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Questões de Hematologia

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QUESTÕES RÁPIDAS 
1- após um tratamento de anemia, com quanto tempo se espera uma melhora nos 
exames (justifique) 
a. Um dia 
b. 24 horas 
c. 3 dias 
d. 96 horas 
e. 7 dias 
Resposta: alternativa E. A resposta ao tratamento deve ser observada avaliando a contagem 
de reticulócitos, que aumenta nos primeiros dias de reposição, atingindo um pico entre 5-10 
dias. 
2- Após inicio do tratamento de anemia de um paciente observamos que o 
reticulócito (que estava baixo) subiu. Isto significa um sinal de melhora? 
a. V ( X ) 
b. F ( ) 
Resposta: alternativa A. Nos primeiros dias de tratamento a contagem de reticulócitos 
aumenta, atingindo seu pico entre 5 e 10 dias. Assim, significando um sinal de melhora. 
3- Paciente com 5,5mg/dl de hemoglobina, esta bem, brincando. Podemos classifica-
lo como anemia grave? 
a. V ( ) 
b. F ( X ) 
Resposta: alternativa B. Não podemos classifica-lo como anemia grave pois conceito de 
gravidade não é apenas laboratorial, Depende também da clinica do paciente. 
4- Paciente esta com anemia, icterícia (aumento da bilirrubina indireta) e aumento 
de reticulócito. Isto sugere anemia ferropriva ? 
a. V ( ) 
b. F ( X ) 
Resposta: alternativa B. 
5- Em um paciente com anemia, quais sintomas abaixo justificam pensar em uma 
anemia grave. 
a. Queda cabelo e palidez intensa 
b. Sintomas neurológico e dispneia 
c. Câimbra e palidez intensa 
d. Taquicardia e palidez intensa 
Resposta: Alternativa B. Porque o que define a anemia grave é o comprometimento do sistema 
nervoso central e sistema respiratório que são órgãos vitais e não somente pela analise de 
exames laboratoriais. 
6- Paciente com 5 anos de idade com anemia leve (10mg/dl) e a presença de hemácias 
em alvo. Sem esplenomegalia. Podemos pensar em: 
a. Talassemia major e intoxicação por chumbo 
b. Anemia ferropriva e talassemia minor 
c. Anemia falciforme e anemia ferropriva 
d. Esferocitose e anemia falciforme 
Resposta: Alternativa B. Porque a presença de hemácias em alvo é característico de anemia 
ferropriva e talassemia minor, além da presença de anemia leve e esplenomegalia. 
 
7- Descreva como seria uma eletroforese normal, como seria a eletroforese na alfa 
talassemia com ausência de um e como seria na ausência de três gens. Como seria 
também a eletroforese na talassemia major? 
 Talassemia alfa com ausência de um gene: 
 Talassemia alfa com ausência de 3 genes: 
 Talassemia alfa Major: 
 
8- Qual o tratamento da talassemia alfa e da talassemia beta minor? 
 Talassemia beta minor não exige tratamento, somente orientação e aconselhamento 
genético. Sendo que, na talassemia beta minor é sugestivo a administração de acido 
fólico na gravidez. Além do controle de sintomas e prevenção de complicações. Na 
talassemia alfa minor o tratamento recomendado é: tem que fazer a transfusão de 
concentrado de hemácias além da observação do quadro clínico. Para auxiliar no 
tratamento é indicado a esplenectomia levando em consideração a idade e as 
complicações da paciente, além disso, deve ser feita a antibioticoterapia profilática. 
Como forma alternativa pode ser feito o transplante de medula óssea. 
 
CASOS CLÍNICOS 
CASO 1 - Mulher, 45 anos, com história insidiosa de astenia, dor em panturrilha e perversão do 
apetite. G6p6a0, hipermenorréia (fluxo mesntrual dura 20-25 dias por mês), desde o último 
parto, há 10 anos. Realizou hemograma em posto de saúde com o seguinte resultado: 
gv:4.200.000/mm3 hb: 8.8g/dl, ht: 32% (hipocromia e microcitose+++ anisopoiquicitose ++) 
leucócitos: 8.000/mm3 (2/68/1/0/26/03) plaq: 530.000/mm3 reticulócitos: 0.2%. 
 
A) Paciente tem ou não anemia? 
Sim. Anemia ferropriva devido a hipermenorreia com perda crônica e excessiva de ferro pelo 
sangue menstrual. 
B) Quais os diagnósticos diferenciais? Use as tabelas de diagnostico diferencia - ver 
tabelas. 
Talassemia, anemia de doença crônica, anemia sideroblástica e envenenamento por chumbo. 
C) Defina se a anemia é por: perda? Ou por não produção/infiltração ou destruição). 
Anemia por perda devido a hipermenorreia 
D) Solicite exames para auxiliar no diagnostico? Nestas questões avaliaremos 
apenas a solicitação dos exames, se estão solicitando exames adequadamente). 
Hemograma completo, esfregaço do sangue periférico, exame de ferritina sérica, ferro sérico, 
TIBC e Saturação transferrina. 
E) Calcule o hematócrito, VCM e CHCM? 
Hematócrito: 3x hemoglobina = 3x8,8 = 26,4% 
VCM: ht x10/ número de glóbulos vermelhos: 32x10/4,2= 76,2 fl 
CHCM: hb x 100/ Ht = 8.8 x 100 / 32 = 27,5 
F) Como o reticulócito pode ajudar no diagnóstico e calcule o reticulócito corrigido 
para cada questão? 
 
