Necropolítica: Estado e Política da Morte

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NECROPOLÍTICA
CONCEITO
- Criado por Achille Mbembe em 
2003;
- Inspirado em Foucalt, com o 
termo de biopolítica;
- Trás o questionamento de 
quando o Estado escolhe quem 
vive e quem morre;
CONCEITO
- O Estado atual adota políticas de 
inimizade, uso ilegítimo da força e 
o extermínio.
- Não se combate a criminalidade, 
se combate quem o Estado 
considera perigoso;
RELAÇÃO 
COM O 
RACISMO
- As políticas de morte têm um 
endereço específico para serem 
aplicadas. Locais nos quais a maior 
densidade populacional é negra;
- Só é necessário discutir o 
genocídio da população negra, por 
conta dele existir.
NO BRASIL
- A aplicação da necropolítica no 
Brasil pode ser entendida através 
da militarização da força;
- Depois do Brasil liderar missões 
da “paz” da ONU, se padronizou o 
tipo de ações contra a 
criminalidade, através da violência;
NO BRASIL
- Através disso pode-se perceber 
como a polícia brasileira tem a 
mesma postura das forças 
armadas;
- E como a violência não gera 
efeitos positivos no combate a 
criminalidade, o que ocorre é a 
morte em massa em ambos os 
lados e em quem está entre eles.
NA 
POLÍTICA
- Pode-se entender que a 
necropolítica é uma ferramenta de 
soberania do Estado.
- Quando o Bolsonaro discute 
sobre a Amazônia ele tem uma 
postura soberana, que muda para 
uma postura submissa quando ele 
trata de assuntos como os EUA;
NA 
POLÍTICA
- Isso se dá pela soberania do 
Estado, quando ele tem o poder 
de decidir entre a vida e a morte. O 
que define literalmente o conceito 
de necropolítica.
NA 
POLÍTICA
- Então, o Estado perde sua função 
de prover vidas. Ele falha e o 
resultado não é mais cuidar de 
vidas e sim decidir quais delas 
serão vividas.
CAPITALISMO, 
RACISMO E 
NECROPOLÍTICA
- Com uma análise sobre os 3 
temas, é possível perceber como 
eles se interligam e se sustentam;
- O capitalismo dita que a massa 
populacional que não pode e não 
vai ser abrangida a ele, pode ser 
descartada, excluída e morta.
CAPITALISMO, 
RACISMO E 
NECROPOLÍTICA
- As pessoas que não serão 
abrangidas pelo capitalismo em 
sua maioria é a população negra, 
pelos mais diversos motivos. Logo, 
é aí que se fundamentaliza um 
endereço e um rosto para as 
políticas de mortes serem 
aplicadas.
RELAÇÕES 
COM A 
PANDEMIA
- Na atual situação global, com a 
pandemia da COVID-19, é 
explicitada ao extremo com a 
postura do Governo o como 
existem políticas intencionais para 
o extermínio da população mais 
vulnerável.
RELAÇÕES 
COM A 
PANDEMIA
RELAÇÕES 
COM A 
PANDEMIA
“As oito e meia da noite eu já estava na favela respirando o odor dos 
excrementos que mescla com o barro podre. Quando estou na cidade, 
tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, 
seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E quando estou na favela 
tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num 
quarto de despejo”
(Carolina Maria de Jesus)
RELAÇÕES 
COM A 
PANDEMIA
- Quem mais morre na pandemia é 
quem não tem acesso a saúde, não tem 
acesso a saneamento básico, não tem 
acesso a água potável, não tem 
condições de se manter no isolamento 
social, e tantos outros casos.
- A maioria dessas pessoas não é negra 
e pobre por coincidência, é mais um ato 
falho do Estado, que mais uma vez 
perde sua função e dita novamente 
quem vive e quem morre.
- Precarizar vidas é também torná-las 
descartáveis.
RELAÇÕES 
COM A 
PANDEMIA
- Todo o impacto negativo vai 
diretamente para todas as vidas que 
foram precarizadas ao longo do 
tempo pelo próprio Estado. Seja em 
falta de leitos na UTI’s ou em perda 
de empregos e redução ou 
congelamento de salários.
RELAÇÕES 
COM A 
PANDEMIA
- Como se já não bastasse os 
agravantes, o Bolsonaro contribui 
para o aumento de óbitos de 
maneira sistemática com a 
negligência da seriedade de um 
vírus de fácil transmissão e com 
lutas ativas contra as medidas 
sanitárias que o resto do mundo 
tem tomado.
RELAÇÕES 
COM A 
PANDEMIA
CONCLUSÕES
- Pode-se ao fim entender que a 
soberania do estado e a 
militarização da segurança pública 
são os principais culpados por 
quase toda a violência em locais 
subalternos no Brasil.
- Como o sistema econômico, 
opressor e político se sustentam, 
poucas medidas são efetivas ao 
serem tomadas.
CONCLUSÕES
- Não acredito ser um equívoco 
dizer que a política mais aplicada 
até hoje é a própria política da 
morte.
FONTES & 
REFERÊNCIAS
https://ponte.org/o-que-e-necropolitica-e-como-se-aplica-
a-seguranca-publica-no-brasil/
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/03/o-que-
necropolitica-tem-a-ver-com-a-pandemia-e-com-falas-de-
bolsonaro.htm
https://ponte.org/o-que-e-necropolitica-e-como-se-aplica-a-seguranca-publica-no-brasil/
https://ponte.org/o-que-e-necropolitica-e-como-se-aplica-a-seguranca-publica-no-brasil/
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/03/o-que-necropolitica-tem-a-ver-com-a-pandemia-e-com-falas-de-bolsonaro.htm
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/03/o-que-necropolitica-tem-a-ver-com-a-pandemia-e-com-falas-de-bolsonaro.htm
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/04/03/o-que-necropolitica-tem-a-ver-com-a-pandemia-e-com-falas-de-bolsonaro.htm
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