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Filariose Linfática

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Maria Beatriz Valença 
CESMAC – P4 
2019.1 
Filariose Linfática 
Agente etiológico: Wuchereria bancrofti (infecta exclusivamente seres humanos, que 
são as fontes da infecção para os mosquitos vetores), Brugia malayi e Brugia timori. 
Sinonímia: Elefantíase 
Wuchereria bancrofti 
 Morfologia: 
 As formas evolutivas que parasitam os hospedeiros humanos são os vermes adultos 
e os embriões denominados microfilárias; 
 O estágio larval se desenvolve no mosquito vetor. 
 
 Verme adulto macho: 
 Corpo delgado e branco-leitoso; 
 Extremidade anterior afilada e posterior enrolada ventralmente. 
 
 Verme adulto fêmea: 
 Corpo delgado e branco-leitoso; 
 Possui órgãos genitais duplos, com exceção da vagina, que é única e se exterioriza 
em uma vulva localizada próximo à extremidade anterior. 
 
 Microfilária: 
 Também chamada de embrião; 
 São postas pela fêmea grávida; 
 Possuem uma membrana de revestimento delicada e que funciona como uma 
“bainha flexível”; 
 Movimenta-se ativamente na corrente sanguínea do hospedeiro; 
 A bainha cuticular lisa é apoiada sobre numerosas células subcuticulares e células 
somáticas. 
 
 Larvas: 
 Encontradas no inseto vetor; 
 A larva de primeiro estágio (L1) é originária da transformação da microfilária; 
 A L1 se diferencia em L2, duas a três vezes maior, e sofre nova muda originando a 
larva infectante L3. 
 
 Biologia: 
 Hábitat: 
 Vermes adultos machos e fêmeas permanecem juntos nos vasos e gânglios 
linfáticos humanos, vivendo, em média, 8 a 10 anos;  região pélvica (atingindo 
pernas e escroto), braços e mamas (mais raramente). Também são frequentemente 
localizados nos vasos linfáticos do cordão espermático. 
 As microfilárias eliminadas pelas fêmeas saem dos ductos linfáticos e ganham a 
circulação sanguínea do hospedeiro. 
 
 Periodicidade: 
 Periodicidade noturna das microfilárias no sangue periférico do hospedeiro humano: 
- Durante o dia, essas formas se localizam nos capilares profundos, principalmente 
nos pulmões; 
- Durante a noite, aparecem no sangue periférico, com pico da microfilaremia em 
torno da meia noite, decrescendo novamente até o final da madrugada; 
Maria Beatriz Valença 
CESMAC – P4 
2019.1 
- A partir do final da madrugada as microfilárias, são encontradas em número muito 
pequeno ou não são detectadas durante o dia no sangue periférico. 
 
 Vetor: Culex quinquefasciatus 
Sinonímia  “pernilongo”, “muriçoca”. 
Atividade  noturna. 
Hábito  doméstico. 
 
 Ciclo Biológico: 
 É do tipo heteroxênico. 
1. A fêmea do mosquito, ao sugar o sangue de pessoas parasitadas, ingere 
microfilárias que, no estômago do mosquito, após poucas horas, perdem a bainha, 
atravessam a parede do estômago do inseto, caem na cavidade geral, alojam-se 
nos músculos torácicos e transformam-se em L1; 
2. Seis a dez dias após o repasto infectante ocorre a primeira muda originando L2, que 
cresce muito e, 10-15 dias depois, sofre a segunda muda transformando-se em larva 
infectante ou L3; 
3. A L3 migra pelo inseto até alcançar a probóscida (aparelho picador), concentrando-
se no lábio do mosquito; 
Obs.: O ciclo no hospedeiro invertebrado é de 15 a 20 dias em temperatura de 20-25oC, 
mas, em temperaturas mais elevadas, pode ocorrer em menor período. 
4. Quando o inseto vetor faz novo repasto sanguíneo, as larvas L3 escapam do lábio, 
penetram pela solução de continuidade da pele do hospedeiro (não são inoculadas 
pelo mosquito) e migram para os vasos linfáticos; 
5. Meses depois as larvas amadurecem e se transformam em vermes adultos com 
sexos distintos; 
6. As fêmeas grávidas após fecundadas produzem microfilárias que migram para o 
sangue do hospedeiro vertebrado. 
Obs.: O período de pré-patente, que vai desde a infecção humana (penetração de larva 
infectante – L3) até o encontro de microfilárias no sangue do hospedeiro, é longo e varia 
em torno de 7 a 9 meses. 
Maria Beatriz Valença 
CESMAC – P4 
2019.1 
 
 Transmissão: 
 Unicamente pela picada do inseto (HI) vetor infectado e deposição das larvas 
infectantes na pele lesada do hospedeiro. 
 
 Patogenia e sintomas: 
 
 Diagnóstico: 
 Clínico: 
 Difícil  não existe lesão patognomônica; 
 Baseado em evidências (pcts. de áreas endêmicas); 
- Linfedema 
- Adenite 
- Lingagite 
- Linfangiectasia 
Maria Beatriz Valença 
CESMAC – P4 
2019.1 
- Aumento de IgE e hipereosinofilia 
 
 Imagem: 
 Ultrassonografia  pesquisa de verme adulto. 
 
 Laboratorial: 
 Parasitológico: 
- Gota espessa de sangue; 
- Filtração de sangue em membrana de policarbonato. 
 
 Imunológico e Molecular: 
 Imunocromatografia – ICT card test; 
 ELISA e PCR (molecular)  feito no mosquito para estudo do DNA, na tentativa de 
encontrar microfilária. Com o objetivo de controle para erradicação da doença. 
Obs.: Técnica de Knott (CK): controle do tratamento. Faz uma pesquisa antígeno-
anticorpo. 
 Tratamento: 
 Dietilcarbamazina: 
 
 
Maria Beatriz Valença 
CESMAC – P4 
2019.1 
 Profilaxia: 
Fatores que interferem na transmissão da enfermidade: 
 Presença do vetor  densidade vetorial; 
Combate ao mosquito 
 Reservatório  carga parasitária; 
Tratamento dos microfilarêmicos 
 Tempo de residência na área endêmica  em média 14 anos; 
 Vida média do mosquito e tempo do ciclo biológico do parasito em seu interior.

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