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3 - O exame físico 1 🐦 3 - O exame físico https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/cefe527b-69b4-4 999-be11-bfc5aefc804a/Clnica_de_Aves_2_Edio_134-180_(1).pdf Equipamentos Toalhas: vários tamanhos e espessuras Luvas normais e de raspa de couro: para aves de rapina, não usar em psitacídeos Balanças digitais: cálculo de medicações e registros de pesos, diário em aves internadas. Precisão de 1g para faixa de peso de até 100g, e 2 a 5 g para faixa de até 500g. Para faixas acida de 500g precisão de 5 a 10g é aceitavel Seringas de insulina ou outras de doses baixas Swabs nasofaríngeos ou pediátricos e tubos de sangue pediátricos: é inapropriado colocar pequenas amostras de sangue em tubos padrões para mamíferos, por causa da quantidade de anticoagulante Gaiolas 3 - O exame físico 2 Redes/puças: redes de pesca de malha aberta não são apropriadas, aves pequenas podem passar ou trancar os pés Fonte de calor Sondas para adm no papo: de metal com extremidade arredondada para reduzir trauma e evitar ser mordido e engolido Agulhas espinhais: adm de fluiso intraosseo. É possível usar agulhas hipodérmicas padrão, mas elas ficam obstruidas com material ósseo, tendo que fazer perfurações repetidas Microscópio: para análise de protozoários que precisam de preparações úmidas e frescas, por esfreçaço direto ou coloração de Gram Biblioteca e acesso a informações adicionais Iso ou sevoflurano Equipe treinada Histórico clínico A ave vive sozinha ou em um grupo com outras aves? Se é um grupo pensar em tratamentos coletivos, com vacinações e anti- helmínticos por exemplo. Aves sozinhas podem estar com problemas comportamentais e mentais. Espécie e quantidade de aves envolvida? Vírus espécie-específico como enterite viral em patos. Se várias aves estão envolvidas pode ser uma doença contagiosa ou toxina ambiental. Ave isolada pode estar relacionado ao manejo, dieta ou idade. As aves ficam alojadas em ambiente interno ou externo? Recintos externos estão expostos a parasitas intestinais e doenças infecciosas transmitidas por aves selvagens, propensas a ataque de predadores, fatores ambientais como fumaça. Recinto interno pode estar exposto ao vapor de vocinha, fumaça de cigarro ou ambiente seco, probabilidade de plantar tóxicas e influencia de outros membros da casa como outros pets e crianças. 3 - O exame físico 3 Há quanto tempo o proprietário está com a ave? Foi importada ou criada em cativeiro? Se foi adquirida recentemente pode estar sofrendo de exacervação por estresse de infecções subclinicas, como clamidiose - psitacose, salmonelose, v[irus da doença de pacheco ou poliomavirose. Se já estão a mais tempo é mais propenso a problemas de manejo. Verificar a possibilidade de contato recente com outras aves. Qual a idade da ave? Aves jovens podem ser identificadas pelo olho - iris cinza em papagaio cinza africano e grandes arara, ficam amarelas quando adultas, plumagem - aguias de cabeça branca e turdideos, cor da cera - periquitos australianos, formato, cor e proporção do bico - araras e ecletus. Após atingir a maturidade sexual a maioria das aves muda pouco. Sinais de velhice: catarata, artrite - dificuldade de locomoção e de limpeza das penas, pontos de pigmento na íris e espessamento das escamas das pernas e pés. Papagaio cinza, íris amarela. 3 - O exame físico 4 Papagaio cinza jovem, iris cinza. Arara de barriga amarela jovem, iris cinza, cabela arredondada, maxilar pequeno, pele facial branca e linhas de penas faciais. Araracanga idosa, iris amarela com pontos pigmentados, penas da cabeça com bainhas, bico maxilar grande, sulco resultante de descarga nasal cronica. 3 - O exame físico 5 Arara de cabeça branca adulta, todas as penas da cabeça brancas, iris amarela e bico amarelo. Águia de cabeça branca jovem, penas da cabeça marrons, iris e bico mais escuros. 3 - O exame físico 6 Qual o sexo? Quando não tiver dimorfismo sexual fazer endoscopia - sexagem cirúrgica ou análise de DNA no sangue ou pena. Ecletus: plumagem vermelha nas femeas e verde nos machos. Mandarim: macho colorido. Qual a alimentação? Cera azul em periquito australiano macho. Está com uma estria de sangue no bico, geralmente indicativo de doença hepática. Cacatua de crista amarela adulta femea tem iris vermelha. 