A 
sua utilização, desde que adequada e dentro das normas estabelecidas pelos órgãos ambientais, pode trazer 
benefício ao ambiente. No entanto, os estudos em torno da avaliação do impacto ambiental de sua utilização 
ainda devem demorar alguns anos.
Fonte: http://www.cnpma.embrapa.br/nova/mostra2.php3?id=668
Comparando o uso de biossólido e fertili-
zantes minerais, Lemainski e Silva (2006) constata-
ram que o lodo de esgoto foi em média 18% mais 
eficiente do que o fertilizante mineral como fonte 
de nutrientes na cultura da soja. Trannin, Siqueira 
e Moreira (2005; 2008) citam que a utilização de 
biossólido oriundo da indústria de fibras e resinas 
PET, suplementado com K2O e P2O5 durante dois 
anos consecutivos melhorou a fertilidade do solo, 
o estado nutricional e a produtividade do milho.
Em contrapartida, Marques et al. (2000) re-
latam que um dos efeitos negativos da aplicação 
de biossólido é a incorporação de metais pesados 
tóxicos, o que pode reduzir a biomassa microbia-
na do solo, inibir a fixação de N e reduzir a ativida-
de enzimática.
Reuso da Água
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31
Os dejetos provenientes da produção in-dustrial são os maiores causadores de poluição 
dos rios. Isso vem obrigando as indústrias a inves-
tir em práticas sustentáveis.
3.3 Reuso da Água na Indústria
Foto: Guilherme Cecílio.
Uma das práticas para um desenvolvimen-
to sustentável é a reutilização da água, que é sem 
sombra de dúvida uma prática extremamente efi-
ciente e vantajosa que reduz o impacto ao meio 
ambiente e os custos na produção.
Um grande impulso para essa mudança foi 
a outorga para o despejo de efluentes nos rios, 
que se tornou caro e restritivo. Essa outorga foi 
imposta pela chamada “Lei das Águas” (Lei nº 
9.433), instituída pelo governo em 1997, que defi-
niu mecanismos de cobrança pelo uso da água e 
garantiu que as indústrias notassem as vantagens 
do reuso da água e buscassem soluções do reuso 
em sua cadeia produtiva.
http://www.flickr.com/photos/guilhermececilio/
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32
Fonte: agecombahia
Métodos de reutilização de água industrial
 
A elaboração de um projeto para fazer a 
reutilização de água em processos industriais 
deve ser feita de maneira cuidadosa e criteriosa, 
visto que é necessário conhecer todas as etapas 
de produção, qualidade e quantidade de água 
empregadas nos mais variados processos, para 
somente então estabelecer as formas de reutiliza-
ção mais viáveis.
A Companhia de Bebidas das Américas 
(Ambev) reutiliza a água de forma indireta para a 
lavagem de caminhões de transporte, limpeza de 
equipamentos e descargas sanitárias, visto que 
ela não pode reutilizar a água como matéria-pri-
ma para seus produtos.
As indústrias que podem empregar o reu-
so da água como matéria-prima para seus pro-
dutos fazem uma recirculação da água. Isso sig-
nifica que a água que será reutilizada é oriunda 
dos efluentes da produção e da captação de água 
pluvial e, quando necessário, ela pode ser tratada 
entre um processo e outro de produção na pró-
pria indústria.
Tratamento de Efluente em Indústria Têxtil 
Foto: Fabiano Souza.
http://www.flickr.com/photos/agecombahia/
http://www.flickr.com/photos/fabianosouza/
Reuso da Água
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33
Na reciclagem interna, os efluentes indus-
triais são tratados por processos biológicos e 
físico-químicos. Nos processos biológicos, reali-
zamos a decomposição da matéria orgânica por 
meio de bactérias aeróbias e anaeróbias, utilizan-
do ou não oxigênio, respectivamente. Já nos pro-
cessos físico-químicos, realizamos a filtração dos 
materiais orgânicos, decantação dos resíduos só-
lidos, floculação por adição de produtos químicos 
e a precipitação química.
