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Resumo Mecanismo de Defesa III

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1 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
 
Mecanismos de defesa e doença III 
	Conteúdos: 
1. Bactérias: estrutura, metabolismo e crescimento bacteriano 
2. Genética de bactérias e fatores de virulência 
3. Controle de crescimento microbiano 
4. Identificação de bactéria 
5. Antibióticos 
6. Resistência a antibióticos e antibiograma 
7. Fungos de importância médica 
8. Resposta imune contra bactérias e fungos 
9. Antifúngicos 
10. Vírus: características gerais e estado viral 
11. Antivirais 
12. Resposta imune contra vírus 
13. Introdução a parasitologia 
14. Resposta imune contra parasitas 
15. Anti-parasitários 
16. Pneumonia e tuberculose 
17. IVAS – infecção de vias aéreas superiores 
18. Infecções geniturinárias 
19. HIV 
20. Enteroviroses e Enterobacterioses 
21. Hepatites virais 
22. Diagnóstico diferencial hepatoesplenomegalias febris 
23. Arboviroses 
24. Vacinas e Soros 
 
 
 
 2 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
Bactérias: estrutura, metabolismo e crescimento 
bacteriano 
 
§ Nome científico: destacado no texto em itálico (TEXTO IMPRESSO); sublinhado (TEXTO 
MANUSCRITO) 
§ Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binomial (o primeiro é o gênero e o 
segundo a espécie). Primeira palavra a primeira letra é maiúscula. Segundo nome todo escrito 
em letras minúsculas. 
§ NÃO ABREVIAR O GÊNERO! 
§ Bactéria 
o ser unicelular 
o Ela é um ser Procariótico: NÃO possuem envoltório nuclear. O material genético está 
disperso na célula. 
o 1 cromossomo; circular. 
o Ribossomo: 70S, dispersos no citoplasma. (Ribossomo humano: 80S; se eles diferem, pode-
se desenvolver uma molécula com maior afinidade por ribossomo 70S, prejudicando 
somente ou mais a bactéria do que o hospedeiro) 
o Parede celular (maioria) 
o Bactérias presentes no corpo é aproximadamente 10x maior que o número de células 
presentes no nosso corpo. 
o Nem todas as bactérias são patogênicas; são úteis também em: produção de alimentos, 
produção de vacinas, microbiota intestinal, fixadora de nitrogênio. 
 
o CARACTERÍSTICAS MORFOTINTORIAIS (morfo= forma; arranjo, tamanho; tintorial= 
coloração) 
 
 3 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
 
1. ESFÉRICAS: Cocos 
§ O arranjo (disposição das células) depende do plano de divisão 
 
 4 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. CILÍNDRICAS: Bacilos 
 
 5 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
 
 
 
 
 
 
 6 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
3. ESPIRALADAS: Espirilos, Vibriões e Espiroquetas 
 
o Somente com características morfológicas não consegue-se fechar diagnóstico de nada. 
 
Estruturas	bacterianas	
o Camadas que podem delimitar as bactérias: 
1. Cápsula (nem todas as bactérias possuem) 
2. Parede celular (a grande maioria das bactérias vão ter, mas nem todas) 
3. Membrana plasmática (todas possuem) 
o Função : delimitação e proteção. 
o Elas diferenciam-se em constituição e posição na célula. 
o Cápsula 
 
 7 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o é constituída por mucopolissacarídeo (açúcar + muco) – dificulta a ação de 
antibióticos, sistema imune terá mais dificuldade de agir reconhecendo essa 
bactéria. Por isso essas bactérias são mais “vilentas” (mais venenosas). Outra 
função importante é a proteção contra fagocitose, adesão no epitélio. 
o Parede celular 
o Mantém a forma da bactéria; rigidez 
o Barreira osmótica (controla o fluxo de água através da membrana semipermeável) 
o Função tintorial: retém a coloração de Gram. 
o Divide a bactéria em dois grandes grupos: Gram positivos e Gram negativo; serve 
pra identificar a forma, coloração e tamanho. 
o Gram positivo: retém o Gram por ter mais camadas de peptídeoglicano, adquire 
cor roxo-azulado 
o Gram-negativo: não retém o Gram, adquire cor rosa-avermelhada 
o A coloração da bactéria depende da coloração da parede celular. 
o Peptídeoglicano: dissacarídeo NAG-NAM (ácido N-acetilmurâmico e N-
acetilglucosamina) repetitivo unido por polipeptídeos para formar um rede que 
circunda (confere forma) e protege toda a celular. (Penicilina interfere na ligação 
final das filas de peptídeoglicano pelas pontes cruzadas peptídicas) 
o Classificação em relação a parede celular: 
§ Gram-positivas 
§ Gram-negativas 
§ Bacilos Álcool-acido resistentes (B.A.A.R.) 
§ Não possuem parede – Mycoplasmas 
o A constituição das paredes de Gram-positivas e negativas são diferentes. Elas 
possuem algumas moléculas que são comuns 
o Gram-positiva 
§ Ácido teicóico na parede (reconhecimento do sistema imune); lipoproteína 
e lipídeos. 
§ Rica camada de peptídeoglicano – mais espessa e rígida 
§ Ausência de membrana externa 
§ Espaço periplasmático – bactéria pode guardar algumas substâncias úteis 
para o futuro. (Ex: enzimas que facilitam na digestão de algumas moléculas); 
Gram-negativas fazem com mais frequência. 
o Gram-negativa 
§ Lipopolissacarídeo (LPS); lipoproteínas, fosfolipídio. 
§ Membrana externa semelhante a membrana plasmática. 
§ Peptídeoglicano em MENOR quantidade quando comparado a Gram-
positiva. (Antibióticos que agem especificamente em peptídeoglicano, 
portanto a chance de surgir melhor efeito em Gram-positiva é maior) 
§ Espaço periplasmático 
 
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MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Obs: muito mais fácil “combater” Gram-positiva do que Gram-negativa 
devido à constituição de parede. 
 
