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São estruturas calcificadas que se desenvolvem dentro do sistema de ductos das glândulas salivares. Pesquisadores acreditam que eles surgem pela deposição de sais de cálcio ao redor de um ninho de debris dentro da luz do ducto **Esses debris podem incluir muco espesso, bactérias, células epiteliais ductais ou corpos estranhos >>A causa dos sialólitos é incerta, mas sua formação pode ser promovida pela sialoadenite crônica e pela obstrução parcial Seu desenvolvimento não está relacionado com nenhum desequilíbrio sistêmico no metabolismo de cálcio e fósforo Características Clínicas e Radiográficas Na maioria das vezes, o sialólito se desenvolve dentro do sistema ductal da glândula submandibular, representando 80% dos casos, a formação de cálculos dentro do sistema da glândula parótida é menos frequente >>O longo, tortuoso e ascendente ducto da glândula submandibular (Wharton) e sua secreção mucoide espessa podem ser responsáveis por sua maior tendência à formação de cálculo salivar Os sialólitos também podem se formar dentro das glândulas salivares menores, mais comumente nas glândulas do lábio superior e da mucosa jugal Os cálculos salivares podem ocorrer em qualquer faixa etária, mas comumente ocorrem em adultos jovens e adultos de meia-idade **A sialolitíase das glândulas salivares maiores frequentemente causa episódios esporádicos de dor ou de aumento de volume da glândula afetada, especialmente durante as refeições. A gravidade dos sintomas é variável, dependendo do grau de obstrução e da quantidade de pressão negativa resultante produzida dentro da glândula. Se o cálculo é localizado próximo à porção terminal do ducto, uma massa endurecida pode ser palpada abaixo da mucosa >>No exame radiográfico, a sialolitíase se apresenta como uma massa radiopaca. Entretanto, nem todos os sialólitos são visíveis em radiografias convencionais (provavelmente devido ao grau de calcificação de algumas lesões) >>Múltiplos cálculos parotídeos podem simular radiograficamente linfonodos parotídeos calcificados, como os observados na tuberculose A sialografia, a ultrassonografia e a tomografia computadorizada podem ser úteis no estudo imaginológico da sialolitíase. A sialoendoscopia diagnóstica também pode ser uma ferramenta valiosa na avaliação e no diagnóstico de obstruções ductais Nessa técnica, um endoscópio em miniatura é inserido dentro do orifício ductal, permitindo a visualização de quaisquer cálculos, estenoses ou adesões no sistema ductal >>A sialolitíase das glândulas salivares menores geralmente é assintomática, mas pode produzir aumento de volume local ou dor na glândula afetada Geralmente, uma pequena radiopacidade pode ser visualizada em uma radiografia com contraste para tecido mole Características Histopatológicas Se apresenta como uma massa dura, de formato arredondado, oval ou cilíndrico, normalmente, apresenta coloração amarela, embora possa apresentar coloração branca ou castanho-clara Cálculos submandibulares tendem a ser maiores que os da glândula parótida ou das glândulas menores. Usualmente, os sialólitos são solitários, embora ocasionalmente dois ou mais cálculos possam ser descobertos durante a cirurgia Caso o ducto associado também seja removido, geralmente ele irá exibir metaplasia escamosa, oncocítica ou mucosa. Também é evidente a inflamação periductal Frequentemente, a obstrução ductal está ligada a uma sialoadenite aguda ou crônica da glândula associada Sialolitíase Tratamento e Prognóstico Pequenos sialólitos das glândulas salivares maiores podem, algumas vezes, ser tratados de forma conservadora, com massagens suaves, na tentativa de ordenhar o cálculo em direção ao orifício de saída do ducto Os grandes sialólitos usualmente necessitam de remoção cirúrgica. Caso ocorra um importante dano inflamatório dentro da glândula acometida, esta também deverá ser removida >>O melhor tratamento para os sialólitos das glândulas salivares menores é a excisão cirúrgica, incluindo a excisão das glândulas associadas
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