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Fichamento As expressões das assistentes sociais do Distrito Industrial de Manaus

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SILVA, Marcia Perales Mendes. As expressões das assistentes sociais do Distrito Industrial de Manaus. In: Expressões do mundo do trabalho contemporâneo: um olhar para os trabalhadores do Parque Industrial de Manaus. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas. 2010. p.217-307.
“nas empresas do DIM, exige, preliminarmente, o entendimento de que a empresa o ocupa no sistema capitalista de produção o estratégico e imprescindível papel de lócus privilegiado de gerenciamento do capital trabalho na produção de bens e serviços, transformados em mercadorias, células vitais do capitalismo.” p.217
“O conteúdo das percepções e das perspectivas dos assistentes sociais a ser analisado deve estar permanentemente respaldado numa visão de totalidade, em cujo interior desenvolvem-se os movimentos contraditórios que engendram a relação entre capital e trabalho, através de mecanismos que atingem as esferas da produção, as práticas do Estado e da sociedade civil, a cultura, a vida privada e o trabalho, e com os quais se defronta cotidianamente o assistente social.” p.218
“As crises são determinadas, principalmente, pelo declínio das taxas de lucros, que dependem diretamente do processo de produção e da realização da mais-valia.” p.219
“Apesar da crise, para que a profissional compreenda a permanência das empresas no DIM, seria necessário o entendimento de que a redução das taxas de lucros não implica precisamente prejuízos às empresas, porque redução não significa exclusão.” p.218
“Uma das estratégias mais utilizadas no sistema capitalista pelas corporações parar assegurar permanência dessas empresas no mercado e o crescimento de sua lucratividade foi a que permitia a fusão e aquisição de empresas que movimentaram no mundo, apenas no primeiro semestre de 1999, algo em torno de 1,5 milhões de dólares.” p.219
“Assim, as corporações brasileiras, ainda que se considerem as devidas proporções, também vêm tentando sua inserção na era de superempresas de escala global, almejando construir blocos de empresa de classe mundial.” p.220
“A hipótese de que as empresas permanecem no DIM, porque, embora estejam em escala decrescente, os lucros são certos, líquidos, seguros e, sem dúvida, extremamente “recompensadoras”, por mais que tal recompensa tenha requisitado dos empresários novas estratégias econômicas e políticas na esfera da produção e reprodução social.” p.220
“Apesar dos mecanismos utilizados para contê-las, os processos que envolvem as crises têm se manifestado de forma crescente, aguçada, não indicando quaisquer sinais de finalização.” p. 221
“O aguçamento das contradições não parte de uma compreensão histórico-crítica, que seria uma condição indispensável para o entendimento de seus impactos sociopolíticos na sociedade capitalista brasileira.” p.221
“A assistente social nao apreende que as crises “não são nem o resultado do acaso, nem o produto de elementos exógenos [...], e elas correspondem, ao contrário, à lógica imanente do sistema, embora fatores exógenos e acidentais desempenhem evidentemente um papel nas particularidades da cada ciclo”(MANDEL,1990).” p.221
“No capitalismo, o sentido da posse – o ter – é incorporado pelos homens como um objeto de vida, a ponto de Marx sustentar que “a propriedade privada tornou-nos tão estúpidos e unilaterais que um objeto só é nosso quando temos, quando existe para nós como capital ou quando é imediatamente possuído, comido, bebido, vestido, habitado em resumo, utilizado por nós.”(MARX,1978,p.11).” p. 221-222
“O oportunismo da empresa em superdimensionar a crise não leva a profissional a efetivamente indagar sobre as vantagens que são obtidas com o discurso empresarial veiculado que se utilizar o fator desemprego, que é real, como forma de distensionar quaisquer formas de organizações políticas dos trabalhadores.” p.222
“a crise é posta pela empresa como sendo a crise de todos, estado aí presentes os assistentes sociais enquanto categoria profissional que também compõe a classe trabalhadora, a profissional não a questiona.” p.223