3 - O exame físico 7 Houve mudanças recente, os suplementos são apropriados para aves, armazenamento, presença de insetos, superaquecimento, validade? Avaliar gaiola/caixa de transporte Tamanho, poleiros, bebedouros e comedouros, brinquedos. Periquitos australianos com megabacteriose ou tricomoniase podem passar horas sobre o comedouro, aparentemente comendo, mas na realidade não conseguem apreender e retirar a casca da semente, então comem pouco, deixando cair sementes inteiras. Exame dos excrementos Orientar o proprietário a colocar uma folha de papel branco ou filme plastico no piso da gaiola de transporte para a coleta de uma amostra não contaminada. Frequentemente há um saco mucoso envolvendo o excremento, principalmente em filhotes, para permitir que os pais removam o excremento do ninho. As fezes devem apresentar formato e uniformidade, sem sangue ou alimentos não digeridos. Secas e cor negra em espécies de áreas áridas que se alimentam de pequenas sementes, como periquitos. Verde escura em papagaios que se alimentam de sementes. Marrons em dietas ricas em proteinas, como aves de rapida. Pálidas e liquidas em espécies frugivoras e nectarivoras. Presença de sangue: enterite, neoplasia intestinal, doença renal, tumores ovarianos ou testiculares, coagulopatias, papilomas cloacais, calculo, cloacite ou outras alterações cloacais, anormalidades do oviduto, doença hepatica, toxicidade por metais pesados ou desnutrição. Em Amazonas considerar sindrome hemorragica aguda. Sangue escuro e digerido - melena, sugere hemorragia do TGS, sangue vermelho fresco representa sangramento do intestino distal ou cloaca. Fezes com coloração semelhante a argila, pode ser má digestão ou má absorção. Medicação com caulim ou adm VO de suspensão de sulfato de bário pode causar essa aparencia. 3 - O exame físico 8 Grandes parasitas intestinais podem ser vistos. Filhote de ave não implumada, urato branco, componente fecal marrom e saco mucoso. Normal, papagaio, urato branco, componente fecal escuro e um pouco de urina liquida. 3 - O exame físico 9 O volume fecal é indicador do estado de saúde. 1. Reduzido: diminuição da ingestão de alimentos, do tempo de transito GI ou privação de alimentos. Distinguir de fezes pequenas e secas, relacionadas com privação de água ou doença hepatica. 2. Volumosas: pode ser normal em situações de alto conteudo de fluido ou vegetal na dieta. Porém causas de má absorção como doença GI, pancreatite, Corado com pimenta. Melena, sangue parcialmente digerido. 3 - O exame físico 10 parasitismo, peritonite, diabetes, doença renal ou neoplasia, ou doença hepatica tambem podem ser causas. Presença de alimentos não digeridos devem ser diferenciados de regurgitação, sempre é anormal, indica má absorção ou digestão, hipermotilidade resultante de inflamação, infecção ou parasitismo, pancreative, proventriculite ou ventriculite, ou sindrome de dilatação do proventriculo. A quantidade é maior na primeira eliminação do dia e em aves em postura, pois a cloaca está expandida e ficara acumulada quando a femea estiver no ninho. O componente fecal pode ser frouxo ou ausente no estresse. Avaliação microscopica. 1. Preparação úmida para pesquisa de protozoários móveis. 2. Flutuação para ovos de parasitas ou coccídeos. 3. Amostra corada com Gram para bactérias, fungos, leveduras e células inflamatórias. As amostras fecais são raramente uteis para cultura. 