Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A FORMAÇÃO DO TEXTO Produzir um texto é uma tarefa complexa, mas constante em nossa vida. Produzimos texto ao conversarmos, quando descrevemos uma cena ou objeto, ao contarmos uma história ou casos, ou seja, estamos através destes expondo o nosso ponto de vista sobre determinado assunto. Destarte adotamos um método natural que é do ser humano: o de formular ideias e de manifestá-las através da linguagem se utilizando da leitura e da produção escrita dentro do contexto social. Segundo Koch (2011), o sentido do texto é formado e construído na interação texto- sujeito e não a nada que preexista a essa interação. A leitura é então, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza com base nos elementos linguísticos presentes no plano textual e na sua forma de organização, mas que exige um vasto conjunto de saberes no interior do fato comunicativo. Vale ressaltar que a leitura e a escrita, é um compromisso de todo professor, pois o mesmo desempenha na escola um papel crucial, ou seja, ele atua como mediador do conhecimento. É o professor que irá incentivar o aluno na produção de textos e na apresentação de materiais que irão auxiliar o mesmo a solucionar os problemas em relação ao que escrevem. Com isso Regina Zilberman e Theodoro da Silva, articulam: “No caso da leitura, repercute no comportamento do professor e, portanto, no espaço por onde começa a trajetória do indivíduo na situação de leitor: a sala de aula”. A prática da leitura começa dentro da sala de aula, cabe então, ao professor o desenvolvimento da mesma, pois a importância de aprender a ler resume-se a condições de requisitos indispensáveis para a ascensão de novos graus de ensino, sociedade e intelectualidade. A escrita se expressa no texto, o qual pode ser compreendido como toda ação comunicativa (oral ou escrita) produzida por meio de recursos linguísticos, discursivos e através de conhecimentos socioculturais, por usuários da língua, cujos objetivos vincula-se a situações e interações privativas de nosso uso, mantendo assim uma relação leitor/ouvinte o que Koch em Desvendando os Segredos de Texto, diz: O ouvinte/leitor de um texto mobilizará todos os componentes do conhecimento e estratégias cognitivas que tem ao seu alcance para ser capaz de interpretar o texto como dotado de sentido. Isto é, espera-se sempre um texto para o qual se possa produzir sentidos e procura-se, a partir da forma como ele se encontra linguísticamente organizado, construir uma representação coerente, ativando, para tanto, os conhecimentos prévios e/ou tirando as possíveis conclusões para as quais o texto aponta. O processamento textual quer em termos de produção, quer de compreensão, depende assim, essencialmente, de uma interação – ainda que latente – entre produtor e interpretador. (KOCH, 2011. p.18) Pode-se dizer então que o texto é um fenômeno social que deve possuir características para evidenciar seu produtor, ou seja, um sujeito que o criou ao mesmo tempo em que se identifica com o interlocutor. Considerando também que o texto não é um aglomerado de palavras ou frases soltas desconexas, mas sim uma unidade linguística portadora de uma carga semântica. A Textualidade pode ser definida como o conjunto de características que fazem com que um texto seja texto, e não uma sequência de frases. É fundamental para que haja textualidade a presença de sete fatores que são a coerência, coesão, que se relacionam com o material conceitual e linguístico do texto, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e a intertextualidade. Sobre coesão e coerência Leonor Fávero relata: A coesão manifestada no nível micro textual refere-se aos modos como os componentes do universo textual, isto é, as palavras que ouvimos ou vemos, estão ligados entre si dentro de uma sequência. A coerência, por sua vez, manifesta em grande parte macro textualmente, refere-se aos modos como os componentes do universo textual, isto é, os conceitos e relações subjacentes ao texto de superfície, se unem numa configuração, de maneira reciprocamente acessível e relevante. Assim coerência é o resultado de processos cognitivos operantes entre os usuários e não mero traço dos textos. (FÁVERO, 2003. p. 10). Um texto é considerado coerente quando se consegue dar sentido a ele. Este sentido “é construído não só pelo produtor como também pelo recebedor, que precisa deter os conhecimentos necessários a sua interpretação” (VAL, 1999, p.06). Com relação à coesão, esta tem a ver com a unidade formal do texto, ela é construída através dos mecanismos gramaticais e lexicais. Entretanto, no ato de produção verbal o processo é adquirido de acordo com o que é estudado na escola e conforme o aluno lê, observando o modo de escrever de outros autores. Portanto, o ensino de Língua Portuguesa visa, também, a preparação do aluno para escrever e ler de modo mais adequado possível a situações diferentes. Atualmente, o ensino da escrita encontra-se na disciplina Redação, em que se mostra métodos e se avalia os textos produzidos pelos alunos.
Compartilhar