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Delimitação da área basal

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DELIMITAÇÃO DA ÁREA BASAL 
EWELIN ANALAILA SANTOS ALVES – ACADÊMICA DE ODONTOLOGIA – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - 2020 | @EANALAILA p. 1 
Não existem regras fixas para a determinação da área basal 
com respeito à sua extensão máxima ou mínima. Vale, 
contudo, o critério do profissional e seus conhecimentos 
científicos. 
Além disso, as moldeiras individuais resultantes das 
moldagens preliminares irão sofre um ajuste de borda na 
ocasião da moldagem secundaria. Tanto é que é sempre 
melhor um pouco de excesso de material do que a falta, pois, 
esta, dará mais trabalho para corrigir. 
ÁREA BASAL NA MAXILA 
Deverá estar compreendida entre os seguintes limites: 
‐ Envolver todo o rebordo gengival, da tuberosidade 
direita até a esquerda; 
‐ As paredes vestibulares, até o sulco gengivolabial; 
‐ Toda a abóbada palatina até o limite do palato 
mole, do sulco pterigomaxilar (hâmular) direto ao 
esquerdo. 
Quando se trata de cobertura posterior, iremos mais ou 
menos até a região das fóveas palatinas. Entretanto, caso o 
paciente tenha esses forames mais para anterior, devemos 
nos basear na divisão entre palato duro e palato mole, desde 
que permita os reflexos de náuseas ao paciente. 
 
ÁREA BASAL DA 
MANDÍBULA 
‐ Deve englobar as papilas retromolares e linhas 
obliquas internas e externas, além do freio lingual. 
FALTA DE EXTENSÃO ADEQUADA: Quando não há 
aproveitamento de toda a área vestibular da tuberosidade, 
no caso da maxila. 
- Isso ocorre devido à não adequação da técnica de 
moldagem, muitas vezes os profissionais moldam com o 
paciente de boca aberta. 
A delimitação incorreta da área basal causa falta de 
retenção. Na maioria das vezes, a área fica aquém. 
 
