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PlanoDeAula_53705 12 SEMANA

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Título 
Psicologia Aplicada ao Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
12 
Tema 
As Práticas Psicológicas e suas Aplicações no Contexto Jurídico. O psicólogo na área penal e no sistema prisional. 
Objetivos 
·   Mostrar o trabalho do psicólogo no contexto de Vara Criminal e no Sistema penitenciário; 
·   Examinar o cotidiano de uma prisão no Brasil; 
 
Estrutura do Conteúdo 
O professor deverá fazer uma breve exposição sobre o trabalho do psicólogo na área penal e no sistema penitenciário. Deverá ser enfatizada a dificuldade do trabalho 
realizado nestes estabelecimentos e a situação prisional em nosso país. O professor poderá usar dados fornecidos pela internet, jornais e revistas. É interessante, também 
mostrar alguns gráficos desta situação e, juntamente com os alunos, interpretá-los. 
Aplicação Prática Teórica 
1-Considerando a atuação do psicólogo em psicologia jurídica, assinale a opção CORRETA. 
(a) O psicólogo da área jurídica deve transcender as solicitações do mundo jurídico. Deve repensar se é possível responder, sob o ponto de vista psicológico, a todas as perguntas que lhe 
são lançadas, estabelecendo uma relação de complementaridade entre direito e psicologia ; 
(b) O psicólogo que atua na área jurídica atende à demanda jurídica, como uma psicologia aplicada, cujo objetivo é contribuir para o melhor exercício do direito, em uma relação de 
subordinação, na qual o saber psicológico está a serviço do mundo jurídico; 
(c) A atuação do psicólogo na área jurídica tem por objeto de estudo uma das manifestações da subjetividade, ou seja, o estudo do comportamento, enquanto que o estudo das 
consequências das ações jurídicas sobre o indivíduo é função da psicologia clínica; 
(d) O psicólogo jurídico pode fazer orientações, contribuir para políticas preventivas e estudar os efeitos do mundo jurídico sobre a subjetividade do indivíduo. A perícia constitui a única 
atividade que não é praticada pelo psicólogo jurídico. 
2- Estudos diferentes mostram que entre 40% a 60% dos criminosos acabam voltando para a prisão. 
A afirmação acima foi usada para comprovar que 
 
(A) falta mais disciplina nos presídios atualmente, tanto para criminosos quanto para os responsáveis. 
(B) nem sempre é necessário manter os criminosos afastados da sociedade, em prisões fechadas. 
(C)) a ausência de controle dos prisioneiros dentro das penitenciárias é elevada, por falta de especialistas em segurança. 
(D) um sistema penitenciário fechado e baseado apenas na imposição da disciplina não apresenta bons resultados, como deveria. 
(E) é possível recuperar praticamente todos os criminosos, desde que eles estejam dentro das prisões. 
3- Qual prática psicológica deve ser  produzida pelo psicólogo no sistema de justiça? 
(ADAPTAÇÃO? SEAD/SEJUDH ? PSICÓLOGO/2007) 
4- Há quem diga que a recuperação dos presos não acontece, e que a pena de morte seria sugestiva para poder resolver a questão da superlotação carcerária. Porém, há 
quem proclame que as fugas e rebeliões diminuam com condições favoráveis do meio, sendo os presos tratados e vistos como pessoas e não como animais. Fundamentado 
nos estudos apresentados em aula, qual seria  a sua opinião ? 
(BARBOSA, L. O sistema carcerário brasileiro. Disponível em : http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Sistema-Carcer%C3%A1rio-Brasileiro/40056.html) 
 
ATIVIDADE EXTRACLASSE OBRIGATÓRIA 
 
Plano de Aula: Psicologia Aplicada ao Direito
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
NOME DA DISCIPLINA:  PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
                    
CÓDIGO: CCJ0004 
TÍTULO DA ATIVIDADE  
O Sistema Prisional Brasileiro e a Psicologia 
OBJETIVO: 
  
Entender o sistema prisional brasileiro e as limitações e possibilidades do trabalho do psicólogo nestes espaços 
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES:  
Analisar criticamente a situação do sistema prisional no Brasil 
DESENVOLVIMENTO: 
Disponível em: 
http://www.advogado.adv.br/estudantesdireito/federal/ufrn/josealeixonmoreiradefreitas/sistemaprisional.htm 
  
O Sistema Prisional Brasileiro e a Psicologia 
  
Autor: José Aleixon Moreira de Freitas 
Bacharelando em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
  
  
“Por mais elevadas que sejam as qualidades de um povo, 
 se ele não tiver força moral, energia e perseverança,  
jamais o direito poderá prosperar” (Rudolf von Ihering) 
  
Breve Histórico 
A origem da pena remonta aos mais antigos grupamentos de homens. Prevalecia a lei do mais 
forte, a vingança privada. Na antiguidade desconheceu-se inteiramente a privação de liberdade 
como reprimenda penal. As prisões, durante vários séculos, serviram apenas como lugar de tortura
e de custódia. Utilizavam–se calabouços, castelos velhos, aposentos em ruínas ou insalubres 
torres, conventos abandonados e outros edifícios. 
  
