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ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO (Neuroanatomia funcional cap5, 15, 16 e 17) Partes do TE: mesencéfalo, ponte e bulbo Delimitações: - Limite cranial: quando começa a região do diencéfalo - Limite caudal: onde começa a medula espinal e termina o bulbo → onde tem 1º par de nervo espinal Etimologia: placa neural → sulco neural → goteira neural → tubo neural Parte cranial do tubo neural: origina o tronco encefálico Parte caudal do tubo neural: origina a medula Medula: Parte posterior: informação sensorial Parte anterior: informação motora 3 vesículas primárias: - Prosencéfalo (origina 2 vesículas); - Mesencéfalo; - Rombencéfalo (origina 2 vesículas) 5 vesículas secundárias: - Telencéfalo e diencéfalo (origina cérebro); - Mesencéfalo (origina mesencéfalo); - Metencéfalo (origina cerebelo + ponte) e mielencéfalo (origina bulbo) Formação reticular: o tronco encefálico possui substância branca e cinzenta - Substância branca: tratos + fascículos + lemniscos Promove passagem das vias sensoriais → prosencéfalo e vias motoras originadas no prosencéfalo - Substância cinzenta: núcleos Núcleos do tronco encefálico que recebem e emitem fibras nervosas dos nervos cranianos Funções: - Centro → vasomotor e respiratório; - Ciclo sono-vigília; - Reflexo da cabeça; - Alerta; - Núcleos de controle autonômico; - Núcleos do sistema motor; a) MESENCÉFALO: localizado entre a ponte e o diencéfalo, atravessando o 3º e 4º ventrículo. É dividido em 2 faces - Face anterior: presença de pedúnculos cerebrais (dois feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte) que delimitam a fossa interpeduncular (depressão triangular) que, por sua vez, é delimitada anteriormente por corpos mamilares e inferiormente pela substância perfurada posterior Pedúnculos cerebrais: dois feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte. Os pedúnculos se dividem em: Base do pedúnculo: parte ventral Tegmento: parte dorsal → é responsável pelo controle fino do movimento e regulação da dor. É separado da base pela substância negra, formada por neurônios que contém melanina e dopamina. Na doença de Parkinson, essa área é degenerada, impedindo que haja um controle fino dos movimentos Fossa interpeduncular: depressão triangular Corpos mamilares: pertencem ao diencéfalo Substância perfurada posterior: pequenos orifícios onde passam os vasos - Face dorsal: localiza-se o teto do mesencéfalo, que possui 4 eminências: colículos superiores e inferiores, os colículos se ligam aos corpos geniculados através de feixes de fibras nervosas → braços dos colículos Colículo superior: se liga parcialmente ao corpo geniculado lateral através do braço do colículo superior e tem função na via óptica. É formado por substância branca e cinzenta Colículo inferior: se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior e faz parte da via auditiva. É formado por massa de substância cinzenta Caudalmente, a cada colículo inferior emerge o 4º par craniano → nervo troclear Nervo troclear: emerge dorsalmente contornando o mesencéfalo e surge ventralmente entre a ponte e o mesencéfalo Os colículos superiores e inferiores são separados pelo sulco transverso, enquanto os colículos esquerdo e direito são separados pelo sulco ântero-posterior Corpos geniculados: pequenas eminências ovais que ligam os colículos ao diencéfalo Arqueduto do mesencéfalo: canal estreito que atravessa o mesencéfalo onde circula o líquido cerebroespinal. O arqueduto estabelece a comunicação entre o 3º e 4º ventrículo b) PONTE: localizada entre o bulbo e mesencéfalo. É responsável por processar informações motoras do córtex e levá-las ao cerebelo, mastigação, contração dos músculos faciais, audição e equilíbrio DELIMITAÇÕES: Superior: fossa interpeduncular → sulco pontino superior Inferior: sulco bulbo-pontino COMPOSIÇÃO: - Sulco pontino