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Doença Quem atinge? Causa? Clínica Diagnóstico Tratamento ANEMIA MICROCÍTICAS Anemia Ferropriva Alimentar Absorção Perdas CA de retor (idoso) colonoscopia ↓ Ferro Sérico ↓ Ferritina ↓ Sat. Transferrina ↑ Capacidade de ligação do Fe sérico Sulfato Ferroso Anemia de Doença crônica Cancer Infecções crônicas IRC Doenças reumatológicas Hipo ou hipertireoidismo Febre, Tosse e Perda ponderal não são sinais de anemia ferropriva (nem pede ferro e ferritina) ↓Ferro Sérico ↑ Ferritina Anemia leve a moderada Investigar e tratar a doença de base Anemia Sideroblastica Rara História Familiar ↑ Ferro sérico ↑ou Normal Ferritina Mielograma sideroblastos Sintomático: monitorização hematológica, vigilância dos níveis de ferro, suplementação com piridoxina ao longo da vida nos doentes que respondem favoravelmente e suplementação com ácido fólico. Talassemias Anemias por defeitos quantitativos na produção de uma ou mais cadeias de globina. Talassemia α: diminui produção de todos os tipos de Hb Talassemia β: diminui produção de HbA Paciente com alimentação adequada Baço palpável Historia Familiar Descendência do mediterrâneo Hemácias em alvo Eletroforese de Hb (aumento de HbA 2 ou HB fetal) Talassemia β minor Gene: β0/ β ou β+/ β Assintomático ↓VCM Eletroforese de Hb: diminuição da porcentagem de HbA e aumento de HbA2 e HbF Orientação genética Talassemia β intermédia Adolescencia ou idade adulta Gene: β+/ β+ História de anemia inicia após os 6 meses. Antes ainda tem Hb fetal. Familia oriunda do mediterrâneo Hb em torno de 7 Esplenomegalia ↓VCM Eletroforese de Hb: diminuição da porcentagem de HbA e aumento de HbA2 e HbF Não precisa tratar Aconselhamento genético Talassemia β major (Anemia de Cooley) Gene: β+/ β+ ou β+/ β0 Hb em torno de 4 Esplenomegalia Deformidades ósseas Fascies talassêmicas (esquilo) Fraturas patológicas Ictericia ICC de alto débito Baixa estatura, retardo de crescimento, disfunção endócrina Litiase biliar e ulceras maleolares RX crânio: hair-on-end Pais com talassemia β minor Transfusão a cada 21 dias + quelante de ferro (deferoxamina) Talassemia α Historia de anemia desdo o nascimento ou mesmo na vida fetal Historico familiar ou dos pais com VCM baixo Familia do mediterraneo Eletroforese normal ↓VCM Eletroforese normal Presença de cadeia de Barts (Cadeia Y) ou H (cadeia β). Talassemia α minor Ausência de 1 ou 2 genes Sem sintomas Sem anemia ↓VCM ou não Eletroforese normal Não trata Orientação genética Talassemia α (doença da HbH) Ausência dos 3 genes Sem sintomas Esplenomegalia Hb enrte 7-10 ↓VCM Presença de HbH Não trata Orientação genética Talassemia α major Incompatível com a vida Não tem proteína da Hb para compor a pressão oncótica. Hidropsia fetal Criança nasce edemaciada (hidrópica) Presença de Hb de Barts Paciente morre. Doença Quem atinge? Causa? Clínica Diagnóstico Tratamento ANEMIAS NORMOCÍTICAS HEMOLÍTICAS Anemia Hemolítica Autoimune a Quente 80% dos casos de AHAI Infecções virais Anticorpos IgG (37°C) antígenos membranas das He sistema reticulo endotelial (baço e fígado) hemólise Anemia: dispneia, palidez, taquicardia Hemólise: icterícia, colúria Quadro agudo (< 6 meses) ↓ Hb ↑ B.I ↑ DHL ↓ Haptoglobina ↑ Baço Hemólise Extravascular Coombs direto + a custas de IgG Corticoide Se não responder ao corticoide indica-se esplenectomia. Se não resolver indicar Rituximab (anti-CD20) Anemia Hemolítica Autoimune a Frio 20% dos casos de AHAI Infecções virais ou bacterianas Linfoma Anticorpos IgM antígenos membranas das He sistema reticulo endotelial (baço e fígado) hemólise Anemia: dispneia, palidez, taquicardia Hemólise: icterícia, esplenomegalia Sem colúria História de viagem para lugar frio Quadro agudo (< 6 meses) ↓ Hb ↑ B.I ↑ DHL ↓ Haptoglobina Sem esplenogemagila Hemólise intravascular Coombs direto + a custas de IgM Ciclofosfamida Evitar exposição ao frio Deficiência de G6PD (doença da enzima) Homens Deficiência de G6PD estresse oxidativo (infecções, drogas toxinas) desnatura cadeia de globina Corpusculos de Heinz (precipitados intracelulares) autoanticorpos na superfície da He baço tira um pedaço delas Anemia paciente faz crises de anemia Palidez Lombalgia Icterícia Febre Colúria Desencadeada por: drogas (primaquina, sulfa, dapsona), infecções, naftalina, feijão fava. ↓ Hb ↑ B.I ↑ DHL ↓ Haptoglobina ↑Reticulócitos ↓ Dosagem de G6PD Não pedir durante a crise, as hemácias devem ser avaliadas quando forem mais velhas. Hemólise intravascular Não há tratamento específico, apenas hemotransfusão e suporte clínico em casos mais graves. Profilaxia das crises: evitar contato com substancias oxidativa e tratando infecções. Esferocitose (doença da membrana) Crianças Deficiencia de espectrina 3 e ampilina camada lipídica perde fragmentos He em esferócito (mais densas) destruídas pelos capilares do baço hemólise Recessiva: filho tem ou não anemia independente do pai Dominante: filhos terão anemia (mais comum) Investigação de esplenomegalia em criança Anemia leve a moderada Litíase biliar História familiar Sem colúria ↓ Hb ↑ B.I ↑ DHL ↓ Haptoglobina ↑Reticulócitos Esfregaço de sangue periférico Esferócitos Eletroforese de Hb normal Coombs Direto negativo Hemólise extravascular Quando interferir na vida do paciente: varias crises com Hb < 6; muitas hemotransfusões. Nesse caso recomenda- se esplenectomia. Esplenectomia: -Antes: vacina antipneumococica, contra haemofilo e meningococo antes da cirirugia; -Após: benzetacil no mínimo 2 anos -Suplementação de ácido fólico (evita crise megaloblástica) Anemia Falciforme (doença da hemoglobina) Hb tem forma tetraédrica (He bicôncava) Hb polimeriza e estica a He Desoxigena (em foice) oxigena (bicôncava) meia vida da He menor (50- 60 dias) baço começa a hemolisar rápido He foice obstrui vasos lesão tecidual por isquemia (IR, dor óssea, AVC) He foice estagnam em órgãos de circulação lenta anoxia trombos enfarte, fibrose e calcificação He foice tem mais receptores de membrana plaqueta e leucócito adere mais trombos He estoura libera arginase transforma arginina em ornitina menos aginase menos NO menos vasodilatação Tromboses: dor ligada a obstrução dos vasos. -Necrose de ossos (dedos e cabeça do fêmur) -Cegueira -Hipoesplenismo -Priapismo -AVC recorrente em qualquer idade Crises dolorosas: musculares, abdominais, dores no peito, priapismo). Em crianças aparece edema doloroso nos dedos das mãos e dos pés (dactilite). Sd. Torácica aguda: Febre, tosse, dor no peito, taquipneia, folego curto. Ligado a infecção bacteriana ou embolia pulmonar. Ulcera nas penas Anemia e icterícia Crise de asplenia medular Crise de Insuficiência renal Teste do pezinho (Dx precoce) Eletroforese de Hb Hemograma completo Contagem de reticulocitos Esfregaço sangue periférico Bilirrubina DHL Coombs direto Ferritina VHS EAS Rx de Tórax Paciente não pode viver em lugares de alta ou baixas temperaturas. Teste do pezinho com AF tomar penicilina até os 5 anos de vida. 2° opção cefalexina, 3° opção azitromicina. SEPSE: -Asplenia funcional maior risco de infecção por bacterias encapsuladas. -Pcte < 3 anos: febre a aparenta quadro viral interação + antibiótico + investigação -Pcte qualquer idade: foco infeccioso presumido internação + ATB -Pcte > 5 anos: quadro viral reavalia em 24 horas CRISE DE DOR -S/ fascies de dor 2-3: dipirona -C/ fascies de dor 43-4: dipirona + AINES -Fascies de dor e escala de dor 7/10: Dipirona + AINES + morfinaObs.: apenas usar AINES se a função renal estiver boa. Criança usa Nimesulida. -Hidratação: EV tomar cuidado com nefro e cardiopatas. -Hidroxiureia: aumenta NO AVC -Aplegia e diminuição de força muscular -AVE isquêmico -TC normal + pcte falciforme = AVE isquêmico -Conduta: hidratação EV + Oxigênio + Transfusão de troca até Hb ficar maior que 8. Tira 10/kg de sangue e transfunde 5ml/kg de concentrado de He+ 10-15 ml/kg de Soro Fisiologico. Hipodesenvolvimento de caracteres sexuais (hipogonadismo) Calculose Vesicular (cálculo de bilirrubina) SD. TORÁCICA -Dor, febre, cianose, tosse 2 possibilidades 1. Isquemia: dor que não melhora com medicamento. 