Na Idade Média, as sanções estavam submetidas ao arbítrio dos governantes e a pena variava de 
acordo com o status social ao qual pertencia o réu. Na modernidade iniciou -se um movimento de 
grande amplidão que desenvolveu a ideia de prisões organizadas para a correção dos apenados. 
Mas, somente no século XVIII, com os estudos de BECCARIA e HOWARD, foi que a prisão tomou 
uma ideia sustentável em relação a outras formas de punição. 
  
No Brasil: 
O primeiro tipo de normas jurídicas aplicadas no Brasil adveio de Portugal, das Ordenações 
Manoelinas, que posteriormente foram substituídas pelo Código de Dom Sebastião, que em 
seguida dava lugar às Filipinas. Essas legislações eram resquícios, ainda, do direito medieval, 
embutido de uma religiosidade inenarrável. O crime era confundido com o pecado, puniam-se os 
hereges, apóstatas, feiticeiros e benzedores. As penas, severas e cruéis (açoites, degredo, 
mutilação, queimaduras etc.). Além da larga cominação da pena de morte, executada pela forca, 
com tortura pelo fogo, dentre outras, eram comuns as penas infamantes, o confisco e as galés. 
  
Situação contemporânea 
É público e notório, a vilipendiação do Sistema Prisional Brasileiro, quanto à capacidade de 
ressocialização e de assistência ao apenado, pois se nota o total despreparo da máquina estatal 
em tratar do fruto da sua repressão, exprimida pelas desigualdades sociais. 
  
No último recenseamento, feito por encomenda do Ministério da Justiça, com o intuito de fazer um 
“raio-x” da população carcerária brasileira, demonstrou a mesma coisa com escala sensivelmente 
elevada, a crise econômica vem, cada vez mais, ilustrando a criminalidade e a marginalização 
social. O perfil do detento brasileiro indica que ele é, em sua maioria, do sexo masculino, pobre, 
branco, tem baixa escolaridade, e geralmente cometeu crime contra o patrimônio: furto ou roubo, e 
que, sendo condenado ao regime fechado, ele reincide em 45% dos casos. O homicídio é o 
segundo crime mais cometido, perdendo apenas para o delito do roubo, observava-se que, o 
homicida era aquele criminoso que cometia o crime, geralmente, sob forte emoção ou pressão 
psicológica, mas, nota-se, cada vez mais, a prática deste crime por motivos fúteis. Os estudiosos 
garantem que esta violência gratuita é acarretada, mormente pela questão econômica. Estamos 
diante de uma situação que precisa ser revista urgentemente! Não há o que se contestar, não é só 
o Sistema Prisional que necessita de uma reforma, mas toda uma estrutura social dominante, 
ocultante, que procura mascarar uma situação desviando o cerne da questão para a discussão de 
assuntos fúteis como quem casou ou deixou de casar, quem traiu ou deixou de trair, no mundo das
estrelas televisivas. A sociedade tem que refletir sobre a questão da criminalidade e aceitá -la como
sendo ela a genitora de tal situação. Tem que haver mais exemplos como o da cidade de 
Itaúna/MG, que diante da rebelião que destruiu a cadeia pública do município, através do Juiz e do 
Promotor, sensibilizou toda a população no sentido de que a execução é antes de tudo 
responsabilidade de cada cidadão. Com o próprio povo da cidade foi construídas a atual cadeiapública, formados agentes penitenciários, patronatos etc. Ou seja , a própria cidade assumiu seu 
detento como fruto dela própria e se colocou a disposição para recuperá -lo. Isso é preciso na 
sociedade como um todo. 
  
A psicologia tem feito um esforço sobre-humano para amenizar a situação, baseada nas ideias 
pioneiras de Feuerbach e Romagnosi, trata do diagnóstico e prognóstico criminais. Ocupa -se com 
o estudo das condições psicológicas do homem na formação do ato criminoso, do dolo e da culpa, 
da periculosidade e até do problema objetivo da aplicação da pena e da medida de segurança. Tal 
estudo torna-se imprescindível na prevenção do crime e na disciplina dos institutos da liberdade 
condicional, da prisão aberta, das penas alternativas e outros. Divide-se em Psicologia individual, 
criada por Adler, com base na psicanálise criminal (Freud, Adler, Jung), em que se estuda o 
delinquente isoladamente no sentido da reconstrução dinâmica do delito, considerado algumas 
vezes como resultado do conflito psíquico; Psicologia coletiva, que tem por finalidade o estudo da 
criminalidade das multidões em especial; e Psicologia Forense (ou judiciária), que se ocupa do 
estudo dos participantes do processo judicial (réu, testemunhas, juiz, advogado, vítima etc.). 
  
