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CASO CLINICO DESNUTRIÇÃO DIETOTERAPIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIENCIAS DA SAUDE 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA: DIETOTERAPIA 1 
PROFESSORA: Dr. GILMARA PÉRES RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
GABRIELLA MAGALHÃES SILVA 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO: DESNUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2021 
GABRIELLA MAGALHÃES SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO: DESNUTRIÇÃO 
 
 
 Professora: Gilmara Péres Rodrigues 
Monitora: Lyandra Dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2021 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a desnutrição ou a má 
nutrição é o estado nutricional do indivíduo caracterizado pela ingestão insuficiente de 
energia e nutrientes (AMARO, CORREIA, PEREIRA, 2016). As causas da desnutrição 
são multifatoriais e resultam da interação de fatores biológicos, sociais, 
comportamentais e culturais, demonstrando associação entre o estado nutricional e 
fatores sócio demográficos (PIMENTA et al., 2020). 
Além de estar relacionada com a alteração do equilíbrio entre ingestão e gasto 
do indivíduo, a desnutrição também pode ser decorrente de alterações da digestão, 
absorção e/ou utilização dos nutrientes. As razões que levam à desnutrição são 
múltiplas, como a ingestão oral prejudicada, o apetite alterado, a caquexia, os 
transtornos metabólicos e os efeitos adversos da terapêutica, secundário as doenças 
associadas (HENRICHSEN, SILVA, COLETTI, 2017). A desnutrição desencadeia uma 
série de respostas adaptativas com alterações no metabolismo. A diminuição do peso é 
uma das respostas iniciais à carência protéico-energética. Seguem-se a desaceleração 
do crescimento, as alterações hormonais, enzimáticas e da resposta imunológica 
(GOULART, VIANA, 2008). 
A desnutrição constitui um problema nutricional encontrado em países em 
desenvolvimento, e leva ao comprometimento da saúde e diminuição da atividade física 
e intelectual, implicando em danos à ordem econômica, política e social, aumentando o 
risco de doenças e elevados custos e investimentos por parte do sistema de saúde 
(BATISTA, 2015). O diagnóstico de desnutrição é geralmente realizado por medidas 
antropométricas, exames laboratoriais, aspectos clínicos, alimentares, isolados ou 
associados e envolve pelo menos a existência de dois parâmetros nutricionais 
comprometidos e a abordagem do paciente com desnutrição vai englobar diferentes 
faixas etárias, crianças, adolescentes e adultos (CAVALEIRO, 2010). 
Uma alimentação adequada é capaz de precipitar a retomada do crescimento e 
da maturação sexual. O tratamento ambulatorial visa identificar e erradicar os fatores de 
risco atribuídos à desnutrição. Cabe ao médico orientar uma dieta balanceada, 
conforme a faixa etária e as deficiências individuais (ALBUQUERQUE, 2018). 
A desnutrição que ocorre em adolescentes e adultos se dá como uma alteração 
primária de extrema privação e fome. As mudanças fisiológicas e os princípios de 
tratamento para adolescentes e adultos são os mesmos que para crianças. No entanto, 
existem diferenças na quantidade de alimento necessário e nas doses de suplementos. 
Quando possível adolescentes e adultos devem receber as fórmulas com vitaminas e 
minerais adicionados. O objetivo inicial do tratamento é prevenir que o doente diminua 
mais o peso (CAVALEIRO, 2010). 
Assim, o presente trabalho tem como objetivo a avaliação do estado nutricional e 
diagnóstico adequado do paciente, e a elaboração de um plano alimentar qualitativo e 
quantitativo de acordo com suas necessidades nutricionais. 
 
2 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
Paciente do sexo feminino, 19 anos. Foi encaminhada ao pronto atendimento do 
hospital geral pelo médico da família, por quadro de bradicardia (diminuição da 
frequência cardíaca). 
 
3 QUEIXA PRINCIPAL 
A paciente referiu tontura e apresenta bradicardia. 
 
4 HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
Paciente de 19 anos, admitida no pronto socorro com quadro de bradicardia, 
tontura, sem dor torácica ou dispneia. 
 
5 HISTÓRIA FAMILIAR 
Não há dados familiares. 
 
6 HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA 
A paciente relata ter uma preocupação crescente com sua autoimagem corporal, 
há quatro anos; acha-se gorda. Refletindo assim um distúrbio de autoimagem. 
 