4. Avaliar clamidiose. Uratos normalmente brancos ou creme, mas podem absorver pigmentos azuis ou roxos de itens alimentares. É aumentado em dietas ricas em proteinas,como aves de rapina. Verde ou amarelo indica pigmentos de bile, como biliverdina, associado a hemolise, hepatite ou doença renal. Essas doenças podem ser provocadas por má nutrição, lesões tóxicas, neoplasia ou infecções virais, bacterianas ou clamidiais. Ausencia de urato: doença renal ou hepática. Urina liquida está presente em todos os excrementos, diminuida em aves de areas aridas e aumentada em aves que se alimentam de nectar e as aquaticas. Causas fisiológicas de PUPD 1. Estresse 2. Viagem 3. Temperatura ambiente elevada Causas patológicas de PUPD 3 - O exame físico 11 1. Primária - insuficiencia renal Infecção Neoplasia Toxinas 1. Secundária - diabetes melito ou insípido Doença hipofisária Doença adrenal Iatrogenica - corticoides, progestógenos, aminoglicosídeos, desequilíbrio de cálcio, hipovitaminose A, hipervitaminose D ou excesso de sal na alimentação Avaliar fração urinaria em superfície impermeável, com tirar reagentes padrão. Microscopia para avaliar presença de cristais e células anormais. Pelotas são regurgitadas por aves de rapina, porções não digeridas de pelos, penas ou ossos das presas. Avaliar conteúdos anormais, sangue, muco ou parasitas. Exame físico Cabeça Olhos, seios e narinas são anatomicamente relacionados, uma infecção em uma dessas regiões pode provocar ou indicar infecção de todas. Olhos devem estar limpos, redondos, centralizados, umidos e brilhantes, sem epifora, secreções ou incrustações ao redor das palpebras. Deve haver evidencias da produção normal de lagrimas. Filme lacrimal anormal pode indicar xeroftalmia por hipovitaminose A. Não deve haver tumefações periorbitais ou perioculares. Aumento de volume medial ao olho pode ser sinusite primária. Auemtno de volume acima ou abaixo do olho geralmnete é hipovitaminose A e o material espesso esteril a metaplasia de celulas escamosas dos tecidos epiteliais glandulares lacrimais. 3 - O exame físico 12 Aumentos de volume = fazer swab, biopsia por agulha ou lavagens para citologia, bacteriologia ou histopatologia. Oftalmoscopi - anormalidades do cristalino ou cornea. Avaliação de lesões fundicas necessita mais experiencia. Narinas limpas e desobstruídas, operculo brilhante posicionado centralmente. Em algumas espécies não é possivel ver operculo. Secreções, oclusões ou rinolitos, clamidiose é sempre um d. diferencial. Remover rinolitos para avaliar e coletar amostras. Secreção anormal na narina coletar amostra para citologia, cultura e ATBiograma. A cera não deve ter sinais de trauma ou descamação excessiva, como ocorre por infestação de Cnemidocoptes em periquitos. Canário, aumento de volume suborbital por sinusite. 3 - O exame físico 13 Bico liso e brilhante. Em cacatuas é normal um pó branco de plumulas, se o bico estiver brilhante indica falta de plumulas de pó, sugerindo doença do bico e das penas. Mandibula e maxima devem se encaixar perfeitamente. Avaliar crescimento excessivo ou desgaste anormal. Rachaduras da queratina indicam deficiencia nutricional. Má oclusão pode ser por alimentação incorreta nas primeiras fases de crescimento, pode precisar de cirurgia ou desgaste durante toda a viad. Aspergilose e candidiase do bico não são rara, secundaria a hipovitaminose A. Periquito australiano. Hiperqueratose grave e formação de túnel após infestação cronica pelo acaro Cnemidocoptes pilae. Bico crescimento excessivo e cera descolorida. 3 - O exame físico 14 Abrir o bico e avaliar a cavidade oral, auxilio de um otoscópio, espéculo oral de aço inoxidavel ou com clipes de papel para aves pequenas. Hipovitaminose A - abcessos na lingua ou entre as mandibulas. Coana deve estar desobstruida, sem sinais de inflamação ou secreção. Coletar secreção se tiver. Em pombos e aves de rapina, examinar material caseoso com uma preparação úmida sob microscópio para descartar tricomoniase. As orelhas não tem aurícula, mas sim uma abertura auricular e um conduto auditivo ventrocaudalmente ao canto lateral do olho. Avaliar se há inflamação ou secreção. Pode ter pólipos, neoplasias ou infecções. Avaliar penas no resto da cabeça. Se tiver anormal na cabeça e resto do corpo indica que não é um problema comportamental. Grande quantidade de penas não desenvolvidas e com bainhas pode indicar uma ave muito doente que não consegue se limpar ou problemas como artrite. Aves sem penas faciais, como araras e papagaios cinza, pode ter contusões na fase se manipuladas brutamente e por mto tempo. Arara de barriga amarela, infecção interlaminar, descamações e crescimento excessivo do bico, deficiencia nutricional cronica. 