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Cartilha - Reabilitação da Pessoa com Síndrome de Down

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A Síndrome de Down é uma condição especial na qual o 
acompanhamento e o cuidado continuado podem promover uma melhor 
qualidade de vida e participação social do paciente.
Em cada fase da vida, de forma conjunta e multiprofissional, a 
reabilitação desses pacientes pode conduzi-los a um caminho repleto de 
possibilidades. Sendo assim, pergunto a você:
REABILITAÇÃO
A partir de agora, convido você a compreender o processo de reabilitação 
da pessoa com Síndrome de Down, com enfoque na funcionalidade, por 
meio do Projeto Terapêutico Singular (PTS).
Vamos lá?
• Como o processo de reabilitação acontece?
• Sua equipe tem papéis e funções definidos nesse processo?
• A família é orientada e participa do processo?
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 
Cuidados de saúde às pessoas com Síndrome de Down / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento 
de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.
O quadro clínico da Síndrome de Down possui aspectos clínicos, 
físicos, intelectuais e de aprendizado bem característicos. Diante de tantas 
necessidades específicas, o plano de reabilitação deve ser pensado para ir 
ao encontro de todas essas necessidades. 
É importante ressaltar que diante da deficiência intelectual apresentada, 
os pacientes com Síndrome de Down são beneficiados por um programa 
de reabilitação específico e estruturado, que conta com uma equipe 
multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, terapeutas 
ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos, 
odontólogos, assistentes sociais, educadores físicos, entre outras 
especialidades.
Cada um desses profissionais deve traçar um plano de reabilitação 
individual voltado para as necessidades específicas de cada paciente. É 
preciso também definir metas em conjunto com o paciente e a família e, a 
partir delas, direcionar abordagens e reavaliações .
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 
Diretrizes de atenção à pessoa com Síndrome de Down / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento 
de Ações Programáticas Estratégicas. – 1. ed., 1. reimp. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
Crianças com diagnóstico de Síndrome de Down comumente 
podem apresentar quadro de prematuridade, ou seja, nascimento antes 
de 37 semanas de gestação. Nesses casos, o prematuro exige um 
acompanhamento diferenciado, tendo em vista suas particularidades. 
A equipe deve sempre realizar o cálculo da idade corrigida e considerá-
la durante as avaliações e intervenções. Afinal, o bebê prematuro é “mais 
novo” do que sua idade real (cronológica) e, por isso, provavelmente poderá 
apresentar mais atrasos do que um bebê que nasceu não prematuro. Em 
geral, essa correção é considerada até os dois anos, para que não exista 
nenhum erro na mensuração dos ganhos da criança.
Qual a diferença entre idade cronológica e idade corrigida?
Como realizar o cálculo da idade corrigida?
O cálculo é realizado da seguinte forma, por exemplo:
Alice é um bebê com Síndrome de Down que nasceu com 32 semanas e 
tem, hoje, cinco meses de idade cronológica. Qual seria sua idade corrigida?
Vamos lá!
Primeiro, é importante relembrar que, como meta ideal, devem ser 
consideradas sempre as 40 semanas de gestação e que cada mês tem 
quatro semanas.
IMPORTANTE!
É a idade real do bebê, o tempo de vida dele depois do 
nascimento. Por exemplo: um bebê que nasceu dia 10 
de março terá três meses de idade cronológica no dia 
10 de junho.
É a idade ajustada ao grau de prematuridade. É a idade 
que o bebê teria se tivesse nascido de 40 semanas.
Idade cronológica
Idade corrigida
Fonte: UNA-SUS/UFMA.
Alice nasceu com 32 semanas. Logo, o primeiro passo é realizar o 
seguinte cálculo:
Oito semanas foi o tempo faltante para que Alice nascesse sem a 
prematuridade, certo? Considerando que oito semanas equivalem a dois 
meses (cada mês tem, em média, quatro semanas), deverá ser feito um 
segundo cálculo:
Dessa forma, na data da avaliação, considera-se que Alice tem três 
meses. Portanto, deve-se avaliar seu desenvolvimento motor e seus 
marcos considerando esta idade.
40
5 2 3
(cinco meses = 
idade cronológica 
de Alice)
(dois meses = 
tempo que faltou 
para completar 40 
semanas)
(três meses = 
idade corrigida de 
Alice)
semanassemanas semanas
832
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 
Diretrizes de atenção à pessoa com Síndrome de Down / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento 
de Ações Programáticas Estratégicas. – 1. ed., 1. reimp. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.
Pensando nisso, o Sistema Único de Saúde (SUS) idealizou o Projeto 
Terapêutico Singular (PTS). Trata-se de um conjunto de propostas 
e condutas terapêuticas articuladas, que são discutidas de forma 
interdisciplinar, e que auxiliam os profissionais e a família a definirem 
melhor as abordagens e as metas do processo de reabilitação. Desde o 
momento do diagnóstico até a alta, paciente e família entendem cada 
etapa da reabilitação e contribuem de forma efetiva para o sucesso desse 
processo.