 
7 HISTÓRIA SOCIOECONÔMICA 
Não há dados socioeconômicos. 
 
8 HISTÓRIA ALIMENTAR 
A paciente relatou que, por orientação do médico da família, aumentou o 
consumo de alimentos e de sal e diminuiu a ingestão de água. Informa não comer 
alimentos proteicos, carboidratos e gorduras, e preferir verduras, chás e sucos. 
 
9 HÁBITOS DE VIDA 
 A paciente relatou não fazer uso de álcool e fumo e pratica atividade física de 3 a 
4 vezes por semana (musculação e caminhadas) durante duas horas. 
 
10 EXAME FÍSICO/CLÍNICO 
- Mulher jovem, com magreza grave e aparente, apresentou pele lisa, sem edema, 
mucosa oral descorada, perda de massa muscular e magreza visível, com ruídos 
abdominais presentes. 
- Temperatura corpórea: 36,1ºC 
- Frequência cardíaca: 42 bpm 
- Pressão sanguínea: 97/40 mmHg 
- Peso corporal atual: 45,7 Kg 
- Altura: 181 cm 
- Percentual de perda de peso corpóreo: 23% em 9 meses. Houve perda de 13,6 kg no 
período, com 9 Kg perdidos em 4 meses. 
- IMC: 13,94 kg/m2 
 
11 MEDICAMENTOS UTILIZADOS 
A paciente utiliza a medicação sertralina (antidepressivo) e complexo 
polivitamínico diariamente. 
 
11.1 INTERAÇÕES DROGAS E NUTRIENTES 
Considera-se interação entre alimentos e medicamentos quando um alimento ou 
um nutriente altera a eficácia de um medicamento, ou quando há interferência sobre o 
estado nutricional do indivíduo. Portanto, não só os fármacos podem interferir sobre a 
absorção e o aproveitamento dos nutrientes, como alguns alimentos e nutrientes 
também podem interferir sobre a ação destes (DANTAS, 2015). 
A interação medicamento-nutriente é definida como uma alteração da cinética ou 
da dinâmica de um medicamento ou nutriente, ou ainda, o comprometimento do estado 
nutricional como resultado da administração de um medicamento. As possíveis 
interações dos medicamentos com a alimentação dos pacientes podem levar ao 
prejuízo da ação do medicamento e/ou alimento, podendo causar um aumento da 
necessidade de utilização dos fármacos em tratamentos crônicos ou desnutrição 
(LOPES et al., 2010). 
Portanto, faz-se necessário a identificação dessas interações, a fim de identificar 
possíveis riscos causados pela interação fármaco x nutriente/nutriente x fármaco. 
A paciente relatou fazer uso de Sertralina e Complexo Polivitaminico diariamente. 
Cloridrato de Sertralina: é indicado no tratamento de sintomas de depressão, 
incluindo depressão acompanhada por sintomas de ansiedade, em pacientes com ou 
sem história de mania. O cloridrato de sertralina age sobre uma substância encontrada 
no cérebro, chamada de serotonina, aumentando sua disponibilidade e com isso 
aliviando os sintomas depressivos e ansiosos, típicos dos transtornos para os quais é 
indicado. Após resposta satisfatória, a continuidade do tratamento com Cloridrato de 
Sertralina é eficaz tanto na prevenção de recaída dos sintomas do episódio inicial de 
depressão, assim como na recorrência de outros episódios depressivos. Pode ser 
administrado com ou sem a presença de alimentos, em dose única pela manha ou à 
noite (MATHIAS, 2021). 
Complexo polivitamínico: é um suplemento alimentar constituído por diversas 
vitaminas e que tem como objetivo evitar a falta de vitaminas que não conseguem ser 
obtidas por meio da alimentação. A utilização de polivitamínico é necessária quando 
não se consegue obter todas as vitaminas necessárias ao organismo através da 
alimentação como, por exemplo, quando se pratica um esporte, quando se tem doenças 
ou se toma medicação que dificultam a absorção de vitaminas ou em certas fases da 
https://minutosaudavel.com.br/depressao/
https://consultaremedios.com.br/sistema-nervoso-central/ansiedade/cvida como a gestação ou amamentação O polivitamínico é indicado pelo médico ou 
nutricionista quando a pessoa não consegue obter todas as vitaminas através da 
alimentação. No entanto o uso desses suplementos alimentares não deve substituir 
uma alimentação equilibrada. Alguns nutrientes interagem podendo prejudicar a 
absorção entre si, por exemplo, o cálcio diminui a absorção do ferro e se forem 
consumidos em simultâneo o organismo não consegue absorver nenhum destes 
minerais por isso é importante se aconselhar com o médico ou nutricionista antes de se 
iniciar qualquer suplementação para que ela seja eficiente e não prejudique a saúde 
(TUA SAÚDE, 2019). 
 