AtençãoAtenção
As formas mais comuns do reuso da água in-
dustrial, segundo a OMS, são:
• Reuso direto: uso planejado dos recursos hí-
dricos provenientes de efluentes, tratamen-
tos de esgotos ou captações pluviais para o 
uso industrial.
• Reuso indireto: quando a água já utilizada 
é tratada e despejada nos corpos hídricos 
para diluição e captada de novo justamente 
para o reuso.
• Reciclagem interna: a forma mais econômi-
ca de reuso industrial, na qual, após o uso, a 
água é tratada dentro das instalações indus-
triais e reutilizada na própria produção.
3.4 Reuso das Águas Tratadas por Lodos Ativados na Aquicultura
Na aquicultura, a produção de proteínas a 
baixos custos é realizada por meio do reaprovei-
tamento de águas residuárias. 
A aquicultura é um potencial “usuário” de 
águas. Contudo, é algumas vezes classificada 
como atividade de “uso não consuntivo”, ou seja, 
forma de exploração dos recursos hídricos que 
não consome água (CEARÁ, 1997). 
Devemos enquadrar essa definição às situa-
ções nas quais povoamos com peixes os açudes, 
reservatórios ou lagos que não foram construídos 
com o objetivo do cultivo de organismos aquáti-
cos. 
Em contrapartida, temos a aquicultura se-
mi-intensiva e intensiva, que são modalidades 
que visam a maiores produtividade e retorno fi-
nanceiro e que são atividades nas quais há con-
sumo de água. 
A aquicultura é uma alternativa para a pro-
dução de proteína animal com baixo custo e que 
atinge uma produtividade significativa devido 
ao uso de efluentes das Estações de Tratamento 
de Esgotos (ETEs) que são excelentes fontes de 
nutrientes e proporcionam um alimento natural 
para os peixes nos viveiros, por meio da atividade 
microbiana na coluna d’água, e nos sedimentos, 
produzindo um substrato para os organismos fo-
tossintetizantes, que são a base da alimentação 
de peixes herbívoros.
O tratamento biológico por lodos ativados 
apresenta, segundo Sperling (1995), uma eficiên-
cia de 65 a 90% na remoção de coliformes. Con-
tudo, deve-se considerar que tratamentos adicio-
nais possam vir a ser necessários para remoção de 
coliformes, a fim de atender aos padrões desejá-
veis, considerando-se o uso para a produção de 
alimentos.
Saiba que o parâmetro apresentado neces-
sita de um cuidado especial, pois influi de ma-
neira direta na qualidade do pescado. Segundo 
considerações de Vieira (1989), a qualidade será 
comprometida devido ao fato de a microbiota do 
pescado ser tanto mais rica quanto mais poluída 
for a água de onde ele advém.
A captação de água para o abastecimento 
dos viveiros deve ser feita após a adição de cloro, 
a fim de garantir uma redução significativa na car-
ga microbiana. Contudo, deve ser observado um 
período de tempo adequado (aproximadamente 
24 horas) para que ocorra a diminuição do cloro 
Cristiano Alves de Carvalho
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34
residual, de modo a não comprometer o cultivo. 
A água clorada, quando exposta à luz solar, à agi-
tação e a altas temperaturas, reduz rapidamente 
sua concentração (SOARES; MAIA, 1999). 
Alguns cuidados devem ser tomados, como, 
por exemplo, não liberar de imediato a água para 
o abastecimento dos viveiros povoados com 
peixes. É preciso, antes, mantê-la em uma caixa 
d’água ou em um tanque de armazenamento 
para que o cloro atinja concentrações inócuas aos 
animais. Quando se desejar abastecer diretamen-
te os viveiros, eles só devem ser povoados com os 
peixes após alguns dias (TORRES, 2000).