o BAAR 
§ Ricas em ácidos micólicos -> cor na presença de fucsina fenicada 
§ Pertencentes ao gênero Micobacterium 
o Membrana citoplasmática 
o Composição: fosfolipídio, proteínas, lipoproteínas 
o Função: permeabilidade seletiva; síntese de componentes da parede celular; 
respiração celular em bactérias aeróbias (produz ATP, Água e CO2) – produção de 
energia. 
o Mesossomos – dobras na membrana que entram na célula e contém estruturas 
importantes na respiração celular 
o Pili – Fímbrias 
o Proteínas que vão ajudar na adesão das bactérias, são estruturas de fixação. 
o Porta de entrada de material genético durante a conjugação bacteriana. 
o Pili – prolongamento, “túnel” 
o Flagelos 
o Motilidade, locomoção celular. 
o Plasmídeo 
o Filamento de DNA, dupla fita, circular e extracromossômicos, capazes de replicar-
se independente do cromossomo bacteriano. 
o Confere resistência a bactéria – fator de virulência. 
o Embora seja extracromossômicos, eles podem integrar-se ao cromossomo 
bacteriano. 
o Obs: nem todas as bactérias possuem pili, flagelos, plasmídeos. 
o Esporo 
o Resistência ambiental 
o Membrana envolve o DNA no esporo, quando formado a bactéria morre. 
 
 9 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Esporulação 
o Esporo para forma vegetativa 
o Fator de virulência 
o Classificação quanto a utilização do oxigênio 
o Superóxido Desmutase: transforma o H+ e oxigênio em H2O2 (Peróxido de 
hidrogênio – neutralizante de H+) 
o Catalase – inativa o peróxido de hidrogênio, formando água e oxigênio; peróxido 
de hidrogênio é uma molécula tóxica para a célula 
o São enzimas presentes nos lisossomos que fazem reações diferentes. 
o Bactérias classificadas de acordo com o metabolismo 
o Aeróbias obrigatórias – bactérias que requer o oxigênio para o crescimento, uma 
vez que seu sistema gerador de ATP depende de oxigênio como aceptor final de 
hidrogênio 
o Anaeróbia facultativa – oxigênio não é um fator limitante, ela consegue viv 
o Anaeróbias obrigatórias – não necessita de oxigênio, são incapazes de crescer na 
presença de oxigênio. 
o Capnofílicas – 
o Classificação quanto a temperatura de crescimento 
o Psicrófilo 
o Mesófilo 
o Classificação quanto a pressão osmótica 
o Halófilas: toleram altas concentrações de sal/açúcar 
o Classificação quanto a nutrição 
o Autotróficas: 
o Crescimento bacteriano 
o Com o passar do tempo ela irá dobrar a população 
o Crescimento se da de forma exponencial 
o Se dividem por divisão binária 
o Fase lag: adaptação da bactéria 
o Fase log: início da reprodução 
o Fase estacionária: 
o Fase final: morte 
o Quais fatores interferem no crescimento bacteriano:oxigênio, temperatura, pH, 
local de instalação. 
 
 
 
 
Genética de bactérias e fatores de virulência 
 
§ Gene – sequência de DNA que codifica diferentes tipos de RNAs 
§ Cromossomo – estrutra de DNA organizadas, contendo genes, regiões reguladoras e regiões não 
codificadoras 
§ Genoma – conjunto de todo material genético de um organismo (cromossomo + plasmídeos em 
bactérias) 
 
 10 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Genótipo – conjunto genético de um organismo 
§ Fenótipo – manifestação do genótipo, sofre influência ou não do ambiente. 
§ Cromossomos de bactérias 
o Único cromossomo, circular 
o Replicação ocorre nas duas direções; possui uma origem de replicação (aumenta a 
eficiência) 
o Possui genes individuais como nossos genes, mas possui também organizações gênicas 
em forma de Operon (forma da bactéria regular a transcrição gênica dela), ele é um 
agrupamento de genes que normalmente participam da mesma via. 
§ Plasmídeo de bactérias 
o Pequeno fragmento de DNA extra. 
o Vários plasmídeos diferentes e várias cópias de um mesmo plasmídeo, isso varia de 
bactéria para bactéria e de situação pra situação 
o Possui origem de replicação própria 
o Dependem de enzimas codificadoras pelo cromossomo para replicar (DNApolimerase) 
o Pode-se ter replicação sem que o cromossomo esteja em processo de replicação 
o Plasmídeos podem carregar genes: 
§ Que codificam enzimas envolvidas no metabolismo bacteriano 
§ Codificam Proteínas tóxicas para outras bactérias (bacteriocinas) 
§ Codificam proteínas que aumenta a patogenicidade. 
§ Codificam proteínas que garantem resistência a antibióticos, matais pesados, 
toxinas celulares. 
§ Replicação em bactérias 
o Precisa duplicas o cromossomo 
o A helicase abre as fitas de DNA, a primase coloca o primer, e a DNApolimerase inicia a 
replicação originando novas fitas de DNA. Na fibra descontínua a DNAligase faz a ligação 
dessa fibra. 
o Sítio de terminação – local onde acaba a replicação do DNA, lado oposto a origem. 
o As duas forquilhas de replicação colidem -> fim da replicação. 
§ Transcrição em bactérias 
o Produção de RNA. 
o No DNA da bactéria existe regiões chamadas de promotor, onde inicia-se o processo de 
transcrição 
o A fita de DNA abre naquele ponto, fator de transcrição se encaixar no promotor e sinaliza 
para a RNApolimerase, ela se encaixa e inicia o processo de transcrição, produzindo um 
RNA (mensageiro, ou transportador ou 10nfecioso10u) 
o Diferença na transcrição de um eucarioto e procarioto: no eucarioto a transcrição ocorre 
no núcleo, no procarioto ocorre fora do núcleo. 
§ Tradução em bactérias 
o Produção de proteínas 
o Ribossomo com duas subunidades, ele é composto por proteínas e RNA. 
o Ribossomo interage com o RNAm (subdividido em trincas de nucleotídeos chamadas de 
códon), chegam os RNAt (sequência de anticódon), formação de proteína. 
o o RNA 10nfecioso10u garante a ligação do RNAm com RNAt. 
o A transcrição e tradução podem ser feitas de forma simultânea. (Produz RNA e ao mesmo 
tempo proteínas). – vantagem de ser feira fora do núcleo: garante mais velocidade. 
o Múltiplos ribossomos podem fazer a tradução de um mesmo RNAm -> 
10nfecioso10us1010s 
 
