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1 Júlia Guimarães Medeiros Referência: SEVERINO, A. J. Universidade, ciência e formação acadêmica. In:___. Metodologia do trabalho científico. 23. Ed. São Paulo: Cortez, 2007 p. 21-36. O professor de filosofia, Antônio Joaquim Severino, autor do livro "Metodologi a do trabalho científico", começa o primeiro capítulo deste, chamado "Universidade, ciência e formação acadêmica", dizendo o objetivo temático de seu livro que é voltad o para a explicação e entendimento sobre o desenvolvimento do trabalho científico n o contexto do ensino superior. Depois fala o objetivo do capítulo, quel é explicar o se ntido da relação e importância do ensino, pesquisa e extensão para a instituição e p ara os seus docentes. Primeiramente, o autor pontua os três objetivos da Universidade e que se con ectam entre si, que são: formar profissionais qualificados e preparados para o merca do, através do que é ensinado e aprendido dentro e fora da sala de aula; a formação de cientistas, com a disponibilização de materiais e métodos direcionados para esse fim; e por último, o objetivo de formar cidadãos conscientes do seu contexto histórico , social e pessoal, aatravés do contato e vivência com esses conhecimentos, visando atingir a meta de se tornarem pessoas dispostas a contribuir para a melhora da vida em sociedade. Em seguida, Severino aborda o objetivo final da instituição, que seria a conse quência do cumprimento dos três objetivos citados anteriormente, que é o fato de qu e a Universidade deve destinar todo o seu saber produzido para à prestação de serv iços à sociedade próxima em que se encontrada situada, contribuindo para o aperfei çoamento da vida coletiva presente naquele contexto. Assim, é como se servisse de exemplo para o que as pessoas (incluindo as de fora da instituição) devem buscar. C omo o respeito entre os homens; uma vida visando a democracia; a evolução individ ual e coletiva; e os seus direitos respeitados e cumpridos. Portanto, o professor continua dizendo que o ensino superior também serve não só para reproduzir conhecimentos como também para produzir-los, mas que par a isso necessita da aplicação de certas práticas específicas para cumprir o seu papel e responsabilidades, que devem estar organizadamente vinculadas entre si, mas ass 2 umindo cada uma seu papel especifico, e aqui é onde se insere as atividades de ensi no, pesquisa e extensão. Antônio escreve que a educação voltada para o ensino seria importante para a formação acadêmica e para a universalização por conta da transmissão para todos sobre aquele conhecimento. O problema está no fato de que o pensamento tradicion al brasileiro adota esse tipo de aprendizagem como a única forma de educação, que não estando ligada as outras duas formações educacionais (de pesquisa e extensão) se torna algo negativo, pois privilegia a aprendizagem passiva e decorativa, formand o pessoas que apenas reproduzem ideias ao invés de se aprofundar e refletir antes. O escritor parte do princípio de que o conhecimento é o diferencial da espécie humana e a única forma de evolução. Também diz que para aprender ou/e ensinar al go, é preciso conhecer profundamente aquele objeto. Mas isso só seria possível atra vés da aprendizagem ativa e reflexiva, ou seja, necessita de uma ferramenta a mais além do ensino. Aqui se insere a função da pesquisa, podendo dizer que sua grande importância se da por servir de apoio e base às outras duas, atuando na produção e absorção aprofundada de conhecimentos, mudando o ensino tradicional e motivando o desenvolvimento educacional acadêmico. Severino também diz que as Universidades que apoiam e incentivam cada ve z mais atividades de iniciação científica aos alunos devem ser parabenizados por iss o, pois o ambiente profissional atual está cada vez mais exigindo uma postura ativa d o trabalhador para lidar com diferentes situações e o ensino superior visando a super ação desse problema deve focar na pesquisa, mas que esta só é relevante se for vol tada para melhorar à comunidade próxima e a sociedade. Aqui entra a atividade de e xtensão, visto que a instituição não está criando apenas profissionais, mas cidadãos t ambém. Sendo assim, ele descreve funções da extensão, que une o ensino e a pesqu isa e serve como vinculo entre a sociedade e Universidade. Além de contribuir pedag ogicamente, pela aprendizagem, também enriquece politicamente, levando o jovem a entender o seu contexto social, as complexidades e desigualdades dessas pessoas, i mplantando um espirito no jovem de querer ajudar de alguma forma essa comunidad e, formando assim, sua consciência através de uma dimensão e contato únicos, se c onectando com a comunidade e esta se conectando com a instituição de ensino. 3 Com isso, o autor conclui que as funções de ensino, pesquisa e extensão dep endem uma da outra mas cada uma possui sua importância. Resumindo, a pesquisa atua na construção do conhecimento, no qual precisa ser repassado e propagado pa ra sua efetivação, aqui entraria a importância do ensino que teria a função de tornar esse saber acessível e conhecido. Ademais, diz que toda a instituição de ensino sup erior deve conter a extensão, que atua como um retorno de investimento e conhecim ento da comunidade visando a melhora dos problemas dessa sociedade. Por fim, Severino ressalta que ao visar a construção de uma nova sociedade, incentivando os alunos a serem criticos e terem uma postura cada vez mais ativa no seu processo formativo, levando sua participação no mundo da cultura (do saber); no mundo da produção (do fazer) e no da política (do poder), o conhecimento produzido então estaria fazendo os seres humanos a crescer e evoluir. Só dando importância a essas três dimensões do conhecimento (ensino, pesquisa e extensão) que a Univers idade estaria cumprindo seu objetivo de transformação social.
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