Dentro do presídio, a psicologia trabalha com etapas (basicamente): 
1.   Entrevista inicial: Abordagem feita tanto pelo serviço de psicologia quanto pelo serviço 
social;    essa entrevista é realizada em média 05 dias após o ingresso do indivíduo no Presídio,
colhem-se dados de identificação, saúde, dinâmica familiar, envolvimento com drogas, 
experiências com o trabalho. Realizam -se orientações no sentido de informar-lhe qual o 
funcionamento do Estabelecimento, seus direitos, as regras, quais os serviços oferecidos, as 
formas de contato com os outros serviços, visitas familiares.  Abre -se um prontuário.  
2.   Entrevista de orientação: É o nome dado a entrevista de acompanhamento do interno 
durante sua estada no Presídio, é um procedimento também feito pelo serviço social, o recluso 
solicita a entrevista através de um memorando (bilhete), que encaminha a um dos serviços, via 
de regra, busca orientação quanto a sua saúde, sua família, sua situação jurídica, dificuldades 
de convívio, dificuldades de ordem pessoal. E quando a solicitação não é da competência do 
serviço, encaminha-se ao setor adequado. É nessa entrevista, quando um vínculo de confiança 
se estabelece, que se propõem a orientação psicológica, quando há a predisposição do sujeito.
3.   Orientação Psicológica: este atendimento que tem um caráter terapêutico mais específico, 
vai atender às solicitações do sujeito, nos seus aspectos mais individuais, quando ele se 
dispõe a tentar compreender, junto com o psicólogo, a sua subjetividade, a sua singularidade. 
Este serviço também é oferecido em casos de soropositividade para o HIV, em sintomas de 
síndrome de abstinência, na fase que chamamos de saturação, que se referem àquelas 
pessoas que têm diversas passagens pelo sistema, e se dispõem a refletir sobre porque isso 
acontece, e aqueles que estão prestes a sair e se angustiam com a expectativa e com o medo 
do retorno. 
4.   Grupos de Convivência: com objetivo de promover a interação dos sujeitos, bem como 
estabelecer relações que possibilitem a reflexão sobre aspectos referentes à dignidade, 
autoestima, respeito por si e pelo outro, cidadania, participação política, favorecendo a vida em 
comunidade. 
5.   Atendimento familiar: atividade desenvolvida através de encaminhamentos do serviço social,
com objetivo de manutenção do vínculo familiar. 
  
Conclusão: 
O sistema punitivo necessita de uma reorganização. Tem que se mudar os métodos arcaicos de 
tentativa de ressocialização, as penas alternativas têm que sair da ideia para prática, o corpo penal 
tem de fazer uma reciclagem, a realidade fática que se nos apresenta é diversa da pretendida na 
Lei Maior Brasileira (Constituição) e pela Legislação Penitenciária. A lei assegura os direitos do 
preso, mas tais dispositivos legais são esquecidos, visto que o tratamento dispensado aos 
detentos é precário e o respeito à dignidade humana, infelizmente, são deixados em segundo ou 
quiçá, último plano. Deve-se tirar o recluso da ociosidade, reeducá -lo, formando a pessoa humana,
dando-lhe uma vocação, para reinseri -lo na sociedade. Este tratamento deve vir incumbido de 
medidas sociológicas, penais, educativas, psicológicas e métodos científicos, de forma integrada 
numa ação junto ao delinquente, visando modelar a sua personalidade para a sua reinserção 
social e para prevenir a reincidência. 
  
Referências 
*NORONHA, Magalhães, Direito Penal - Introdução Parte Geral. Editora Saraiva: São Paulo, 1983. 
* MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
*JOYCE, Anne. Código Penal Brasileiro, coordenação, 9. ed. São Paulo: Rideel, 2003. 
PRODUTO/RESULTADO: 
Identificação dos pontos mais importantes no texto 
Estácio de Sá Página 1 / 3
Título 
Psicologia Aplicada ao Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
12 
Tema 
As Práticas Psicológicas e suas Aplicações no Contexto Jurídico. O psicólogo na área penal e no sistema prisional. 
Objetivos 
·   Mostrar o trabalho do psicólogo no contexto de Vara Criminal e no Sistema penitenciário; 
·   Examinar o cotidiano de uma prisão no Brasil; 
 
Estrutura do Conteúdo 
O professor deverá fazer uma breve exposição sobre o trabalho do psicólogo na área penal e no sistema penitenciário. Deverá ser enfatizada a dificuldade do trabalho 
realizado nestes estabelecimentos e a situação prisional em nosso país. O professor poderá usar dados fornecidos pela internet, jornais e revistas. É interessante, também 
mostrar alguns gráficos desta situação e, juntamente com os alunos, interpretá-los. 
Aplicação Prática Teórica 
1-Considerando a atuação do psicólogo em psicologia jurídica, assinale a opção CORRETA. 
(a) O psicólogo da área jurídica deve transcender as solicitações do mundo jurídico. Deve repensar se é possível responder, sob o ponto de vista psicológico, a todas as perguntas que lhe 
são lançadas, estabelecendo uma relação de complementaridade entre direito e psicologia ; 
(b) O psicólogo que atua na área jurídica atende à demanda jurídica, como uma psicologia aplicada, cujo objetivo é contribuir para o melhor exercício do direito, em uma relação de 
subordinação, na qual o saber psicológico está a serviço do mundo jurídico; 
(c) A atuação do psicólogo na área jurídica tem por objeto de estudo uma das manifestações da subjetividade, ou seja, o estudo do comportamento, enquanto que o estudo das 
consequências das ações jurídicas sobre o indivíduo é função da psicologia clínica; 
(d) O psicólogo jurídico pode fazer orientações, contribuir para políticas preventivas e estudar os efeitos do mundo jurídico sobre a subjetividade do indivíduo. A perícia constitui a única 
atividade que não é praticada pelo psicólogo jurídico. 
2- Estudos diferentes mostram que entre 40% a 60% dos criminosos acabam voltando para a prisão. 
A afirmação acima foi usada para comprovar que 
 