 11 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Poliribossomos são possíveis também de serem observados em eucariotos, situações 
como o desenvolvimento fetal, o câncer. 
§ Operon 
o LACz 
§ Conjuntos gênicos funcionalmente relacionados com expressão controlada (os 
genes são transcritos como um único RNAm); 
§ Gene regulador, promotor, operador e estruturais 
§ Na região do gene regulador é codificado um RNAm, que traduz proteína 
repressora, interage com o operador e bloqueia o processo de transcrição. 
(Bactéria no meio de glicose e lactose, glicose é mais facilmente processada do 
que a lactose por ser um monossacarídeo, ela não gasta energia e tempo em 
consumir lactose, nesse caso o LACz fica bloqueando impedindo o processo pela 
proteína repressora. 
§ Repressor inativo, Operon ligado. Presença de lactose dentro da bactéria ativa o 
processo de transcrição. Lactose entra na bactéria se transforma em alolactose, se 
liga a proteína repressora, ativa o Operon assim tem-se transcrição dos genes do 
Operon. 
§ Produção de um RNAm que traduzirá essas três proteínas: 
• Permease – garantir que entre lactose na célula 
• Beta-galactosidade 
• Transacetinase 
§ Um Operon, uma transcrição e três traduções. 
§ Transferência de material genético 
o Transformação: 
§ Bactéria capsulada é mais patogênica do que a não capsulada. 
§ Bactéria capsulada morta colocada no rato -> não morreu 
§ Bactéria capsulada morta + bactéria viva sem cápsula – morte do rato; nesse caso, 
a bactéria viva captou o DNA da bactéria morta, assim ela produz proteínas 
responsáveis pelo processo de formação da cápsula. 
§ Processo de transformação garante a captação de DNA presente no meio. 
§ Aumento da diversidade e da adaptabilidade da comunidade microbiana como 
um todo 
o Conjugação 
§ As duas bactérias estão vivas – conjugação entre duas bactérias através de pili, 
transferindo material genético (cromossomo ou plasmídeo) 
o Transdução 
§ Ajuda do bacteriófago na transferência do material genético. 
§ Esse vírus pode induzir a morte da bactéria, DNA da bactéria são fragmentados ele 
pode aderir esses fragmentos. 
o Transmissão de resistência a antibióticos 
§ Bactéria se multiplica e origina uma bactéria mutante -> resistência a antibióticos 
§ Bactéria com plasmídeo que garante resistência a um antibiótico, caso ela transfira 
esse plasmídeo para outra bactéria ela se tornará resistente a bactéria 
§ Patogênese microbiana 
o Exposição ao patógeno, adesão, invasão, replicação (infecção), toxicidade (bactéria 
tóxica ou pode produzir toxinas) 
o O microorganismo pode causar danos ao hospedeiro de quatro formas básicas: 
§ Utilizando os nutrientes do hospedeiro 
 
 12 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Danos diretos no local de invasão 
§ Produzir toxinas -> transportadas pelo sangue e pela linfa -> danificam locais 
distantes 
§ Induzindo reações de hipersensibilidade (tuberculose por exemplo) 
o A patogenicidade difere consideravelmente entre os patógenos, assim como a 
resistência ou suscetibilidade do hospedeiro ao microrganismo 
o Patógenos oportunistas causam doença em hospedeiros com resistência comprometida 
o Virulência 
§ Capacidade de um patógeno em provocar doenças 
§ Muitos patógenos produzem fatores de virulência que direta ou indiretamente, 
aprimoram a capacidade de invasão 
§ Cultivo de patógenos pode levar a atenuação de virulência -> seleção de 
mutantes menos virulentos, porém mais adaptados ao meio de cultura. 
o Fatores de virulência 
§ Adesina 
• Constituída por glicoproteínas ou lipoproteínas 
• Localizadas no glicocálice ou em outras estruturas da superfície microbiana, 
como pili, fímbrias, flagelos 
§ Biofilme 
• Agrupamento de microrganismos que aderem em superfícies, geralmente 
úmidas que contém matéria orgânica 
• Aumentam a resistência a desinfetantes a antibióticos 
• Importância médica: podem se formar em cateteres médicos, prótese, 
válvula cardíaca, lente de contato 
• Estima-se que os biofilmes estejam envolvidos em cerca 65% de todas as 
infecções bacterianas em seres humanos. 
§ Cápsula 
• Envoltório de carboidrato e/ou proteínas ao redor da parede celular 
• Aumentar a virulência (Garante resistência a fagocitose) 
• Anticorpos contra a cápsula podem facilitar a fagocitose (opsonização) 
§ Parede celular 
• Peptídeoglicano em Gram-positivas 
• Peptídeoglicano e membrana externa em Gram-negatiyas 
• Previne rompimento das células bacterianas 
§ Enzimas 
• Estreptococos, estafilococos e determinados clostrídicos produzem enzima 
hialuronidase -> promove degradação de ácido hialurônico e disseminação 
dos organismos pelos tecidos 
• Alguns patógenos produzem enzimas fibrino 
§ Toxinas 
• Substância venenosa produzida por certos microrganismos -> muitas vezessão o fator patogênico principal. 
• Quando há transporte pelo sangue ou linfa -> aumenta risco de fatalidade 
• Podem inibir a síntese proteica, destruir vasos sanguíneos e células e 
danificar o sistema nervoso central. 
• Podem gerar -> febre, distúrbios cardiovasculares, espasmos, diarreia e 
choque 
• Classes: Exotoxinas, endotoxinas 
 
 13 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
• Exotoxinas são proteínas; mecanismo de ação podem ser específicas; 
toxicidade muito maior quanto as endotoxinas 
• LPS – insensível ao calor. 
• As endotoxinas (LPS) foram estudadas principalmente em Escherichia, 
Shigella, Salmonella 
• Importância médica -> presença de endotoxinas em: 
o Fármacos 
o Instrumentos médicos (mesmo esterilizados) 
o Fluidos corporais (soro; líquido cefalorraquidiano) 
• Teste de Limulus – identificação de endotoxinas 
• Toxina do botulismo bloqueia a liberação de acetilcolina, com isso não se 
tem contração muscular. 
§ Ilhas de patogenicidade – agrupamento de genes que codificam fatores de 
virulência. 
 