12 Avaliação do estado nutricional do paciente: 
12.1 Avaliação antropométrica 
Quadro 1. Avaliação Antropométrica 
PARÂMETROS Valor Encontrado Adequação (%) Classificação 
Peso Atual (Kg) 45,7 75,41 
Desnutrição 
Moderada 
Peso Ideal (Kg) 60,6 - - 
Perda de Peso (Kg) / 
Período (meses) 
13,6 / 9 (23%*) - 
Perda Grave de 
Peso 
Altura (cm) 181 - - 
IMC (Kg/m2) 13,94 75,45 Magreza Grau III 
Fonte: Blackburn, 1977; OMS, 1995; WHO, 2000. *Porcentagem de perda de peso. Legenda: IMC: 
índice de massa corpórea; 
 
Peso Ideal = IMC x Altura2 
Peso Ideal = 18,5 (eutrófico) x 1,812 
Peso Ideal = 18,5 x 3,2761 
Peso Ideal = 60,6 kg 
% Adequação = Peso Atual/Peso ideal x 100 
% Adequação = 45,7/60,6 x 100 
% Adequação = 0,7541 
% Adeq = 75,41% 
Peso Ajustado = (PI - PA) X 0,25 + PA 
Peso Ajustado = (60,6 – 45,7) x 0,25 + 45,7 
Peso Ajustado = 49,42 kg 
 
De acordo com o cálculo da adequação, uma porcentagem entre 70,1 – 80 
classificam-se como Desnutrição Moderada. De acordo com Blackburn e Bistrian (1977) 
uma porcentagem acima de 10%, considera-se uma perda de peso grave. 
 
 
12.2 Avaliação bioquímica 
Quadro 2. Resultados dos exames laboratoriais 
EXAMES Valor (mg/dL) Valor de Referencia 
(md/dL) 
Classificação 
Glicose 89 70 - 140 Normal 
Proteína Total 6,0* 6 – 8,5* Normal 
Albumina 4,7* 3,9 – 5,0* Normal 
Hemoglobina 10,2* 12 – 16* Anemia leve 
Hematócrito 32,0** 36 – 50** Baixo 
Ureia 4,0 7 - 21 Baixo 
Creatina 0,2 0,7 – 1,4 Baixo 
Fósforo 3,0 3,5 – 5,0 Baixo 
Potássio 3,2 3,8 – 5,0 Hipocalemia 
Sódio 121 135 - 145 Hiponatremia, 
*Valores em g/dL. **Valores em %. 
 
12.3 Avaliação dietética (com base na dieta habitual); 
 
A paciente relata não consumir alimentos proteicos, carboidratos e gorduras. 
Prefere verduras, chás e suco, não faz uso de álcool e fumo. Sua relação com a comida 
se dá dessa maneira por causa do distúrbio de autoimagem corporal relatada pela 
paciente, ela se acha gorda. A paciente relatou que, por orientação do médico da 
família, aumentou o consumo de alimentos e de sal e diminuiu a ingestão de água, por 
causa do seu estado de bradicardia (diminuição da frequência cardíaca). 
 
 
12.4 Diagnóstico nutricional conclusivo. 
 
Paciente apresenta risco nutricional, com desnutrição energético proteica 
moderada relacionado com aumento do gasto energético em razão do estado 
catabólico evidenciado por uma ingestão deficiente de macronutrientes e percentual de 
perda de peso de 23% nos últimos 9 meses. 
 