OBTENÇÃO DE RETENÇÃO: determinada pela área efetiva de 
trabalho. 
É o ato ou efeito de manter firme. É necessário resistência 
oposta pela prótese ao desprendimento de sua base. 
OBTENÇÃO DE ESTABILIDADE: está em função da área de 
inserção muscular. 
OBJETIVO DO ESTUDO DA AREA BASAL: conhecer a 
extensão maxila da boca desdentada que poderá ser 
recoberta pela prótese total. Para isso é preciso realizar uma 
moldagem anatômica correta. 
CONSEQUÊNCIAS DA ÁREA BASAL INADEQUADA: Uma área 
chapeável inadequada pode estar relacionada à 
sobrextensão e à subextensão. Quando houver 
sobrextensão, haverá perda de retenção e estabilidade da 
prótese, porque esta irá interferir nos movimentos 
musculares durante a fala, mastigação e deglutição, e esses 
movimentos irão deslocar a prótese de posição; além de 
provocar grande desconforto ao paciente, causando áreas 
ulceradas que, a longo prazo, podem se transformar em 
hiperplasias ou até mesmo tumores. Quando houver 
subextensão, haverá perda de retenção e estabilidade, 
porque haverá diminuição dos fenômenos físicos de adesão, 
coesão, pressão atmosférica e tensão superficial. 
ZONAS DA ÁREA BASAL 
ÁREA DE SUPORTE PRINCIPAL 
É a região do rebordo destinada a suportar a carga 
mastigatória. Ocupa toda a extremidade da crista do 
rebordo residual a parte mais superior do rebordo 
corresponde a essa região. 
IMPORTÂNCIA CLÍNICA: 70% a 80% da carga de mastigação 
efetiva vai ser distribuída na área de suporte principal. Isso 
significa que as cúspides palatinas dos dentes superiores 
devem estar próximas dessas áreas. Assim como as cúspides 
vestibulares dos dentes inferiores tem que estar próximo 
dessa área. Como ambas as cúspides de suporte da 
mastigação são essas cúspides que vão entrar em função 
para tributar o bolo alimentar. 
DELIMITAÇÃO DA ÁREA BASAL 
EWELIN ANALAILA SANTOS ALVES – ACADÊMICA DE ODONTOLOGIA – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - 2020 | @EANALAILA p. 2 
A posição mais superior da crista alveolar determina a área 
de suporte principal e isso é alterado a depender do grau de 
absorção que o paciente tem. 
- Em casos de reabsorção externa a mandíbula praticamente 
perde a área de suporte principal. 
- Perda de largura latero-lateral da maxila e, dessa forma, a 
maxila nem sempre será maior que a mandíbula. 
ÁREA DE SUPORTE 
SECUNDÁRIO 
É a área que corresponde às paredes laterais do rebordo 
residual. Responsável por absorver o restante da carga 
mastigatória não absorvida pela área de suporte principal, 
aproximadamente 20%. 
Quanto mais alto o rebordo, maior a possibilidade de 
encontrar área de suporte secundário. 
- Afeta a retenção porque não tem área efetiva 
- Afeta sobretudo a estabilidade, porque as paredes 
Vestibulares e Linguais no rebordo, seja ele maxilar ou 
mandibular, evita deslocamento latero-lateral. 
Nesta condição, haverá uma maior movimentação latero 
posterior ou latero lateral devido à ausência dessa área de 
suporte. 
ÁREA DE SELADO 
PERIFÉRICO 
Tem como principal função manter o vedamento periférico 
para impedir que se quebrem as forças de adesão, coesão, 
tensão superficial e pressão atmosférica que estão atuando 
entre a mucosa bucal e a base da prótese total. (Impede que 
a prótese solte). 
MAXILA: essa área começa na distal do túber e percorre 
toda a área de fundo de sulco até a distal do outro túber 
MANDÍBULA: inicia na distal da papila retromolar até a distal 
da outra papila retromolar. Já o selamento periférico lingual 
inicia-se na distal da papila retromolar e avança pela região 
interna até a papila retromolar do outro lado. Então a 
mandíbula possui duas áreas que são contínuas entre si. 
ÁREA DE SELADO PERIFÉRICO 
Possui uma área de 2 a 3mm de largura e contorna a área 
basal em toda sua sinuosidade, exceto na parte posterior. 
Seu interior inicia-se em continuação à zona secundária de 
suporte, onde termina a mucosa imóvel e avança de 2 a 3mm 
na direção do fundo de sulco. 
Devemos encontrar no modelo a interface entre a 
fibromucosa móvel e a gengiva inserida e a partir daí avançar 
de 2 a 3mm em direção ao fundo de sulco. 
NA PRÁTICA CLÍNICA: em casos de exodontia traumática, 
por exemplo, a região de fibromucosa móvel chega bem 
próximo ao rebordo. Mas aí a gente não segue o critério de 
avançar 2 a 3mm, é preciso avançar até o fundo de sulco, 
nem que para isso ultrapasse os 3mm. 
Então, idealmente, a zona de selamento periférico se 
determina encontrando a interface entre a fibromucosa 
móvel e a gengiva inserida e a partir daí segue-se de 2 a 3mm 
de direção ao fundo de sulco. 
ÁREA DE SELADO 
POSTERIOR 
Sem localiza na parte posterior da área basal. Participa de 
forma conjunta com todo o selamento periférico vestibular 
para garantir o vedamento. 
MAXILA: tem por seu limite externo, no paciente, a divisa 
entre os palatos mole e duro. Internamente seu limite é 
dado por uma linha sinuosa que circunscreve as fóveas 
palatinas superiores, incluindo-os na área e na parte 
mediana, passa sobre a rafe palatina sua parte mais 
posterior. 
COMO DETERMINAR ESSA ÁREA NA MAXILA? 
1º. DETERMINAR A EXTENSÃO DISTAL NO MODELO 
RÍGIDO. 
Inicia-se no sulco hâmular, que é a porção mais distal da 
tuberosidade, em ambos os lados. Além disso, observamos 
as fóveas palatinas (são duas depressões presentes na 
porção mais posterior do palato e próximos da linha média) 
que estão localizadas na interface do palato duro com o 
palato mole. 
Quanto à localização das fóveas: elas podem estar mais para 
anterior da interface dos palatos, mas devemos utilizar o 
limite mais posterior, ou seja, a interface, pois isso permitirá 
uma maior área de abrangência. 
Ao mesmo tempo, nenhuma estrutura da prótese deve 
passar da interface palato duro/mole, caso contrário, 
causará ânsia de vômito ao paciente. 
DELIMITAÇÃO DA ÁREA BASAL 
EWELIN ANALAILA SANTOS ALVES – ACADÊMICA DE ODONTOLOGIA – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - 2020 | @EANALAILA p. 3 
Sendo assim, é através da localização das fóveas palatinas 
que determinamos a extensão mais posterior de uma PT no 
modelo. 
 