 
Controle de crescimento microbiano 
 
§ Comissão de controle a infecção hospitalar (CCIH)- importante também para os estudo de quais 
antibióticos serão usados em cada hospital. 
§ Infecção hospitalar – infecção após 3 dias de internação 
§ Fatores que favorecem o aumento das infecções ? 
o Não lavar as mãos 
o Usar jalecos em locais inapropriados 
§ Riscos ambientais que estamos sujeitos 
o Biológico – fungos, protozoários, vírus, bactérias 
o Físico – temperaturas extremas, umidade, radiação, ruídos, iluminação 
o Químico – poluentes do ambiente de trabalho, produtos de limpeza 
o Ergonômicos – ritmo excessivo, posturas inadequadas de trabalho, trabalho em turnos 
§ Conceitos 
o Ato inseguro – atitudes voluntárias ou não que possam causar um acidente. Atos 
praticados com negligência e imprudência. Ex: não uso de EPI 
o Condição insegura – situações existentes no ambiente de trabalho que podem vir a 
causar acidentes. (Ex: irregularidades relativas ao ambiente de trabalho/laboratório) 
o Fator pessoal de insegurança (FPI) – problemas pessoais e de comportamento do 
colaborador que, agindo sobre o ambiente de trabalho, podem causar acidentes. 
o Risco – é todo perigo ou possibilidade de perigo, existindo a possibilidade de perda ou de 
causar algum dano 
§ Objetivo da biossegurança 
o Reconhecer fontes de perigo -> avaliar as situações de risco -> promover mudanças 
o Leis da biossegurança -> problemas -> cultural, fiscalização, importação de legislações 
que nem sempre se adequam. 
§ EPIs 
§ EPC – protegem o ambiente 
o Chuveiro, extintor de incêndio, lava olhos 
§ Terminologia 
 
 14 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Esterilização – remoção ou destruição de todas as formas de vida microbiana. Os Príons, 
no entanto, são altamente resistentes a todos os modos de esterilização 
o Esterilização em geral considera a ausência de príons. 
o Aquecimento método mais comum usado para matar microrganismos, incluindo as 
formas mais resistentes, como os endósporo 
o Esterilizantes – agentes usados em processos de esterilização. Líquido e gases podem ser 
esterilizados por filtração. 
o Remédios que precisam ser estéreis – principalmente aqueles que irão ultrapassar as 
barreiras inatas. 
o Sanitização: redução da carga microbiana em níveis seguros de saúde pública 
o Limpeza 
o Assepsia – conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou um meio inerte 
isento de bactérias. Método de limpeza a desinfecção de áreas e superfícies (assepsia) 
o Anti-sepsia: refere-se a desinfecção de tecidos vivos 
o Desinfecção: destrói os microrganismos em sua forma vegetativa 
o Efeito dos medicamentos – nome dos tratamentos que causam a morte direta dos micro-
organismos possuem o sufixo -CIDA -> significa morte. 
§ Ações dos agentes de controle microbiano 
o Alteração na permeabilidade da membrana 
o Danos as proteínas e aos ácidos nucleicos (calor, radiação ou substâncias químicas) 
§ Taxa de morte microbiana 
o Vários fatores influenciam a efetividade dos tratamentos anti-microbianos 
§ O número de microrganismos 
§ Influências ambientais (matéria orgânica, biofilmes) 
§ Tempo de exposição 
§ Características microbianas 
§ Agentes químicos 
o Causados por substâncias químicas 
o Álcool 
§ Desinfetante de nível intermediário 
§ Ruptura da membrana celular e desnaturação das proteínas 
§ Apresentação mais frequente: álcool etílico e álcool isopropílico entre 60 e 90% 
§ O etanol puro é menor efetivo que as soluções aquosas (etanol+água), pois a 
desnaturação requer água 
§ Mais indicado para superfícies externas dos materiais e superfícies de vidro 
§ Como evapora rapidamente sua ação é limitada, havendo necessidade de 
submersão de objetos para uma ação mais rápida. 
§ Álcool – apolar; água – polar 
o Formol – aldeídos; formaldeído 
§ Desinfetante de alto nível, mas 14nfecioso14us14 
§ Espectro de ação: bactericida, fungicida, viricida 
§ Usado na desinfecção de equipamentos 
§ Pode ser encontrado na forma sólida ou aquosa (37-40%) diluído em álcool e água 
o Glutaraldeído 
§ Desinfetante de alto nível usado na esterilização de equipamentos dependendo 
do tempo de exposição 
§ Ação germicida: alteração do RNA, DNA, síntese proteica 
§ É utilizando em solução a 2% com pH alcalino (7,5 – 8,5) por 30 min 
o Fenol 
 
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MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Raramente usado devido à possibilidade de irritação e odor desagradável 
§ Sabonetes antibacterianos 
o Halogênios 
§ O iodo e o cloro são agentes antimicrobianos eficazes 
§ O iodo está disponível como tintura de iodo, usado na desinfecção da pele e no 
tratamento de feridas 
§ O iodo age oxidando algumas proteínas prejudicando o metabolismo da bactéria 
(proteínas estruturais da membrana) 
§ O cloro é agente oxidante impedindo boa parte do funcionamento de boa parte 
do sistema enzimático celular. 
o Peróxido de hidrogênio 
§ Desinfetante de alto nível principalmente para materiais termo sensíveis 
o Composto quaternário de amônia 
o Biguanidas 
§ Clorexidina 
 
 
 
 
Identificação de bactéria 
 
§ Parede celular 
o Gram-positivas – parede espessa 
o Gram-negativas – pouca camada de peptídeoglicano, membrana externa, LPS. 
§ Preparo de esfregaço para coloração 
o Preparar o esfregaço e fazer a fixação 
o Fixação garante (matar microrganismos, preserva as estruturas, ajuda a adesão na lâmina 
o Fixação pode ser feita com inclusive com metanol; ou com fogo. 
o Após a fixação procede-se para a coloração. 
o Microscópio -> identificação. 
§ Coloração de Gram 
o Desenvolvida em 1884 
o Classifica as bactérias em Gram-positiva e Gram-negativa (nem todas as bactérias são 
dessas duas classes) 
o Procedimento: 
o Perguntas: 
 