O reticulócito pode ajudar no diagnóstico por indicar dois grupos de anemias, sendo a anemia 
hemolítica e anemia por hemorragia aguda. Anemias que se originam por perda periférica de 
hemácias, sem nenhum comprometimento da medula óssea. Assim, quando a produção destas 
células estão preservadas, ocorre uma tentativa de corrigir a anemia por uma intensa 
proliferação medular vermelha, com consequente aumento de reticulócitos na corrente 
sanguínea,com isso, pela contagem de reticulócitos classificamos as anemias em 
hipoproliferativas, ou seja, quando ocorre uma reticulocitose ex: anemias carências. E 
hiperproliferativas quando há aumento de reticulócitos ex: hemolítica ou sangramento agudo. 
 
Índice de Reticulócitos Corrigido (IRC ) =Hb/15 x %retic = 8,8/15 x 0,2 = 0,11% 
 
CASO 2 - Criança, 3 anos, apresentando geofagia, dor abdominal cíclica acompanhada de 
diarréia, hiporexia e adinamia há 4 meses. Alimentação essencialmente láctea (nega ingesta 
de carne e derivados). Ao exame: descorada +++/4+, papilas linguais hipotróficas, queilite 
angular, cabelos e unhas opacas e quebradiças, sem visceromegalias. Gv:3.200.000/mm3 
hb:7.0g/dl ht:20% (micro/hipocromia+++, anisopoiquilocitose +++) leucócitos:6.000/mm3 
(01/33/38/00/24/05) plaq.: 560.000/mm3 reticulócitos: 1.0% 
A) Paciente tem ou não anemia? 
Sim, anemia ferropriva por não absorção ou falta de material. 
B) Quais os diagnósticos diferenciais? Use as tabelas de diagnostico diferencia - 
ver tabelas. 
Deficiência de ferro ( ferropenia), deficiência de vitamina B12 e deficiência de folato. 
C) Defina se a anemia é por: perda? Ou por não produção/infiltração ou 
destruição). 
Por não produção, pois o paciente esta com carência nutricional ex: baixa ingestão 
de ferro, acido fólico ou vitamina B12 ou por falta de absorção do ferro por conta da 
diarréia. 
D) Solicite exames para auxiliar no diagnostico? Nestas questões avaliaremos 
apenas a solicitação dos exames, se estão solicitando exames 
adequadamente). 
Hemograma completo, contagem de reticulócitos , dosagem de ferro e ferritina 
sérica, capacidade de ligação do ferro e saturação de transferrina. 
E) Calcule o hematócrito, VCM E CHCM? 
Hematócrito: 3x hemoglobina = 3x7= 21% 
VCM: ht x10/ número de glóbulos vermelhos = 20x10/3,2 = 62,5 FL 
CHCM: hb x 100/ Ht = 7X100/20 = 35 
F) Como o reticulócito pode ajudar no diagnóstico e calcule o reticulócito 
corrigido para cada questão? 
O reticulócito pode ajudar no diagnóstico por indicar dois grupos de anemias, sendo 
a anemia hemolítica e anemia por hemorragia aguda. Anemias que se originam por 
perda periférica de hemácias, sem nenhum comprometimento da medula óssea. 
Assim, quando a produção destas células estão preservadas, ocorre uma tentativa 
de corrigir a anemia por uma intensa proliferação medular vermelha, com 
consequente aumento de reticulócitos na corrente sanguínea.com isso, pela 
contagem de reticulócitos classificamos as anemias em hipoproliferativas, ou seja, 
quando ocorre uma reticulocitose ex: anemias carências e hiperproliferativas quando 
há reticulocitose ex: hemolítica ou sangramento agudo. 
 
Índice de Reticulócitos Corrigido (IRC ) =Hb/15 x %retic = 7/15 X 1 = 0,46% 
 
Caso 3 - paciente do sexo feminino, 45 anos, branca, casada,foi encaminhada ao ambulatório 
de hematologia para investigação de anemia, com história de adinamia e astenia progressivas 
há 10 meses, associada à palidez, sonolência, dor em panturrilhas, dispnéia aos esforços e 
perversão do apetite (gosto por arroz crú). Nega hematêmese e/ou melena, refere ciclos 
menstruais normais desde a menarca aos 12 anos, g2 a0p2. Informa tratamento cirúrgico para 
úlcera péptica há 10 anos. Afirma ter apresentado anemia há 8 anos atrás que melhorou com 
tratamento medicamentoso, recidivou 6 meses após, respondendo novamente ao mesmo 
medicamento, porém não se recorda o nome do fármaco. Nega antecedente familiar de anemia. 
Ao exame: beg, hipocorada +++/4, anictérica, papilas linguais hipotróficas, queilite angular, 
unhas e cabelos quebradiços e sem brilho, ausência de organomegalias. 
 
