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inspetores que ele mesmo possa fazer tudo o que demandais sem informações dos próprios operários? — Isso é impossível, mas eles que venham buscar as informações nas próprias minas.” (nº 285.) “Não acreditais que o efeito seria jogar a responsabilidade (!) pela ventilação etc. do proprietário da mina para os funcio- nários governamentais? De modo algum; deve ser tarefa deles exigir o cumprimento das leis já existentes.” (nº 294.) “Ao falardes de subinspetores, vós vos referis a pessoas com menor salário e de caráter mais baixo que os dos atuais inspetores? — Não os desejo mais baixos, se vós podeis conseguir melhores.” (nº 295.) “Quereis mais inspetores ou uma classe mais baixa de gente do que os inspetores? — Precisamos de gente que ande de fato dentro das minas, pessoas que não tenham medo de arriscar a pele.” (nº 297.) “Se fosse atendido vosso desejo de ter inspetores de espécie pior, será que a falta de habilitação deles não iria criar perigos etc.? — Não; é atribuição do Governo nomear pessoas adequadas.” Tal espécie de interrogatório acaba sendo demasiado estúpida até mesmo para o presidente da comissão de inquérito. “Quereis”, intervém ele, “pessoas práticas, que examinem pes- soalmente as minas e relatem aos inspetores, que podem, então, utilizar seus maiores conhecimentos.” (nº 531.) “Será que a ven- tilação de todas essas construções antigas não acarretaria muitas despesas? — Sim, as despesas poderiam crescer, mas vidas hu- manas seriam protegidas.” (nº 581.) Um trabalhador em minas de carvão protesta contra a 17ª seção da Lei de 1860: “Atualmente, quando o inspetor de minas encontra qualquer parte da mina fora de condições de trabalho, tem de relatá-lo ao proprietário da mina e ao ministro do Interior. Depois disso, o proprietário tem 20 dias para pensar no assunto; ao cabo dos 20 dias, ele pode recusar qualquer alteração. Mas, se faz isso, ele tem de escrever ao ministro do Interior e propor-lhe 5 engenheiros de minas, entre os quais o ministro tem de escolher os árbitros. Sustentamos que, nesse caso, o proprietário da mina virtualmente nomeia seus próprios juízes”. (nº 586.) O examinador burguês, ele mesmo proprietário de minas: “Esta é uma objeção puramente especulativa.” (nº 588.) “Ten- des, portanto, pouca fé na integridade dos engenheiros de minas? — Digo que é muito iníquo e injusto.” (nº 589.) “Não possuem os engenheiros de minas uma espécie de caráter público, que coloca as decisões deles acima da parcialidade que temeis? — MARX 129
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