 16 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Qual a função do cristal violeta? R: Corante primário, por isso ele irá cobrar todas as 
bactérias ali no momento. 
§ Qual a função do iodo na coloração de Gram? R: formação de complexo 
§ Qual a função do álcool na coloração de Gram? Qual a diferença no que 
acontece com o cristal violeta quando bactérias gram-positivas e Gram-negativas 
são expostas ao álcool? 
• O álcool é utilizado para fazer a descoloração da bactéria. Retira o cristal 
violeta e iodo das Gram-negativas, por romper a camada externa que 
contém o LPS. 
§ Qual é a função da safranina na coloração de Gram? R: contracorante, permite 
visualizado para as bactérias gram-negativas. 
§ Coloração ácidoresistente 
o Se liga fortemente apenas as bactérias que apresentam um material ceroso (lipídico) em 
suas paredes 
 
Antibióticos 
 
§ Princípio de funcionamento dos antimicrobianos -> Toxicidade seletiva 
§ Alexander Fleming 
o Inibição do crescimento de S. aureus por contaminação com fungo (Penicillium notatum) 
§ Eficiências em infecções bacterianas sistêmicas 
§ Natural (antibióticos) vs. Sintético 
o 50% dos antibióticos produzidos são de origem natural 
o 400.000 espécies em cultura -> 3drogas utilizáveis 
o Muitos micróbios produzem o mesmo tipo de antibiótico 
o Drogas semissintéticos – são de origem natural mas passou por alguma modificação para 
melhoria 
§ Classificação 
o Quanto a Estrutura molecular (não é muito prática na atuação médica) 
o Quanto ao mecanismo de ação 
o Espectro de atividade antimicrobiana 
§ ESPECTRO DE ATIVIDADE ANTIMICROBIANA 
o Estrito e Amplo Espectro de ação – quais os grupos de microrganismos os fármacos 
conseguem atingir. 
o Ex: penicilina – bactéria Gram-positivas; isoniazida – micobactérias -> estrito espectro de 
ação 
o Amplo espectro consegue agir em amplos grupos de bactérias -> ex: Tetraciclinas. 
o Gram-positiva -> larga parede de peptídeoglicanos 
o Gram-negativas -> atravessar membrana externa – porinas (drogas pequenas e 
hidrofílicas) 
o Micobacterjas -> 
o Uso de antibiótico (ATB) amplo espectro 
§ Tratar bactéria desconhecida 
§ Eles podem Destruir microbiota normal / equilíbrio competitivo (superinfecção) 
§ Seleção de cepas de bactérias resistentes (uso por muito tempo e de forma 
incorreta de antibióticos) 
 
 17 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
 
§ MECANISMO DE AÇÃO DAS DROGAS ANTIMICROBIANAS 
 
o Bactericida vs. Bacteriostático 
§ Sufixo “Cida” (matar) – ação de matar diretamente o microrganismo 
§ Sufixo “stático” (parar ou diminuir) – impede o crescimento do microrganismo 
(multiplicação de colônia) 
o Mecanismos de ação – alvos 
§ Inibição da síntese de parede celular 
§ Danos a membrana plasmática 
§ Inibição da síntese proteica 
§ Inibição da síntese de ácidos nucleicos 
§ Inibição da síntese de metabólitos essenciais para a bactéria 
 
o INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PAREDE CELULAR 
§ B-lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas); Glicopeptídeos; antimicobacterianos 
§ Enfraquecem a parede celular/ fragilizam a parede da bactéria 
§ Tipo de antibióticos considerados BACTERICIDAS (mas somente em casos de a 
bactéria estarem se multiplicando por gerar bactérias com dano na parede 
celular) 
§ B-lactâmicos e polipeptídeos = inibem a síntese do peptídeoglicano 
• Impedem a transpeptidação – ligação cruzada entre peptideoglicanos 
• Bactérias em fase log (fase de crescimento) 
• Gram-positivas são mais afetadas 
§ Antimicobacterianos (tratar 17nfecioso17us17) 
• Impedem a síntese do ácido micólico (presente somente em 
17nfecioso17us17) 
• Enfraquecimento da parede celular 
• Morte da bactéria 
• Bactérias em fase log (fase de crescimento/proliferação) 
§ PENICILINAS 
• Molécula com anel b-lactâmico – ação sobre as moléculas que formarão o 
peptideoglicano e parede celular 
• Origem natural 
• Penicilina G – ministrada intramuscular, pois NÃO é resistente ao fluido 
estomacal 
o Associação com procaína ou benzatina para aumentar o tempo de 
meia-vida 
• Penicilina V – pode ser ministrada via oral 
• Funcionam contra bactérias Gram-positivas 
• Impermeável a membrana externa das Gram-negativas 
• Desvantagem: espectro de ação restrito; susceptibilidade a penicilase 
• PENICILINA SEMISSINTÉTICA 
o Associação de outra molécula a molécula original de penicilina 
melhorando sua atuação 
o ! Pacientes alérgicos a penicilinas não devem fazer o uso dessa classe 
por serem derivadas da própria penicilina. E também não é uma boa 
alternativa o uso de cefalosporina ! 
o Resistência a penicinilases 
 