(A) falta mais disciplina nos presídios atualmente, tanto para criminosos quanto para os responsáveis. 
(B) nem sempre é necessário manter os criminosos afastados da sociedade, em prisões fechadas. 
(C)) a ausência de controle dos prisioneiros dentro das penitenciárias é elevada, por falta de especialistas em segurança. 
(D) um sistema penitenciário fechado e baseado apenas na imposição da disciplina não apresenta bons resultados, como deveria. 
(E) é possível recuperar praticamente todos os criminosos, desde que eles estejam dentro das prisões. 
3- Qual prática psicológica deve ser  produzida pelo psicólogo no sistema de justiça? 
(ADAPTAÇÃO? SEAD/SEJUDH ? PSICÓLOGO/2007) 
4- Há quem diga que a recuperação dos presos não acontece, e que a pena de morte seria sugestiva para poder resolver a questão da superlotação carcerária.Porém, há 
quem proclame que as fugas e rebeliões diminuam com condições favoráveis do meio, sendo os presos tratados e vistos como pessoas e não como animais. Fundamentado 
nos estudos apresentados em aula, qual seria  a sua opinião ? 
(BARBOSA, L. O sistema carcerário brasileiro. Disponível em : http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Sistema-Carcer%C3%A1rio-Brasileiro/40056.html) 
 
ATIVIDADE EXTRACLASSE OBRIGATÓRIA 
 
Plano de Aula: Psicologia Aplicada ao Direito
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
NOME DA DISCIPLINA:  PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
                    
CÓDIGO: CCJ0004 
TÍTULO DA ATIVIDADE  
O Sistema Prisional Brasileiro e a Psicologia 
OBJETIVO: 
  
Entender o sistema prisional brasileiro e as limitações e possibilidades do trabalho do psicólogo nestes espaços 
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES:  
Analisar criticamente a situação do sistema prisional no Brasil 
DESENVOLVIMENTO: 
Disponível em: 
http://www.advogado.adv.br/estudantesdireito/federal/ufrn/josealeixonmoreiradefreitas/sistemaprisional.htm 
  
O Sistema Prisional Brasileiro e a Psicologia 
  
Autor: José Aleixon Moreira de Freitas 
Bacharelando em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
  
  
“Por mais elevadas que sejam as qualidades de um povo, 
 se ele não tiver força moral, energia e perseverança,  
jamais o direito poderá prosperar” (Rudolf von Ihering) 
  
Breve Histórico 
A origem da pena remonta aos mais antigos grupamentos de homens. Prevalecia a lei do mais 
forte, a vingança privada. Na antiguidade desconheceu-se inteiramente a privação de liberdade 
como reprimenda penal. As prisões, durante vários séculos, serviram apenas como lugar de tortura
e de custódia. Utilizavam–se calabouços, castelos velhos, aposentos em ruínas ou insalubres 
torres, conventos abandonados e outros edifícios. 
  
Na Idade Média, as sanções estavam submetidas ao arbítrio dos governantes e a pena variava de 
acordo com o status social ao qual pertencia o réu. Na modernidade iniciou -se um movimento de 
grande amplidão que desenvolveu a ideia de prisões organizadas para a correção dos apenados. 
Mas, somente no século XVIII, com os estudos de BECCARIA e HOWARD, foi que a prisão tomou 
uma ideia sustentável em relação a outras formas de punição. 
  
No Brasil: 
O primeiro tipo de normas jurídicas aplicadas no Brasil adveio de Portugal, das Ordenações 
Manoelinas, que posteriormente foram substituídas pelo Código de Dom Sebastião, que em 
seguida dava lugar às Filipinas. Essas legislações eram resquícios, ainda, do direito medieval, 
embutido de uma religiosidade inenarrável. O crime era confundido com o pecado, puniam-se os 
hereges, apóstatas, feiticeiros e benzedores. As penas, severas e cruéis (açoites, degredo, 
mutilação, queimaduras etc.). Além da larga cominação da pena de morte, executada pela forca, 
com tortura pelo fogo, dentre outras, eram comuns as penas infamantes, o confisco e as galés. 
  
Situação contemporânea 
É público e notório, a vilipendiação do Sistema Prisional Brasileiro, quanto à capacidade de 
ressocialização e de assistência ao apenado, pois se nota o total despreparo da máquina estatal 
em tratar do fruto da sua repressão, exprimida pelas desigualdades sociais. 
  
