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Casos Clínicos Referentes a Reação Adversa e Interação Medicamentosa

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DISCIPLINA: FARMACOLOGIA I
TRABALHO SOBRE INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
E REAÇÃO ADVERSA
Caso Clínico referente à reação adversa ao
medicamento:
Paciente 22 anos, sexo feminino, apresenta acne e ciclo menstrual
desregulado. Se encaminha ao consultório de sua ginecologista obstetra e, a
partir de exames, é-se constatada a síndrome do ovário policístico. A
médica antes de iniciar o tratamento com os anticoncepcionais verifica se a
paciente apresenta histórico de trombose na família, o qual foi dado como
negativo. Ao iniciar o tratamento, a profissional receita o uso do
anticoncepcional, 1 comprimido por dia sob uso oral durante 1 ano e 6
meses. Ao longo do tempo a paciente passa a desenvolver uma reação
adversa do tipo relacionada à dose e ao tempo, na qual o paciente quando
submetido a doses dessa medicação durante um tempo considerável sofre
alterações hemodinâmicas sendo mais suscetível a distúrbios do aparelho
circulatório. Após algum tempo de uso do fármaco, a paciente se queixou
de um quadro de dor, inchaço e vermelhidão na perna até que procurou
ajuda profissional e constatou-se que a mesma se encontrava sob um
quadro de trombose/tromboembolismo. Essa reação adversa à medicação se
dá pelos efeitos dos hormônios presentes no anticoncepcional na qual o
estrógeno altera a cascata de coagulação aumentando a formação de
trombina e fatores de coagulação e inibindo os fatores anticoagulantes, ao
se ligar aos anticoagulantes naturais como a proteína “C” e a proteína “S”.
Com essa inibição, se tem o aumento da hipercoabilidade, aumentando
assim o risco à trombose (TVP).
Caso Clínico referente à interação medicamentosa:
Paciente 36 anos, sexo masculino, com histórico e recorrência de episódios
de paranoia, agressividade e alucinações é diagnosticado com
esquizofrenia. Seu psiquiatra resolve prescrever um conjunto de
medicamentos ao indivíduo com objetivo de estabilizar seus sintomas,
proporcioná-lo uma maior qualidade de vida e tornar seus sintomas mais
passíveis de convivência. São esses medicamentos:
-Clonazepam
-Risperidona
-Diazepam
O paciente é então encaminhado para casa. A família do paciente optou
para que, devido a sua condição recém diagnosticada, ele passasse a morar
com sua irmã mais velha e sua família. Após algum tempo, a família do
paciente notou que ele estava apresentando grandes falhas em sua memória,
desmaios constantes e bradicardia e por causa disso o levaram até o médico
novamente. O que foi constatado depois das investigações é que o paciente
estaria ingerindo álcool sem contar para sua família e estava sofrendo de
uma interação medicamento – bebida alcoólica. A interação do álcool com
os medicamentos em questão é algo perigosíssimo para a saúde de quem
faz seu uso. Explicando farmacologicamente com destaque para o
clonazepam temos: essa situação se dá porque tanto o clonazepam como o
álcool são depressores do sistema nervoso. O etanol é um modulador
alostérico positivo do GABA-A, ou seja, ele aumenta a frequência de
abertura desse canal, fazendo assim com que mais cargas negativas entre e
hiperpolarizam as células. Assim, o etanol aumentando a transmissão de
GABAérgico, promove uma inibição geral, depreciando o sistema nervoso.
Assim que o álcool entra no corpo, é absorvido pela corrente sanguínea e
imediatamente começa a interromper a comunicação entre células nervosas,
logo, assim como o clonazepam, o álcool reduz a atividade cerebral,
afetando ainda as áreas do cérebro que controlam o juízo e a fala,
potencializando e tornando perigoso o uso do clonazepam, podendo trazer
consequências preocupantes. Também é importante ressaltar o uso dos
outros medicamentos receitados pelo médico, que em associação com o
álcool também podem ser extremamente nocivas e ainda causar sobrecarga
pesada dos rins e fígado levando o paciente a um quadro de hepatite
medicamentosa.

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