Uma consequência que pode surgir devido 
às reações do cloro com a matéria orgânica pre-
sente na água é a formação de produtos haloge-
nados. 
3.5 Coleta, Tratamento e Uso de Águas Pluviais 
Em geral, um sistema de aproveitamento 
de águas pluviais é composto por reservatório 
de acumulação, reservatório de descarte para 
eliminação da água nos primeiros minutos de 
chuva, reservatório de distribuição (atendendo 
à NBR 5626), unidades separadoras de sólidos 
grosseiros, sistema de pressurização por bombas, 
sistemas de tratamento ou apenas sistema de 
dosagem de produtos para desinfecção da água, 
além de calhas, tubos e conexões. A figura a seguir 
apresenta um desenho esquemático do funciona-
mento de um sistema de coleta e aproveitamento 
de águas pluviais (TOMAZ, 1998).
Fonte: Tomaz (1998).
Alguns cuidados especiais devem ser toma-
dos com relação à instalação e à manutenção des-
ses sistemas (MAY, 2004): 
a) a entrada de luz do sol em reservatórios 
deve ser evitada para diminuir a prolife-
ração de microrganismos;
Reuso da Água
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b) a saída de extravasares deve conter gra-
de para evitar a entrada de pequenos 
animais;
c) pelo menos uma vez por ano deve ser 
feita a limpeza do reservatório, remo-
vendo o lodo que se acumula no fundo; 
d) os reservatórios de águas pluviais de-
vem conter uma pequena declividade 
no fundo para facilitar a limpeza; 
e) é aconselhável localizar reservatórios 
de acumulação de águas pluviais pró-
ximo ao condutor vertical, podendo ele 
ser elevado, enterrado ou apoiado;
f ) a água coletada deve ser utilizada so-
mente para consumo não potável; 
g) em uma estiagem prolongada, pode-se 
prever o reabastecimento dos reserva-
tórios de águas pluviais com água po-
tável, em quantidades que garantam o 
consumo diário; 
h) a entrada de água potável em reserva-
tóriosde águas pluviais deve estar aci-
ma da entrada de águas pluviais, para 
que estas não retornem ao reservatório 
de água potável;
i) deverão ser tomados os devidos cui-
dados para que as águas pluviais não 
contaminem os reservatórios de água 
potável caso o reservatório de águas 
pluviais esteja ligado a eles;
j) no fundo dos reservatórios deve existir 
um dispositivo para evitar turbulência 
na água e não agitar o material sedi-
mentado;
k) as tubulações de águas pluviais devem 
ser devidamente identificadas, a fim de 
evitar uma possível interconexão com o 
sistema de água potável;
l) próximo a mangueiras de jardim ou 
quintal deve existir uma placa de aviso 
água não potável. 
3.6 Legislação e Normatização do Reuso da Água 
A falta de normatização específica e de le-
gislação para o reuso da água tem dificultado o 
trabalho dos profissionais que adotam referen-
ciais internacionais ou orientações técnicas pro-
duzidas por instituições privadas.
A legislação existente no Brasil que trata do 
reuso de água é a Resolução nº 54, de 28 de no-
vembro de 2005, emitida pelo Conselho Nacional 
de Recursos Hídricos (CNRH), que “estabelece mo-
dalidades, diretrizes e critérios gerais para a práti-
ca de reuso direto não potável de água em todo 
território nacional”. Segundo o art. 3º da Resolu-
ção nº 54, o reuso não potável de água abrange 
as seguintes modalidades: reuso para fins urba-
nos, agrícolas e florestais, ambientais, industriais 
e aquicultura.
Somente após a promulgação da Lei nº 
9.433/1997, que regulamenta a Política Nacional 
de Recursos Hídricos, é que foi dado um novo en-
foque para a questão hídrica. Porém, pouca preo-
cupação foi demonstrada no sentido de estabele-
cer normas e padrões para a reutilização da água 
no Brasil.