“Esse recurso parece ser mais um dos mecanismos utilizados para minar as possibilidades das classes trabalhadoras identificarem propostas e práticas diferenciadas entre as classes sociais acerca da situação social, econômica e política do país.” p.223
“Em primeiro lugar, a profissional sustenta que a crise é inconteste em função da queda das taxas de lucro. É precisamente essa articulação entre crise e lucro que lhe permite afirmar que a crise não é fictícia, mas, ao contrário, a “crise é real”.” p.224
“a crise aponta para a necessidade de “reorganização do capital”, uma vez que o acirramento do movimento contraditório não permitiria, potencialmente, um desenvolvimento produtivo ulterior. Isso significa que há necessidade de reciclagem das bases de acumulação do capital, e, para que esse movimento ocorra sem grandes pressões, superdimensionar-se a crise, aterroriza-se o proprietário da força de trabalho e, consequentemente, obliteram-se os elementos qualificadores de uma possível visão critica sore a mesma.” p.224
“a lógica da empresa associada à lógica do mercado (ou em termos mais objetivos, à lógica do capital) justificaria plenamente as consequentes determinações da empresa de exigir cada vez mais de seus trabalhadores.” p.226
“o desemprego é visto como algo imprescindível, fatalista, como providencia necessária, como simples e procedente corte de excedentes, sem qualquer relação com o objetivo empresarial de assegurar uma reserva de mão-de-obra barata e abundante.” p.226
“A profissional entende que a modernização é necessária para o corte de excedentes.” p.226
“a profissional, além de fortalecer a tendência de que referidas exigências não oneram a qualidade dos trabalhos desenvolvidos nem propiciam a emergência de quaisquer resistências por parte dos trabalhadores, ainda não atenta para o fato de que “o discurso neoliberal tem a espantosa facana de atribuir titulo de modernidade ao que há de mais conservador e atrasado na sociedade brasileira: fazer do interesse privado a medida de todas as coisas [...]”” p.227
“A compreensão das tramas submersas à realidade capitalista exige, sem duvidas, acesso a um leque de conhecimentos, como bem ressaltou a profissional, que privilegiem as bases teórico-críticas, uma vez que, a partir deles, o conhecimento histórico-crítico pode permitir a emersão de perspectivas que extrapolem a finalidade considerada no discurso: mera adaptação e adequação profissional às determinações do capital.” p.228
“As questões levantadas quanto ás possibilidade de serviço social “sumir” são postas levando-se em consideração duas variáveis centrais e inter-relacionadas: a dimensão conjuntural e a postura profissional.” p.229
“Nesse contexto, a forças que operam no interior do mercado de trabalho fazem emergir um trabalhador que é chamado a exercer varias funções, que se somam como num efeito cascata, mantendo-se, entretanto, o mesmo tempo de trabalho e precisamente o mesmo salário, em decorrência da drástica redução do quadro funcional das empresas” p.230
“Expressa-se, portanto, a necessidade de um redimensionamento da prática profissional do assistente social diante da conjuntura vigente, o que implicaria na busca de um novo perfil profissional. Deve-se questionar, entretanto, se o novo perfil do assistente social visa responder às demandas empresariais, fortalecendo a visão neoliberal, através da adequação unilateral à lógica do mercado.” p.230
“O assistente social, assim como outros profissionais, também se vê persuadido a aderir ao novo ideário que emergiu a partir dos novos padrões de relações de trabalho quem levaram as empresas a redefinirem as políticas de gestão da força de trabalho, em que se destaca um novo perfil qualitativo dos trabalhos desenvolvidos por diferentes categoriais profissionais.” p.231
“Com a afirmação de que subjazem ao discurso neoliberal da qualidade total condições cada vez mais propícias para reduções salariais, enxugamento de mão-de-obra e exploração do trabalho, a profissionaldemonstra que a “epidemia da qualidade” refere-se unicamente à rentabilidade do capital investido, que é prioritariamente voltada para produzir mais com menor custo e maior lucratividade” p.232