3 - O exame físico 15 Pescoço Sempre palpar, principalmente do lado direito, para detectar aumento de volumes, distenção do papo. Palpar esofago e avaliar espessura da mucosa. Molhar a pele com alool cirurgico, se necessario transiluminar. Alternativamente endoscopia. Se regurgitar avaliar no micro, preparação muda, para pesquisa de protozoarios. Trichomonas é comum em periquito australiano. Se nao houver protozoarios, lamina para Gram - pesquisa de megabacteriose. Membros Estender asas para avaliar mobilidade, devem ter comprimento igual. No repouso não devem ficar caidas, se estiverem, fazer RX para avaliar articulação do ombro e ossos escapular, coracoide e clavicular. Avaliar perdas ou danos em penas. Carpo deve estar livre de traumas ou aumentos de volume. Aumento de volume esbranquiçado ou amarelado nas articulações da asa sugere gota, coletar sangue para avaliar níveis de ácido úrico, cálcio e fósforo. Outras causas são xantomatose - tumefação adiposa amarela, e edema da extremidade da asa em aves de rapina. 3 - O exame físico 16 Avaliar musculatura da carena/esterno - condição corporal. Ratitas tem musculatura peitoral pouco desenvolvida. Obesidade - dificuldade de palpar a carnea, pele amarelada, deposição de gordura SC ou xantomatose. Carena proeminente - condições inadequadas ou doença subjacente. Xantoma, asa de calopsita. Xantoma, periquito australiano. 3 - O exame físico 17 Avaliar membros pelvicos, principalmente articulações dos dedos, pode ter lesões de gota articular. Não deve haver sinais de automutilação ou dor na extensão ou flexão dos membros. Anormalidades ou aumento de volume - RX. Avaliar pododermatite, calos ou desgastes excessivos na planta do pé. Aves de rapida, aquaticas e calopsitas - predisposição a pododermatite. Anilha - avaliar movimentação, não deve ter acumulo de queratina - constricção fluxo sanguíneo. Corpo Palpar abdomen. Aumento de volume - determinar se é fluido ou sólido. Fluido - aspirar e examinar. Cloaca - presença cronica de excrementos na plumagem da abertura da cloaca pode ser cloacite, urolitos cloacalis, papilomas, diarreia, polidipsia... Papagaio cinza, gota articular. Aumento de volume sob a articulação, incisão de pele - deposítos de urato. 3 - O exame físico 18 Everter para avaliar a mucosa cloacal e procurar sinais de papilomas. Exame digital - palpação dos rins. Swabs - após a coleta a ave pode eliminar excrementos com sangue por até 24 horas. Ausculta abdominal e peitoral - poucos sons são auscutados, a menos que haja aerossaculite. FC elevada geralmente dificulta a identificação de sopros, exceto em casos graves. Avaliar o coração por ECG, velocidade do papel de 100 mm/segundo ou monitor cardiaco. Asculta pulmonar - colocar o esteto no diafragma, entre as asas. É sempre possivel auscultar um ruido inspiratório fraco e curto em aves normais. Outros ruidos - doenças das narinas ou seios, fluxo de ar restrito na traqueia (aspergiloma na siringe) ou doença grave dos sacos aéreos (clamidofilose ou aspergilose). Suspeita de doença dos sacos aereos - RX e endoscopia. Se fizer endoscopia - swab de saco aéreo ou biopsia. Arara vermelha grande, papiloma cloacal. 3 - O exame físico 19 Qualquer ave com sinais respiratórios - suspeitar de clamidofilose.Avaliar dorso e base da cauda. A glandula uropigiana esta ausente em algumas especies, como Amazonas. Situada na parede dorsal, anterior a inserção das penas centrais da cauda. Deve ser simetrica e regular, capaz de liberar um pequeno volume de secreção oleosa. Pode apresentar disfunção, abscessos ou neoplasia. Plumagem e pele Podem indicar PBFD, hepatopatia ou deficiencias nutricionais. Penas - cabeça tronco e membros são as de contorno, asas e cauda de voo. Periquito australiano, aumento da gld uropigiana. Possivelmente infectada, obstruida, com cisto ou tumor. 