Conforme Fink e Santos (2002), a legislação 
em vigor, ao instituir os fundamentos da gestão 
de recursos hídricos, cria condições jurídicas e 
econômicas para a hipótese do reuso de água 
como forma de utilização racional e de preserva-
ção ambiental.
Cristiano Alves de Carvalho
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Caro(a) aluno(a), vimos, neste capítulo, algumas tecnologias de reuso de água e que a agricultura 
irrigada é uma importante atividade para a economia do Brasil. A atividade de irrigação é a maior consu-
midora de água entre os diversos usos desse recurso natural. 
A aplicação de esgotos no solo é uma forma efetiva de controle da poluição e uma alternativa viá-
vel para aumentar a disponibilidade hídrica em regiões áridas e semiáridas (FUNASA, 2005).
Não é possível encontrar um sistema de irrigação ideal, capaz de atender a todas as demandas 
envolvidas. Por isso, deve-se escolher o sistema de irrigação mais adequado para atender aos objetivos 
desejados. A seleção do melhor método requer uma análise detalhada das condições apresentadas (cul-
tura, solo e topografia). Os métodos de irrigação são: aspersão; localizada; superfície; subterrânea. 
Vimos também que o uso de biossólidos cresceu muito nas últimas décadas em resposta à neces-
sidade de aumentar a produção de alimentos sem a utilização de fertilizantes sintéticos. O biossólido, 
ou lodo de esgoto, é a parte sólida, rica em nutrientes e matéria orgânica, que resulta do tratamento de 
esgotos.
Os dejetos provenientes da produção industrial são os maiores causadores de poluição dos rios, o 
que vem obrigando as indústrias a investir em práticas sustentáveis.
Na aquicultura, a produção de proteínas a baixos custos é realizada por meio do reaproveitamento 
de águas residuárias. 
Observamos que a falta de normatização específica e de legislação para o reuso da água tem di-
ficultado o trabalho dos profissionais que adotam referenciais internacionais ou orientações técnicas 
produzidas por instituições privadas.
Saiba maisSaiba mais
O reuso local onde o esgoto é de origem essencialmente doméstica ou com características similares, após 
tratamento, deve ser reutilizado para fins que exigem qualidade de água não potável, mas sanitariamente 
segura, tais como irrigação dos jardins, lavagem de pisos e veículos automotivos, descarga de vasos sanitários, 
manutenção paisagística dos lagos e canais com água, irrigação dos campos agrícolas, pastagens etc. Temos 
também as classes e os parâmetros para os esgotos, conforme o reuso previsto. As classes são as seguintes:
• Classe 1: lavagem de veículos e outros usos que requerem o contato direto do usuário com a água, com 
possível aspiração de aerossóis pelo operador, incluindo chafarizes.
• Classe 2: lavagens de pisos, calçadas e irrigação de jardins, manutenção de lagos e canais para fins paisagís-
ticos, exceto chafarizes. 
• Classe 3: reuso nas descargas de vasos sanitários.
• Classe 4: reuso em pomares, cereais, forragens, pastagens para gados e outros cultivos por meio de escoa-
mento superficial ou por sistema de irrigação pontual.
Fonte: NBR 13969/1997.
3.7 Resumo do Capítulo
Reuso da Água
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Caro(a) aluno(a),
Agora que terminamos este capítulo, vamos verificar se você fixou bem o conteúdo; assim, respon-
da às perguntas a seguir conforme o seu entendimento.
1. Citar e explicar os principais métodos de irrigação.
2. O que estabelece a legislação existente no Brasil para o reuso de água?
3. Quais são as formas mais comuns do reuso da água industrial, segundo a OMS?
4. O que é um biossólido e quais são as vantagens de sua utilização?
3.8 Atividades Propostas
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CAPÍTULO 1
1. 