“a inserção do serviço social no âmbito empresarial é apreendida pela profissional a partir dos “problemas sociais” emergentes que obstaculizam o processo produtivo e que devem ser prevenidos e/ou administrados pelo serviço social.” p.233
“Percebe-se que os reais objetivos das empresas não estão nem inseridos no contexto do discurso, assim como também está totalmente ausente o caráter disciplinador que a prática da profissional assume, reforçando o estigma da marginalidade associada à desestruturação familiar, sem qualquer referencia às características que envolvem o modo de produção vigente ou mesmo em relação à ampliação cada vez mais gritante de trabalhadores sobrantes.” p.234
“desde sua origem, o serviço social defronta-se com uma contradição que lhe é inerente e se refere à legitimidade da demanda de seus serviços: é contratado pela empresa para mediar as relações contraditórias que emergem da relação entre capital e trabalho.” p.234
“há que se questionar, no mínimo, acerca de que tipo de conteúdo tem se constituído as respostas dadas pela assistente social ás novas questões postas pela sociedade capitalista no cotidiano de seu exercício.” p.235
“a profissional compreende que a reestruturação não se constitui em mera respostas técnicas do capital às crises capitalistas, mas denota medias de caráter mais amplo que atingem igual e diretamente a esfera social.” p.236
“a modernização aprofunda as desigualdades sociais, atende aos interesses de um minoritário grupo, econômico e politicamente hegemônico, ratificando o caráter que configura um anova modernização conservadora” p.237
“Considerando-se leiga para abordar ou mesmo problematizar decisões empresariais que tornam cada vez mais a classe trabalhadora excluída e empobrecida, a profissional não atinge plenamente as questões sociais que norteiam o espaço do serviço social nas indústrias do DIM, impedindo-a de atuar plena e profissionalmente.” p.238
“Se, por um lado, é possível apreender que a profissional identifica a educação com as necessidade mais amplas do ser humano, não se pode deixar de captar, por outro, que referida educação é sempre posta no discurso vinculada a uma forma específica de qualificação e garantia de emprego.” p.240
“A estratégia utilizada pelas empresas é manter um estoque mínimo de empregadores estáveis, contratando e dispensando os demais trabalhadores em função das variações do nível de produção, ocasionando não apenas um fator desemprego, mas a alta rotatividade do trabalho e a prevalência de baixos níveis salariais.”p.242
“Um dos argumentos como impedimento para desenvolver um trabalho educativo é a falha de conhecimentos mais aprofundados, que não foram devidamente trabalhados na formação acadêmica. Ou seja, depreende-se que é a fragilidade da formação acadêmica que ocasiona a ausência de um trabalho educativo no exercício profissional.”p.244
“Reconhece-se pela análise do discurso, a importância de um processo de formação acadêmico qualitativo para a efetiva de um exercício profissional também qualitativo.”p.245
“Por fim, salienta-se que o processo de formação acadêmica que priorize a formação de especialistas, da qual o profissional se ressente, precisa ser o melhor refletido. Segundo Netto, há dois encaminhamentos possíveis : o primeiro seria afunilar a graduação, encaminhando a formação para especializações; e o segundo seria manter o perfil generalista da formação, institucionalizando a especialização com o verdadeiro requisito profissional.”p.247
“Inicialmente, a profissional privilegia a “a paixão” e a “sedução” como elementos essenciais ao exercício profissional. Entende-se que “ é pacífico que a ‘clareza’ intelectual dos termos de luta deve ser indisponível. Mas esta clareza é um valor politico quando se torna paixão generalizada e constitui a premissa de uma vontade forte.(GRAMSCI, 1988,p.80-81).”p.248
“O assistente social é requisitado pela empresa, fundamentalmente, para criar um comportamento produtivo da força de trabalho. Sua atuação limita-se a viabilizar benefícios sociais, reduzir o absenteísmo e eliminar os focos de tensões sociais.”p.250