No último recenseamento, feito por encomenda do Ministério da Justiça, com o intuito de fazer um 
“raio-x” da população carcerária brasileira, demonstrou a mesma coisa com escala sensivelmente 
elevada, a crise econômica vem, cada vez mais, ilustrando a criminalidade e a marginalização 
social. O perfil do detento brasileiro indica que ele é, em sua maioria, do sexo masculino, pobre, 
branco, tem baixa escolaridade, e geralmente cometeu crime contra o patrimônio: furto ou roubo, e 
que, sendo condenado ao regime fechado, ele reincide em 45% dos casos. O homicídio é o 
segundo crime mais cometido, perdendo apenas para o delito do roubo, observava-se que, o 
homicida era aquele criminoso que cometia o crime, geralmente, sob forte emoção ou pressão 
psicológica, mas, nota-se, cada vez mais, a prática deste crime por motivos fúteis. Os estudiosos 
garantem que esta violência gratuita é acarretada, mormente pela questão econômica. Estamos 
diante de uma situação que precisa ser revista urgentemente! Não há o que se contestar, não é só 
o Sistema Prisional que necessita de uma reforma, mas toda uma estrutura social dominante, 
ocultante, que procura mascarar uma situação desviando o cerne da questão para a discussão de 
assuntos fúteis como quem casou ou deixou de casar, quem traiu ou deixou de trair, no mundo das
estrelas televisivas. A sociedade tem que refletir sobre a questão da criminalidade e aceitá -la como
sendo ela a genitora de tal situação. Tem que haver mais exemplos como o da cidade de 
Itaúna/MG, que diante da rebelião que destruiu a cadeia pública do município, através do Juiz e do 
Promotor, sensibilizou toda a população no sentido de que a execução é antes de tudo 
responsabilidade de cada cidadão. Com o próprio povo da cidade foi construídas a atual cadeia 
pública, formados agentes penitenciários, patronatos etc. Ou seja , a própria cidade assumiu seu 
detento como fruto dela própria e se colocou a disposição para recuperá -lo. Isso é preciso na 
sociedade como um todo. 
  
A psicologia tem feito um esforço sobre-humano para amenizar a situação, baseada nas ideias 
pioneiras de Feuerbach e Romagnosi, trata do diagnóstico e prognóstico criminais. Ocupa -se com 
o estudo das condições psicológicas do homem na formação do ato criminoso, do dolo e da culpa, 
da periculosidade e até do problema objetivo da aplicação da pena e da medida de segurança. Tal 
estudo torna-se imprescindível na prevenção do crime e na disciplina dos institutos da liberdade 
condicional, da prisão aberta, das penas alternativas e outros. Divide-se em Psicologia individual, 
criada por Adler, com base na psicanálise criminal (Freud, Adler, Jung), em que se estuda o 
delinquente isoladamente no sentido da reconstrução dinâmica do delito, considerado algumas 
vezes como resultado do conflito psíquico; Psicologia coletiva, que tem por finalidade o estudo da 
criminalidade das multidões em especial; e Psicologia Forense (ou judiciária), que se ocupa do 
estudo dos participantes do processo judicial (réu, testemunhas, juiz, advogado, vítima etc.). 
  
Dentro do presídio, a psicologia trabalha com etapas (basicamente): 
1.   Entrevista inicial: Abordagem feita tanto pelo serviço de psicologia quanto pelo serviço 
social;    essa entrevista é realizada em média 05 dias após o ingresso do indivíduo no Presídio,
colhem-se dados de identificação, saúde, dinâmica familiar, envolvimento com drogas, 
experiências com o trabalho. Realizam -se orientações no sentido de informar-lhe qual o 
funcionamento do Estabelecimento, seus direitos, as regras, quais os serviços oferecidos, as 
formas de contato com os outros serviços, visitas familiares.  Abre -se um prontuário.  
2.   Entrevista de orientação: É o nome dado a entrevista de acompanhamento do interno 
durante sua estada no Presídio, é um procedimento também feito pelo serviço social, o recluso 
solicita a entrevista através de um memorando (bilhete), que encaminha a um dos serviços, via 
de regra, busca orientação quanto a sua saúde, sua família, sua situação jurídica, dificuldades 
de convívio, dificuldades de ordem pessoal. E quando a solicitação não é da competência do 
serviço, encaminha-se ao setor adequado. É nessa entrevista, quando um vínculo de confiança 
se estabelece, que se propõem a orientação psicológica, quando há a predisposição do sujeito.
3.   Orientação Psicológica: este atendimento que tem um caráter terapêutico mais específico, 
vai atender às solicitações do sujeito, nos seus aspectos mais individuais, quando ele se 
dispõe a tentar compreender, junto com o psicólogo, a sua subjetividade, a sua singularidade. 
Este serviço também é oferecido em casos de soropositividade para o HIV, em sintomas de 
síndrome de abstinência, na fase que chamamos de saturação, que sereferem àquelas 
pessoas que têm diversas passagens pelo sistema, e se dispõem a refletir sobre porque isso 
acontece, e aqueles que estão prestes a sair e se angustiam com a expectativa e com o medo 
do retorno. 
4.   Grupos de Convivência: com objetivo de promover a interação dos sujeitos, bem como 
estabelecer relações que possibilitem a reflexão sobre aspectos referentes à dignidade, 
autoestima, respeito por si e pelo outro, cidadania, participação política, favorecendo a vida em 
comunidade. 
5.   Atendimento familiar: atividade desenvolvida através de encaminhamentos do serviço social,
com objetivo de manutenção do vínculo familiar. 
  