 
13 Tratamento Dietético proposto para a alta hospitalar: 
13.1 Objetivos da Dieta; 
● Reabilitação nutricional para um balanço positivo de energia; 
● Ganho de peso inicial; 
● Recuperação do estado nutricional e atender as necessidades orgânicas para 
evitar a perda de peso; 
● Prevenir o agravamento de deficiências nutricionais; 
● Reduzir o risco de complicações; 
● Favorecer a aceitação da dieta e melhorar o aproveitamento dos nutrientes. 
 
13.2 Prescrição Dietoterápica (com justificativas); 
A dieta prescrita será via oral, consistência normal, normocalórica, normoglicídica, 
normoprotéica, normolipídica e normossódica. 
● Dieta oral: Paciente com trato gastrointestinal funcionante e boas condições de 
mastigação e deglutição. 
● Normossódica: paciente estava consumindo mais sal que o habitual por 
orientação médica, devido ao seu estado de bradicardia. Mas recomenda-se 
normalizar a dieta, pois o sódio também está presente nos alimentos, e a 
paciente não estava consumindo macronutrientes, apenas uso de suplemento 
vitamínico, e consumindo chás e sucos, podendo contribuir para alteração do 
balanço eletrolítico. Realizando uma alimentação adequada e balanceada, é 
possível corrigir as deficiências de vitaminas e minerais. 
● Normocalórica: Ganho de peso inicial. 
● Normoglicídica (VET: 55%): Os carboidratos constituem um importante substrato 
energético para o corpo e permite poupar as proteínas. Prioriza-se fontes de 
carboidratos complexos e ingestão de fibras insolúveis para aliviar a constipação 
que pode ser observada frequentemente. 
● Normoprotéica (VET: 15%): Visando atender às necessidades fisiológicas, sendo 
recomendado fontes de alto valor biológico. 
● Normolipídica (VET: 30%): estimular pequenos aumentos no consumo de 
gordura e fontes de ácidos graxos essenciais. 
 
13.3 Cardápio prescrito pelo estagiário (análise por alimentos, de calorias, 
macronutrientes, micronutrientes de interesse para a patologia/paciente em 
estudo, fibras e demais componentes nutricionais importantes) 
Para o cálculo do Valor Energético Total (VET) utilizou-se a Fórmula de Bolso, 
utilizando-se o peso atual e 35 kcal/kg de peso, pois a paciente obteve uma severa 
perda de peso que condicinou a um grau de desnutrição moderada, estando assim com 
elevado risco nutricional, mas é importante que a ingestão de energia seja feita de 
forma gradual, facilitando a adesão da paciente à dieta, enquanto o gasto energético é 
minimizado. Para definição do percentual de macronutrientes utilizou-se como 
referência a distribuição proposta pelo Institute of Medicine (IOM, 2002), 10 a 35% de 
proteína, 20 a 35% de lipídios e 45 a 65% de carboidratos. 
13.3.1 PLANO ALIMENTAR PRESCRITO (qualitativo e quantitativo) 
 
Refeições/Horário Preparações Medidas Caseiras 
Café da Manhã 
 (8:00) 
Mamão 
Café 
Açúcar 
Leite em pó integral 
Tapioca 
Carne de sol desfiada 
1 fatia média 
1 xicara 
1 colher de sobremesa cheia 
2 colheres de sopa 
1 Unidade 
2 colheres de sopa 
Almoço 
 (11:30) 
Arroz integral cozido 
Feijão Carioca cozido 
(grãos) 
Omelete de queijo 
Salada cozida 
Cenoura cozida 
Beterraba cozida 
Batata inglesa cozida 
Banana prata 
3 escumadeiras médias rasas 
1 Concha média 
 
1 unidade 
 
1 Col. Sopa cheia 
1 Col. Sopa cheia 
1 Col. Sopa cheia 
1 unidade média 
Lanche da Tarde 
(15:30) 
Iogurte com sabor a 
morango 
Pão com queijo 
- Pão de forma, integral 
- Queijo minas, frescal 
Uva 
1 unidade 
 
2 fatias 
1 Pedaço médio 
10 Unidades 
Jantar 
 (19:00) 
Sopa de ervilha 
- Ervilha 
- Cebola 
- Carne moída cozida 
- Salsinha 
- Sal e Pimenta à gosto 
Suco de laranja 
1 Porção 
4 Col sopa 
½ unidade pequena 
3 colheres de sopa cheias 
1 raminho 
 