“A profissional coloca-se numa posição de impotência e conformismo, endossando a ideologia da empresa, desconsiderando a profundidade e a contraditoriedade da dominação ideológica.”p.p251
“A ação do assistente social responde no âmbito da empresa a uma demanda tradicional, por outro, novas exigências passam a interferir no conteúdo dessas atividades como redução dos orçamentos, otimização e racionalização de recursos.”p.253
“Entretanto, ainda que se tenha convicção de que o processo educativo deve ser operado “na sua unidade dialética da totalidade.”p.253
“Não se pode perder de vista que aplicar a teoria à prática, como expõe a profissional, é, no mínimo, uma questão equivocada, que merece ser melhor elucidada.”p.253
“À luz dessa perspectiva, teoria e pratica devem se relacionar, aproximar-se e inter-relacionar-se. Devem ser uma unidade sem diluir as partes (IAMAMOTO, 1989,p.106), diferente do que pressupõe a profissional, quando ressalta a adequação, a aplicação e adaptação. Ainda que se considere que, na pratica, colocam-se à prova os conceitos e as teorias, estabelecendo-se ou não a sua veracidade, com precisão e sistematização dos conhecimentos, o critério da pratica é sempre relativo, aproximativo, porque a prática e a teoria encontram-se num processo de desenvolvimento histórico constante.”p.254
“A exigência de requalificação, adequando-se a um perfil sociotécnico mais difuso, polivalente e sintonizado exclusivamente com a empresa, não assume a prevalência nas ações desenvolvidas. Ao contrário, ainda que tenha clareza em relação a um profissional parece vislumbrar a possibilidade de, diante das novas exigências postas, identificar o caráter contraditório e inerente a profissão, apresentando a necessidade do trabalho educativo com a convicção de que o grande desafio, é responder critica e criativamente aos grandes desafios colocados para o serviço social.”p.257
“Nota-se que a sua concepção de projeto de formação não parece se reduzir apenas ao desempeno do que é “proposto” pela empresa, mas amplia-se para um ponto nodal que é justamente o reconhecimento de que é necessário ter como centralidade questões que estão imbricadas com as necessidades dos funcionários, que “lamentavelmente” vêem o assistente social como um mero tarefista e imediatista.”p.258
“O assistente social é um “mero solucionador de problemas”, a profissional não mergulha ao âmago da problemática. Isso suscita duas questões fundamentais: primeiro -se o assistente social pudesse “resolver” as necessidades emergentes e crescentes de seus usuários, levando-as às ultimas consequências, desembocar-se-ia fatalmente numa ruptura com a sociedade tal qual organizada.”p.259
“Mediante o processo de trabalho em que o ser social se constitui, dispondo de capacidade tecnológica, consciente e projetava, depreende-se que, de fato, a negação de tais elementos constitutivos do discurso fomenta, ainda que inconscientemente, um caldo cultural historicamente conservador, elitista e excludente, tão presente na sociedade brasileira e amazonense.”p.261
“Quando recusa que a ação profissional está numa condição de eterna espectadora dos enganos do poder, o projeto profissional exposto parece apreender quão desafiante é a conquista do espaço da ação na contraditória dinâmica empresarial.”p.263
“É justamente a articulação que o profissional propõe entre o “correr atrás” (luta) e a necessidade da consciência profissional que possibilita a discussão sobre um aspecto crucial do exercício profissional: a presença da dimensão ética. ”p.264
“A decisão e a efetividade da ação dos sujeitos exigem a consciência da possibilidade de agir numa ou noutra direção, dos fins e das consequências do ato que se pretendeempreender.”p.265
“A ideia de politica esta associada indissoluvelmente a ideia de poder, que, por sua vez, não se separa da ideia de força, não significa esta ultima necessariamente a posse de meios violentos de coerção, mas de meios que permitam influir no comportamento das pessoas”p.267