Conclusão: 
O sistema punitivo necessita de uma reorganização. Tem que se mudar os métodos arcaicos de 
tentativa de ressocialização, as penas alternativas têm que sair da ideia para prática, o corpo penal 
tem de fazer uma reciclagem, a realidade fática que se nos apresenta é diversa da pretendida na 
Lei Maior Brasileira (Constituição) e pela Legislação Penitenciária. A lei assegura os direitos do 
preso, mas tais dispositivos legais são esquecidos, visto que o tratamento dispensado aos 
detentos é precário e o respeito à dignidade humana, infelizmente, são deixados em segundo ou 
quiçá, último plano. Deve-se tirar o recluso da ociosidade, reeducá -lo, formando a pessoa humana,
dando-lhe uma vocação, para reinseri -lo na sociedade. Este tratamento deve vir incumbido de 
medidas sociológicas, penais, educativas, psicológicas e métodos científicos, de forma integrada 
numa ação junto ao delinquente, visando modelar a sua personalidade para a sua reinserção 
social e para prevenir a reincidência. 
  
Referências 
*NORONHA, Magalhães, Direito Penal - Introdução Parte Geral. Editora Saraiva: São Paulo, 1983. 
* MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
*JOYCE, Anne. Código Penal Brasileiro, coordenação, 9. ed. São Paulo: Rideel, 2003. 
PRODUTO/RESULTADO: 
Identificação dos pontos mais importantes no texto 
Estácio de Sá Página 2 / 3
Título 
Psicologia Aplicada ao Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
12 
Tema 
As Práticas Psicológicas e suas Aplicações no Contexto Jurídico. O psicólogo na área penal e no sistema prisional. 
Objetivos 
·   Mostrar o trabalho do psicólogo no contexto de Vara Criminal e no Sistema penitenciário; 
·   Examinar o cotidiano de uma prisão no Brasil; 
 
Estrutura do Conteúdo 
O professor deverá fazer uma breve exposição sobre o trabalho do psicólogo na área penal e no sistema penitenciário. Deverá ser enfatizada a dificuldade do trabalho 
realizado nestes estabelecimentos e a situação prisional em nosso país. O professor poderá usar dados fornecidos pela internet, jornais e revistas. É interessante, também 
mostrar alguns gráficos desta situação e, juntamente com os alunos, interpretá-los. 
Aplicação Prática Teórica 
1-Considerando a atuação do psicólogo em psicologia jurídica, assinale a opção CORRETA. 
(a) O psicólogo da área jurídica deve transcender as solicitações do mundo jurídico. Deve repensar se é possível responder, sob o ponto de vista psicológico, a todas as perguntas que lhe 
são lançadas, estabelecendo uma relação de complementaridade entre direito e psicologia ; 
(b) O psicólogo que atua na área jurídica atende à demanda jurídica, como uma psicologia aplicada, cujo objetivo é contribuir para o melhor exercício do direito, em uma relação de 
subordinação, na qual o saber psicológico está a serviço do mundo jurídico; 
(c) A atuação do psicólogo na área jurídica tem por objeto de estudo uma das manifestações da subjetividade, ou seja, o estudo do comportamento, enquanto que o estudo das 
consequências das ações jurídicas sobre o indivíduo é função da psicologia clínica; 
(d) O psicólogo jurídico pode fazer orientações, contribuir para políticas preventivas e estudar os efeitos do mundo jurídico sobre a subjetividade do indivíduo. A perícia constitui a única 
atividade que não é praticada pelo psicólogo jurídico. 
2- Estudos diferentes mostram que entre 40% a 60% dos criminosos acabam voltando para a prisão. 
A afirmação acima foi usada para comprovar que 
 
(A) falta mais disciplina nos presídios atualmente, tanto para criminosos quanto para os responsáveis. 
(B) nem sempre é necessário manter os criminosos afastados da sociedade, em prisões fechadas. 
(C)) a ausência de controle dos prisioneiros dentro das penitenciárias é elevada, por falta de especialistas em segurança. 
(D) um sistema penitenciário fechado e baseado apenas na imposição da disciplina não apresenta bons resultados, como deveria. 
(E) é possível recuperar praticamente todos os criminosos, desde que eles estejam dentro das prisões. 
3- Qual prática psicológica deve ser  produzida pelo psicólogo no sistema de justiça? 
(ADAPTAÇÃO? SEAD/SEJUDH ? PSICÓLOGO/2007) 
4- Há quem diga que a recuperação dos presos não acontece, e que a pena de morte seria sugestiva para poder resolver a questão da superlotação carcerária. Porém, há 
quem proclame que as fugas e rebeliões diminuam com condições favoráveis do meio, sendo os presos tratados e vistos como pessoas e não como animais. Fundamentado 
nos estudos apresentados em aula, qual seria  a sua opinião ? 
(BARBOSA, L. O sistema carcerário brasileiro. Disponível em : http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Sistema-Carcer%C3%A1rio-Brasileiro/40056.html) 
 