O principal objetivo da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) é tratar as águas re-
siduais para que sejam devolvidas ao meio ambiente em condições seguras. A ETAR pode ser 
dividida em quatro fases de tratamento. São elas:
�� Tratamento Preliminar: as águas provenientes do uso doméstico ou das indústrias che-
gam à ETAR, onde os resíduos de maior dimensão são filtrados e separados. Os resíduos são 
acondicionados em contentores e, em seguida, são levados para o aterro sanitário.
�� Tratamento Primário: as águas residuais são submetidas à fase de decantação primária, 
na qual são eliminadas, por ação da gravidade, as partículas sólidas em suspensão.
�� Tratamento Secundário: esse é o momento em que as águas residuais passam por um 
Tratamento Biológico.
�� Tratamento Terciário: esse é o momento no qual as águas residuais passam por uma de-
sinfecção e remoção de nutrientes. 
�� Descarga Final da Água: é nessa fase que a água é devolvida ao meio ambiente em con-
dições ambientais seguras.
2. 
A utilização de água com uma qualidade inferior, obtida pela tecnologia do reuso de água, faz 
os mananciais de água, que nos fornecem água potável, serem preservados. O maior objetivo 
da prática do reuso é poupar grandes quantidades de água potável, a qual é substituída por 
água de qualidade inferior (geralmente efluentes pós-tratados) para situações em que pode-
mos utilizar esse recurso dentro dos padrões de potabilidade.
3. 
O conceito de reuso não é novo; trata-se de uma prática que ocorre em todo o mundo há 
anos. Desde a Grécia Antiga, a irrigação utilizou-se da disposição de esgotos para o benefício 
da agricultura. As cidades cresceram, e a demanda por água cresce de maneira exponencial, 
fazendo da tecnologia do reuso planejado da água um tema atual e de grande importância. A 
tecnologia do reuso é uma boa alternativa para o problema de escassez de água, porém não é 
a solução. É preciso conscientizar a humanidade para um uso racional ou eficiente da água, e 
devemos considerar o reuso de água como parte da solução, e não como fator definitivo para 
o problema.
RESPOSTAS COMENTADAS DAS 
ATIVIDADES PROPOSTAS
Cristiano Alves de Carvalho
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CAPÍTULO 2
1. 
De acordo com a OMS (1973), o reuso da água ocorre de forma direta ou indireta, por meio de 
ações planejadas ou não. Tem-se:
�� Reuso indireto: ocorre quando a água já usada uma ou mais vezes para uso doméstico e 
industrialé descarregada nas águas superficiais ou subterrâneas e utilizada novamente a 
jusante, de forma diluída.
�� Reuso direto: é o uso planejado e deliberado de esgotos tratados para certas finalidades, 
como irrigação, uso industrial, recarga de aquífero e água potável.
2. 
Reuso Urbano
Vantagens Limitações
Preservação dos recursos hídricos.
Redução da captação de águas superficiais e 
subterrâneas.
Minimização das descargas em corpos d’água.
Falta de conscientização da população para 
a necessidade de preservação dos recursos 
hídricos.
Inexistência de legislação e normas técnicas 
específicas sobre o assunto.
Falta de estímulo ao reuso por parte dos 
poderes públicos.
3. 
Reuso Agrícola
Vantagens Limitações
Preservação dos recursos subterrâneos. 
Minimização das descargas de esgotos em 
corpos d’água.
Aumento da área cultivada e da produtividade 
agrícola.
Possibilidade de salinização dos solos.
Possibilidade de acúmulo de contaminantes 
químicos no solo.
A aplicação de esgotos por períodos 
muitos longos pode levar à criação de 
habitats propícios à proliferação de vetores 
transmissores de doenças, tais como mosquitos 
e algumas espécies de caramujos.
Reuso da Água
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4. 
Reuso Industrial
Vantagens Limitações
Melhoria da imagem junto à sociedade, com 
reconhecimento de empresa socialmente 
responsável. 
