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4 ( Ali Alberto Nascola Da Diversidade Cultural à Relatividade Cultural (Licenciatura em Ensino Básico) Universidade Rovuma Nampula Setembro, 2021 ) Ali Alberto Nascola Da Diversidade Cultural à Relatividade Cultural (Licenciatura Em Ensino Básico) ( Trabalho elaborado na cadeira de Antropologia Cultural de Moçambique , no curso de Licenciatura em Ensino Básico, a ser entregue o Docente da Cadeira para avaliação Docente: Inacio Tarcisio ) Universidade Rovuma Nampula Setembro, 2021 Índice Introdução 4 Da Diversidade Cultural à Relatividade Cultural 5 A Universalidade da Cultura 5 Características da Diversidade Cultural 6 Diversidade Cultural em Moçambique 6 O Paradigma da Diversidade Cultural em Moçambique 6 Língua 6 Educação 6 Relativismo Cultural 7 Conclusão 9 Bibliografia 10 Introdução O presente trabalho foi elaborado na cadeira de Antropologia Cultural, pela Universidade Rovuma e tem como tema Da Diversidade Cultural à Relatividade Cultural, dentro deste tema eu submeto como objectivo principal Conhecer a Diversidade Cultural Moçambicana, com esse objectivo pretende – se Identificar as Diversidades Culturais Moçambicanas e Caracterizar a Relatividade Cultural. A diversidade cultural é um conceito criado para compreender os processos de diferenciação entre as várias culturas que existem ao redor do mundo. As múltiplas culturas formam a chamada identidade cultural dos indivíduos ou de uma sociedade; uma “marca” que personaliza e diferencia os membros de determinado lugar do restante da população mundial. Para a realização do trabalho foi de muito empenho e dedicação pois foi possível com alguns materiais de consulta na Internet e módulos na plataforma da cadeira de Antropologia Cultural. Da Diversidade Cultural à Relatividade Cultural Tylor 1975, a cultura é aquela toda complexa que incluí conhecimentos, crenças, arte, moral, lei, costumes e toda a série de capacidades e hábitos que o Homem adquire em tanto que membro de uma sociedade dada. Diversidade cultural, são os vários aspectos que representam particularmente as diferentes culturas, como a linguagem, as tradições, a culinária, a religião, os costumes, o modelo de organização familiar, a política, entre outras características próprias de um grupo de seres humanos que habitam num determinado território. A diversidade cultural é um conceito criado para compreender os processos de diferenciação entre as várias culturas que existem ao redor do mundo. As múltiplas culturas formam a chamada identidade cultural dos indivíduos ou de uma sociedade; uma “marca” que personaliza e diferencia os membros de determinado lugar do restante da população mundial. A diversidade significa pluralidade, variedade e diferenciação, conceito que é considerado o oposto total da heterogeneidade. Actualmente, devido ao processo de colonização e miscigenação cultural entre a maioria das nações do planeta, quase todos os países possuem a sua diversidade cultural, ou seja, um “pedacinho” das tradições e costumes de várias culturas diferentes. A Universalidade da Cultura Entre a diversidade de cultura é possível achar alguns traços comuns. Neste ponto a antropologia não só estuda as diferenças como também o que nos faz a todos os seres humanos iguais. Quanto estes traços culturais existem em todas ou em quase todas sociedades denominam-se universais culturais são aqueles que distinguem os humanos das outras espécies: · A unidade psíquica dos humanos, pois todos humanos têm a mesma capacidade para a cultura; · A linguagem; · Viver em grupos sociais como a família e compartilhar alimentos; · Isogamia e o tabu de incesto, regra que proíbe as relações sexuais e casamento entre parentes próximos. Características da Diversidade Cultural A diversidade cultural é antes de mais nada, um fato: existe uma grande variedade de culturas que é possível distinguir rapidamente a partir de observações etnográficas, mesmo se os contornos que delimitam uma determinada cultura se revelem mais difíceis de identificar do que, à primeira vista, poderia parecer. A diversidade é a característica básica de formas de vida e das manifestações de cultura na terra. Ela pode ser biológica ou cultural, há três tipos de diversidade cultural: Genética, Linguística e Cultural propriamente dita. Diversidade Cultural em Moçambique A sociedade Moçambicana é multilingue, pluri-étnica, multi-racial e socialmente estratificada. Existem em Moçambique várias formas de organização social, cultural, política e religiosa; há várias crenças, línguas, costumes, tradições e várias formas de educação. A principal característica do património cultural moçambicano é a sua diversidade. As manifestações e expressões culturais são ricas e plurais, sobretudo as ligadas às camadas populares. O Paradigma da Diversidade Cultural em Moçambique Língua Muitas comunidades linguísticas encontram-se actualmente dispersas por diferentes regiões nacionais como consequência das migrações, da expansão da guerra dos 16 anos (guerra civil), dos deslocamentos de refugiados e da mobilidade profissional. À medida que aumenta a variedade dos vínculos entre língua e lugar, os esquemas de comunicação apresentam uma variedade crescente caracterizada por: Mudanças de códigos, Pelo plurilinguístico, Aquisição de diferentes capacidades de compreensão e expressão em idiomas e dialectos distintos, tendo, para além disso, como traço distintivo. Educação As políticas educacionais têm uma