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1 1. TÍTULO: Preparo de Solução – Reagente de Biureto 2. RESUMO Através do experimento realizado pode-se conhecer e compreender melhor a importância e o método de preparação de uma solução. Foi visto que é fundamental saber como preparar uma solução de maneira correta. É preciso conhecer os tipos de vidrarias que serão utilizadas bem como saber qual a concentração que se deseja, pois, cada grama do soluto utilizado é muito importante para a composição da solução. A partir disso foram executadas, de maneira correta, todo o passo a passo de como fazer uma solução, utilizando os reagentes, as vidrarias e os métodos adequados. 3. OBJETIVO 3.1 Geral • Desenvolver de maneira correta e adequada o preparo de solução. 3.2 Específicos • Ser capaz de preparar qualquer tipo de solução; • Conhecer o tipo de solução a ser preparada; • Executar com cuidado um preparo de solução. 4. INTRODUÇÃO TEÓRICA Uma solução é uma mistura homogênea de substâncias puras (átomos, moléculas ou íons), na qual não há precipitação. Suas propriedades físicas e químicas podem não estar relacionadas com aquelas das substâncias originais. Por exemplo: temperatura de fusão do gelo e da salmoura é menor que a temperatura de fusão da água e do sal. Mistura: são duas ou mais substâncias diferentes juntas em um mesmo sistema. As misturas podem ser classificadas em homogêneas (soluções) e heterogêneas. Misturas heterogêneas: são constituídas de duas ou mais fases. Uma fase de uma mistura é identificada por possuir um aspecto visual uniforme, mesmo ao microscópio mais potente. As 2 propriedades organolépticas e algumas propriedades físicas são constantes ao longo de uma fase. As misturas heterogêneas são também chamadas de dispersões. As dispersões são formadas por um constituinte em maior quantidade de matéria chamado de dispergente e um ou mais constituintes em menor quantidade de matéria chamados de dispersos. As dispersões podem ser classificadas, quanto ao tamanho das partículas do disperso, em dispersões grosseiras (diâmetro das partículas superior a 1000 Å) e dispersões coloidais (diâmetro de partículas entre10 e 1000 Å). 1 Å = 10-10 m Misturas homogêneas: são misturas que apresentam uma única fase, são também chamadas de soluções. As soluções são formadas por partículas que apresentam diâmetros inferiores a 10 Å. As soluções são formadas por um constituinte, geralmente em maior quantidade de matéria chamada de solvente e um ou mais constituintes em menor quantidade chamados de solutos. Solvente: substância presente em maior quantidade em uma solução, por meio da qual as partículas do(s) soluto(s) são preferencialmente dispersas. É muito comum a utilização da água como solvente, originando soluções aquosas. Soluto: substância(s) presente(s) em menor quantidade em uma solução. Por exemplo, ao se preparar uma xícara de café solúvel, temos como soluto o café e o açúcar e como solvente a água quente. Concentração do soluto: é a proporção entre soluto e solvente em uma solução. A composição de uma solução é expressa pela concentração de um ou mais de seus componentes. Soluções concentradas e diluídas: são indicações qualitativas da proporção entre o soluto e o solvente na solução. É incorreto dizer que uma solução é forte ou fraca, pois estes termos apresentam outros significados em química indicando a força de eletrólitos. 