2. Infecção TTO: internação + hidratação EV + oxigênio + analgesia + ATB (cefuroxima)+ azitromicina ou claritromicina+ transfusão de troca até melhorar PRIAPISMO -Tratar até 12 horas -TTO: hidratação endovenosa + analgesia + chamar urologista para fazer drenagem do seio cavernoso CHOQUE -Sequestro esplênico esplenomegalia -TTO: hidratação + oxigenoterapia + 5 ml/kg concentrado de He até estabilizar após melhora encaminhar para esplenectomia PARVOVIRUS -Preferencia pela medula insf. Medular -Reticulopenia -↓ Hb -TTO: autolimitado e resolve em até 4 semanas Traço Falciforme 80% produção de HbA 20% produção de HbS Assintomática Eletroforese de Hb Aconselhamento genético: risco de ter filhos com anemia falciforme Não pode entrar em submarino ou ir para o espaço (em descompressão aumenta chance de hemólise) Doença Quem atinge? Causa? Clínica Diagnóstico Tratamento ANEMIA MACROCÍTICA Importante: descartar drogas e alcoolismo Anemia Megaloblástica Anemia perniciosa comum em mulheres Pacientes pos- gastrectomia Desorden no íleo terminal (sd. Desabsortiva) Deficiência de ácido fólico: -Ingesta inadequada: alcoolatras, anorexia nervosa -Aumento da necessidade: gravidez, hemólise, neoplasia, hemodiálise, -Má-absorção: doença celíaca, drogas (fenitoina e barbitúricos) -Prejuizo no metabolismo: álcool, enzimas (raro), trimetroprima e pirimetamina. Deficiencia de vit B12 -Ingesta inadequada -Má absorção: produção inadequada de fator intrínseco (anemia perniciosa, gastrectomia total, ausência congenita) -Outras: Hematológicas -Fraqueza dispneia -Pancitopenia: petequeias, sangramento Digestivas -Glossite atrófica dolorosa -Quelite angular -Diarreia e perda ponderal Neurológicas (só B12) -Neuropatia periférica -Alterações da marcha -Deficitis cognitivos, -Sintoma psiquiátrico -Irreversiveis se durar mais de 3 semanas VCM > 120 Neutrófilos hipersegmentados Anéis de Cabot RDW alto Anticorpo contra Fator Intrinseco Dosagem de B12 Dosagem de ácido fólico Dosagem de homocisteína (elevada) Terapia de reposição -B12 -Ácido fólico: apenas depois de receber o resultado do exame B12 e acido foli normal + ↓ homocisteina -Fazer subdose de B12 e avaliar homocisteina em 7 dias se melhorar aumenta dose de B12 Sd. Neurologica -Inicia subdose de B12 e pedir dosagem de B12 Não megaloblástica (↓ reticulocitos) Drogas Cardiopatias Hipotireoidismo Hipertireoidismo Hepatopatia Sd. De Down Anemia Hipoplásica Não megaloblástica (↑ reticulocitos) Destruição: Perda Destruição: icterícia ver se direta ou indireta hepatopatia ou AH Perda: hemorragias Doença Quem atinge? Causa? Clínica Diagnóstico Tratamento HEMOGLOBINA ALTA Poliglobulia Aumento da produção de eritropoetina Doença que reduz o oxigênio sanguíneo (cardiovascular ou pulmonar crônicas) Doença mieloproliferativa crônica (Policetemia vera) ↑Hematócrito ↑ Hb Dosar EPO Gasometria arterial Policetemia vera sangria SANGRAMENTO Anamnese: Passado de sangramento: é agudo ou é crônico? Histórico familiar de distúrbios de coagulação (Hemofilia e Von Willebrand); História de trauma: lesão no vaso; Tem alguma doença de base? Hepatopatia: distúrbio de coagulação ou Leucemia: plaquetopenia; Passado medicamentoso: Warfarin (varfarina) ,AAS, Heparina, Clexane. Exame físico: sangramento local (trauma) ou sistêmico (distúrbio da coagulação)? KIT BÁSICO: hemograma com plaquetas (VR: > 150.000); TAP (<1,5) e INR (<1,5); TTPA (<1,5); fibrinogênio DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA PRIMÁRIA 1. Transfusão maciça: Indivíduos (geralmente de trauma) que recebem: 1 volemia de sangue em 24h (10 unidades de hemácias) OU 0,5 volemia em até 4h TTO: transfusão