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Trabalho de Saúde e Socidade

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Saúde e Sociedade
➔ Fatores que levam as pessoas a sujeitarem-se aos experimentos clínicos:
Vulnerabilidade Social:
No filme, O Jardineiro Fiel, é retratado o teste de uma droga que promete curar a
tuberculose, os pacientes são de um vilarejo no Quênia, eles fazem um teste para
ver se possuem o vírus HIV e de graça também fazem um teste para tuberculose.
Neste teste, eles recebem uma droga para curar a tuberculose deles. O que essa
população não sabe é que tal droga ainda não foi aprovada e o que está
acontecendo são testes feitos em humanos. Quando algum paciente do teste vem a
óbito, seu corpo é descartado para impedir qualquer possibilidade de descoberta do
que a indústria está fazendo com aquelas pessoas. Apesar de ser um filme de
ficção, sua semelhança com a realidade é impressionante. No mundo real, pessoas
de grupos mais vulneráveis são alvos da perversidade das indústrias farmacêuticas,
desde a segunda guerra mundial os testes feitos em humanos ocorrem em pessoas
que geralmente não possuem muitas informações para poder fazer uma decisão
consciente sobre participar ou não destes testes.
Devido à ordem social vigente – capitalismo –, as pessoas são postas em segundo
lugar em prol de um maior lucro. Tal assertiva também é realidade quando se trata
de testes clínicos feitos pela indústria farmacêutica. Eles buscam algo rápido e vão
aperfeiçoando ao longo do tempo, com erros fatais. Tais erros são enterrados pela
própria indústria como uma forma de evitar que suas ações caiam e que haja um
escândalo com relação aos direitos humanos e dos animais, afinal os testes
também são feitos em animais. As pessoas que se submetem aos testes, muitas
vezes, nem terão direito aos remédios que elas ajudaram a tornar possível. Elas
pagaram, muitas vezes, um preço altíssimo que vem em forma de seqüelas e às
vezes até morte.
É inegável a necessidade dos testes clínicos em humanos para o aperfeiçoamento
das drogas, mas é também primordial que este seja seguro para as pessoas que
escolhem participar. Aqui há um ponto chave que deve sempre ser abordado para
que se possa haver um teste seguro e fiel: para que alguém possa escolher
participar de algo, seja ele um teste clínico ou não, é necessário que o indivíduo
tenha todas as informações possíveis para que possa tomar uma decisão
consciente sobre o que acontecerá com ele caso resolva se submeter a estudos em
prol da sociedade. Apesar disso ser um direito básico, ele não é, na maioria das
vezes respeitado. Muitos que participam dos testes não fazem ideia dos efeitos
colaterais ou são “coagidos” com o dinheiro oferecido a eles, fazem por haver algum
tipo de necessidade básica.
➔ Cobaias humanas no Brasil:
Grande parte das pessoas que se submetem à experimentos clínicos – que agem
de forma contraditória aos códigos de ética – se encontram em uma baixa situação
econômica e não possuem acesso a um sistema de saúde adequado. Algumas
farmacêuticas omitem informações sobre a pesquisa, e os indivíduos que dela
participam não sabem que estão se submetendo a procedimentos de alto risco de
vida.
Em 2006, doze moradores de Pirativa – uma comunidade ribeirinha localizada no
Amapá – foram propositalmente picados com mosquitos infectados pela malária.
Eles faziam parte de um estudo, realizado pela Universidade da cidade da Flórida
com apoio da Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade de São Paulo. Essas
pessoas fizeram um curso sobre estes mosquitos e logo após assinaram um
contrato, no qual estava estipulado que o voluntário deveria utilizar o próprio corpo
para capturar os mosquitos, e depois ficar exposto às picadas. Esse processo
deveria ser repetido durante nove noites mensalmente e eles deveriam alimentar no
mínimo 100 mosquitos durante um ano. Os pesquisadores ofereciam cerca de
R$108,00 por mês para esses moradores. Três dessas cobaias foram infectadas, e
afirmam que não receberam um tratamento adequado dos coordenadores da
pesquisa.

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