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CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS

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Raiana Zacarias de Macêdo | 1
CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS
OBS: infecção de repetição -> pensar em cardiopatia de hiperfluxo!
A criança tem um volume sistólico menor que o adulto e tenta compensar isso com o aumento da frequência cardíaca. Esse pouco volume é consequência da imaturidade miocárdica.
Elas podem ser de fluxo pulmonar normal ou de hiperfluxo. As principais são de hiperfluxo. As de hiperfluxo são:
· CIV
· CIA
· PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL
· DSAV (defeito de septo atrioventricular)
· JANELA AORTOPULMONAR
CIA
É uma comunicação interatrial, mas é diferente do forame oval que é uma estrutura fisiologicamente necessária na vida intrauterina e que deve fechar em até 1 ano de vida.
É uma falha apoptótica do tecido que forma o septo ou uma alteração genética. Quando a falha ocorre no septo primum, teremos uma comunicação ostioprimum.
FISIOPATOLOGIA
O fluxo vai chegar todo no átrio direito, vem pro VD, segue pro pulmão e volta pro átrio esquerdo onde tem uma maior pressão, se a gente tiver um orifício no septo, a pressão em AD vai estar menor que no AE, ocorrendo assim o shunt esquerda -> direita. Além disso, eu vou aumentar a quantidade de sangue que chega em VD e sobe pro pulmão, gerando um hiperfluxo pulmonar.
Depende do tamanho do defeito, da complacência ventricular e da pressão e resistência pulmonar.
SINTOMAS e SINAIS
· Normalmente assintomática
· Pode haver dispneia, palpitações e fadiga, infecções respiratórias e déficit ponderal. (raramente ICC).
· Desdobramento fixo e amplo de B2 (TUM TRÁ)
· Aumento da trama vascular, tronco da pulmonar abaulado e convexo à esquerda, com marcada dilatação do ramo direito.
Gera uma sobrecarga direita. CIA NÃO SOPRA! Pode haver um sopro sistólico relativo na pulmonar. No eletro vamos encontrar uma onda P apiculada (sobrecarga AD) e onda R em V1 (sobrecarga VD).
Um raio x em PA provavelmente não vai haver nenhuma alteração visível na área cardíaca. Deve olhar trama pulmonar que pode estar aumentada. (imagem em chifre de viado – aranhas vasculares). É uma alteração de fluxo, não de congestão (mais visível o hilo).
Pode haver taquipneia, taquicardíaca, hepatomegalia, desnutrição e infecções de repetição.
A desnutrição nesse caso é multifatorial, porque ela já tem o metabolismo acelerado, aumento do gasto energético para mantar frequência cardíaca e respiratória alta.
TRATAMENTO
Pode ser cirúrgico, hemodinâmico e clínico. Se é uma CIA grande, com muitas repercussões, opera. Se for pequena, acompanha porque ela pode e provavelmente vai fechar. 
CIV
Tem a mesma fisiopatologia da CIA, so que agora será força de VD e VE juntos mandando sangue pra artéria pulmonar. É a cardiopatia congênita mais frequente!
O fluxo é inversamente proporcional à resistência pulmonar.
Síndrome de Eisenmenger -> é uma progressão tardia das cardiopatias de hiperfluxo pulmonar. Camadas intimas das arteríolas são lesadas, formando fibrose. (inversão do shunt -> cianose).
QUADRO CLÍNICO
· Depende do tamanho da comunicação
· SOPRO EM BARRA (acompanha toda a sístole)
· B2 aumentada
· A depender da anatomia ela fecha mais facilmente (muscular fecha mais fácil que a perimembranosa)
Retificação da artéria pulmonar e aumento do coração no hemitórax direito. Ictus de VE deslocado lateral e inferiormente.
PERSISTÊNCIA DE CANAL ARTERIAL
Pode estar associada a uma CIA e CIV e uma cardiopatia de hipofluxo pulmonar.
Faz diagnóstico diferencial com: colateral aortopulmonar, ruptura do seio de vasalva, CIV e fistula coronariana artério-venosa.
QUADRO CLÍNICO
· Assintomático
· Pneumonia de repetição
· ICC
· SOPRO EM MAQUINARIA (fluxo vem da aorta para pulmonar, auscultar na região infraclavicular esquerda)
· Fecha nas primeiras 72h de vida (6-7 dias)
RAIO X
· Aumento da área cardíaca
· Hiperfluxo pulmonar
ELETROCARDIOGRAMA
· Sobrecarga de AE
· Sobrecarga de VE
· Onda T ascendente indica hipertensão pulmonar
TRATAMENTO
Pode ser cirúrgico ou fechamento percutâneo. Canais muito pequenos, acompanhar.
Um neonato com um canal grande, tem que fechar.
Ex: um paciente com 2 anos, com infecções respiratórias de repetição e com uma PCA grande. Ele vai ser operado, mas antes disso devemos medicar esse paciente.
Vamos usar furosemida (alivia a hepatomegalia) e captopril (vasodilatação da aorta, diminuição da pós-carga) para diminuir a pressão pulmonar.
OBS: edema = IC no adulto.
DEFEITO DO SEPTO ATRIOVENTRICULAR
É a “cruz” do coração. Quando ele não se forma não vai haver a formação do septo primum e também não forma uma parte do septo ventricular. As valvas atrioventriculares não tem onde se fixar. A minha tricúspide juntamente com a mitral, vão formar uma valva AV única.
Ela pode ser parcial quando o septo ventricular consegue se formar.
É comum em Sindrome de Down (tipo C de rastelli).
QUADRO CLÍNICO
1. Parcial: assintomáticos, ICC
2. Completa: ver grau de desvio de fluxo sanguíneo (6 semanas de vida); fazem rapidamente Eisenmenger no 1º ano de vida; valva AV e se não tratada, óbito aos 15 anos.
3. Ausculta: sopro sistólico em foco pulmonar, sopro mesodiastólico em foco tricúspide (estenose funcional), sopro sistólico mitral (insuficiência), sopro sistólico em rce inferior (CIV).
4. ECG: Desvio para esquerda, sobrecarga de camaras esquerdas e direitas.
COARCTAÇÃO DA AORTA
É uma estenose na região descendente da aorta torácica. Ocorre na zona de inserção do canal arterial, após ter passado os vasos que irrigam os MMSS.
Não é uma cardiopatia cianótica, é obstrutiva. Ocorre hematose normal, a saída esquerda é que está prejudicada. Cardiopatia veno-capilar-pulmonar.
QUADRO CLÍNICO
· Assintomático
· ICC grave (taquicardia, traquipnéia, hepatomegalia, desnutrição e infecções de repetição)
· HAS (seguimento cefálico de MMSS)
· Assimetria de pulso superior/inferior – 20mmHg de diferença (pode fazer AVC hemorrágico)
· A coarctação não sopra por si só.
No raio x haverá o sinal de Roesler (uma espécie de desgaste das costelas).
O cateterismo pode ser usado para diagnóstico e para tratamento. No bebê só se faz em medidas urgenciais. Aortoplastia por balão e colocação de stents.
Não indicada em neonato estável.
Faz na urgência ou em casos de recoarctação. Circulação colateral significativa e corações univentriculares associados.
O tratamento medicamentoso não deve ser feito com vasodilatador, porque vai aumentar mais ainda o diferencial de pressão.
Deve ser operado! As cirurgias podem ser: ressecção e anastomose termino-terminal, istmoplastia, aortossubclavioplastia.
Calculo de desnutrição:
Peso: (Idade x 2) + 8 (menina) ou + 9 (menino).

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