3 - O exame físico 20 Penas emergem da pele como calamo ou quilha. A haste ou raque é a estrutura principal. Ramificações finas - barbas, surgem da haste. Das barbar surgem as ramificações menores - barbulas. Nas penas de voo são unidas por pequenos ganchos. Se nao estiverem unidas a pena vai parecer fofa, pluma. O pó é produzido pela desintegraão das pontas de pulviplumas, ajuda na impermeabilização e lubrificação das penas. Se tiver novas penas em crescimento é improvavel que haja disturbio hormonal provocando perda de penas. Indicam ciclo de crescimento normal. Papagaio cinza, penas rosas e atrofiadas, infecção pelo vírus da doença das penas e do bico - PBFD. 3 - O exame físico 21 Avaliar se a perda de penas é em todo corpo ou só algumas áreas, Sinais de trauma as penas ou pele quase sempre são relacionados a neurose ou automutilação. Geralmente a cabeça esta normal quando é automutilação. Deformação das penas - problemas nutricionais ou infecções virair. Perda de penas generalizada em psitacideos, principalmente cacatuas, envolvendo tambem a cabeça - papovírus - PFBD, fazer PCR de sangue, biopsia ou microscopia de pena, com tecido epitelial preso ao foliculo da pena para pesquisar corpusculos de inclusão virais intranucleares em macrófagos. Parasitas não são comuns em aves que vivem isoladas. Se houver suspeita de parasitas usar por ex. lente de aumento para avaliar penas e pele. Cnemidocoptes pilae - hiperqueratose clássica da pele e descamação excessiva, normalmente ao redor do bico e olhos ou perna e pés, perda de penas. C. mutans, jamaicensis ou laevis - ácaro responsável por queda das penas. Amazona. Empenamento de pobre qualidade e persistencia das bainhas das penas, desequilibrio nutricional grave e cronio, ou senilidade, incapacidade de realizar a limpeza das penas. 3 - O exame físico 22 Syringophilus bipectinatus e Dermoglyphys elongatus - ácaros de penas, as destroem no inicio do desenvolvimento e podem causar cistos dérmicos. Ácaro vermelho - Dermanyssys gallinae - geralmente não é visto no exame pois se alimenta a noite, de dia fica em frestas na gaiola ou sob excrementos. Prurido e inquietação. Piolhos - comuns em aves de rapina, domesticas, pombos e aquaticas. Carrapatos podem causar morte subita, principalmente em periquitos. Biopsias de pele - espessura total, incluir um ou dois foliculos de pena. ME para idenficar causas virais. Infecção de pele por bacterias ou foliculite é menos comum, mas pode ser identificada por biopsias ou coloração de Gram da polpa da pena. Microsporum gallinae - dermatófito - galliformes, anseriformes e columbiformes, raro. Lesões nas áreas mais carnudas ou pele mais fina da cabeça, crostas, cascas ou alopecia. Candida albicans - lesões similares. Microscopia de raspado de pele. Penas de abutre, ovos de piolho. 3 - O exame físico 23 Coleta de amostras Swab de olho, narinas, coana, garganta ou cloaca. Sangue - veia ulnar, veia jugular lado direito, ou veia metatársica. Anestesia básica Halotano - baixa margem de segurança, contraindicado em aves com hepatopatias, induz maior depressão respiratória e menor potencial analgésico que o isoflurano. Isoflurano 1. Baixo coeficiente de partição sangue/gás = baixa solubilidade no sangue e tecidos, indução e recuperação rapidas, menor retenção apos distribuição nos tecidos. 2. O metabolismo baixo acelera a eliminação do isoflurano do organismo apenas pela expiração e sem a produção de metabólitos toxicos. Indução e manutenção Vaporizador exclusivo para os anestésicos voláteis para permitir concentração exata a ser fornecida, independente da temperatura e pressão de ar. Não usar o mesmo vaporizador para o halotano e isoflurano, a menos que seja limpo e recalibrado. Galinha, hiperqueratose, resposta a piolhos. Diferenciar de dermatomicose. 