Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doenças Virais vírus herpes simples (HSV ou HHV 1-2): Vírus Varicela Zoster (HZV ou HHV 3) Vírus Epstein Barr (EBV ou HVV 4) Citomegalovírus (CMV ou HHV 5) Herpes vírus 6 e 7 (HHV 6 e7) Herpes Vírus 8 (HHV 8) CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS HERPES VÍRUS HUMANO: infecção primária = doença primária (tendencia a remição) = latência = pode ter reativação = doença recorrente (também tem tendencia a se resolver) = latência Doença primária X Doença recorrente: · em qual tipo celular fica em latência · formas de contágio VÍRUS HERPES SIMPLES (HSV OU HHV 1-2): HSV: os tipos virais mais conhecidos da família são estruturalmente semelhantes, porém exibem padrão epidemiológico diferente HSV 1: adapta-se melhor às regiões oral, facial e ocular locais envolvidos mais frequentemente: faringe, região intraoral, lábios, olhos e pele acima da cintura dissemina-se preferencialmente através da saliva infectada ou das lesões periorais ativas Doença primária: Gengivoestomatite Herpética Primária exposição inicial de um individuo sem anticorpos contra o vírus; frequentemente assintomática, e geralmente não causa morbidade significativa nos países em desenvolvimento, mais de 50% da população é exposta aos 5 anos de idade, 95% aos 15 anos e quase a totalidade aos 30 anos a partir daí, o vírus segue pelos nervos sensitivos e é transportado para os gânglios sensitivos associados – comumente o gânglio trigêmeo Características clínicas: · a maioria dos casos ocorre entre os 6 meses e 5 anos de idade. Alguns casos em pacientes com mais de 60 anos de idade · início abrupto e frequentemente acompanhado por linfadenopatia cervical anterior, calafrios, febre (39,4° a 40,5°), náusea, anorexia, irritabilidade, seguidos por lesões orais dolorosas · manifestações variam de leve a intensa; · inicialmente, vesículas puntiformes, que se rompem = lesões pequenas avermelhadas = aumentam = úlceras dolorosas cobertas com fibrina amarela · podem coalescer e formar úlceras maiores · em todos os casos, gengiva aumentada, dolorosa e eritematosa = erosões da gengiva marginal livre · vesículas satélites na pele perioral são bastantes comuns · autoinoculação para a pele da face, os dedos, olhos e áreas genitais pode ocorrer · casos brandos geralmente se resolvem dentro de 5 a 7 dias; casos graves até 2 semanas · ceratoconjuntivite, esofagite, pneumonia, meningite e encefalite = complicações raras · em adultos: faringotonsilite; amigdalas e parede posterior da faringe = vesículas pequenas que se rompem formando úlceras rasas (podem coalescer); pode-se formar um exsudato amarelo-acinzentado difuso sobre as úlceras Diagnostico: diagnóstico clinico é suficiente e definitivo · tecnicas de isolamento do virus por cultura tecidual · testes de detecção do antigeno por imunofluorescencia · tecnica de identificação do DNA viral (PCR) e testes sorologicos, demoram muito para dar resultado = sem sentido para o tratamrnto · esfregaço citologico é o procedimento diagnostico mais utilizado, sendo o menos invasivo e o melhor custo Tratamento: esquema – passo a passo · instruir a restrinfir o contato com as lesoes ativas – autoinoculação dos olhos = envolvimento ocular (a reinfecção ocular de repetição pode resultar em dano permanente e cegueira · Administrar aciclovir em suspensao nos 3 primeiros dias de sintomatologia – bochechar e engolir 5 vezes ao dia por 5 dias · crianças: 15mg/kg até a dose do adulto de 200mg · Tratar sintomatologia: Spray tópico de cloridrato de diclonina a 0,5% ou 1% diminui significamente o desconforto · analgesico e antipiretico tambem podem ser administrados, clorexidina Doença Recorrente: Herpes Recorrente caracteristicas clinicas: · lesões do frio; vesicula