“Na verdade o que a profissional acaba por colocar na cabeça dos operadores é uma visão conservadora, que ratifica as ações politicas com caracteres alienantes. E ao imprimir uma direção alienante tende a mistifica-las e homogeneizá-las, caracterizando-as de forma fetichizada e aparente, que em síntese, é também uma forma de desapropriação de real crítico, da prática.”p.270
“A noção de “fazer politica” é entendida de maneira restrita e, ao mesmo tempo, posta de forma muito depreciativa, uma vez que o profissional relaciona-a exclusivamente às atividades ligadas às organizações partidárias e sindicais, sendo todas elas ilusórias e decepcionantes.”p.272
“O que o discurso apresenta é, de fato, um ideário profissional que assume o próprio empresarial [...] longe de uma apoliticidade, há uma vinculação orgânica da profissional com a empresa, enquanto uma profissional que responde satisfatoriamente às requisições de seu contratante.” p.273
“Observam-se, no discurso, duas posições extremistas e consequentemente incoerente em relação às possibilidades do exercício político: num primeiro momento, quando há referências aos problemas sociais no geral, revela-se o voluntarismo exacerbado; no segundo, recorrendo ao extremo oposto e referindo-se especificamente ao exercício profissional que desenvolve, a profissional apresenta uma concepção de exercício da política como impossibilidade total, impotência, como mero fatalismo.” p.275
“Ao conceber a “política” como algo depreciativo, sujo e prejudicial, a profissional destrói o significativo do potencial humano, que não consiste em receber ou obedecer, mas em exercer uma ação que marca o seu caráter prático-reflexivo e teleológico. Consequentemente, não estaria a profissional colocando em questão “[...] o que é que o homem pode se tornar, isto é, se o homem pode controlar seu próprio destino, se ele pode ‘se fazer’, se ele pode criar sua própria vida”?” p.283
“Em primeiro lugar, evidencia-se que a qualificação do funcionário, que muitas vezes passa pelo incentivo e pelo investimento empresarial, deve ser entendida criticamente.” p.285
“a relação que a profissional estabelece entre a necessidade instrumentalização teórico- metodológica e ideopolítica para buscar o exercício de sua cidadania, inserindo-se na sociedade como trabalhadora que tem necessidades a suprir, também depende da realidade das demandas do mercado, pois é em seu interior efetivamente exerce seu exercício profissional.” p.290
“As concepções analisadas permitiram identificar a coexistência de duas tendências no interior do exercício profissional dos assistentes sociais: enquanto a primeira é demarcada pela aquiescência da legitimidade profissional pela via da subordinação, a segunda se dá pela tentativa de recusa dessa legitimidade sob bases de subordinações.” p.292
“em ambas as tendências, apesar das concepções diferenciadas da política, identificou-se um exercício profissional que não estabelece qualquer vinculação com movimentos de organização política.” p.295
“Os trabalhadores vivem os processos de reestruturação produtiva, a globalização e a flexibilização de suas relações de trabalho. Sentem o seu potencial produtivo, a intensificação de sua força de trabalho, as relações de exploração que caracterizam o espaço fabril, a parca remuneração que não lhes permite vida com dignidade. E, ainda, vislumbram trabalho e vida com qualidade e dignidade. Entretanto, não conseguem dar a inteligibilidade necessária ao viver, ao sentir e ao vislumbrar, limitando-se a “acatar” as novas determinações impostas, pressionados, sobretudo, pelo fechamento de postos de trabalho, perda de espaço profissional e altas taxas de desemprego.” p.300
“Os raros germes identificados na contrariedade do senso comum dos trabalhadores precisam ser potencializados e substituídos por uma concepção mais coerente, direcionados em conexão com o exercício político imbricado num programa político que os trabalhadores reconheçam como expressão de suas necessidades. Sem esse redimensionamento e ousadia, sem o desafio da concretude dos ensaios, ficará cada vez mais distante a efetividade de um profissional, social, econômico e político onde a orquestra viva como um instrumento só.” p.301

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