 18 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Meticilina, Oxacilina (troca cadeia lateral por outra resistente a 
penicilinases) 
§ Monobactamos (ex: Aztreonam) 
o Penetração na membrana externa das Gram-negativas 
§ Aminopemicilinas (ampicilina, Amoxicilina); Carpoxipenicilinas; 
§ Carbapenemos (ex: Imipenem, Meropenem) 
§ Possui ação em gram-positivas e poucas espécies de gram-
negativas 
• Associar a penicilina a inibidores de penicinilases 
o Ácido Clavulânico / Sulbactam / Tazobactam 
§ Inibidores não-competitivo das penicinilases nas bactérias, 
fazendo com que o antibiótico consiga atuar sem ser 
degradado. 
§ Não possuem ação antibiótica própria 
§ CEFALOSPORINA 
• Produzidas por um fungo chamado cefalospórium 
• Também possuem o anel b-lactâmico – possui mesmo mecanismo de ação 
(impedem a formação da parede de peptídeoglicano 
• Gerações da cefalosporina – aumentam o espectro de ação quanto maior 
a geração. 
§ POLIPEPTÍDEOS 
• Inibição da síntese do peptídeoglicano na formação das fitas lineares 
(anterior a trasnpeptidação) 
• Bacitracina (uso tópico) – nebacetim 
• Glicopeptídeos: Vancomicina (VRSA – Staphylococcus aureus resistentes a 
vancomicina devido ao uso irracional); 
• Ação apenas em Gram-positivas 
§ ANTIMICOBACTERIANOS 
• Atuam no ácido micólico (lipídeo) impedindo sua formação, fragilizando 
• As 18nfecioso18us18 possuem uma camada de peptídeoglicano e por cima 
uma camada de ácido micólico 
• Espectro de ação: apenas as 18nfecioso18us18 
• IZONIAZIDA (INH) 
o Droga sintética 
o Bloqueia a síntese do ácido micólico 
o Consegue penetrar dentro dos fagócitos onde estão as 
18nfecioso18us18. 
• ETAMBUTOL 
o Impede a formação de ácido micólico 
o Droga secundária (relativamente fraco) 
 
 
o DANOS A MEMBRANA PLASMÁTICA 
§ Polimixina, Daptomicina 
§ Agem diretamente na membrana plasmática 
§ Ação BACTERICIDA 
§ Inibição da biossíntese de ácido graxo 
• Platensimicina 
• Espectro de ação: bactérias gram-positivas 
 
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§ Alteração na permeabilidade da membrana plasmática das bactérias 
• Perda de metabólitos importantes 
• Polimixina B (uso tópico atual) 
o Espectro de ação: bactérias Gram-negativas 
• Daptomicina 
o Espectro de ação: bactérias gram-positivas 
 
o INIBIÇÃO DA SÍNTESE PROTEICA 
§ Cloranfenicol; Aminoflicosídeos; Tetraciclinas; Macrolídeos 
§ Conformação do cromossomo nas células procariontes (70S) são diferentes de 
ribossomo de células eucariontes (80S) 
§ Fármacos que fazem inibição da síntese proteica possuem um grau de toxicidade 
para as nossas células impedindo o funcionamento ideal das nossas mitocôndrias 
(pois os ribossomo do seu interior são 70S) 
§ Ação BACTERIOSTÁTICA (pois o momento em que a célula mais precisa produzir 
proteínas é no período de crescimento) 
§ Em casos de ingerir doses muito altas do antibiótico, pôde-se induzir a morte da 
bactéria diretamente 
§ CLORANFENICOL 
• Liga-se a porção 50S (subunidade maior) e inibe a formação da ligação 
peptídica 
• Origem natural -> estrutura natural / sintetizado industrialmente 
• Ação maior em Gram-negativas 
• Gera toxicidade – má formação de células sanguíneas na medula óssea 
(anemia aplásica) – não é um medicamento seguro a ser utilizado a longo 
prazo 
§ AMINOGLICOSÍDEOS 
• Alteração conformacional da subunidade 30S -> leitura incorreta do RNAm -
> alteração da síntese proteica 
• Drogas: 
o Estreptomicina 
o Kanamicina 
o Neomicina 
o Gentamicina 
o Tobramicina 
• Possuem grau de toxicidade maior nos nervos auditivos causando danos 
auditivos (surdez a longo prazo), dano renal (jamais o uso para pacientes 
com insuficiência renal) 
• Ação melhor contra Gram-negativas. 
§ TETRACICLINAS 
• Antibiótico de maior espectro 
• Interferência na ligação do RNAt com a subunidade 30S – impedindo a 
adição de aminoácidos 
• Pouco absorvido pelas nossas células. Pequena parte penetra células 
eucarísticas intactas -> combate bactérias intracelulares (Clamídias e 
Riquétsias) 
• Drogas naturais: 
o Tetraciclinas 
o Oxitetraciclina 
 
 20 
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o Clortetraciclina 
• Drogas semissintéticas (melhor farmacocinética): 
o Doxiciclinas 
o Minociclina 
• Desvantagem: espectro de ação amplo -> destruindo microbiota normal. 
• Espectro de ação: Gram-positivas; Gram-negativas, bactérias parasitas 
obrigatórias. 
• Jamais para gestantes. 
§ MACROLÍDEOS 
• Espectro de ação em Gram-positivas 
• Boa escolha para pessoas com alergia a penicilina. 
• Bloqueiam o “túnel” da subunidade 50S do ribossomo 
o Bloqueio parcial da síntese proteica 
o Desequilibro proteomico(alteração metabólica) 
• Não penetram em bactérias GN 
• Ação bacteriostática 
• Drogas: 
o Eritromicina 
o Claritromicina* 
o Azitromicina* 
o Telitromicina (semissintético) 
o *conseguem penetrar em GN; 
o Azitromicina virou substituto de amoxicilina (casos de infecção de 
comunidade) 
§ DROGAS SINTÉTICAS 
• ESTREPTOGRAMINAS 
• OXAZOLIDINONAS 
• Em geral elas impedem porção 50s 
• Ambas são opção para tratamento de Gram-positiva 
• Alternativa para casos de resistência a penicilinas e Vancomicina 
• Utilizadas em casos de pacientes com superbactéria. 
 
o INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS 
§ Rifamicinas; Quinolonas; Nitroimidazólicos 
§ Dependendo do fármaco ele pode ser bactericida ou bacteriostático 
§ Interferência no processo de replicação do DNA – bactericida 
§ Interferência no processo de transcrição – bacteriostático 
§ RIFAMICINA 
• Droga: 
o Rifampicina (semissintético) 
• Ação bacteriostática 
• Se liga a subunidade B da RNA-polimerase -> impede a formação do RNAm 
• Atividade boa na penetração de tecidos (alcança abscessos e penetra 
BHE) 
o Atividade Antituberculostática (dentro de tecidos e/ou fagócitos) 
o Tratamento de meningites e Pneumonias (por conta da passagem da 
barreira hematoencefálica) 
o Espectro de ação amplo: Gram-positivas; Gram-negativas e 
micobactérias 
 