2º. DETERMINA A EXTENSÃO NA BOCA DO PACIENTE.Analisar a interface entre palato duro e mole; Coloração 
diferente das duas áreas; Localização das fóveas palatinas. 
FÓVEA PALATINA: é uma área anatômica não visualizada, 
apenas utilizada na teoria. No molde essa região fica cheia 
de pontilhados porque é uma região com muita glândula. 
O QUE FAZER QUANDO NÃO ENCONTRAMOS ESSAS 
REFERÊNCIAS? 
Une o sulco hâmular distal direito e esquerdo com uma linha. 
Isso é justificado porque é melhor ter um excesso, 
sobrextensão, do que um modelo aquém. 
ESTRUTURAS QUE INFLUÊNCIAS A ÁREA DE SELADO 
POSTERIOR 
São estruturas musculares que estão ao redor da área de 
selamento periférico e que é quando há perda da parede 
vestibular de rebordo, as inserções se tornam mais 
evidentes. 
Áreas que devemos respeitar e não invadir. 
‐ Área de freio anterior; 
‐ Área de encontro do orbicular; 
‐ Freio lateral; 
‐ Bucinador; 
‐ Sulco hâmular. 
MANDÍBULA: existe divergência quanto a localização, 
segundo alguns autores podendo ser atras da papila 
piriforme; outros no 2/3 da papila e outro, ainda, antes da 
papila exatamente no sulco que lembra a letra “V”. 
O que vai definir a extensão mais distal da prótese vai ser a 
porção distal da papila retromolar, só que essa área de 
papila pode ser dividida em três terços. O ideal é trabalhar 
com a porção mais distal, próximo ao ramo ascendente, 
conferindo a máxima cobertura de papila. 
Em alguns casos pode ficar no terço médio ou em casos 
extremos no 1/3 da papila retromolar. Tudo irá depender da 
quantidade de osso presente na boca do paciente que vai 
conferir estabilidade à prótese. 
CONDIÇÕES CLÍNICAS: Quando o espaço intermaxilar em 
segmento posterior é deficiente, não faz cobertura máxima. 
Se fizer, essa área vai ser reconhecida como área de 
interferência porque no momento em que o paciente faz 
protrusão isso desestabiliza a prótese devido ao contato 
prematuro. 
A falta de espaço se dá provavelmente pela ausência de 
reabsorção do segmento posterior, em comparação com o 
rebordo maxilar e mandibular ou porque houve expansão da 
tuberosidade, fechando o espaço. Ou diminuição da DVO. 
No teste da base de prova não vai ter espaço suficiente, 
então sabemos que podemos ficar aquém. 
PAPILA RETROMOLAR: pode ser alta ou baixa, vai depender 
da variação do paciente. Isso é importante clinicamente 
quando há reabsorção extrema da mandíbula, porque em 
casos de reabsorção há mais movimentação latero-lateral e 
antero-posterior. 
MOVIMENTAÇÃO LATERO-LATERAL: é controlada 
respeitando a musculatura externa perioral e a posição da 
língua. 
MOVIMENTAÇÃO ÂNTERO-POSTERIOR: é controlada não 
avançando além da posição do lábio inferior e parando na 
papila retromolar (área posterior). 
NÃO COBERTURA PAPILAR: toda a força que vem no 
sentido anterior para posterior, movimenta a prótese no 
mesmo sentido. Mas se tiver uma extensão cobrindo a 
papila, para nessa região. 
ZONA DE ALÍVIO 
É a região que deve ser aliviada no procedimento de 
moldagem para que a mucosa não receba esforços 
mastigatórios. Não participando tanto da neutralização de 
esforços, mas auxiliando na retenção pelo aumento da área 
basal. 
‐ Moldagem com compressão: utiliza material com 
muita densidade. Com o tempo causa reabsorção, 
reacomodação e menos retenção. 
‐ Moldagem sem compressão: retenção pelos 
fenômenos físicos. 
‐ Moldagem com compressão equalizada: pressão 
sem exageros. 
DELIMITAÇÃO DA ÁREA BASAL 
EWELIN ANALAILA SANTOS ALVES – ACADÊMICA DE ODONTOLOGIA – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - 2020 | @EANALAILA p. 4 
São áreas que devem ser aliviadas, sendo assim, não deem 
sofrer pressão para que a mucosa não receba esforço 
mastigatório. Até porque a prótese deve ser passiva na não 
função. 
Dessa forma, o alívio não é feito somente em áreas 
anatômica do paciente, mas também em áreas de retenção 
no modelo. 
ÁREAS DE ALÍVIO NA MAXILA 
‐ Rafe palatina – tecido fibromucoso rígido, não é 
resiliente; 
‐ Tórus palatino – exostose, se comprimido causa 
dor; 
‐ Rugosidades palatina; 
‐ Papila palatina – pacote vascular e nervoso; 
‐ Rebordo alveolar em lâmina de faca; 
‐ Inserções musculares. 
CONDIÇÕES CLÍNICAS: Se sabemos qual área que não 
deve ser pressionada, basta colocar uma fina camada de cera 
de utilidade ou cera 7 em cima do modelo e, no momento 
de confeccionar a moldeira individual, ela se afasta, criando 
o alívio, ou seja, não exerce pressão. Essa camada fina não é 
mensurada em espessura. 
ÁREAS DE ALÍVIO NA MANDÍBULA: 
‐ Forame mentoniano: localizado na face vestibular 
da mandíbula, conforme ocorre reabsorção, o 
forame fica mais evidente e as vezes chega a ficar 
em cima do rebordo alveolar. Então quando coloca 
prótese em cima dá choque no paciente. 
‐ Porção posterior da linha oblíqua interna; 
‐ Linha obliqua externa; 
‐ Tórus mandibular; 
‐ Rebordo em lâmina de faca; 
‐ Inserções musculares; 
‐ Freio lingual. 
 
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