plaquetária 2. Esplenomegalia: sequestro de plaquetas. -Febril: Infecções (calazar, malária, herpes-zoster, Febre Tifoide, TB); Leucose (leucemia e linfoma); Doenças reumatológicas; histiocitose. -Afebril: hepatopatias crônicas cirrose; IC direita; esquistossomose (nordeste) 3. Diminuição da produção: Pacnitopenia e/ou reticulopenia; CAUSAS: anemia aplástica; síndrome mielodisplasica; leucoses (leucemia); infecção (sepse, malária, calazar); drogas (QT, RT) 4. Aumento da Destruição: -Imune: LES; HIV; Hepatite C; PTI -Não imune: PTT, SHU; Trombose, CEC Fisiopatologia Clínica Exames Tratamento Purpura Trombocitoênica Trombótica (PTT) Anticorpos contra a proteína ADAMST-13 forma microtrombos cerebrais plaquetopenia pelo consumo das plaquetas CÉREBRO Sangramento Icterícia Trombocitopenia Sintomas neurológicos (cefaleia, sono, vomito, confusão) Febre Insuf. Renal TC sem contraste normal DHL muito alta Esfregaço de sangue periférico esquizócitos Aférese terapêutica: máquina suga o sangue, centrifuga, separa o plasma (retira os anticorpos) e devolve (plaquetas e hemácias). Depois, faz a transfusão de plasma de doador, que vai junto a ADAMTS 13. Se for feita Aférese, a chance de cura vai para 90%. Sem Aférese a taxa de mortalidade é de 98%. Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU) TIpico em criança imunocomplexos depositam nos glomérulos insuficiência renal anemia hemolítica RIM Diarreia sanguinolenta Insuficiencia Renal PLaquetopenia DHL muito alto Esfregaço de sangue periférico esquizócitos Diálise Trombose Edema de membros inferiores Trombocitopenia Cirurgia extracorpórea (CEC) Plaquetopenia Infecção por HIV ou HV HIV destrói a medula HCV consome Trombocitopenicos sempre investigar HIV e HCV Plaquetopenia TARV TTO par HCV Purpura Trombocitoênica Imunológica (PTI) Anticorpos contra as plaquetas consumo das plaquetas plaquetopenia Bom estado geral Presença de petequias e equimoses Hemograma normal ou com anemia (muito sangramento) DX de exclusão e clínico Pedir HIV e HCV Trata apenas quem tem sangramento: -Corticoide Ou - Imunoglobulina Se refratário: esplenectomia DISTURBIOS DA HEMOSTASIA SECUNDÁRIA Hematomas Solicitar kit básico de sangramento Hb em torno de 8 Leucograma normal Reticulócitos normal Plaquetas em torno de 100.000 TAP e TTPA normal Só TAP alterado(extrínseca) = + comum distúrbio adquirido (Hepatopata, cirrose, CIVD, Def. Vit K, Warfarina TTO: transfusão de plasma). Dist. Congenito (raro) Só TTPA alterado: (intrínseca) = alteração aguda ou crônica. Congênitas: As mais comuns: hemofilia A e B e doença de Von Willebrand. Adquirida: uso de Heparina Fisiopatologia Clínica Exames Tratamento Hemofilia Deficiencia dos fatores de coagulação Sangramento dura mais tempo MAIS COMUM EM HOMENS (doença ligada ao X) Sangramento: -Leve/moderado: epistaxe, hemartrose e equimose -Grave: hematoma circundando o braço e evolui com parestesia (síndrome compartimental); hemorragia digestiva alta, hemorragia no pescoço; hemorragia dublingual (pode comprimir vias aéreas) Dosagem de fator VIII e IX Parar sangramento usando os fatores segundo o tipo de hemofilia NÃO FAZ PUNÇÃO HEMATOMA DE PSOAS -Simula apendicite -DX: pedir USG com avaliação de PSOAS e hipótese de hematoma de PSOAS -TTO:fator de coagulação; se inflamação usar corticoide. Hemofilia A Deficiencia de fator VIII Dosagem de fator VIII < 40% Fator VIII Leve/moderado 20 unidades/kg 12/12h no 1° dia Grave 50 U/kg 12/12h no 1° dia Hemofilia B Deficiencia de fator Dosagem de fator IX < 40% Fator IX Leve/moderado 40 U/kg 1x/dia no 1° dia Grave 100 U/kg 1x/dia no 1° dia Doença de von Willebrand Deficiencia do fator de Von Willebrand MAIS COMUM EM MULHERES Dosagem de fator de Von Willebrand e co-fator ristocetina Fator de Von Willebrand Leve-moderado 25 U/kg 1x/dia Grave 50-60 U/kg 1x/dia É muito comum o uso na gravidez e durante o parto.
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