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MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ QUINOLONAS / FLUORQUINOLONAS (átomo de flúor -> molécula mais polar -> 
concentração alfa na eliminação da urina, portanto consegue atuar em infecções 
urinárias) 
• Drogas: 
o Quinolonas: ácido nalidíxico 
o Fluorquinolona: Norfloxacino, ciprofloxacino, levofloxacino, 
moxifloxacino (possui ação também a 21nfecioso21us21) 
• Pouca toxicidade mas rápido surgimento de resistência 
• Interferia na ligação da DNA-girase ao DNA, impedindo o 
superenovelamento -> rompimento do DNA 
• Ação BACTERICIDA 
• Espectro de ação: Gram-negativas (principalmente); gram-positivas 
(gerações mais novas); 21nfecioso21us21. 
• Se em 2/3 dias não houver melhoras com a utilização de cipro ou 
norfloxacino -> antibiograma da urina 
§ NITROIMIDAZÓLICOS 
• DROGA: 
o Metronidazol (efeitos – náuseas, enxaqueca) 
• Entrada por difusão passiva 
• Sofre redução e o grupo nitro atua como receptor de elétrons -> liberação 
de radicais livres -> destruição do DNA 
• Ação BACTERICIDA 
• Só funciona em Bactérias aeróbias estritas 
• Espectro de ação: gram-positivas, gram-negativas e protozoários. 
 
o INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE METABÓLITOS ESSENCIAIS 
§ Sulfonamidas e Trimetropim 
§ Fármacos antimetabólitos – bloqueiam via de formação de metabólito essencial 
§ Via de formação do ácido fólico – bactéria não consegue sintetizar aminoácido e 
nucleotídeos 
§ Ação BACTERIOSTÁTICA 
§ SULFONAMIDAS 
• Drogas : 
o Ácido para-aminobenzóico 
o Sulfadiazina (muito usada em pomada para queimados) 
o Sulfametoxazol (usado mais de via oral para tratamento de infecções 
sistêmicas) 
• Drogas sintéticas (“Bala-magica”) 
• Análogo do PABA (ácido paraminibenzóico) 
o Produção de ácido fólico (coenzima necessária para a síntese de 
purinas e pirimidinas e aminoácidos) 
• Espectro de ação: Gram-negativas, Gram-positivas 
§ TRIMETROPIM 
• Droga sintética (quimioterápico mas chama-se de antibiótico também) 
• Também impede a via do ácido fólico porém em um ponto mais para frente 
do que o ponto que as sulfonamidas atuam 
o Análogo estrutural de uma porção do ácido di-hidrofólico -> inibe a 
síntese de ácido tetrahidrofólico 
• Espectro de ação: Gram-negativas; Gram-positivas 
 
 22 
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• Hoje em dia utiliza-se esses antibióticos em conjunto (trimetropim e 
sulfametazol) – bloqueia de maneira mais eficiente a formação do ácido 
fólico provocando efeito bacteriostático nas bactérias. 
§ COMBINAÇÃO DE FÁRMACOS 
o Sinergismo e antagonismos 
§ Sinergismo – ação combinada entre dois agentes antimicrobianos é superior à 
soma dos efeitos dos fármacos administrados isoladamente (ex: Penicilina + 
Eritromicina / sulfametazol + Trimetropim) 
§ Antagonismo – ação combinada de dois agentes antimicrobianos é inferior àquela 
do fármaco quando administrado isoladamente (ex: Penicilina + Tetraciclina) 
o Regra geral para associação de ATB 
§ Mesmo mecanismo de ação 
• Bactericida com Bactericida 
• Bacteriostático com Bacteriostático 
o Objetivos: Potencialização do efeito e minimizar possíveis resistências bacterianas aos 
antibióticos 
o Sinergismos são usados em casos mais graves. 
§ Uso racional dos ATB 
o Uso excessivo e mal direcionado na medicina, veterinária e agricultura – resistência 
§ 50% dos ATB produzidos são utilizados na agropecuária para engordar gado, etc 
§ Apenas 20% da prescrição de ATB é justificado. (Antibióticos para infecções virais 
por exemplo – erro) 
o Alto custo para descoberta de novas drogas. 
o Chegamos em um ponto de superbactérias -> espécies resistentes a todos os ATB 
conhecidos (estruturas que bloqueiam ou inativam os ATB) 
o Para minimizar os processos de resistência: 
§ Ausência de prescrição médica (prescrição somente justificada) 
§ Tomar a dose recomendada 
§ Tomar nos intervalos recomendados 
§ Completar o tratamento 
o Índice terapêutico – biodisponibilidade do ATB no sangue e causar efeito 
o Interações medicamentosas e reações adversas 
§ Hipersensibilidade (ex: Penicilina) 
§ Causar efeitos tóxicos 
§ Neutralizar efeito (ex: pílulas anticoncepcionais – ATB de amplo espectro por 
exemplo – mata microbiota, os hormônios dependem do processamento das 
bactérias do intestino para absorção do fármaco; outros métodos contraceptivos 
não são afetados pelos ATB) 
§ Acelerar eliminação da droga 
§ Não se faz o uso de ATB com alimentos a não ser que a bula indique. (Toma o ATB e 
depois de 30min você se alimenta normalmente) 
 
 
 
 
 
 
 23 
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Resistência a antibiótico e antibiograma 
 
§ Antibiograma – placa de Petri – semeadura de bactéria – coloca um disco de antibiótico – 
observa em volta de qual antibiótico a bactéria não cresceu. Identificar qual o antibiótico ideal 
para determinada infecção. 
o Outra técnica é colocar uma fita e observar a aproximação de antibióticos. 
§ Cultura bacteriana – identificar a espécie 
§ Uso empírico de antibiótico – baseado em evidencias (experiência clínica do médico) 
§ Pedir cultura bacteriana e antibiograma pode ser demorado e agravar o quadro. 
§ Em casos mais complicados pode-se fazer prescrição de antibiótico porém tem que solicitar o 
antibiograma 
§ Antibiótico de amplo espectro pode levar a resistência bacteriana – uso empírico 
§ Os antibióticos são divididos em mecanismos de ação. 
§ Mecanismos de resistência bacteriana a antibióticos 
o “Você não tem resistência a antibiótico” – quem tem resistência são as bactérias ! O 
antibiótico no causa alteração na minha célula. 
o Resistência natural e pressão seletiva 
§ Pressão seletiva – não saber a bactéria que está tratando e expõem muito a um 
único antibiótico, não fazendo revezamento, não fazendo cultura. (Ex: 
norfloxacino) 
§ Existem algumas bactéria que naturalmente produzem antibióticos desenvolvendo 
uma resistência natural. (Produzem substâncias que tem ação contra antibióticos) 
§ Antibióticos não são utilizados somente por médicos (veterinária, agricultura) 
§ Necessidade de doses maiores. (O ideal é saber qual bactéria está trabalhando e 
fazer o uso correto da medicação) 
o Transferência gênica vertical 
§ Carreada por plasmídeo 
§ Genes de resistência que são passados 
o A resistência pode ocorrer por quatro mecanismos de ação específicos 
§ Alteração de permeabilidade : Síntese de alguma enzima ou proteína para 
bloquear a entrada de antibióticos 
 