3 - O exame físico 24 Isoflurano permite fácil indução com máscara, exceto aves mergulhadoras, que prendem a respiração. As mascaras podem ser feitas de itens descartaveis, como estojos de seringas em aves pequenas ou garrafas pets para aves de bico longo, assim reduzimos o risco de infecção entre aves e adaptamos ao nosso paciente. Após a indução é possível manter a anestesia só com a máscara, mas a entubação endotraqueal é considerada em procedimentos longos. É facil devido a posição anterior da glote, atras da sabe da lingua. Com a boca aberta e a lingua puxada para frente introduz o tubo na glote. Tubos podem ser feitos com cateteres ou canulas IV ou urinárias cortadas, porém tubos pequenos podem ser obstruidos por secreções respiratórias. Depois de intubada manter a ave em sistema com tubo em T de Ayre ou Bethune. Se houver obstrução por corpo estranho na siringe ou granulomas aspergilicos a intubação pode não ser adequada. O sistema de sacos aereos pode ser utilizado. O local para colocação de tubo em saco aéreo geralmnete é similar ao escolhido para endoscopia, tradicionalmente usa o lado esquerdo, logo atras das costelas. Já foi sugerido usar tubos endotraqueais curtos ou tubos de borracha no saco aereo torácico caudal ou clavicular. Realizar após indução. Em casos graves de obstrução da via aérea é possivel colocar tubo em ave consciente contida fisicamente, parece causar pouco desconforto e sofrimento, a ave pode ser contida com a cabeça em uma mascara com O2 100%. O tubo de maior diametro possivel (french 14) deve ser acoplado ao circuito anestésico. A ventilação com pressão positiva intermitente (IPPV) através de tubo no saco aereo ou traqueal tem muitas vantagens. 3 - O exame físico 25 Aves com tubo de saco aereo normalmente param de respirar devido a expulsão de todo CO2 do sistema respiratório. A IPPV permite controle da freq. e profundidade da respiração, controle da oxigenação e prevenção de hipercapnia. É sugerido tx de fluxo de gás 3x maior que o volume minuto normal, ou seja, 3 ml/g do PV (Amazona de 400g necessitaria de 1,2 l/min). Na prática geralmente usa 2 a 3 l/min, indenpendente do tamanho. As aves sob ventilação não voltarão a respirar espontaneamente até que a perfusão através do saco aéreo termine e os níveis de CO2 aumentem. O tubo pode ser removido após a cirurgia ou mantido em caso de dispneia, ex. cirurgias do pescoço ou obstruções por aspergilose na siringe. Anestésicos injetáveis alternativos Indicações - aves de mergulho, ausencia de equipamento para anestesia volátil, excitabilidade ou agressão na contenção para indução na máscara. Pesagem precisa. 3 - O exame físico 26 Monitoração 1. Reflexos - palpebral, corneano, cera, pinçamento do dedo e movimento das asas. Um puxão na perna serve. A medida que aprofunda na anestesia os reflexos diminuem ou desaparecem. 2. Volume circulatório - aves toleram melhor a perda de sangue do que mamíferos, mas hemorragia é um problema. Monitorar quantidade de sangue perdida na cirurgia, se necessario com swabs. Considerar fluidoterapia ou transfusão de sangue. Em emergencias sangue de pombo pode ser usado na maioria das espécies, mas a risco de infecções. 3 - O exame físico 27 3. Frequencia cardiaca - monitor ou estetoscópio esofágico. Eletrodos sobre a região distal lateral dos tarsometatardos e sobre as articulações cárpicas de cada asa, com agulhas de prata ou pinças atraumáticas. FC é eficaz para avaliação da dor. Calopsitacom dor pode ter FC de 300 a 700 bpm. Nunca deve estar menor que 120. 4. Respiração - avaliação eletronica da respiração é o melhor indicador da profundidade e estabilidade da anestesia, na ausencia de resposta a dor. Porém a maioria dos monitores respiratórios responde a alterações térmicas entre gases inspirados e expirados, pode provocar dificuldade na medicção de pequenas aves. Alteração súbita, especialmente de profundidade superficial para profunda pode indicar diminuição do plano anestesico ou dor. FR não deve ser abaixo de 25 a 50 rpm, se não ha risco de hipercapnia. Oximetros de pulso com sondas cloacais são úteis para avaliar oxigenação do sangue e FR. 5. Temperatura - aquecer antes da indução, durante e na recuperação. Aves doentes ou anestesiadas não sao capazes de manter sua temperatura. Hipotermia pode causar hipoglicemia, vasoconstrição periferica, bradicardia, hipotensão e quando grave, fibrilação ventricular. T 40 a 44 °C. Usar toalhas, lampadas aquecidas, plastico bolha, manta termica... Gases anestésicos frios tambem resfriam a ave.
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