ATIVIDADE EXTRACLASSE OBRIGATÓRIA 
 
Plano de Aula: Psicologia Aplicada ao Direito
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
NOME DA DISCIPLINA:  PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
                    
CÓDIGO: CCJ0004 
TÍTULO DA ATIVIDADE  
O Sistema Prisional Brasileiro e a Psicologia 
OBJETIVO: 
  
Entender o sistema prisional brasileiro e as limitações e possibilidades do trabalho do psicólogo nestes espaços 
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES:  
Analisar criticamente a situação do sistema prisional no Brasil 
DESENVOLVIMENTO: 
Disponível em: 
http://www.advogado.adv.br/estudantesdireito/federal/ufrn/josealeixonmoreiradefreitas/sistemaprisional.htm 
  
O Sistema Prisional Brasileiro e a Psicologia 
  
Autor: José Aleixon Moreira de Freitas 
Bacharelando em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
  
  
“Por mais elevadas que sejam as qualidades de um povo, 
 se ele não tiver força moral, energia e perseverança,  
jamais o direito poderá prosperar” (Rudolf von Ihering) 
  
Breve Histórico 
A origem da pena remonta aos mais antigos grupamentos de homens. Prevalecia a lei do mais 
forte, a vingança privada. Na antiguidade desconheceu-se inteiramente a privação de liberdade 
como reprimenda penal. As prisões, durante vários séculos, serviram apenas como lugar de tortura
e de custódia. Utilizavam–se calabouços, castelos velhos, aposentos em ruínas ou insalubres 
torres, conventos abandonados e outros edifícios. 
  
Na Idade Média, as sanções estavam submetidas ao arbítrio dos governantes e a pena variava de 
acordo com o status social ao qual pertencia o réu. Na modernidade iniciou -se um movimento de 
grande amplidão que desenvolveu a ideia de prisões organizadas para a correção dos apenados. 
Mas, somente no século XVIII, com os estudos de BECCARIA e HOWARD, foi que a prisão tomou 
uma ideia sustentável em relação a outras formas de punição. 
  
No Brasil: 
O primeiro tipo de normas jurídicas aplicadas no Brasil adveio de Portugal, das Ordenações 
Manoelinas, que posteriormente foram substituídas pelo Código de Dom Sebastião, que em 
seguida dava lugar às Filipinas. Essas legislações eram resquícios, ainda, do direito medieval, 
embutido de uma religiosidade inenarrável. O crime era confundido com o pecado, puniam-se os 
hereges, apóstatas, feiticeiros e benzedores. As penas, severas e cruéis (açoites, degredo, 
mutilação, queimaduras etc.). Além da larga cominação da pena de morte, executada pela forca, 
com tortura pelo fogo, dentre outras, eram comuns as penas infamantes, o confisco e as galés. 
  
Situação contemporânea 
É públicoe notório, a vilipendiação do Sistema Prisional Brasileiro, quanto à capacidade de 
ressocialização e de assistência ao apenado, pois se nota o total despreparo da máquina estatal 
em tratar do fruto da sua repressão, exprimida pelas desigualdades sociais. 
  
No último recenseamento, feito por encomenda do Ministério da Justiça, com o intuito de fazer um 
“raio-x” da população carcerária brasileira, demonstrou a mesma coisa com escala sensivelmente 
elevada, a crise econômica vem, cada vez mais, ilustrando a criminalidade e a marginalização 
social. O perfil do detento brasileiro indica que ele é, em sua maioria, do sexo masculino, pobre, 
branco, tem baixa escolaridade, e geralmente cometeu crime contra o patrimônio: furto ou roubo, e 
que, sendo condenado ao regime fechado, ele reincide em 45% dos casos. O homicídio é o 
segundo crime mais cometido, perdendo apenas para o delito do roubo, observava-se que, o 
homicida era aquele criminoso que cometia o crime, geralmente, sob forte emoção ou pressão 
psicológica, mas, nota-se, cada vez mais, a prática deste crime por motivos fúteis. Os estudiosos 
garantem que esta violência gratuita é acarretada, mormente pela questão econômica. Estamos 
diante de uma situação que precisa ser revista urgentemente! Não há o que se contestar, não é só 
o Sistema Prisional que necessita de uma reforma, mas toda uma estrutura social dominante, 
ocultante, que procura mascarar uma situação desviando o cerne da questão para a discussão de 
assuntos fúteis como quem casou ou deixou de casar, quem traiu ou deixou de trair, no mundo das
estrelas televisivas. A sociedade tem que refletir sobre a questão da criminalidade e aceitá -la como
sendo ela a genitora de tal situação. Tem que haver mais exemplos como o da cidade de 
Itaúna/MG, que diante da rebelião que destruiu a cadeia pública do município, através do Juiz e do 
Promotor, sensibilizou toda a população no sentido de que a execução é antes de tudo 
responsabilidade de cada cidadão. Com o próprio povo da cidade foi construídas a atual cadeia 
pública, formados agentes penitenciários, patronatos etc. Ou seja , a própria cidade assumiu seu 
detento como fruto dela própria e se colocou a disposição para recuperá -lo. Isso é preciso na 
sociedade como um todo. 
  
