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Micoses: Infecções Fúngicas em Animais

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Josué Mallmann Centenaro 
Introdução 
Micoses são infecções causadas por fungos que 
atingem a pele, as unhas e os cabelos. São 
particularmente frequentes nos trópicos, onde existem 
condições ideais de calor e umidade, necessárias para 
o desenvolvimento dos fungos. 
Micotoxicoses: causadas pela ingestão de toxinas, sem 
crescimento no hospedeiro. O fungo não causa a 
doença, mas sim as toxinas por ele produzidas. A 
doença está ligada a resposta do hospedeiro e a 
genética do indivíduo. 
O sucesso da infecção depende de fatores ligados: 
 Ao hospedeiro: resposta imune e inflamatória 
(geneticamente); 
 Ao fungo: quantidade de inóculo (volume de 
suspensão de microrganismos de concentração 
adequada capaz de garantir, em condições 
econômicas, a fermentação de um dado 
volume de mostro) e fatores de virulência; 
Fatores de virulência 
Auxiliam na aderência: moléculas de adesão na parede 
celular/cápsula (ligantes). A ligação aos receptores 
celulares. 
Colonização: receptores para hormônios que 
estimulam o crescimento fúngico. 
Disseminação: dimorfismo (termorresistência). 
Escape dos mecanismos da resposta imune do 
hospedeiro: cápsula (resistência à fagocitose), 
exoenzimas (lipases combatem a ação de ácidos graxos 
– ação fúngica da pele), proteases degradam 
imunoglobulinas e o hospedeiro é um dos mecanismos. 
Hiper-responsivo: produz uma resposta imunológica 
muito grande. 
Micoses cutâneas 
Micoses superficiais, cutâneas, dermatofitoses ou 
tinhas afetam a epiderme e suas formas anexas (pelos, 
cornos, unhas e cascos) 
Os dermatófitos mais frequentes em animais são: 
Microsporum sp. e Trichopyton sp. 
A invasão da pele se segue à aderência das células do 
fungo aos queratinócitos, através da queratinase. 
Tipos de imunidade 
 A imunidade inata constitui a primeira linha de 
defesa do organismo e caracteriza-se pela 
rápida resposta à agressão, 
independentemente de estímulo prévio. 
 A imunidade adaptativa compreende a linha de 
defesa específica que é adquirida após o 
contato com os patógenos, como através das 
vacinas, por exemplo. O sistema imunológico 
adaptativo possui memória e arquiva as 
características dos patógenos para combater 
outros possíveis ataques. 
Neutrófilos e macrófagos degeneram as hifas, é a 
melhor imunidade, aqueles que ativam a TH1 tem a 
maior possibilidade de tratar contra o fungo. 
 Th1 - atraem macrófagos e neutrófilos 
liberando citocinas. 
 Th2 - Produzem anticorpos se ligando em 
leucócitos B. 
 
 
OBS: Furfuráceas significa escamando; 
O fungo Microsporum canis produz uma substância 
fluorescente chamada coproporfirina, também 
conhecida como lâmpada de Woody. 
OBS: alopecia significa região do animal que não possui 
pelos. 
Em fungos que atingem os pelos dos animais, as etapas 
de crescimento fúngico são: primeiro o fungo cresce na 
pele, e depois no pelo. 
Micoses subcutâneas 
Um exemplo comum de micose subcutânea é a 
esporotricose causada pelo fungo Sporothrix schenckii 
é introduzido na pela através de pequenos traumas 
com espinhos ou plantas e dissemina-se pelo sistema 
linfático. 
 Na esporotricose, o animal apresenta múltiplas 
lesões ulceradas na pele da face e pavilhões 
auriculares, aumento de linfonodos 
mandibulares, cervicais superficiais e axilares, 
infiltrado inflamatório acentuado 
piogranulomatoso e inúmeras estruturas 
leveduriformes alongadas 
 
Os agentes causadores deste tipo de micose são fungos 
dimórficos. 
É importante saber que, para o fungo adentar o tecido 
subcutâneo, os fungos necessitam de uma ferida ou 
corte para essa finalidade. 
Micoses sistêmicas (profundas) 
Causadas por fungos que são capazes de se disseminar 
por todo o corpo (circulação sanguínea e linfática). 
Podem infectar a pele, pulmões, intestinos, ossos e 
sistema nervoso. 
Doença característica da micose sistêmica é a 
criptococose, causada pelo fungo Cryptococcus 
neoformans, encontrado nas excretas de aves 
(principalmente dos pombos). 
 Ocorre a inalação de esporos que podem se 
instalar nas vias aéreas superiores, nos 
pulmões, e pelo sangue, chegar no sistema 
nervoso central e pele. 
 Causam lesões granulomatosas localizadas na 
cavidade nasal, conhecida popularmente como 
“nariz de palhaço” – é a Imunodeficiência Viral 
Felina (FIV) e Leucemia Felina (FeLV). 
 
Alojamento nas paredes dos vasos na maior parte dos 
exemplos. 
Micoses oportunistas 
Causada por fungos presentes no meio ambiente ou 
integrantes da microbiota, os quais podem, em 
pacientes imunossuprimidos, causar infecções 
sistêmicas. 
A doença característica das micoses oportunistas é a 
malassezia, causada pelo fungo Malassezia 
pochydermatis, que compõem a microbiota normal 
residente de pelos e ouvido externo de cães e gatos e 
pode apresentar quadros de otite externa e dermatite 
nesses animais. 
 A malassezia não é uma dermatofitose. 
 
Para diferenciar um fungo primário de fungo 
secundário, deve-se analisar a quantidade de fungos 
presentes na amostra, análise da lesão, quantidade de 
espécies de fungos. 
O oportunismo pode vir como imunossupressão, 
mudança de ambiente, mudança de temperatura, 
mudança de pH. 
Demais infecções fúngicas 
Micotoxicoses: são doenças causadas pela ingestão de 
toxinas (hepatotoxinas). 
 As toxinas fúngicas, nada mais são que enzimas. 
Aflotoxinas: são toxinas produzidas pelo fungo 
Aspergillus flavus e Aspergillus parasicus. 
 Em condições favoráveis de temperatura e 
umidade, estes fungos crescem em certas 
rações e alimentos (como nozes, amendoins e 
milho) resultando na produção de aflotoxinas. 
Causam lesões no fígado, como a cirrose e o carcinoma. 
 
Alergias a esporos de fungos, são de esporos de 
ambiente. 
Contaminação: ingestão das toxinas fúngicas. 
Infecção: crescimento fúngico no hospedeiro.

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