1. Qual a hipótese mais provável ? 
A) anemia megaloblástica 
B) anemia de doença crônica 
C) anemia ferropriva 
D) anemia hemolítica hereditária 
E) anemia hemolítica adquirida 
Resposta: alternativa C 
 
2. Qual a provável etiologia ? 
 
A) imunológico 
B) perda crônica 
C) distúrbio absortivo 
D) aumento de demanda 
E) hereditária 
Resposta: alternativa C 
 
3. Quanto ao padrão morfológico eritrocitário, qual dos abaixo se adequaria ao quadro ? 
A) macrocitose e normocromia 
B) microcitose e hipocromia 
C) normocitose e normocromia 
D) hemácias em foice 
E) hemácias em alvo 
Resposta: alternativa B 
 
4. Quais exames complementares seriam necessários para confirmação diagnóstica e 
como você esperaria encontrá-los? 
hemograma completo + reticulocitos, o hemograma pode apresentar hemoglobina baixa, micro 
e hipo e reticulocitos poderá estar normal ou baixo; fazer o perfil de ferro ( ferro sérico baixo (< 
50mg/dl), Ferritina sérica baixa, capacidade de ligação do ferro alta, saturação de transferrina 
baixa) 
Caso 4 - bca, 47 anos, sexo feminino, bióloga, residente em belo horizonte. Hma/hp: paciente 
queixando-se de fraqueza e desânimo há aproximadamente 2 meses, o que tem prejudicado 
seu desempenho no trabalho e nas tarefas do dia a dia. Neste período notou também dispnéia 
aos esforços, ficando, por exemplo, muito cansada ao subir escadas. Na anamnese a 
intensidade do fluxo menstrual tem a com duração de 12 a 15 dias por ciclo. Historia familiar : 
marido e 2 filhos saudáveis. Pais falecidos. Mãe era hipertensa. 
Exame físico: pa = 120/80 mmhg fc = 100 bpm ta = 36,5°c paciente em bom estado geral, 
mucosas hipocoradas (++/4+), hidratada, anictérica, acianótica, afebril. Linfonodos não 
palpáveis. Sem edemas. Ar: eupnéica, murmúrio vesicular fisiológico. Ausência de ruídos 
adventícios. Acv: bulhas rítmicas, taquicárdicas. Ad: abdômen normotenso. Presença de massa 
palpável no hipogástrio. Fígado e baço não palpáveis. 
Exames complementares: hemograma hemácias = 5.100.000/mm3 hemoglobina = 9.7 g/dl 
hematócrito =32% r.d.w.=18% leucócitos = 8.300/mm3 neutrofilo(neut). Bastão.=2% neut. 
Segmentado.=68% linfócito.=21% monocito.=1% eosinofilo.=8% basófilo.=0% 
plaquetas=500.000/mm3. Anisocitose com predomínio de microcitose (++/4+), hipocromia 
(++/4+). Poiquilocitose discreta. Contagem de reticulócitos: 1.7% ferro sérico (colorimétrico)=25 
ug/dl capacidade total de ligação do ferro (colorimétrico) = 450 ug/dl ferritina sérica 
(quimioluminescência)=10ng/ml rdw 22, exame parasitológico de fezes: ovos de ancylostoma 
duodenale e cistos de entamoeba coli ultra-som pélvico: mioma uterino. 
1)qual a classificação da anemia (vcm). - possíveis etiologias da anemia apresentada pela 
paciente. 
Classificação: microcitica e hipocromica. 
Etiologia: Anemia ferropriva por perda de sangue devido mioma uterino; 
 Anemia ferropriva devido a presença de vermes Ancylostoma duodenale, helmintos 
que habitam o duodeno e se alimentam de sangue. 
2)como você faria a interpretação dos resultados laboratoriais? 
 hemograma hemácias 5.100.000/mm3 : dentro da normalidade para o sexo feminino; 
 hemoglobina 9.7 g/dl : esta abaixo da normalidade. Paciente tem anemia, devendo 
investigar a causa.( hemoglobina normal na mulher = 12-15 g/dl); 
 hematócrito 32% : esta abaixo da normalidade. Indicando que a paciente tem anemia, 
devendo ser investigando a causa. Valor normal de hematócrito na mulher é 36-44%; 
 R.d.w.18% e 22% : está elevado, ajudando a diferenciar entre anemia ferropriva e 
talassemia minor. Um RdW > 14% é comum na anemia ferropriva. Indicando alto grau 
de anisocitose; 
 Leucócitos 8.300/mm3: dentro do padrão de normalidade; 
 Anisocitose com predomínio de microcitose (++/4+), hipocromia (++/4+) e Poiquilocitose 
discreta: São características da anemia ferropriva; 
 Contagem de reticulócitos 1.7% : o valor está elevado , demostrando que a medula 
óssea esta em atividade; 
 ferro sérico (colorimétrico) 25 ug/dl : está abaixo, demostrando que esta ocorrendo uma 
má absorção do ferro sérico ou má alimentação; 
 Capacidade total de ligação do ferro (colorimétrico) 450 ug/dl : Está dentro da 
normalidade; 
 ferritina sérica (quimioluminescência) 10ng/ml : Está abaixo da normalidade, indicando 
que esta ocorrendo uma depleção do estoque de ferro; 
 exame parasitológico de fezes: ovos de ancylostoma duodenale e cistos de entamoeba 
coli 
 ultrassom pélvico: mioma uterino. 
 