O PTS possui quatro momentos fundamentais no processo de 
reabilitação e que contam com a participação de toda a equipe:
Nessa etapa, toda a equipe se reúne para acolher o paciente 
e sua família, e entender sua história e suas necessidades. É 
importante se atentar ao paciente em todas as suas esferas e 
considerar o ambiente no qual ele está inserido, seus desejos, 
dificuldades e o que ele e a família esperam de seu futuro.
Então, de forma conjunta, a equipe clínica, cada um em sua 
área, e sempre considerando o todo, discute os objetivos do 
processo de reabilitação do paciente. Os objetivos devem ser 
traçados considerando curto, médio e longo prazo, os quais 
devem atender às demandas solicitadas pelo paciente e por 
seus familiares e cuidadores.
Após esses dois momentos muito importantes, a equipe realiza 
a divisão das tarefas. Cada profissional compreende seu papel 
diante da reabilitação e assume as tarefas necessárias para 
que todo o processo aconteça de forma efetiva e com sucesso.
Feitas as intervenções, o paciente é reavaliado, as metas são 
avaliadas e, quando necessário, realinhadas.
Reavaliação
Divisão das tarefas
Definição de metas
Diagnóstico e avaliação
Pensar em reabilitação é pensar em funcionalidade e participação. É 
olhar para além dos muros das clínicas e hospitais e ter em mente que o 
paciente deve ser funcional e independente em todos os lugares.
A reabilitação deve ter como foco apenas o ambiente hospitalar e 
terapêutico, mas os aprendizados nesses momentos devem ser sempre 
estendidos à vida e ao ambiente no qual o paciente reside. A funcionalidade e 
a participação são os objetivos principais em qualquer plano de tratamento. 
E, nesse contexto, a família tem um papel muito importante. Afinal, eles 
estão com o paciente na maior parte do tempo e conseguem vislumbrar 
com outro olhar suas necessidades e potencialidades. A nova forma de 
pensar a reabilitação é inclusiva e participativa.
A equipe de saúde, antes detentora de todo conhecimento, tem 
percebido que conversar e caminhar com a família contribui imensamente 
com o desempenho e o aumento da qualidade de vida destes pacientes. 
A família deve estar sempre próxima durante o processo, além de ser 
orientada quanto às possibilidades e aos desempenhos do paciente, de 
modo a contribuir na definição das metas. 
Por fim, cada terapeuta, com suas competências e conhecimentos, deve 
direcionar o paciente para uma vida saudável, funcional e participativa. 
Preparar o paciente para vivenciar o seu futuro por meio da independência 
e da funcionalidade é o melhor caminho para uma reabilitação eficaz einclusiva. 
Até a próxima!
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 
Cuidados de saúde às pessoas com Síndrome de Down / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento 
de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
Créditos
Coordenação do Projeto
Ana Emilia Figueiredo de Oliveira
Direção do DTED (UFMA)
Ana Emilia Figueiredo de Oliveira
Gestão de projetos da UNA-SUS/UFMA
João Pedro de Castro e Lima Baesse 
Matheus Augusto Pereira Louzeiro
Coordenação de Produção Pedagógica 
da UNA-SUS/UFMA
Paola Trindade Garcia
Coordenação de Ofertas Educacionais 
da UNA-SUS/UFMA
Elza Bernardes Monier
Coordenação de Tecnologia da 
Informação da UNA-SUS/UFMA
Mário Antonio Meireles Teixeira
Coordenação de Comunicação da UNA-
SUS/UFMA
José Henrique Coutinho Pinheiro
VERÍSSIMO, Thereza Cristina Rodrigues Abdala. Reabilitação da pessoa com Síndrome de 
Down. UNIIVERSIDADE ABERTA DO SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO UNA-SUS/
UFMA. Atenção à Pessoa com Deficiência I: Transtornos do espectro do autismo, síndrome de 
Down, pessoa idosa com deficiência, pessoa amputada e órteses, próteses e meios auxiliares 
de locomoção. Atenção à Pessoa com Síndrome de Down. São Luís: UNA-SUS/UFMA, 2021.
© 2021. Ministério da Saúde. Sistema Universidade Aberta do SUS. Fundação Oswaldo Cruz & 
Universidade Federal do Maranhão.
É permitida a reprodução, a disseminação e a utilização desta obra, em parte ou em sua totalidade, 
nos termos da licença para usuário final do Acervo de Recursos Educacionais em Saúde (ARES). 
Deve ser citada a fonte e é vedada sua utilização comercial, sem a autorização expressa dos seus 
autores, conforme Lei de Direitos Autorais - LDA (Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998).
COMO CITAR ESTE MATERIAL
Professora-autora
Thereza Cristina Rodrigues Abdala 
Veríssimo
Validadores Técnicos - (CGSPD/DAET/
SAES)
Cícero Kaique Pereira Silva 
Flávia da Silva Tavares
Validação Pedagógica
Cadidja Dayanne Sousa do Carmo
Paola Trindade Garcia
Revisão textual
Camila Cantanhede Vieira
Designer Instrucional
Karoline Corrêa Trindade
Designer Gráfico
João Victor Marinho Figueiredo

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