Redução dos custos de produção. 
Aumento da competitividade do setor.
Possibilidade de ocorrência de problemas 
relacionados à corrosão, incrustações e 
depósitos de materiais sólidos nas tubulações, 
tanques etc., se não houver rigor quanto à 
qualidade da água de reuso exigida para cada 
atividade industrial.
Possibilidade de alterações da solubilidade 
de reagentes nas etapas de processamento e 
alterações das características físicas e químicas 
dos produtos finais.
5. 
Jefferson et al. (1999), Eriksson et al. (2002) e Ottoson e Stenstrom (2003) classificam águas 
cinzas escuras como águas servidas residenciais originadas de lavatórios, chuveiros, banheiras, 
pias de cozinha, máquinas e tanques de lavar roupas. 
CAPÍTULO 3
1. 
Os principais métodos de irrigação são:
�� Aspersão: ocorre quando a água é aplicada sobre o solo e sobre a folhagem da cultura.
�� Localizada: ocorre quando aplicamos a água de maneira localizada sobre a superfície do 
solo e sob a área sombreada pela copa das plantas.
�� Superfície: ocorre quando quase toda a superfície do solo é umedecida com a ajuda da 
gravidade.
�� Subterrânea: ocorre quando a aplicação da água é feita abaixo da superfície do solo, ou 
seja, diretamente nas raízes das plantas.
2. 
A legislação existente no Brasil que trata do reuso de água é a Resolução nº 54, de 28 de novem-
bro de 2005, emitida pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), a qual “estabelece 
modalidades, diretrizes e critérios gerais para a prática de reuso direto não potável de água em 
todo território nacional”. Segundo o art. 3º da Resolução nº 54, o reuso não potável de água 
abrange as seguintes modalidades: reuso para fins urbanos, agrícolas e florestais, ambientais, 
industriais e aquicultura.
Cristiano Alves de Carvalho
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3. 
As formas mais comuns do reuso da água industrial, segundo a OMS, são:
�� Reuso direto: uso planejado dos recursos hídricos provenientes de efluentes, tratamentos 
de esgotos ou captações pluviais para o uso industrial;
�� Reuso indireto: quando a água já utilizada é tratada e despejada nos corpos hídricos para 
diluição, sendo novamente captada justamente para o reuso;
�� Reciclagem interna: a forma mais econômica de reuso industrial, na qual, após o uso, a 
água é tratada dentro das instalações industriais e reutilizada na própria produção.
4. 
O biossólido, ou lodo de esgoto, é a parte sólida, rica em nutrientes e matéria orgânica, que 
resulta do tratamento de esgotos. Além de colaborar com a despoluição dos rios e outros cor-
pos hídricos, a utilização agrícola do lodo de esgoto é uma alternativa mais adequada do que 
aterros sanitários, incineração e as fazendas de lodo (proibidas há 20 anos) (Embrapa).
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	INTRODUÇÃO
	1
	CONCEITOS SOBRE REUSO DE ÁGUA
	1.1 Importância da Água
	1.2 Tipos de Água
	1.3 Resumo do Capítulo
	1.4 Atividades Propostas
	2
	APLICAÇÕES E TIPOS DO REUSO DE ÁGUA
	2.2 Riscos do Reuso da Água
	2.3 Potencial e Limitações do Reuso de Água
	2.4 Resumo do Capítulo
	2.5 Atividades Propostas
	3
	TECNOLOGIAS DE REUSO DE ÁGUA
	3.2 Biossólidos
	3.3 Reuso da Água na Indústria
	3.4 Reuso das Águas Tratadas por Lodos Ativados na Aquicultura
	3.5 Coleta, Tratamento e Uso de Águas Pluviais 
	3.6 Legislação e Normatização do Reuso da Água 
	3.7 Resumo do Capítulo
	3.8 Atividades Propostas
	RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
	REFERÊNCIAS

Outros materiais