3)o que significa o RDW elevado? 
O Rdw analisa o índice de anisocitose, avaliando hemácias aproximadamente com o mesmo 
tamanho. Um RDW > 14% ajuda a diferenciar a anemia ferropriva da talassemia minor. 
 
4) O que mais necessita ser investigado? 
Deve ser feita uma melhor investigação do mioma uterino, sendo necessário avaliar a 
localização e tamanho. Caso seja assintomático, faz somente o acompanhamento e se for 
sintomático devera ser feito o tratamento medicamentoso e em determinados casos a indicação 
é cirúrgica pois o mioma pode ser o responsável pela hipermenorréia da paciente que esta 
causando a anemia ferropriva. 
Caso 5 - a.a., 68 anos de idade, sexo feminino, natural e residente em contagem, mg hma: 
paciente procura assistência médica com queixas de inquietação, irritabilidade, falta de energia, 
tremor nas mãos e palpitação. Desde os 20 anos de idade é “muito nervosa”, tendo sido 
internada por 2 vezes em hospital psiquiátrico. Já fez uso de diversos antidepressivos e 
ansiolíticos, sem melhoras significativas do quadro. Há 2 anos houve piora dos sintomas e, no 
momento, tem sentido, ainda, muito cansaço para realizar suas atividades habituais (limpar 
casa, cozinhar, etc) e falta de ar. Hp: a paciente relata que teve anemia há 2 anos que melhorou 
com uso de sulfato ferroso. Menopausa aos 50 anos. G0p0a0. Nega cirurgias anteriores ou 
outras doenças além da descrita. Hf/hs: pais falecidos, não sabe informar a causa. Duas irmãs 
saudáveis (65 e 60 anos de idade). Alimentação e hábito intestinal regulares. Sem queixas 
urinárias. Relata que emagreceu 2 kg nos últimos 6 meses. Reside com uma das irmãs. Recebe 
proventos de aposentadoria do inss. 
Exame físico: ta = 36,8°c peso = 65 kg pa = 140/85 mmhg fc = 110 bpm estado geral regular, 
mucosas hipocoradas (++/4+), hidratada, anictérica, acianótica, afebril. Linfonodos cervicais da 
cadeia cervical anterior palpáveis bilateralmente, medindo, o maior deles, cerca de 0,5 cm de 
diâmetro, móveis, não dolorosos. Ar : eupnéica, murmúrio vesicular fisiológico. Ausência de 
ruídos adventícios. Acv: bulhas rítmicas, taquicárdicas. Ad: abdômen normotenso, não doloroso 
à palpação superficial e profunda. Fígado e baço não palpáveis. Exames complementares: 
hemograma hemácias = 4.100.000/mm3 hemoglobina = 9.0 g/dl hematócrito = 28% v.c.m. = 68 
fl h.c.m. = 22 pg c.h.c.m. = 32 g/dl r.d.w. = 18% leucócitos = 9.800/mm3 neut. Bastões. = 1% 
neut. Segmentados. = 65% linfócitos. = 26% monócitos. = 7% eosinófilos. = 1% basófilos. = 0% 
plaquetas = 200.000/mm3 anisocitose com predomínio de microcitose, hipocromia, 
poiquilocitose contagem de reticulócitos = 0,5% 
Possíveis etiologias da anemia apresentadapela - que exames deveriam ser solicitados 
para esclarecimento do diagnóstico? 
 Etiologia: Anemia ferropriva por perda devido a microsangramentos, causado por uma 
provável neoplasia ( intestinal ou coloretal) 
 Exames: perfil do ferro ( ferritina e ferro sérico, capacidade de ligação do ferro e 
saturação de transferrina) 
Pensando no diagnostico mais provável o que mais necessita ser investigado? 
 colonoscopia - para investigar a neoplasia (colorretal); 
 marcador tumoral (CEA) 
Caso 6 - paciente do sexo masculino, com 1 ano, com queixas de fadiga e apresentando 
hepatoesplenomegalia e icterícia. Realizou-se o hemograma de urgência e obtiveram-se os 
seguintes resultados. Já havia recebido transfusão anterior 2x e relata anemia desde o 
nascimento: 
Gv: 1.50 milhões/mm3 , gb = 6500/mm3 , hb = 6mg/dl , ht = 11% ↓ 
Plaquetas = 450.000/mm3 , neutrófilo = 57% - normal , linfócitos = 38% - normal 
Monócitos = 1% ,eosinófilos = 4% - normal, basófilos = 0% - normal 
No esfregaço presença de inúmeros corpúsculo de heinz 
Qual a possível hipótese diagnóstica? Qual exame solicitar? Justifique. 
 Hipótese diagnostica: 
Anemia hemolítica hereditária por defeito enzimático de G6PD 
 Exames: dosar a atividade da G6PD no sangue do paciente. No caso do mutante Gda, 
o diagnostico só poderá ser feito com o sangue colhido após 6-8 semanas da crise, 
quando as hemácias ja se tornarem mais velhas. 
 