A psicologia tem feito um esforço sobre-humano para amenizar a situação, baseada nas ideias 
pioneiras de Feuerbach e Romagnosi, trata do diagnóstico e prognóstico criminais. Ocupa -se com 
o estudo das condições psicológicas do homem na formação do ato criminoso, do dolo e da culpa, 
da periculosidade e até do problema objetivo da aplicação da pena e da medida de segurança. Tal 
estudo torna-se imprescindível na prevenção do crime e na disciplina dos institutos da liberdade 
condicional, da prisão aberta, das penas alternativas e outros. Divide-se em Psicologia individual, 
criada por Adler, com base na psicanálise criminal (Freud, Adler, Jung), em que se estuda o 
delinquente isoladamente no sentido da reconstrução dinâmica do delito, considerado algumas 
vezes como resultado do conflito psíquico; Psicologia coletiva, que tem por finalidade o estudo da 
criminalidade das multidões em especial; e Psicologia Forense (ou judiciária), que se ocupa do 
estudo dos participantes do processo judicial (réu, testemunhas, juiz, advogado, vítima etc.). 
  
Dentro do presídio, a psicologia trabalha com etapas (basicamente): 
1.   Entrevista inicial: Abordagem feita tanto pelo serviço de psicologia quanto pelo serviço 
social;    essa entrevista é realizada em média 05 dias após o ingresso do indivíduo no Presídio,
colhem-se dados de identificação, saúde, dinâmica familiar, envolvimento com drogas, 
experiências com o trabalho. Realizam -se orientações no sentido de informar-lhe qual o 
funcionamento do Estabelecimento, seus direitos, as regras, quais os serviços oferecidos, as 
formas de contato com os outros serviços, visitas familiares.  Abre -se um prontuário.  
2.   Entrevista de orientação: É o nome dado a entrevista de acompanhamento do interno 
durante sua estada no Presídio, é um procedimento também feito pelo serviço social, o recluso 
solicita a entrevista através de um memorando (bilhete), que encaminha a um dos serviços, via 
de regra, busca orientação quanto a sua saúde, sua família, sua situação jurídica, dificuldades 
de convívio, dificuldades de ordem pessoal. E quando a solicitação não é da competência do 
serviço, encaminha-se ao setor adequado. É nessa entrevista, quando um vínculo de confiança 
se estabelece, que se propõem a orientação psicológica, quando há a predisposição do sujeito.
3.   Orientação Psicológica: este atendimento que tem um caráter terapêutico mais específico, 
vai atender às solicitações do sujeito, nos seus aspectos mais individuais, quando ele se 
dispõe a tentar compreender, junto com o psicólogo, a sua subjetividade, a sua singularidade. 
Este serviço também é oferecido em casos de soropositividade para o HIV, em sintomas de 
síndrome de abstinência, na fase que chamamos de saturação, que se referem àquelas 
pessoas que têm diversas passagens pelo sistema, e se dispõem a refletir sobre porque isso 
acontece, e aqueles que estão prestes a sair e se angustiam com a expectativa e com o medo 
do retorno. 
4.   Grupos de Convivência: com objetivo de promover a interação dos sujeitos, bem como 
estabelecer relações que possibilitem a reflexão sobre aspectos referentes à dignidade, 
autoestima, respeito por si e pelo outro, cidadania, participação política, favorecendo a vida em 
comunidade. 
5.   Atendimento familiar: atividade desenvolvida através de encaminhamentos do serviço social,
com objetivo de manutenção do vínculo familiar. 
  
Conclusão: 
O sistema punitivo necessita de uma reorganização. Tem que se mudar os métodos arcaicos de 
tentativa de ressocialização, as penas alternativas têm que sair da ideia para prática, o corpo penal 
tem de fazer uma reciclagem, a realidade fática que se nos apresenta é diversa da pretendida na 
Lei Maior Brasileira (Constituição) e pela Legislação Penitenciária. A lei assegura os direitos do 
preso, mas tais dispositivos legais são esquecidos, visto que o tratamento dispensado aos 
detentos é precário e o respeito à dignidade humana, infelizmente, são deixados em segundo ou 
quiçá, último plano. Deve-se tirar o recluso da ociosidade, reeducá -lo, formando a pessoa humana,
dando-lhe uma vocação, para reinseri -lo na sociedade. Este tratamento deve vir incumbido de 
medidas sociológicas, penais, educativas, psicológicas e métodos científicos, de forma integrada 
numa ação junto ao delinquente, visando modelar a sua personalidade para a sua reinserção 
social e para prevenir a reincidência. 
  
Referências 
*NORONHA, Magalhães, Direito Penal - Introdução Parte Geral. Editora Saraiva: São Paulo, 1983. 
* MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
*JOYCE, Anne. Código Penal Brasileiro, coordenação, 9. ed. São Paulo: Rideel, 2003. 
PRODUTO/RESULTADO: 
Identificação dos pontos mais importantes no texto 
Estácio de Sá Página 3 / 3

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