3 Soluções diluídas: uma solução é considerada diluída quando a concentração do soluto é considerada pequena. Porém, não existe um parâmetro rigoroso para estabelecer se uma solução é diluída. Admite-se, geralmente, que soluções de concentração até 0,1 mol/L são diluídas. Soluções concentradas: são soluções onde a concentração do soluto é considerada elevada, geralmente, superior a 0,1 mol/L. Classificação quanto às fases de agregação: As soluções podem ser sólidas, líquidas ou gasosas. A fase de agregação do solvente é quem determina a fase de agregação da solução. Soluções sólidas: latão, bronze, ouro, aço. Soluções líquidas: água do mar, gasolina, soro fisiológico. Soluções gasosas: ar, gás de cozinha. Classificação quanto à condução da corrente elétrica: As soluções podem ser classificadas em não eletrolíticas e eletrolíticas. Soluções não eletrolíticas: são também chamadas de soluções moleculares, pois as partículas do soluto são moléculas neutras. Essas soluções não conduzem corrente elétricas. Exemplo: solução de sacarose em água, solução de etanol em água. Soluções eletrolíticas: são também chamadas de soluções iônicas, nessas soluções as partículas do soluto são íons. Essas soluções conduzem corrente elétricas. Exemplo: cloreto de sódio em água, solução de hidróxido de sódio e sulfato de sódio. Coeficiente de Solubilidade (Cs): é a quantidade máxima de uma substância capaz de se dissolver em uma quantidade fixa de solvente, em certas condições (temperatura e pressão). Solubilidade: solubilidade do soluto é a quantidade necessária para formar uma solução saturada numa dada quantidade de solvente. Solução saturada: é aquela que, ao se ir adicionando um soluto sólido a um solvente, atinge o ponto de equilíbrio que é quando não há mais condições de dissolução desse soluto. 4 Solução insaturada: é aquela que tem uma concentração de soluto menor do que a de uma solução saturada, podendo ainda dissolver soluto adicional até se tornar uma solução saturada. Solução supersaturada: é aquela que tem uma concentração de soluto maior do que a de uma solução saturada. É uma solução instável, não havendo equilíbrio de solubilidade e seu soluto tende a cristalizar-se. Esta situação é possível quando uma solução saturada sob certas condições é colocada em condições diferentes de temperatura nas quais o soluto é menos solúvel, retendo assim mais soluto do que reteria na temperatura original. 5. PARTE EXPERIMENTAL I. MATERIAIS E REAGENTES o Vidrarias: ✓ 1 Balão volumétrico de 1L; ✓ 1 Bastão de vidro; ✓ 2 Béqueres de 100 mL; ✓ 1 Béquer de 500 mL; ✓ 2 Espátulas; ✓ 1 Frasco devidamente rotulado; ✓ Pisseta com água destilada; ✓ Proveta de 10 mL; ✓ Proveta de 100 mL; ✓ Proveta de 250 mL. o Reagentes: ✓ Água destilada; ✓ Solução de Lugol – 1%; ✓ Solução de NaOH – 10%; ✓ Sulfato de Cobre penta-hidratado (sólido); ✓ Tartarato de sódio e potássio (sólido). 5 II. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Em um béquer de 100 mL, pesou-se 1,5 g de sulfato de cobre penta-hidratado em uma balança analítica, com auxílio de uma espátula. Em outro béquer de 100 mL, pesou-se 6,0 g de tartarato de sódio e potássio em uma balança analítica, com o auxílio de uma espátula. Transferiu-se para o béquer de 500 mL o sulfato de cobre penta-hidratado e o tartarato de sódio e potássio. Adicionou-se água destilada em uma proveta de 10 mL e dissolveu-se o conteúdo restante de sulfato de cobre penta-hidratado do béquer no início do procedimento e o transferiu-se para o béquer de 500 mL. Repetiu-se este procedimento para béquer utilizado na pesagem do tartarato de sódio e potássio. Diluiu-se om conteúdo do béquer, adicionando 480 mL de água destilada, utilizando uma proveta de 250 mL. Mediu-se primeiro 230 mL de água e depois 250 mL até completar 500 mL de água na solução. Agitou-se a solução, com auxílio de um bastão de vidro, até dissolver completamente os sólidos. Em seguida, transferiu-se a solução para um balão volumétrico de 1L. Em uma proveta de 1000 mL colocou-se 300 mL de solução de hidróxido de sódio a 10% e transferiu-se para o balão. Completou-se o volume do balão adicionando 200 mL, de água destilada. Transferiu-se a solução pronta para um frasco limpo devidamente rotulado. 