repercussão decisiva no florescimento ou no declínio da diversidade cultural e devem promover a educação pela e para a diversidade. Assim se garante o direito à educação, ao mesmo tempo em que se reconhece a diversidade das necessidades dos educandos (especialmente daqueles que pertencem a grupos minoritários, indígenas ou nómados) e a variedade dos métodos e conteúdos conexos. Em sociedades multiculturais cada vez mais complexas, a educação deve auxiliar-nos a adquirir as competências interculturais que nos permitam conviver com as nossas diferenças culturais e não apesar delas. Os quatro princípios de uma educação de qualidade definidos em Moçambique sobre Educação rumo há diversidade cultural são: Aprender a ser, Aprender a conhecer, Aprender a fazer e Aprender a viver em conjunto. Os educadores não devem contentar se em reconhecer a diversidade e em valorizá-la discursivamente, é necessário considerar e criar também diversidade nas práticas de ensino. A diversificação das práticas de ensino não é um empreendimento fácil. Ela é um dos maiores desafios da educação em sociedades complexas e democráticas. Num caso como o de Moçambique é impensável termos currículos completamente diversificados. É importante que haja um currículo comum que contenha aspectos universalmente aceites e comuns às várias culturas. O fato de haver um currículo comum não deve significar anular as particularidades e singularidades. O currículo deve permitir a possibilidade de haver diferenciações, sem haver discriminações nem estigmatizações de certas culturas. Relativismo Cultural A expressão relativismo cultural faz referência a uma abordagem metodológica, uma forma de interpretar dados culturais usual na História e em outras ciências humanas, mas principalmente na Antropologia. Na verdade, para alguns autores a relativização se tornou sinónimo mesmo da Antropologia. E não é à toa que um famoso manual de Antropologia brasileiro, escrito por Roberto DaMatta, chama-se Relativizando. Andrew e Sedgwick definem o relativismo cultural como a visão que interpreta moralidade, práticas e crenças funcionando de forma diferente em culturas distintas e, logo, não podendo ser julgados quanto a seu valor segundo um ponto de vista de outra cultura. Robert Foley, antropólogo físico preocupado coma evolução humana, define o relativismo cultural como a visão actual que nega a existência de um conhecimento objectivo, acreditando apenas em um mundo de palavras e textos de criação humana. Nessa perspectiva, a experiência humana, incluindo o conhecimento, só pode ser alcançadapor meio do mundo linguístico do pensamento e da comunicação. O mundo que experimentamos seria, dessa forma, apenas uma construção dos sentidos. Mesmo os mais moderados dessa corrente, de acordo com Foley, acreditam que, ainda que haja um mundo real, nunca o podemos observar e experimentar objectivamente. o relativismo cultural surgiu na Antropologia, levando os antropólogos a estudar quais as soluções que sociedades diferentes oferecem para as mesmas questões existenciais, nas palavras de Everardo Rocha. Essa concepção metodológica surgiu como alternativa ao evolucionismo que imperou na Antropologia e em outras ciências durante o século XIX, a qual propunha uma visão progressista e etnocêntrica, na qual a sociedade ocidental era apresentada como a única civilização avançada, e todas as outras formas de cultura tidas apenas como estágios na escala para a ascensão evolutiva da humanidade. A visão evolucionista tomava, assim, a civilização ocidental como parâmetro e julgava as outras sociedades, culturas e civilizações sob os padrões do Ocidente. O relativismo veio contestar essa visão, aparecendo de início na passagem do século XIX para o XK, e sugerindo, em linhas gerais, que sociedades diferentes têm concepções de existência também diferentes, todas igualmente válidas. Ou seja, a espécie humana dá respostas distintas para os problemas que encontra, sem que possamos julgar a validade de cada concepção a partir de padrões de outra cultura. Conclusão Depois de uma longa busca de factos para o desenvolvimento desse trabalho que tem como tema Diversidade Cultural a Relatividade Cultural conclui – se que a sociedade Moçambicana é multilingue, pluri-étnica, multi-racial e socialmente estratificada. Existem em Moçambique várias formas de organização social, cultural, política e religiosa; há várias crenças, línguas, costumes, tradições e várias formas de educação. A principal característica do património cultural moçambicano é a sua diversidade. As manifestações e expressões culturais são ricas e plurais, sobretudo as ligadas às camadas populares. Bibliografia CLIFFORD, J. Sobre Ia Autoridad Etnográfica. In: CLIFFORD, James. Dilemas de IaCultura. Barcelona: Gedisa, 1995.CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: EDUSC, 1999.DIAS, H. N. Diversidade cultural e educação em Moçambique, São Carlos, 3ª edição. 2010. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 3ª ed, Rio de Janeiro, DP§ Aeditora, 1999.MARTINEZ, Francisco Lerma & IMC. Antropologia Cultural: Guia para o Estudo; 6ªEdição, Maputo, Paulinas Editorial, 2009.TAKAHASHI, Tadao. Diversidade cultural e direito à comunição. Disponível em:http://www.campus-oei.org>. Acesso em: 28 de Setembro de 2021, ás 13:22 minutos.UNESCO. Relatório Mundial da UNESCO, Investir na diversidade cultural e no diálogo intercultural. Brasil: Brasília, 2ª Edição, 2010.
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