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O Trato GI tem trajeto de 6, 9 a 7, 8 m de comprimento que se estende da boca, passando pelo esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso e reto, até a estrutura terminal, o ânus. → ESÔFAGO • Tubo muscular oco, +/- 25 cm. • Localização: mediastino anterior à coluna vertebral e posterior à traqueia e coração. • Atravessa o diafragma em uma abertura chamada hiato diafragmático (hérnia de hiato). → ESTÔMAGO • Porção superior esquerda do abdome. • Orgão muscular oco, com capacidade de aproximadamente 1.500ml. • Armazena o alimento durante a alimentação, secreta líquidos digestivos e impulsiona o alimento parcialmente digerido, ou quimo (alimento parcialmente digerido + secreções gástricas), para o intestino delgado. • Divisão por regiões anatômicas: cárdia (entrada), fundo, corpo e piloro (saída). → INTESTINO DELGADO • Segmento mais longo do trato GI – dois terços do comprimento total do trato. • Dobra-se para trás e para diante de si mesmo, proporcionando aproximadamente 7.000 cm de área de superfície para a secreção e absorção (nutrientes entram na corrente sanguínea através das paredes intestinais). • Três partes: proximal (duodeno), medial (jejuno), distal (íleo) • A válvula ileocecal controla o fluxo do material digerido a partir do íleo para dentro da porção cecal do intestino grosso e impede o refluxo de bactérias para dentro do intestino delgado. → INTESTINO GROSSO • Segmento ascendente no lado D do abdome, um transversal da D para E no abdome superior e um segmento descendente no lado E do abdome. • Cólon sigmoide, reto e ânus completam a porção terminal. • Os esfíncteres anais interno e externo (rede de músculos estriados) regulam a saída anal. → O TRATO GI Recebe sangue das artérias que se originam ao longo de toda extensão da aorta torácica e abdominal e veias que retornam o sangue dos órgãos digestivos e baço. • Sistema venoso: veias mesentéricas superior, mesentérica inferior, gástrica, esplênica e cística que mais adiante formam a veia porta. • O fluxo sanguíneo para o trato GI constitui aproximadamente 20% do DC total e aumenta muito depois da alimentação. • As porções simpática e parassimpática do sistema nervoso autônomo o inervam. Os nervos simpáticos (efeito inibitório) diminuem a secreção gástrica e motilidade e provocando a constrição dos esfíncteres e vasos sanguíneos. A estimulação nervosa parassimpática provoca a peristalse e aumenta as atividades secretoras. Os esfíncteres relaxam, exceto o esfíncter da porção superior do esôfago e esfíncter anal externo que estão sob controle voluntário. FUNÇÕES DO SISTEMA DIGESTÓRIO Todas as células do organismo precisam de nutrientes. Esses nutrientes derivam da ingestão de alimentos que contenham proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas, minerais e fibras de celulose e outras matérias vegetais, algumas das quais não possuem valor nutricional. • Digestão e Clivagem das partículas do alimento na forma molecular • Absorção Pequenas moléculas de nutriente para dentro da corrente sanguínea • Eliminação Alimentos não absorvidos e não digeridos e de outros materiais residuais. → MASTIGAÇÃO A digestão inicia com o ato da mastigação. O alimento é então quebrado em partículas pequenas que podem ser engolidas e misturadas com as enzimas digestivas. A alimentação – ou mesmo a visão, olfato ou sabor do alimento podem provocar a salivação reflexa. Aproximadamente 1,5 L de saliva é secretado diariamente pelas glândulas parótida, submaxilares e sublinguais. • A ptialina (amilase salivar): enzima que inicia digestão de amidos. • Água e muco contidos na saliva ajudam a lubrificar o alimento mastigado facilitando a deglutição. → DEGLUTIÇÃO Inicia no ato voluntário regulado pelo centro da deglutição na medula oblonga do SNC. Quando um bolo de alimento é deglutido, a epiglote move-se para cobrir a abertura traqueal impedindo a broncoaspiração. A deglutição impulsiona o bolo alimentar para dentro da parte superior do esôfago. O músculo liso das paredes deste, constrai-se ritmado no sentido do estômago para impulsionar o bolo ao longo do trato. Durante essa peristalse esofágica, o esfíncter esofágico inferior relaxa e permite que o bolo alimentar entre no estômago. • O esfíncter esofágico se fecha para evitar o refluxo. → FUNÇÃO GÁSTRICA As glândulas do estômago secretam o ácido clorídrico (HCL) – 2,4 L/dia – que integra o líquido resultado do alimento + secreções + ácido. Essa secreção gástrica ácida cliva o alimento em componentes mais absorvíveis e ajudam a destruir a maioria das bactérias ingeridas. As contrações peristálticas impulsionam o conteúdo para o piloro, que pode voltar para o corpo para nova clivagem. • Alimento no estômago: 30 minutos a algumas horas. • Do piloro para o intestino delgado (absorção). Dois tipos de contrações ocorrem regularmente no intestino delgado: as contrações de segmentação e a peristalse intestinal. As contrações de segmentação produzem as ondas de mistura que movem o conteúdo intestinal para a frente e para trás em um movimento de trituração. A peristalse intestinal impulsiona o conteúdo do ID para o sentido do cólon. O quimo permanece no ID por 3 a 6 horas, permitindo a clivagem e absorção continuadas dos nutrientes. → FUNÇÃO COLÔNICA Dentro de 4 horas depois da alimentação, o material residual passa para dentro do íleo terminal e lentamente, para dentro da porção proximal do cólon direito, através da válvula ileocecal. A cada onda peristáltica do ID, a válvula se abre por breve período e permite que parte do conteúdo passe para dentro do cólon. As bactérias no ID ajudam a terminar a clivagem do material residual, principalmente das proteínas e sais biliares não digeridos e não absorvidos. Dois tipos se secreções colônicas são adicionadas ao material residual: uma solução eletrolítica e muco. A atividade peristáltica lenta e fraca move o conteúdo colônico ao longo do trato onde permite a reabsorção eficiente de água e eletrólitos. As ondas peristálticas longas e intermitentes impulsionam o conteúdo por distâncias consideráveis. As fezes: alimentos não digeridos, materiais inorgânicos, água e bactérias; 75% de líquido e 25% de sólido; a coloração acastanhada resulta da clivagem da bile pelas bactérias intestinais, que também causam odor fétido pelas substâncias químicas que formam. • Os gases contêm metano, sulfeto de hidrogênio e amônia. • A eliminação das fezes começa com a distenção do reto, que se inicia por reflexo às contrações da musculatura retal e relaxa o esfíncter anal interno (controlado pelo SNA) normalmente fechado. • Durante a defecação, o esfíncter anal externo (córtex cerebral) relaxa voluntariamente para permitir que o conteúdo colônico possa sair.
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