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir do que se observou e anotou, foram pesados os reagentes sulfato de cobre penta-hidratado e o tartarato de potássio e sódio em uma balança analítica para6 adquirir uma pesagem mais precisa e exata. O intuito era fazer uma solução com as quantidades específicas de cada reagente desses para gerar o Reagente de Biureto na proporção exatamente. Foi utilizado um béquer pequeno (de 100 mL) para pesar os sólidos, pois quanto menor é a vidraria, melhor é a aproximação da massa do soluto. Com ajuda de um bastão de vidro foram transferidas as massas do CuSO4.H2O e do tartarato de potássio para um béquer maior (de 500 mL) e depois dissolvido com a água destilada. Aqui foi utilizado um béquer por que não tem como dissolver o soluto no balão volumétrico. Depois de dissolver bem, a solução foi transferida para o balão volumétrico pelo próprio béquer em que foi feita a solução. Foi feita a lavagem de todas as vidrarias envolvidas no preparo da solução, pois esse é uma técnica utilizada para ter certeza que toda a massa do soluto não será perdida ao longo do processo. Após a lavagem, toda água utilizada foi despejada no balão para que se aproveitasse ao máximo o soluto, além de completar o volume da solução até o traço de aferição. Mesmo realizando essa técnica de lavagem (rinsação), ainda faltou completar o volume, por isso foi sendo colocado, com muito cuidado, água destilada até o menisco atingir o traço de aferição. Antes disso, foi feito a homogeneização da solução e foi adicionada água destilada ao balão. Apesar de muito cuidado, foi ultrapassado o traço de aferição. Para alguns, isso significa que tem água a mais do que se deseja e que não tem problema em retirar a quantidade adicionada até obter o valor da solução. Porém, para os químicos isso significa perda de toda solução, uma vez que para se obter uma solução de concentração exata ou muito aproximada são definidos e calculados os valores de cada um dos componentes da solução, se passa nem que seja o mínimo do volume esperado, a solução não terá a concentração esperada. Apesar disso, a solução preparada do Reagente de Biureto foi feita com todo passo a passo correto e adequado, a solução produzida foi bem-sucedida. 7 7. CONCLUSÃO A partir do que foi realizado compreende-se que o preparo de uma solução não é uma prática tão difícil de executar, mas acima de tudo não é simplesmente feita de qualquer jeito. Para realizá-la, é preciso conhecer cada uma das vidrarias que serão utilizadas e suas funções bem como saber calcular a quantidade de massa do soluto e o volume do solvente para que se adquira uma solução com concentração desejada. Através do experimento pode-se compreender melhor o que é e qual a importância de cada solução preparada tanto nos laboratórios quanto no dia a dia. Também se compreende o quanto é importante cada grama de soluto numa reação, uma vez que as concentrações podem mudar. Também se percebe o quanto é importante o gráfico de solubilidade dos sais em água, pois nele está explicito quantos gramas de soluto usar por ml de água a uma determinada temperatura para se obter soluções saturadas, insaturadas e supersaturadas. Além do gráfico, vale salientar a importância da rinsação (lavagem das vidrarias utilizadas na prática) e da homogeneização, pois essas duas técnicas que dão a certeza de que toda a massa do soluto estará na solução. Por fim, ao realizar o preparo de alguma solução, é sempre bom lembrar que todo cuidado é pouco, pois se faltar gramas de soluto ou mesmo se for adicionado uma quantidade a mais do solvente, a solução não terá a concentração esperada. 8 8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ROBERTO, Agamenon. Soluções. 