 
 
 
Para os casos abaixo (caso 7 e 8) responda as perguntas: 
Q1 : qual o diagnóstico provável e os possíveis diagnósticos diferenciais em relação a anemia? 
Q2 : quais são os pontos relevantes a serem obtidos a partir da história? Q3 : quais são os 
possíveis sinais clínicos? Q4 : quais investigações adicionais são indicadas? Q5 : qual é o 
tratamento (prescreva)? 
 
 
Caso 7- uma mulher de 27 anos e de 60kg é encaminhada com palpitações e falta de ar. Sua 
hemoglobina (hb) é de 8,2 g / dl (faixa normal de 11,5-16 g / dl), a contagem de células brancas 
(wcc) é de 5,2 x 10 9 / l (intervalo normal 4-11 x 10 9 / l) e as plaquetas são 513 x 10 9 / l 
(valor normal 150-400 x 10 9 /eu). O volume celular médio (mcv) é de 69 fl (faixa normal de 
80-100 fl) e a hemoglobina celular média (mch) é de 23 pg (faixa normal de 27-33 pg). Ela tem 
uma história longa de menorragia, mas diminuiu as investigações terapêuticas e a intervenção. 
 
 
Qual o diagnóstico provável e os possíveis diagnósticos diferenciais em relação a 
anemia? 
Diagnostico provável: Anemia ferropriva grave por perda sanguínea. 
Diagnostico diferencial: Talassemia beta minor. 
Quais são os pontos relevantes a serem obtidos a partir da história? A paciente fazia 
tratamento para menorragia e interrompeu, apresenta exames laboratoriais indicativo de 
Anemia, aumento plaquetário, hemoglobina celular média diminuída. 
Quais são os possíveis sinais clínicos? Menorragia, palpitação e falta de ar 
Quais investigações adicionais são indicadas? Causa da menorragia, perfil de ferro, 
contagem de reticulócitos. Investigar ciclo menstrual, dias, frequência, fluxo. Qual tto feito, 
histórico de mioma? Uso de anticoncepcional? Histórico de cardiopatia na família e clínica para 
quadro de ansiedade no caso de palpitação e dispneia. 
 
Qual é o tratamento (prescreva)? Sulfato Ferroso - via oral - 300 mg - 3 vezes ao dia – tomar 
antes das refeições. 
Acrescentar à dieta alimentos ricos em Ferro, preferencialmente fígado bovino. 
Além das perguntas acima quais exames deveriam ser solicitados para diagnostico deste 
caso? Perfil de ferro, contagem de reticulócito, ultrassom uterina. 
 
Responda ainda: um colega ao telefone perguntando se deve ou não transfundir uma mulher 
asiática de 24 anos com 34 semanas de gravidez com uma hemoglobina de 7,8 g/dl secundária 
à deficiência de ferro. 
Deve-se avaliar o critério de gravidade, se grave transfundir. Caso não grave, não transfundir. 
 
Caso 8 - uma garota de 4 anos é encaminhada com a falta de desenvolvimento. O paciente é 
o primeiro filho nascido de pais asiáticos, que se mudaram recentemente para o reino unido. 
Não havia antecedentes familiares de nota. Ao examinar a menina é pálida e ligeiramente 
ictérica, com mandíbula frontal proeminente. Seu pulso é 110 / min e regular, sem sons 
cardíacos alterados. Na ausculta, o pulmão é normal. O exame abdominal revela distensão com 
hepatomegalia de 3 cm e esplenomegalia 5 cm abaixo das margens costais. Exames: hb 5,1 
g / dl (intervalo normal de 11,5-16,5 g / dl), vcm 58 fl (faixa normal 80-100 fl), mch 19 pg (faixa 
normal 27-33 pg) , wcc 9.1 x 10 9 / l (intervalo normal 4-11.0 x 10 9 /eu) plaquetas 317 x 10 
9 / l (valor normal 150-400 x 10 9 /eu). Presença de hemácias em alvo. 
Qual o diagnóstico provável e os possíveis diagnósticos diferenciais em relação a 
anemia? 
Diagnóstico provável: Betatalassemia Maior 
Diagnóstico diferencial: Neoplasia 
 
Quais são os pontos relevantes a serem obtidos a partir da história? 
 Falta de desenvolvimento e mandíbula frontal proeminente: Devido ao ritmo acelerado 
da destruição de células eritroides, estimula fortemente a proliferação e maturação dos 
eritroblastos. Como consequência uma expansão da medula óssea, levando a 
deformidades ósseas talassemicas como a proeminência da mandíbula. Enquanto as 
reservas metabólicas são utilizadas, outras funções como o crescimento e 
desenvolvimento ficam prejudicadas; 
 Hepatoesplenomegalia: O aumento ocorre devido a hemólise crônica e pela eritropoiese 
extramedular, o intenso estimulo a hiperplasia dos eritroblastos faz com que o baco e o 
fígado retomem a sua produção de células eritroides como na vida fetal; 
 Icterícia: devido a destruição de hemácias no baco; 
 Hemácias em alvo: característico da doença 
 Hemograma: hemoglobina 5 e VCM menor que o valor de referencia. 
 