1 Copo 
Ceia 
(21:30) 
Mingau de aveia 
Aveia em flocos 
Leite Integral 
 
3 Col. sopa 
1 Copo 
Fonte: Dados do autor. 
 
 
13.3.2 ANÁLISE DO TEOR DE NUTRIENTES E ADEQUAÇÃO DA DIETA 
PRESCRITA 
Café da manhã 
Alimento 
Quant. 
(g/ml) 
Energia 
(kcal) 
HC (g) Ptn (g) 
Gorduras 
totais(g) 
Fibra 
(g) 
Sódio 
(mg) 
Leite em pó 
integral 
16 79,46 6,27 4,07 4,30 0,0 51,71 
Café, infusão 
10% 
100 9,07 1,48 0,71 0,07 0,0 1,03 
Açúcar cristal 9 34,82 8,96 0,03 0,0 0,0 0,0 
Tapioca 50 173,91 31,8 0,04 5,45 0,0 78,76 
Queijo ricota 35 48,91 1,32 4,41 2,83 0,0 98,90 
Mamão 170 68,27 17,75 0,78 0,21 1,77 2,77 
Total VET 426,22 
Total (g/mg) 67,58 10,04 12,86 1,77 233,17 
Total (Kcal) 270,32 40,16 115,74 ------- --------- 
Fonte: TACO, 2011. 
 
 
Almoço 
Alimento 
Quant. 
(g/ml) 
Energia 
(kcal) 
HC (g) Ptn (g) 
Gorduras 
totais(g) 
Fibra(g) 
Sódio 
(mg) 
Arroz integral 
cozido 
93 114,89 24,00 2,41 0,93 2,56 1,16 
Feijão carioca 
cozido 
30 22,93 4,08 1,43 0,16 2,55 0,53 
Omelete de 
queijo65 174,20 0,28 10,12 14,30 0,0 140,43 
Cenoura cozida 25 7,46 1,67 0,21 0,05 0,66 1,97 
Beterraba 
cozida 
20 6,43 1,45 0,26 0,02 0,38 4,55 
Batata inglesa 
cozida 
25 12,9 2,98 0,29 0,0 0,34 0,57 
Banana prata 65 63,86 16,87 0,82 0,04 1,33 0,00 
Total VET --------- 496,03 ------ ------- ------- ------- -------- 
Total 
(g/mg) 
 51,33 15,54 15,5 7,82 149,21 
Total (Kcal) 205,32 62,16 139,5 ------- --------- 
Fonte: TCNA, IBGE, 2011; TACO, 2011. 
 
 
Lanche da Tarde 
Alimento 
Quant. 
(g/ml) 
Energia 
(kcal) 
HC (g) Ptn (g) 
Gorduras 
totais(g) 
Fibra(g) 
Sódio 
(mg) 
Iogurte com sabor 
a morango 
140 97,39 13,57 3,79 3,26 0,30 52,73 
Pão de forma, 
integral 
50 126,6 24,97 4,71 1,83 3,44 253,05 
Queijo minas, 
frescal 
30 79,28 5,22 0,97 6,05 0,0 9,37 
Uva, Itália, crua 80 42,30 10,86 0,60 0,16 0,74 0,00 
Total VET --------- 360,46 ------ ------- ------- ------- -------- 
Total 
(g/mg) 
 54,62 10,07 11,3 4,48 315,15 
Total (Kcal) 218,48 
40,28 101,7 ------- --------- 
Fonte: TACO, 2011. 
 
Jantar 
Alimento 
Quant. 
(g/ml) 
Energia 
(kcal) 
HC (g) Ptn (g) 
Gorduras 
totais(g) 
Fibra(g) 
Sódio 
(mg) 
Ervilha 84 62,03 11,29 3,86 0,32 4,27 312,57 
Cebola 15 5,91 1,33 0,26 0,01 0,33 0,09 
Carne moída 
cozida 
75 160,5 0,0 19,96 8,32 0,0 45,75 
Salsinha 10 3,6 0,63 0,30 0,08 0,33 5,6 
Suco de laranja 165 53,97 12,46 1,22 0,12 0,0 0,0 
Total VET --------- 284,96 ------ ------- ------- ------- -------- 
Total 
(g/mg) 
 25,71 25,60 8,86 4,93 364,01 
Total (Kcal) 102,9 102,42 79,70 ------- --------- 
Fonte: TACO,2011. 
 