superior; - Sulco bulbo-pontino; - Sulco basilar → aloja a artéria basilar; - Eminência pontina. RAÍZES DE NERVOS CRANIANOS: - V: nervo trigêmeo; - VI: nervo abducente; - VII: nervo facial; - VIII: vestíbulo coclear. Síndrome do ângulo ponto-cerebelar: compressão das raízes nervosas localizadas na ponte PEDÚNCULO CEREBELAR MÉDIO: conjunto de feixes de fibras transversais que percorrem a base do pedúnculo c) BULBO: auxilia na regulação da atividade cardiovascular, respiratória, visceral e postural e coordena os movimentos da cabeça + deglutição. DELIMITAÇÕES: - Superior: sulco bulbo-pontino - Inferior: forame magno / 1º nervo espinal cervical SULCOS ANTERIORES: - Retro olivar; - Pré-olivar; - Fissura mediana anterior; - Forame cego; - Sulco lateral anterior PIRÂMIDES: fibras descendentes que ligam áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES: fibras que cruzam obliquamente o plano mediano e se encontram na fissura mediana anterior OLIVAS: estruturas formadas por grande massa de substância cinzenta e estão envolvidas na aprendizagem motora. Se ligam ao cerebelo pelas fibras olivo-cerebelares, que são originadas pelos núcleos olivares RAÍZES DE NERVOS DO BULBO: - Glossofaríngeo; - Vago; - Acessório; - Hipoglosso. A compressão desses nervos pode causar: disfagia, alterações na fonação, alterações no movimento da língua e parada cardio-respiratória SULCOS POSTERIORES: - Mediano posterior; - Lateral posterior; - Intermédio posterior. FASCÍCULOS GRÁCIL E CUNEIFORME: fibras ascendentes provenientes da medula TUBÉRCULOS DOS NÚCLEOS GRÁCIL E CUNEIFORME: eminências na região cranial dos fascículos, junto com os núcleos grácil e cuneiforme NÚCLEOS GRÁCIL E CUNEIFORME: núcleos sensitivos que recebem axônios dos fascículos e originam as fibras de decussação sensitiva que formam o lemnisco medial obs.: todas essas estruturas estão relacionadas com a percepção da localização espacial do corpo e sensibilidade vibratória d) 4º VENTRÍCULO: cavidade losângica do rombencéfalo situada entre o bulbo, ponte (ventralmente) e cerebelo (dorsalmente), comunicando-se com o 3º ventrículo através do arqueduto do mesencéfalo A cavidade do 4º ventrículo se prolonga lateralmente para formar os recessos laterais Recesos laterais: se comunicam lateralmente com o espaço subaracnóideo por meio das abereturas laterais do 4º ventrículo, também chamadas de forames de Luschka. Forame de Magendie: abertura mediana do 4º ventrículo situada no teto do ventrículo. Essa abertura permite passagem do líquido cerebroespinhal para o espaço subaracnóideo Assoalho do 4º ventrículo: é percorrido em toda sua extensão pelo sulco mediano Sulco mediano: separa os núcleos motores dos núcleos sensitivos e possui uma eminência medial. Eminência medial: é delimitada lateralmente pelo sulco limitante e, ao centro do assoalho, a eminência dilata-se para constituir lateralmente o colículo facial Colículo facial: elevação formada por fibras do nervo facial que contornam o núcleo do nervo abducente Trígono do nervo hipoglosso: área triangular que corresponde ao núcleo do nervo hipoglosso Trígono do nervo vago: localizado lateralmente ao trígono do nervo hipoglosso e caudalmente a fóvea inferior. Corresponde ao núcleo dorsal do nervo vago Área vestibular: área triangular situada lateralmente ao sulco limitante que corresponde aos núcleos vestibulares do nervo vestíbulo-coclear Estrias medulares do 4º ventrículo: fibras nervosas que cruzam transversalmente a área vestibular Locus ceruleus: localizado lateralmente a eminência medial que contém neurônios ricos em NE do encéfalo DELIMITAÇÕES DO ASSOALHO: - Ínfero-lateral: pedúnculos cerebelares inferiores + tubérculos do núcleo grácil e cuneiforme - Súpero-lateralmente: pedúnculos cerebelares superiores → feixes de fibras nervosas que convergem para penetrar no mesencéfalo
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