Quais são os possíveis sinais clínicos? 
Mandíbula frontal proeminente, hepatoesplenomegalia. 
 
Quais investigações adicionais são indicadas? 
Dosagem de ferritina, ferro sérico, saturação da transferrina, capacidade de ligação do ferro e 
quantificação de ferro no parênquima hepático. 
 
Qual é o tratamento (prescreva)? 
 Hipertransfusao crônica, de 5-10 ml/kg a cada 3-5 semanas, com o objetivo de manter 
hemoglobina media de 12 g/dl: para controlar a hiperplasia eritroide desordenada, além 
de fornecer hemácias com hemoglobina normal ( HbA), justamente o que esta faltando 
na paciente; 
 Quelante de ferro. 
 
Caso 9 - n.d., 52 anos, feminina, branca. Hda: paciente encaminhada ao serviço para 
diagnóstico e tratamento de anemia. Refere que há 8 anos foi submetida a cirurgia de estômago 
devido à úlcera. Passou bem durante 2 anos quando começou a apresentar palidez cutânea 
associada a fraqueza, cansaço e dores musculares. Nega episódios de hemorragia nesta 
época. Procurou serviço médico onde foi informada que estava com anemia e foi 
tratada com compostos ferrosos. Apresentou dores abdominais em cólica com o uso 
do medicamento e deste modo tratou irregularmente. 
Interrogatório complementar: dor de cabeça esporádica, escurecimento da visão e zumbido 
nos ouvidos quando efetua esforços físicos. Falta de ar aos esforços. Antecedentes 
pessoais: refere anemia quando criança. É descendente de italianos. 
Antecedentes familiares: irmão com anemia. 
Hábitos alimentares: ingere todos os tipos de alimentos, porém, sempre em pequena 
quantidade para evitar sintomas gastrointestinais 
Exame físico: beg, mucosas descoradas ++/++++,anictéricas. Bócio multinodular em tireóide. 
Brnf. Abdome sem visceromegalia. Edema de mmii ++/++++ 
Exames subsidiários: hemograma: hemácias:3,7 milhões /mm hb: 9,0 g % htc: 31 % 
vcm: 78μ³ (87±7) hbc: 21μg(30±2) chbc:30 (33±3) leucograma: sem alterações plaquetas: 
198000 / mm reticulócitos diminuídos. 
 