2011. - SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOOLER, F. J.; CROUCH, S. R. Fundamentos de Química Analítica. Cengage Learning, 2008. - Preparo de Soluções. Disponível em:<http://www.quimica.ufpr.br/fmatsumo/antigo/2011_CQ092_PreparacaoDeSolucoe s_Pratica2.pdf. Data de acesso: 13 de setembro de 2016. http://www.quimica.ufpr.br/fmatsumo/antigo/2011_CQ092_PreparacaoDeSolucoes_Pratica2.pdf http://www.quimica.ufpr.br/fmatsumo/antigo/2011_CQ092_PreparacaoDeSolucoes_Pratica2.pdf 9 PLANO DE AULA PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE BIURETO Introdução O reagente de biureto é um reagente analítico feito de hidróxido de potássio (KOH) e sulfato de cobre (II) (CuSO4), junto com tartarato de sódio e potássio (KNaC4H4O6). Este reagente de coloração azul torna-se violeta na presença de proteínas (mais especificamente, o reagente de biureto torna-se violeta ao reagir com íons cúpricos), e muda para rosa quando combinado com polipeptídeos de cadeia curta. A intensidade da coloração violeta varia de acordo com a concentração de proteínas na amostra analisada. O hidróxido de potássio não participa na reação, mas meramente provê um meio alcalino no qual a reação ocorre. A metodologia de biureto vem sido aplicado para determinar a concentração de proteínas totais em vários meios, sendo eles: soro ou plasma sanguíneo, líquido cérebro-espinhal, urina, alimentos, saliva e etc. Este procedimento também tem sido utilizado em análise por injeção em fluxo, assim como em alguns métodos cinéticos. Objetivo: Preparar solução de Biureto para determinação de proteínas. Materiais e Reagentes - Balão volumétrico de 1L - Vidro de relógio - Balança analítica - Estufa - Dessecador - Espátula - Becker - Proveta - KNaC4H4O6 – 0,1N - Hidróxido de sódio - Água destilada Procedimento Técnico - Secar o tartarato de potássio e sódio (KNaC4H4O6 – 0,1N) a 130º a 150ºC durante 3 horas. - Pesar 1,5 g de CuSO4.5H2O e 6,0 g de KNaC4H4O6 – 0,1N. - Transferir para um balão volumétrico de 1 litro. - Adicionar cerca de 500 mL de água destilada e agitar até se dissolver. 10 - Adicionar 300 mL de NaOH 10% e agitar a solução. Completa o volume com água destilada. Nota: O tartarato de potássio e sódio é, também, chamado de sal de Rochelle ou Sal de Seignette e torna-se anidro por aquecimento a 70º a 80ºC. A água dissolve cerca de 50% e a solução aquosa dissolve hidróxido de cobre [Cu(OH)2] em presença de hidróxido de sódio. Pode-se padronizar esta solução pelo ácido sulfúrico. Cuidados e Precauções Os cuidados de segurança devem ser aplicados na manipulação dos reagentes que não devem ser pipetados com a boca. O reagente de Biureto contém hidróxido de sódio que é corrosivo e pode produzir queimaduras. No caso de contato com os olhos deve-se lavar imediatamente com grande quantidade de água e procurar auxílio médico. Em caso de ingestão oferecer grande quantidade de água com suco de limão e vinagre. Não provocar vômitos. Procurar auxílio médico. Utilizar equipamentos de proteção adequados para manipular reagentes corrosivos. Os reagentes não abertos, quando armazenados nas condições indicadas e manuseados de acordo com as boas práticas de laboratório, são estáveis até a data de expiração impressa no rótulo. Durante o manuseio, os reagentes estão sujeitos a contaminações de natureza química e microbiana qual pode provocar redução da estabilidade. Armazenagem Manter o frasco bem fechado, em local seco, devidamente identificado e separado de outros materiais. Manter em temperatura ambiente. Referência Bibliográfica Proteinas Totais. Disponivel em: http://www.doles.com.br/produtos/instrucoes/PROTEINAS_TOTAIS.pdf. Acessado em 02/07/2016. Buireto. Disponivel em: http://docslide.com.br/documents/relatorio-biureto.html. Acessado em 02/07/2016. TOKIO Morita, Rosely M. V. Assumpção. Manual de Soluções, Reagentes e Solventes - 2ª Edição – Editora Edgard Blucher, 2001. 11
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