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Sociologia J. - Anotação (63)

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professora: Dra. Claudia Tristão
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL
Capítulo 9 Aula 2
UNIÃO ESTÁVEL
Coordenação: Dr. Flávio Tartuce
01
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
Variações etimológicas da expressão "união estável": concubinato puro e impuro e da sociedade de fato.
A palavra concubinato deriva do verbo latino concubo, que significa dormir junto, ir para cama com outro, 
ter relações carnais. 
A conceituação moderna dispensa a vida em comum sob o mesmo teto.
Nessa vereda, Súmula 382 STF, qual seja: "A vida em comum sob o mesmo teto, 'more uxorio', não é 
indispensável à caracterização do concubinato". 
Alguns doutrinadores fazem a diferenciação entre o CONCUBINATO PURO: convivência duradoura do 
homem e da mulher, como uma família de fato, sem IMPEDIMENTOS decorrentes dessa união. Iguala-se à 
união estável reconhecida pelo Constituição Federal de 1988 como entidade familiar.
CONCUBINATO IMPURO: divide-se em três tipos: 
1- CONCUBINATO INCESTUOSO, derivado das uniões incestuosas, ou seja, quando há parentesco 
próximo entre os amantes, como ocorre nos casos dos IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS ABSOLUTOS, 
previsto no artigo 1.521 do Código Civil.
2- ADULTERINO, se decorrente do envolvimento não eventual de PESSOA CASADA NÃO SEPARADA DE 
FATO com uma terceira fora do matrimônio e 
3- DESLEAL, aos que mantêm MAIS DE UMA UNIÃO DE FATO.
Para que se configure o CONCUBINATO PURO ou UNIÃO ESTÁVEL, como passou a ser reconhecido após 
a edição do artigo 226, § 3º, da Constituição de 88, não poderá haver nenhum dos impedimentos para 
realizar o casamento. A união estável, como alguns autores a denominam, é CASAMENTO DE FATO, porém 
constituída sem as formalidades de celebração daquele instituto.
Conclui-se que o concubinato puro ou união estável: é a união entre o homem e a mulher, sob o mesmo teto 
ou não, baseada numa relação de afeto, duradoura, pública e contínua, com o intuito de vida em comum, 
sem as formalidades do casamento, devendo estar, necessariamente, ausentes os impedimentos legais para 
sua conversão em matrimônio.
Porém, não equiparou a essa forma de constituição de entidade familiar ao casamento, visto que 
expressamente fala na sua CONVERSÃO, evidenciando que há diferença entre os dois institutos. Foi a Lei nº 
9.278/96, no artigo 8º, que previu os critérios para sua alteração, podendo os companheiros, a qualquer 
tempo, requererem a conversão da união estável em casamento por requerimento ao Oficial do Registro da 
Circunscrição de seu domicílio, desde que não haja impedimentos para contrair o matrimônio.
Artigo 8º, da Lei nº 9.278/96.: "Art. 8° Os conviventes poderão, de comum acordo e a qualquer tempo, 
requerer a conversão da união estável em casamento, por requerimento ao Oficial do Registro Civil da 
Circunscrição de seu domicílio."
Aula 2
02
O Código Civil de 2002 inovou ao inserir título referente à união estável no livro de Direito de Família, 
incorporando os princípios básicos da Lei nº 8.971/94 e da Lei nº 9.278/96, regulando os aspectos 
pessoais e patrimoniais nos artigos 1.723 a 1.727 do Código Civil.
Importante salientar que as novas regras da união estável inseridas no Novo Código Civil somente se 
aplicam às relações iniciadas APÓS a data de início da sua vigência ou às INICIADAS ANTES, MAS QUE SE 
MANTIVERAM APÓS AQUELA DATA. SE CESSARAM EM DEFINITIVO ANTES DE 12.01.2003, REGEM-SE 
PELA LEI 8.971/94 OU PELA LEI 9.278/96.
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA SE CONFIGURAR A UNIÃO ESTÁVEL
1 - DIVERSIDADE DE SEXO ENTRE AS PARTES, caso contrário estaríamos diante de uma SOCIEDADE DE 
FATO. 
2 - NENHUM DOS CONVIVENTES ESTEJA CASADO VALIDAMENTE OU AINDA, QUE NÃO PODERÁ 
HAVER QUALQUER IMPEDIMENTO MATRIMONIAL
3 - A CONVIVÊNCIA DEVE SER NOTÓRIA, e não furtiva e secreta.
4 - Deve ser pautada no AFETO entre os companheiros.
5 - Por a união estável ter aparência de casamento deverá ser baseada na FIDELIDADE OU LEALDADE entre 
os conviventes, e essa é uma exigência mais moral que jurídica, pois nossa cultura baseia-se no princípio 
monogâmico. Vejamos o "Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres 
de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos.”