1- Quais hipóteses e como diagnostica? Como investigar a causa da anemia? 
 Hipóteses diagnósticas: Anemia grave ferropriva, devido a falta de absorção; anemia 
perniciosa provavelmente pela ausênciado fator intrínseco devido atrofia e inflamação 
crônica da mucosa gástrica ocasionada pela gastrectomia; anemia megaloblástica e 
talassemia alfa de duas cadeias. 
 Diagnóstico: história clinica e exames laboratoriais 
Anemia grave ferropriva: perfil de ferro e historia clinica; 
Anemia perniciosa: esfregaço sanguíneo, dosagem de ac. Fólico, fator intrínseco, 
bilirrubina indireta, nível sérico de cobalamina, dosagem de folato e B12; 
Anemia megaloblástica: dosagem de folato nas hemácias, dosagem de folato sérico, 
DHL, endoscopia digestiva alta, teste de schiling, anti fator intrínseco; 
Talassemia alfa de duas cadeias: eletroforese e pesquisa de hemoglobina H e 
hemograma completo do pai e da mãe do paciente. 
Caso 10 - t.r.s., 30 anos, sexo feminino, 60kg, negra, gestante de 20 semanas, do lar, natural 
de aparecida de goiânia – go, parceiro fixo há 10 anos, 02 filhos, sendo que a primeira com 6 
anos apresenta síndrome genética não especificada (não soube relatar e não constava no 
prontuário), e a segunda com 10 meses de idade. Foi admitida no dia 08/01/2012 na 
maternidade nossa senhora auxiliadora, quarto 203, leito 2, para tratamento clínico obstétrico, 
apresentando fadiga, êmese ,tremor, febre, disúria e desconforto suprapúbico. Relatou estar 
preocupada com seus filhos e com o fato de ter que repor a bolsa de sangue que utilizou para 
prosseguir com sua hemoterapia. Demonstrou conhecimento com relação a terapêutica 
proposta pelo médico assistente, relatando ainda, que anteriormente já havia sido acometida 
pela mesma patologia, no entanto não houve necessidade de internação hospitalar. 
Paciente refere menarca aos 12 anos, regular, sem dismenorréia, coitarca aos 16 anos, vida 
sexual diminuída por sentir-se fadigada, nega dispareunia, apresenta disúria há 5 dias, possui 
tipo sanguíneo a fator rh negativo e cônjuge o positivo, é g3 p2 a0 e todas gestações sem 
planejamento familiar. Em sua primeira gestação desenvolveu eclampsia na 30ª semana, 
permaneceu internada em unidade de terapia intensiva por 07 dias, recebendo tratamento 
adequado. 
Durante a segunda gestação não ocorreram complicações. A atual gestação ocorreu durante o 
uso de anticoncepcional específico para amamentação (exluton), na 16ª semana procurou a 
ubs para iniciar o pré-natal, possui carteira de vacinação em dia. Relatou dor intensa em mmii, 
irradiando para as costas, sente dificuldade para caminhar, ao realizar atividades domésticas 
sente “cansada” e com muita “falta de ar”. Também relatou desconforto na região suprapúbica 
há 5 dias. Na 18ª semana desenvolveu anemia importante, porém não fez uso de medicação 
prescrita por apresentar náusea e vômito logo após a ingestão da mesma. A paciente não se 
lembra de patologias importantes nos pais ou irmãos, a avó materna faleceu por câncer de 
intestino. relatou não possuir problemas relacionados ao sono e repouso na instituição, porém 
em sua casa sim. Com relação a alimentação, a paciente relatou estar inapetente. Foi exposto 
para a mesma alguns alimentos essenciais para a sua recuperação e para manter a saúde de 
seu bebê, assim como o motivo o qual a está levando a perder o apetite, ou seja, a anemia. A 
hidratação abaixo dos parâmetros de normalidade. As eliminações fisiológicas vesicais 
presentes, com dor ao urinar e cor avermelhada, e intestinais ausentes a aproximadamente 
dois dias. 
A paciente não pratica atividades recreativas, não possui vícios e não faz uso de medicação 
controlada e afirmou nunca ter tido reação anafilática a nenhuma medicação. a casa onde 
reside é alugada, mudou-se mais ou menos há 04 meses, é de tijolo, cercada por alambrado, 
contendo 04 cômodos: sendo 01 cozinha, 01 sala, 01 quarto e 01 banheiro, o interior da casa 
encontra-se em condições adequadas de habitação, possui saneamento básico, energia 
elétrica, boa iluminação natural, coleta seletiva de lixo, forrada, sem fiações expostas, arejada, 
possui janelas em todos os cômodos, higienização adequada, possui um cão como animal 
doméstico que segundo ela, foi vacinado na última campanha, este não circula dentro de casa, 
vive solto em quintal de terra, mora em casa específica para animal, refere que o cão alimenta-
se de “restos de comida”. Refere que se utiliza de moto como meio de transporte. 
Exame físico: com relação ao aspecto dos cabelos a paciente apresenta perda do brilho e 
afinamento dos fios. Cavidade ocular apresentando acuidade visual diminuida, no entanto a 
paciente relatou não fazer uso de óculos. Cavidade nasal sem alterações aparentes. Cavidade 
oral apresentando glossite. Pescoço e garganta mantendo suas estruturas normais. Cavidade 
auditiva mantendo sua fisiologia. 
Pele e mucosas apresentando palidez +++/4, perda da elasticidade e tônus da pele e apresenta 
unhas quebradiças. Sinais vitais com taquicardia, febre e hipotensão arterial, conforme 
demostrado abaixo: pressão arterial: 90x60mmhg; frequência respiratória: 18 rpm; frequência 
cardíaca: 106 bpm; temperatura: 37,8ºc. Sistema cardiovascular com a presença de cateter 
venoso por abocath em membro superior direito, com leve sopro sistólico, presente na ausculta 
no foco pulmonar. Sistema respiratório sem alterações. Com relação ao sistema gastrointestinal 
a paciente apresenta êmese moderada. Sistema genitourinário com hematúria e disúria e 
neuromotor com a presença de reações extra piramidais, vertigens e sonolência. A paciente 
relatou ter sofrido uma queda em sua casa nas escadas, porém não tinha conhecimento da 
gestação, sofreu apenas escoriações leves. Apresentou-se ansiosa durante o período. 
Exames laboratoriais: resultado valores de referência, hematócrito: 20,4 normal 36 a 46%, vcm: 
68,2 normal 84 a 99 mm3, chcm: 17,5 normal 31 a 36 g/dl reticulócitos: 0,2 normal 0,5 a 2,0%, 
hemoglobina: 6,7 normal 12 - 16 g/dl, rdw: 16,0, normal 11,6 - 14,8%, leucócitos: 16.000 
normal 4.000 a 10.000/ml, plaquetas: 410.000 normal 150.000 a 400.000/ml, ferritina: 10,0 
normal 12,0 - 200 mg/l, ferro sérico: 6,0 normal 11,0 - 32,0 mmol/l, ctlfe (tibc): 90,0 normal 42,0 
– 80,0 mmol/l, vit. B12: 221,0 normal >150 ng/l, folatos: 8,2 normal >2,0 ng/l 
Baseado nos exames abaixo qual o tratamento? Quando tratar via oral e quando tratar 
via venosa? 
Tratamento: Deve levar em consideração que a paciente apresenta anemia além de uma 
sepse grave com foco infeccioso no aparelho geniturinário. No caso, tratamento endovenoso. 
 VO: Sulfato ferroso, 300 mg,3x ao dia, 1 h antes das refeições, tratamento continua até 
que o paciente atinja uma hemoglobina de, no mínimo, 12g/dl 
 Via venosa: embora o tratamento de escolha seja a reposição de ferro por via oral, 
existem fatores que podem limitar sua eficácia, por exemplo, absorção insuficiente 
de ferro pelo intestino e, principalmente, os sintomas gastrointestinais, como dor 
epigástrica, náuseas, cólicas e diarreia, podem levar à uma baixa adesão e 
tolerância do paciente ao medicamento e, consequentemente, uma má resposta 
ao tto. Assim, a reposição de ferro por via endovenosa é uma opção aos 
intolerantes ao tto oral. 
 