Ceia 
Alimento 
Quant. 
(g/ml) 
Energia 
(kcal) 
HC (g) Ptn (g) 
Gorduras 
totais(g) 
Fibra(g) 
Sódio 
(mg) 
Leite de vaca 
integral 
165 99,05 7,458 5,31 5,36 0,0 66,03 
Aveia em flocos 45 177,22 29,99 6,26 3,82 4,11 2,082 
Total VET --------- 278,69 ------ ------- ------- ------- -------- 
Total 
(g/mg) 
 37,45 11,57 9,18 4,11 68,11 
Total (Kcal) 149,79 46,28 82,62 ------- --------- 
Fonte: TACO, 2011. 
 
Ficha contribuição dos macronutrientes na refeição 
MACRONUTRIENTE QUANTIDADES (g) 
VALOR 
ENERGÉTICO 
(kcal) 
% VET Ofertado 
Carboidratos 236,69 946,76 53,87 
Proteínas 72,82 291,28 16,57 
Gorduras totais 57,7 519,3 29,55 
Fonte: Dados do autor. 
 
 
Ficha % adequação oferta x previsão 
MACRONUTRIENTE 
% DO VET 
OFERTADO 
% DO VET 
PREVISTO 
% ADEQUAÇÃO 
Carboidratos 53,87 55 97,95 
Proteínas 16,57 15 110,5 
Gorduras totais 29,55 30 98,50 
VET TOTAL (kcal) 1757,34 1599,5 109,8 
Fonte: Dados do autor. 
 
13.4 RECOMENDAÇÕES GERAIS 
 
● Seguir o plano alimentar proposto pela nutricionista; 
● Alcançar o balanço energético e o peso saudável; 
● Respeitar o fracionamento, volume e horários das refeições; 
● Ingerir líquidos frequentemente; 
● Praticar exercício físico de forma leve a moderada. 
 
13.5 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
● Fracionar as refeições (5 a 7 por dia); 
● Comer devagar e mastigar bem os alimentos; 
● Ingerir principalmente carboidratos complexos; 
● Consumir líquidos frequentemente (2,5 L por dia); 
● Manter o consumo de sal normal; 
● Evite o uso de temperos industrializados; produtos ultra processados, enlatados, 
embutidos (linguiça, salsicha, mortadela, salame); 
● Consumir leite e derivados; 
● Consumir frutas (com casca de preferência); 
● Consumir frutas, legumes e verduras diariamente. 
 