6 - COABITAÇÃO entre os companheiros; contudo, se NOTÓRIA sua convivência, como se marido e mulher 
fossem, a Súmula 382 do STF supre essa regra, expondo que: "A vida em comum sob o mesmo teto, 'more 
uxorio', não é indispensável à caracterização do concubinato". Não mais se exige período mínimo de 
convivência.
7 - Colaboração dos companheiros no sustento do lar.
8 - Guarda, sustento e educação dos filhos.
Se comprova a união estável pelo procedimento de JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA, pois o que se busca é o 
reconhecimento de uma situação fática na qual não há adversários nem litígio, MAS PARTICIPANTES. 
Portanto, a medida judicial cabível para a comprovação da união estável é JUSTIFICAÇÃO JUDICIAL, 
prevista nos artigos 861 a 866 do Código de Processo Civil. 
Há autores que acreditam não ser a justificação procedimento aplicável por incluir-se no âmbito das 
cautelares e não na esfera do pedido de jurisdição voluntária. Mas para Humberto Theodoro Jr. e Maria 
Helena Diniz a justificação não é uma cautelar porque NÃO TEM POR ESCOPO ASSEGURAR PROVA, MAS 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
CONSTITUIR PROVA, não se fundando no periculum in mora. 
Competência da VARA DA FAMÍLIA, conforme disposto na Lei nº 9.278/96, artigo 9º, assegurando o 
segredo de justiça, sendo obrigatória a intervenção do Ministério Público nas lides a ela concernentes.
A existência da SOCIEDADE DE FATO, também encontrada na união entre pessoas do mesmo sexo, é objeto 
cada vez mais constante de discussão em nossos Tribunais, no qual a parte interessada busca a regularização 
necessária da divisão daqueles bens adquiridos durante a convivência homoafetiva. 
A colaboração conjunta para a formação do patrimônio no período em que existia a vida em comum, é 
requisito fundamental para a constituição da propriedade condominial.
Contudo, NÃO HÁ RECONHECIMENTO DE DIREITOS DE FAMÍLIA AO PARCEIRO HOMOSSEXUAL, visto 
que este tipo de formação de união não está protegida pela Constituição.
Pode até ter direito à herança, desde que o benefício tenha sido determinado por testamento, e isto se explica 
em razão da sucessão hereditária se dar em favor dos herdeiros legítimos ou testamentários.
Porém, autores como Maria Berenice Dias, não afasta a possibilidade de reconhecimento de uma 
comunidade familiar entre companheiros homossexuais, defendendo a tese de ser esta união uma 
SOCIEDADE DE AFETO E NÃO DE FATO, baseada na convivência comum, livre, sem impedimentos, de 
forma pública e notória.
Ao concubinato impuro foram impostas certas restrições tais como: 
a) vedação à (o) concubina (o) de requer alimentos com base no abandono do amásio(a), salvo se estes 
forem direcionados para a prole não matrimonial;
b) anulabilidade das doações recebidas do cônjuge adúltero, por meiode ação intentada até 2 (dois) anos 
após a dissolução da sociedade conjugal, desde que os bens adquiridos não sejam fruto do esforço comum 
dos concubinos ou não tenha havido separação de fato;
c) também não poderá ser o concubino herdeiro ou legatário do testador casado, exceto nos casos de 
comprovada separação de fato, como prescreve o artigo 1.801, inciso III:
d) igualmente, não poderá a concubina requerer indenização pela morte do amante em desastre ou 
acidente, salvo a hipótese prevista na Súmula 35 do STF que assegura que "em caso de acidente de trabalho 
ou de transporte, a concubina tem direito de ser indenizada pela morte do amásio, se entre eles não havia 
impedimento para o matrimônio". 
Com relação aos ASPÉCTOS PATRIMONIAIS da união estável, podemos afirmar que os bens adquiridos a 
TÍTULO ONEROSO na constância da união estável pertencem a ambos os companheiros, salvo contrato 
escrito dizendo o contrário. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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04
"Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações 
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens."
Presunção absoluta de colaboração em partes iguais dos conviventes na formação do patrimônio durante a 
vida em comum.
Os bens adquiridos a TÍTULO GRATUITO, como por exemplo, os decorrentes de doação ou de herança, 
anteriores ou não à união, estão excluídos da meação por não terem sido adquiridos pelo esforço comum 
dos conviventes.
Sob o ASPÉCTO SUCESSÓRIO: estabelece o artigo 1.790 e seus incisos que o companheiro participará da 
sucessão do outro, quanto aos bens ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE NA VIGÊNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL: 
a) se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho; 
b) se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um 
daqueles; 
c) se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; 
d) não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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