Caso 11 - identificação: 8 anos, sexo feminino, branca, natural e procedente de ariquemes, 
estudante. Qd: dor em hipocôndrio esquerdo há 3 dias hma: a mãe da criança refere que, desde 
o nascimento, a criança apresenta anemia grave, necessitando de transfusões esporádicas ao 
longo dos anos. Refere que a causa dessa anemia nunca foi descoberta e que sua filha também 
possui baixa estatura e alterações na face. Além disso, não consegue brincar e fazer exercícios 
como as outras crianças pois se cansa rapidamente. Quando fica cansada no repouso, procura 
assistência médica e recebe transfusão sanguínea. A mãe também refere que ultimamente a 
criança vem necessitando de transfusões mais frequentes e notou aumento gradual de uma 
massa em hipocôndrio esquerdo nos últimos meses. 3 dias após o último episódio transfusional, 
a criança se queixou de dor nessa região que piora com a palpação, segundo a mãe. Como a 
criançapermanecia sem diagnóstico em sua cidade, procurou o pronto atendimento da pediatria 
do hicd. Negou outras queixas, como febre, perda de peso, alteração do hábito intestinal ou má 
alimentação. 
Ida: cabeça: refere crescimento anormal dos ossos do crânio. Tronco: ndn membros: refere 
assimetria entre tronco e membros inferiores pulmões: nega tosse, dispnéia. Coração: nega 
arritmias ou síncopes. Abdome: além da dor em hipocôndrio e, negou outras queixas. Tgu: 
negou disúria, polaciúria ou outras queixas. Osteoarticular: negou outras alterações além das 
já descritas. Ap: nasceu de parto cesárea, sem intercorrências. No 3° dia de internação no 
berçário, foi observado icterícia e anemia e a criança foi submetida a fototerapia e recebeu alta 
com prescrição de sulfato ferroso e ácido fólico. No sétimo dia de vida, realizou o teste do 
pezinho que veio alterado (sic) e a criança foi encaminhada ao pediatra da rede básica de sua 
cidade. Refere ter tido as infecções comuns da infância e sempre pioravam os sintomas 
anêmicos nesse período, quando recebia transfusão. Possui um irmão e pais com anemia leve. 
Refere um primo com quadro clínico semelhante ao da criança 
Exame físico: beg, descorada 2+/4, ictérica 1+/4, acianótica, afebril ao toque. Cabeça: protrusão 
dos ossos do seio da face, maxilar e da região frontal e occipital do crânio. Orofaringe: sem 
alterações tórax: simétrico, som timpânico à percussão. Pulmões; mv+ e simétrico sem ruídos 
adventícios à ausculta. Fr= 18 ipm. Coração: ritmo cardíaco em 3 tempos, sem arritmias. 
Presença de sopro sístólico audível em todos os focos. Fc= 128 bpm. Abdome: globoso, 
normotenso, doloroso à palpação do hipocôndrio e. Baço palpável a 8 cm do rce e fígado não 
palpável. Rha + e normoativos. Mmii: sem edema ou lesões. 
Qual o diagnóstico e tratamento? 
 Diagnóstico: Betatalassemia maior 
 Tratamento: após a confirmação do diagnóstico de beta talassemia maior associado a 
hiperesplenismo tem que fazer a transfusão de concentrado de hemácias além da 
observação do quadro clínico. Para auxiliar no tratamento é indicado a esplenectomia 
levando em consideração a idade e as complicações da paciente, além disso, deve ser 
feita a antibioticoterapia profilática. Como forma alternativa pode ser feito o transplante 
de medula óssea. 
Caso 12 - o paciente de 24 anos foi internado em hospitais com febre por 10 dias apresenta 
icterícia nos últimos 4-5 anos. Seu exame físico mostrou alterações hemolíticas leves e um 
baço palpável. Na admissão sua hemoglobina era de 8,4 g / dl, vcm 70 fl, hcm 19,5 pg, chcm 
25,5 gm / dl, com uma anormal distribuição de plaquetas. A contagem de reticulócitos foi de 
11%. O esfregaço periférico mostrou presença de micrócitos, macrócitos, elliptócitos e células 
em lágrimas. As investigações bioquímicas mostraram que a bilirrubina total era de 5,0 mg / dl 
e bilirrubina direta 0,3 mg / dl, dhl sérica foi de 305 u / l, o ferro foi de 150 lg / dl, ferritina 377 ng 
/ ml, tgo 35 u / l, tgp 45 u / l, fosfatase alcalina 82 u / l . 
Com relação aos exames abaixo qual o diagnóstico? 
Talassemia alfa menor

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