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CCJ0005-WL-PA-02-Ciência Política-Antigo-15867

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Título 
REGIMES DE GOVERNO 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
10 
Tema 
REGIMES DE GOVERNO 
Objetivos 
·        Compreender categorias e conceitos fundamentais ao fenômeno jurídico-político. 
·        Analisar as estruturas e as articulações do discurso político pela lógica dos regimes. 
Estimular a utilização de raciocínio jurídico -político, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica, elementos 
essenciais à construção do perfil do profissional do Direito. 
Estrutura do Conteúdo 
10.1. Democracia. 
  
"Para aduzirmos o conceito atual de democracia, vamos nos reportar ao ponto sobre formas de governo . Distinguia Aristóteles três formas 
de governo: monarquia (governo de uma só pessoa), aristocracia (governo da minoria) e democracia (governo da maioria). Concluiu o genial 
filósofo estagirita pela condenação formal de todas elas, por entender que a forma ideal seria a constitucional ou política, com a intervenção 
de todo o povo no governo. Tal atitude decorreu do fato de que a democracia antiga já era considerada como o governo da maioria, não da 
totalidade do povo. Efetivamente governavam os cidadãos, e nem todas as pessoas possuíam direitos cívicos. 
É verdade reconhecida desde os velhos tempos que na democracia não governa a totalidade do povo, mas, sim, 'o maior número'. E nem 
sempre é a maioria quem governa." MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 290. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto 1 
  
Tema: Democracia dos Antigos e dos Modernos 
  
Esparta, ou Lacedemônia, localizava-se na península do Peloponeso, na planície da Lacônia. Foi fundada no século IX a.C., 
as margens do rio Eurotas, após a união de três tribos dóricas. Esparta tem sido considerada muito justamente o protótipo da 
cidade aristocrática. 
Politicamente, Esparta organizava-se sob uma diarquia, ou seja, uma monarquia composta por dois reis, que tinham funções 
religiosas e guerreiras. As funções executivas eram exercidas pelo Elforato, composto por cinco membros eleitos anualmente. 
Havia também a Gerúsia, composta por 28 membros da aristocracia, com a idade superior a 60 anos, que tinham funções 
legislativas e controlavam as atividades dos diarcas. Na base das estruturas políticas, encontravam-se a Ápela ou assembléia 
popular, formada por todos os cidadãos maiores de 30 anos, que tinham a função de votar leis e escolher os gerontes. 
Já Atenas, situava-se na Ática, apresenta uma paisagem movimentada, onde colinas e montanhas parcelam pequenas 
planícies. A ocupação inicial da Ática se fez com os arqueus, seguidos posteriormente por jônios e eólios. 
Em termos políticos, Atenas conservou a monarquia por muito tempo, até que foi substituída pelo arcontado. O arcontado era 
composto por nove arcontes cujos mandados eram anuais. Foi criado também um conselho - o aerópago  - composto por 
eupátridas, com a função de regular a ação dos arcontes. Estabeleceu-se assim o pleno domínio oligárquico.  
Veremos como no século V, período de seu maior desenvolvimento, funcionava essa admirável democracia ateniense que 
representa a maior realização política da Antigüidade, e quais as suas instituições fundamentais.  
O regime político de Atenas, pela primeira vez, o conceito puro de democracia se estabelece, assenta sobre a igualdade dos 
cidadãos em face da lei.  Aos poucos, os últimos vestígios de privilégio vão desaparecendo, e ficam de fora as mulheres, os 
estrangeiros e os escravos, isto é, muitas pessoas ficavam de fora dessa democracia.  
Além de se encarnar nos usos e costumes que o exercício das liberdades e o sentimento de igualdade tornam mais 
compassivos e humanos, ela se encontra garantida na lei que lhe proíbe que lhes seja dada à morte pelo seu senhor, punindo, 
severamente, as sevícias e os maus tratos. 
Sem ser perfeito, o funcionamento da democracia em Atenas está assegurado pela adequada formação dos seus órgãos 
políticos. De fato, tanto quanto é possível, a vontade popular, isto é, a soberania do povo, encontrou nas instituições democráticas 
de Atenas a forma se exprimir e exercer. 
Diante do texto, podemos verificar que Atenas tinha uma “democracia excludente”. Tal argumento se sustenta no fato das 
mulheres, estrangeiros e menores de 18 anos não terem direito à participação política. Esses grupos sociais, mesmo compondo a 
grande maioria da população, não votavam ou participavam das instituições representativas. 
Indaga-se: Qual a diferença entre a democracia dos antigos, e a dos modernos? 
Plano de Aula: REGIMES DE GOVERNO
CIÊNCIA POLÍTICA 
Estácio de Sá Página 1 / 2
Título 
REGIMES DE GOVERNO 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
10 
Tema 
REGIMES DE GOVERNO 
Objetivos 
·        Compreender categorias e conceitos fundamentais ao fenômeno jurídico-político. 
·        Analisar as estruturas e as articulações do discurso político pela lógica dos regimes. 
Estimular a utilização de raciocínio jurídico -político, de argumentação, de persuasão e de reflexão crítica, elementos 
essenciais à construção do perfil do profissional do Direito. 
Estrutura do Conteúdo 
10.1. Democracia. 
  