14. Discussão 
 
A paciente atendida no pronto atendimento apresenta distúrbio de autoimagem 
há quatro anos, apresenta uma extrema preocupação com seu corpo e mesmo assim 
se vê gorda, apesar de perder bastante peso nos últimos 9 meses. Com isso, tem uma 
ingestão alimentar muita baixa, praticamente não consome macronutrientes, se 
alimentando de sucos, chás, e verduras e aliado a isso pratica atividade física de forma 
intensa, ocasionando um gasto energético superior ao consumido diariamente. Tudo 
isso contribuiu para a grave perda de peso, agravando seu estado nutricional, pois a 
paciente apresentou déficit de alguns micronutrientes importantes para o balanço 
eletrolítico e ainda um quadro anêmico. Na avaliação antropométrica identificou-se que 
a perda de peso nos últimos meses foi grave e paciente se encontra com o peso muito 
abaixo do seu peso ideal. 
Assim, de acordo com o comportamento da paciente e seus dados 
antropométricos, sugere-se que a mesma apresente um quadro de distúrbio alimentar 
associada a distorção da imagem corporal. 
A distorção da imagem corporal é um distúrbio significativo na percepção da 
forma ou do tamanho corporal. Os transtornos alimentares são a terceira doença 
crônica mais comum em adolescentes do sexo feminino, com incidência de até 5%. A 
incidência aumentou dramaticamente nas últimas três décadas. Embora sejam muito 
mais comuns em meninas adolescentes, os meninos também podem desenvolver 
transtornos alimentares, especialmente aqueles que praticam esportes que exigem 
baixo peso corporal (MAHAN, ESCOTT-STUMP, 2005). 
A anorexia nervosa (AN) é uma doença psiquiátrica caracterizada por um 
transtorno alimentar potencialmente fatal, causado por intensa perda de peso em 
resposta às restrições alimentares autoimposta pelo paciente e negação da gravidade 
de seu estado nutricional. Apresenta alta taxa de morbidade e mortalidade entre todos 
os transtornos mentais e afeta principalmente adolescentes de 15 a 19 anos, mas há 
incidência de AN precoce em crianças com idades entre 5 a 13 anos. Além disso, é a 
terceira doença crônica mais comum em adolescentes (SILVA, 2018). 
É possível que a anemia presente na paciente seja proveniente da sua 
alimentação inadequada. Atualmente considera-se por anemia a constatação clínica e 
laboratorial de uma pessoa com valor de hemoglobina (Hb) abaixo do esperado para 
sua faixa etária. Para mulheres acima de 14 anos é recomendado uma Hb (g/dL) entre 
12 e 16 (NAOUM, 2015). 
A anemia que resulta da ingestão insuficiente de ferro, proteínas e certas 
vitaminas (vitamina B12, ácido fólico, piridoxina e ácido ascórbico), cobre e outros 
metais pesados são frequentemente chamados de anemias nutricionais. Casos de 
anemia severa e profunda podem ser observados em algumas situações de desnutrição 
extrema com peso corporal muito baixo e/ou perda de peso muito rápida. O mecanismo 
envolvido é a degeneração gelatinosa da medula óssea, que geralmente afeta três 
linhagens celulares, com risco de falência de múltiplos órgãos que é fatal em curto 
prazo (BLANCHET-COLLET et al., 2016). Devido à restrição da ingestão calórica em 
relação às necessidades energéticas devido ao comportamento alimentar restritivo, 
levando a um peso corporal significativamente baixo em termos de idade, sexo, 
trajetória de desenvolvimento e saúde física, muitos pacientes com TA são mais 
propensos a desenvolver anemia nutricional (APA, 2014). 
Os pacientes com AN geralmente requerem hospitalização para iniciar o 
processo de realimentação. A meta de reabilitação nutricional é o balanço positivo de 
energia que resulta em ganho de peso. Para se realizar isso, a ingestão de energia 
deve ser gradualmente aumentada enquanto o gasto de energia é minimizado. Para 
melhorar a colaboração, podem-se negociar "privilégios" tais como sair da cama, usar o 
telefone ou receber visitas. As prescrições iniciais de calorias estão geralmente na faixa 
de 1.000 a 1.600kcal por dia ou 30 a 40kcal por quilograma de peso corporal por dia. 
Daí em diante os aumentos de 100 a 200 calorias a cada 2 a 3 dias irão promover o 
ganho de peso controlado. A taxa desejada de ganho de peso varia entre os programas 
de tratamento e os locais. A realimentação de pacientes desnutridos com AN pode ser 
associada a hipofosfatemia, arritmia cardíaca e delírio com risco de vida. Os pacientes 
que pesam menos de 70% do peso corporal ideal estão em particular risco. As 
prescrições calóricas iniciais devem ser baixas, com pequenos aumentos daí em diante 
(MAHAN, ESCOTT-STUMP, 2005). 
É prováveluma dificuldade na adesão da dieta, pois os pacientes tem medo de 
se acostumar com as grandes quantidades de alimentos necessárias para atingir as 
necessidades calóricas ao final do tratamento, portanto, além do tratamento e das 
recomendações que serão repassadas ao paciente, a educação nutricional é um 
importante componente no plano de tratamento. Um processo interativo pode ser 
vantajoso, mas é importante um aconselhamento individual. 
 
15 CONCLUSÃO 
 
 A paciente apresenta quadro de transtorno alimentar associado à distorção da 
imagem corporal, diante disso, em busca do peso ideal, alimentava-se de forma 
restritiva e praticava atividade física excessivamente, além de ter um alto consumo de 
sal e baixo consumo de água devido à diminuição da frequência cardíaca, 
apresentando então perda de peso grave, um quadro de desnutrição e 
comprometimento do seu estado nutricional. 
 Em busca da recuperação do seu estado nutricional e evitar o agravamento de 
deficiências nutricionais é importante que a paciente faça a adesão ao tratamento, e se 
alimente de forma correta ao qual foi recomendado. Com a intervenção, a paciente 
retornará a se alimentar, e de forma gradual é possível chegar ao peso ideal, 
favorecendo a melhora do seu estado nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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