de febre; reativação do virus latente; · até 90% da população infectada – 40% tem reativação; · localização mais comum – herpes labial · sinais e sintomas prodromicos: prurido, ardencia, formigamento, dor · apresentação clinica: papulas > vesiculas > ulceração > crosta · pode haver recorrencias na mucosa bucal: gengiva inserida e palato duro (incomuns) Tratamento Tópico: · Aciclovir em creme · Penciclovir em creme · n-docosanol em creme a 10% (formulação que não precisa de receita medica) Tratamento Sistemico: · Aciclovir · Valaciclovir, Fanciclovir (melhor biodisponibilidade e esquema de dosagem oral mais conveniente) importancia da ultização de antivirais no periodo Prodrômico VALACICLOVIR, para diminuir recidivas: tratamento viral – ss prodrômico; fase de vesícula úlcera/crosta = tópico · 2g administrados no inicio dos sintomas prodromicos, seguido por outros 2g, 12 horas após Laserterapia e a-PDT: · Fase Prodrômica: bom momento para irradiação; dificuldade (essa fase dura poucas horas); laser (infravermelho); 1 a 6J/ponto · Fase de vesiculas: drenagem das vesiculas pela ação do laser; dificuldade (risco de cotntaminação e desconforto); laser (alta potencia ou TFD – laser vermelho) · Fase de ulcera: incomodo pela ferida que demora para cicatrizar por completo; Laser (vermelho); 0,5 J/Ponto · Fase de crosta: não há relato de mais dor, mas incomodo pela ferida que demora para cicatrizar; laser vermelho; 1J/ponto Pacientes imunodeprimidos: · medicação antiviral intra-venosa; instruida pela equipe medica · TMO/ AIDS: aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir Formas resistentes: Hexaidrato Fosfonoformato trissodio (foscarnet) HSV 2: adapta-se melhor às regiões genitais; locais envolvidos mais frequentemente: genitais e pele abaixo da cintura herpes genital: pode acometer a boca; lesões primarias mais dolorosas, apresentando pródromo com febre, artralgia, mialgia, linfadenopatia inguinal; vírus latente, comumente, nos gânglios sensitivos do plexo sacral; diagnostico e tratamento iguais ao HSV1 VÍRUS VARICELA ZOSTER (HZV OU HHV 3) – herpes zoster Doença primaria nos indivíduos soronegativos: varicela (catapora) Reativação do vírus: Herpes Zoster (cobreiro) Vírus permanece latente nos gânglios sensitivos por períodos indeterminados Doença Primária: varicela (catapora) Características clínicas: · contágio feito pela transmissão de gotículas contaminadas ou contato direto · Pródromo: mal-estar, rinite, faringite · exantema que evolui para erupção vesicular que se transforma em pustular e úlcera: toda a pele do corpo · pode ocorrer lesões intra-orais: menor numero e sem gengivite Tratamento sintomático: · banhos mornos com sabão ou bicarbonato de sódio · aplicações de loções de calamina + canfora + difenidramina: prurido · antitérmico de eleição: PARACENTAMOL · EVITE: ASS e AINES – risco elevado de complicações graves na pele e nos tecidos moles Doença recorrente: Herpes Zoster (cobreiro) Características clínicas: · VZV – latência no gânglio espinhal dorsal, podendo ficar latente no gânglio trigeminal (gasser) · maior idade · fatores predisponenetes: imunossupressão; tratamento com drogas citotóxicas; radiação; neoplasias malignas; senilidade; abuso de álcool Fase Prodrômica: · dor na área do epitélio inervado pelo nervo sensitivo afetado (dermátomo) = decorrente da inflamação e necrose do nervo sensitivo envolvido · febre, cefaleia, mialgia e linfadenopatia Fase aguda: · grupo de vesículas com base eritematosa · lesões seguem o trajeto do nervo afetado e terminam na linha média · lesões orais: vesículas branco-opacas, 1-4mm, causam ulcerações de pouca profundidade · pode ter desvitalização dos dentes/necrose óssea e envolvimento ocular Fase Crônica: · Persistência por mais de 3 meses · nevralgia pós-herpética · queimação continua, localizada e latejante · casos raros podem estender-se por 20 anos Tratamento: Suporte · antipuriginosos, como a difenidramina e antitérmicos, que contenham aspirina · lesões cutâneas mantidas secas e limpas e, se possível, cobertas para a prevenção de infecções secundarias podem ser administrados antibióticos para tratar estas infecções Dor na fase aguda: · analgésicos (acetaminofeno, AINEs, Tramadol e opioides)· antidepressivos tricíclicos - nevralgia · anticonvulsivantes (incluindo a gabapentina e a pregabalina – caso de dano nervoso Tratamento inicial com medicações antivirais (aciclovir, valaciclovir e fanciclovir) tem acelerado a cicatrização das lesões, reduzindo a dor na fase aguda · Suplementação dos agentes antivirais com analgésicos ou com corticoides sistêmicos pode fornecer controle adicional da dor · Medicamento são mais eficazes se iniciados dentro de ate 72h após o desenvolvimento da primeira vesícula Redução da dor na nevralgia pós-herpetica: · antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes (incluindo a gabapentina e a pregabalina) e opioides · FDA aprovou o uso de adesivo de lidocaína, adesivo de capsaicina e capsaicina creme (qualidade limitada) Tratamentos não farmacológicos: · estimulação elétrica nervosa transcutânea e bloqueio de nervo protocolos de laserterapia VÍRUS EPSTEIN BARR (EBV OU HVV 4) a doença primaria nos indivíduos soronegativos: Mononucleose infecciosa (doença do beijo) o vírus EBV utiliza latência nas células B de memória; não há muitas evidências de recorrência do Ebv em indivíduos imunocompetentes Relacionado a várias doenças: · leucoplasia pilosa oral · doenças linfoproliferativas e linfomas (principalmente o linfoma de Burkitt) · carcinoma nasofaringeo · carcinoma linfoepitelial, alguns carcinomas gástricos · possivelmente carcinomas de mama e hepatocelulares Transmissão: · saliva, contato íntimo; disseminação intrafamiliar comum Características clínicas: · crianças infectadas assintomáticas; adultos jovens maior chance de apresentar sintomas · Crianças < 4 = febre, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, rinite e tosse · adultos jovens: febre, linfadenopatia, faringite e tonsilite mononucleose infecciosa clássica em adultos jovens: · prodromo: prostração, mal-estar e anorexia até duas semanas antes do desenvolvimento da febre · Pirexia: febre até 40° por 2 a 14 dias. linfadenopatia com > simétrico e sintomático dos linfonodos fase aguda: aumento do volume tonsilar; lesões orais; GUN (gengivite ulcero necrosante Tratamento: · regride de 4 a 6 semanas · antipiréticos, AINEs podem ser utilizados para diminuir os sintomas mais comuns · ingestão adequada de líquidos e alimentação também são importantes · pacientes com esplenomegalia devem evitar a prática de esportes – rara possibilidade de ruptura esplênica tonsilite pode se assemelhar a estrptococica CITOMEGALOVÍRUS (CMV OU HHV 5) doença primaria assintomática 90% dos casos CMV pode permanecer em latência nas células das glândulas salivares, no endotélio, nos macrófagos e nos linfócitos o Vírus pode ser encontrado na maioria dos fluidos corporais (saliva, sangue, urina, lagrimas, secreções respiratórias, secreções genitais e leite materno) características clinicas: · + evidente em adultos imunocomprometidos e recém-nascidos · infecção congênita e neonatal: evidente, icterícia, hepatoesplenomegalia, eritropoiese cutânea, trombocitopenia · envolvimento do SNC = microcefalia, convulsões e retardo mental e motor · perda auditiva neurossensorial não hereditária Apresentação semelhante à mononucleose: febre, calafrios, faringite, cefaleia e prostração. Menos associada a faringite exsudativa, linfadenopatia e hepatoesplenomegalia
Compartilhar