"Para aduzirmos o conceito atual de democracia, vamos nos reportar ao ponto sobre formas de governo . Distinguia Aristóteles três formas 
de governo: monarquia (governo de uma só pessoa), aristocracia (governo da minoria) e democracia (governo da maioria). Concluiu o genial 
filósofo estagirita pela condenação formal de todas elas, por entender que a forma ideal seria a constitucional ou política, com a intervenção 
de todo o povo no governo. Tal atitude decorreu do fato de que a democracia antiga já era considerada como o governo da maioria, não da 
totalidade do povo. Efetivamente governavam os cidadãos, e nem todas as pessoas possuíam direitos cívicos. 
É verdade reconhecida desde os velhos tempos que na democracia não governa a totalidade do povo, mas, sim, 'o maior número'. E nem 
sempre é a maioria quem governa." MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 290. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto 1 
  
Tema: Democracia dos Antigos e dos Modernos 
  
Esparta, ou Lacedemônia, localizava-se na península do Peloponeso, na planície da Lacônia. Foi fundada no século IX a.C., 
as margens do rio Eurotas, após a união de três tribos dóricas. Esparta tem sido considerada muito justamente o protótipo da 
cidade aristocrática. 
Politicamente, Esparta organizava-se sob uma diarquia, ou seja, uma monarquia composta por dois reis, que tinham funções 
religiosas e guerreiras. As funções executivas eram exercidas pelo Elforato, composto por cinco membros eleitos anualmente. 
Havia também a Gerúsia, composta por 28 membros da aristocracia, com a idade superior a 60 anos, que tinham funções 
legislativas e controlavam as atividades dos diarcas. Na base das estruturas políticas, encontravam-se a Ápela ou assembléia 
popular, formada por todos os cidadãos maiores de 30 anos, que tinham a função de votar leis e escolher os gerontes. 
Já Atenas, situava-se na Ática, apresenta uma paisagem movimentada, onde colinas e montanhas parcelam pequenas 
planícies. A ocupação inicial da Ática se fez com os arqueus, seguidos posteriormente por jônios e eólios. 
Em termos políticos, Atenas conservou a monarquia por muito tempo, até que foi substituída pelo arcontado. O arcontado era 
composto por nove arcontes cujos mandados eram anuais. Foi criado também um conselho - o aerópago  - composto por 
eupátridas, com a função de regular a ação dos arcontes. Estabeleceu-se assim o pleno domínio oligárquico.  
Veremos como no século V, período de seu maior desenvolvimento, funcionava essa admirável democracia ateniense que 
representa a maior realização política da Antigüidade, e quais as suas instituições fundamentais.  
O regime político de Atenas, pela primeira vez, o conceito puro de democracia se estabelece, assenta sobre a igualdade dos 
cidadãos em face da lei.  Aos poucos, osúltimos vestígios de privilégio vão desaparecendo, e ficam de fora as mulheres, os 
estrangeiros e os escravos, isto é, muitas pessoas ficavam de fora dessa democracia.  
Além de se encarnar nos usos e costumes que o exercício das liberdades e o sentimento de igualdade tornam mais 
compassivos e humanos, ela se encontra garantida na lei que lhe proíbe que lhes seja dada à morte pelo seu senhor, punindo, 
severamente, as sevícias e os maus tratos. 
Sem ser perfeito, o funcionamento da democracia em Atenas está assegurado pela adequada formação dos seus órgãos 
políticos. De fato, tanto quanto é possível, a vontade popular, isto é, a soberania do povo, encontrou nas instituições democráticas 
de Atenas a forma se exprimir e exercer. 
Diante do texto, podemos verificar que Atenas tinha uma “democracia excludente”. Tal argumento se sustenta no fato das 
mulheres, estrangeiros e menores de 18 anos não terem direito à participação política. Esses grupos sociais, mesmo compondo a 
grande maioria da população, não votavam ou participavam das instituições representativas. 
Indaga-se: Qual a diferença entre a democracia dos antigos, e a dos modernos? 
Plano de Aula: REGIMES DE GOVERNO
CIÊNCIA POLÍTICA 
Estácio de Sá Página 2 / 2

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