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Defeitos do Negócio Jurídico · Vícios do consentimento: acontece quando a vontade externada não é a real intenção do sujeito. Podem levara a anulação do Negócio Jurídico. (Existem 5 vícios do consentimento: erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão.) · Vício Social: acontece quando o sujeito deseja realizar o Negócio Jurídico, mas com o intuito de prejudicar terceiros. Vício Social: fraude contra credores – o devedor celebra negócio com terceiros para prejudicar o credor. Erro: · Falsa percepção da realidade; · O sujeito se engana sozinho, tem algo em mente, mas a ideia é falsa. · Erro é diferente de ignorância. · Erro substancial: o erro é a causa determinante do Negócio Jurídico, ou seja, só celebrou o NJ porque desconhecia o erro. - Pode gerar anulação do NJ e acarreta prejuízo ao sujeito. · Erro acidental: quando o sujeito mesmo sabendo do erro, celebraria o NJ. - Não aula o NJ e não gera prejuízo. · Características do Erro Substancial: cc, 139 · “Erro in negotio” – categoria jurídica Erro quanto a natureza jurídica do NJ, quanto a categoria/tipo do negócio. Ex: acredita-se que está recebendo uma doação mas é uma compra e venda. · “Error in corpore” – identidade do objeto. Erro quanto ao objeto, a identidade do objeto. O sujeito se engana em relação ao objeto, acredita que celebra NJ com o objeto X, mas celebra com o objeto Y. É objeto distinto do qual acredita estar adquirindo. · “Error in substantia ou error in qualitate” Erro em relação a qualidade, é o objeto que o sujeito quer, mas não corresponde com as qualidades. Ex: relógio de ouro- relógio banhado a ouro. · “Error in persona” – cc, 142 Erro em relação a identidade ou qualidade da pessoa. Se é possível identificar a pessoa, não anula o NJ. · “Error in Juris” – falso conhecimento, ignorância ou interpretação errônea da norma jurídica. Por falso conhecimento, ignorância ou interpretação errônea, a pessoa se engana. · Erro substancial e vício redibitório- cc, 441 Erro substancial – sujeito se engana sozinho. É subjetivo. Vício Redibitório – É objetivo. Está relacionado ao defeito oculto/escondido do objeto (objeto que o sujeito deseja). - No momento da compra não é possível perceber, possuí defeito oculto, é vício redibitório. - Pouco importa se o vendedor sabia ou não do defeito oculto. · Princípio da cognoscibilidade: cc, 138 Conhecimento do erro pela outra parte, só será anulado o NJ quando uma das partes perceber o erro da outra parte. · Erro real: Quando há um prejuízo efetivo para o declarante. O prejuízo precisa ser caracterizado para que tenha a anulação do NJ. · Falso motivo: cc, 140 Em regra, não precisa declarar o motivo, é subjetivo. Porém, a partir do momento que o motivo constar no NJ, se for falso, anula o negócio. Motivo9 falso anula o NJ, quando este, consta expressamente no negócio. · Transmissão errônea da vontade: cc, 141 Transmitida por outra pessoa, sem ser o declarante. A mensagem transmitida de modo errôneo, anula o NJ. · Convalescimento do erro: cc, 144 – princípio da conservação Uma das partes se propõe a salvar o NJ, a fim de evitar a anulação, se a outra parte concordar. · Interesse negativo: a outra parte deve ser indenizada de perdas e danos se houver anulação do NJ por conta de erro. Dolo: · Ao contrário do erro, no dolo é usado um expediente malicioso pela outra parte, a fim de obter uma vantagem, agindo de má-fé, a parte é induzida ao erro. · Dolo civil: expediente malicioso induz o erro da outra parte, a fim de levar vantagem. · Dolo criminal: age em contrário a lei, assume as consequências. · Dolo processual: uma das partes age com má-fé para prejudicar a outra parte do processo. - Espécies: · Dolo principal: a dolo é a razão determinante do NJ, só foi celebrado em razão dessa manobra maliciosa, podendo ser anulado. 146 · Dolo acidental: há um certo dolo em razão dos motivos do NJ, mas não gera anulação e poderá ser pleiteado perdas e danos. Seria celebrado de qualquer modo, mas houve um prejuízo por conta do dolo acidental. · Dolus bônus- dolo bom: é o dolo já esperado, aceitável pela sociedade, é incapaz de gerar prejuízo, portanto, não anula o NJ. · Dolus malus- dolo mau: é grave e gera prejuízo, anula o NJ, pois vicia a declaração de vontade. · Dolo positivo (comissivo): há uma ação do sujeito que induz a celebração do NJ. · Dolo negativo (omissivo): omitir algo que leva o NBJ a ser celebrado. Ex: idade. 147 · Dolo do outro contratante e dolo de terceiro: é quando um terceiro induz a celebrar o NJ. 148 - se tinha ciência do dolo: negócio anulável - se não tinha ciência do dolo: não é anulável, porém a parte pode pleitear perdas e danos em face do terceiro. · Dolo da própria parte ou dolo do representante: quando o representante legal age com dolo, não gera anulação total do NJ, até a importância do proveito que teve. Na representação convencional, a reponsabilidade é solidária e pode pleitear perdas e danos. · Dolo unilateral: uma parte age com dolo. · Dolo bilateral: ambas as partes agem com dolo e ficam proibidos de pleitear anulação. 150 · Dolo de aproveitamento: quando alguém se aproveita da inexperiência ou da necessidade de outro para celebrar NJ. É anulável (lesão).
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