 24 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Inativação enzimática 
§ Alteração na molécula-alvo (antibiótico não se liga no sítio de ação) 
§ Bomba de efluxo – controle do que entra e sai 
1. Alteração da permeabilidade 
§ A bactéria já tem umapermeabilidade seletiva para determinados componentes 
que entram na célula 
§ Permeabilidade limitada: propriedade da membrana lipopolissacarídeo das 
bactérias Gram-negativas (exemplo) 
§ Fármacos foram desenvolvidos para conseguirem atravessar essa membrana. 
§ Porém elas podem sintetizar substâncias capazes de alterar essa permeabilidade, 
por exemplo alteração do canal das porinas com isso altera a permeabilidade. Isso 
irá depender do antibiótico, não causando alterações apenas em porinas 
§ Em determinados locais as bactérias respondem bem a determinados antibióticos 
§ Resistência se aplica ao local em que ela é exposta. 
2. Alteração do sítio de ação do antimicrobiano 
§ Bactérias podem adquirir um gene que codifica um novo produto resistente ao 
antibiótico, substituindo o alvo original da ação do fármaco, com isso o fármaco 
não consegue mais se ligar. 
§ Pequenas modificações no sítio de ligação da droga pode comprometer a ação 
da droga 
§ Staphylococcus aureus – resistente a oxacilina e estafilococo coagulase-negativas, 
adquiriram o gene cromossômico Mec A e produzem uma proteína de ligação da 
penicilina (PBP ou PLP) resistente aos beta-lactâmicos 
§ Um gene recém-adquirido 
3. Bomba de efluxo 
§ Proteínas na membrana plasmática (BGN) responsáveis pelo controle de 
substâncias que entram ou não para o citoplasma da bactéria 
4. Inativação enzimática 
§ Mecanismo mais importante e mais frequente 
§ Produção de enzimas pela bactéria e inativar estruturas do antibiótico 
§ Difícil de contornar esse mecanismo por haver diversas enzimas 
§ Beta-lactamases – enzimas produzidas por bactérias resistentes 
 
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§ Uso indiscriminado de antibiótico exerce uma enorme pressão seletiva para a manutenção e 
ampliação da resistência bacteriana. 
Fungos de importância médica (micoses) 
• Semelhança das organelas do fungos com as organelas dos hospedeiros com isso irá contribuir 
para a toxicidade dos antifúngicos. 
• 
• Os fungos são imóveis em sua maioria (mas isso não quer dizer que são menos patogênicos que 
as bactérias) e suas paredes celulares assemelham-se as plantas, em espessura e, até certo 
ponto, em composição química e em estrutura ultramicroscópica. 
o Digestão extracorpórea -> lançamento de enzimas (pode ser um fator de virulência para 
os fungos) 
o Aeróbios (maioria) ou anaeróbios facultativos (leveduras) 
o Glicogênio como material de reserva. 
• Organização celular 
o Células únicas: leveduras 
o Colônias filamentosas multicelulares (bolores e cogumelos) 
• Metabolismo 
o Crescimento 
§ Lento (7-15 dias) 
§ pH ácido (˜5) 
§ halófilos (toleram altas concentrações de sal/açúcares) 
• todo fungo causa doença ? 
 
 26 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Não, pois os fungos possuem ampla atividade 
o Os fungos são microrganismo ubíquos -> microrganismos que conseguem crescer em 
qualquer lugar. 
Estrutura dos fungos : 
o alguns em formas de leveduras = unicelulares; 
o alguns em forma de micélio (conjunto de hifas) = fungos filamentosos (multicelulares) 
o Pseudomicélio – também unicelular. 
o Ex clássico de fungo filamentoso é o bolor. 
o Tem fungos que conseguem apresentar-se nas duas formas = Dimorfismo 
§ 25ºC estão na forma filamentosa 
§ 37ºC estão na forma de levedura 
§ Ex: Paracoccidioides brasiliensis 
Reprodução 
o Tipos de esporos -> classes (ESPOROS do fungo tem por função a reprodução diferente do 
esporo bacteriano que tem por função a resistência) 
§ Zigomicetos 
§ Ascomicetos TELEMORFOS : produzem esporos sexuais 
§ Basidiomicetos 
§ Deuteromicetos -> ANAMORFOS : produzem apenas esporos assexuais 
Efeitos dos fungos 
o Agentes psicotrópicos: Metabólitos fúngicos – derivado sintético de dietilamida do 
ácido lisérgico (LSD) 
o Aflatoxinas: produzidas por Aspergillus flavus – contaminação de alimentos – ação 
carcinogénica 
o Doenças por hipersensibilidade: rinite, asma brônquica, alveolite. 
o Micose – infecção causada por fungo 
Aflatoxinas 
o As aflatoxinas representam a principal classe de micotoxinas e são produzidas por 
quatro espécies de fungos do gênero Aspergillus 
 
 27 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Aflatoxinas quando ingerida em altas concentrações pode ser toxica e levar o 
indivíduo a morte 
Agentes psicotrópicos 
o Produzidos a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpurea) 
o Produz um alcaloide derivado da ergolina (ergot) 
Micoses 
o 1. Micose superficial: Camadas superficiais dos pelos e da pele 
o 2. Micose cutâneo ou dermatofitose: epiderme mais profunda, pelos, pele e unhas 
o 3. Micose subcutânea: derme, tecido subcutâneo (traumatismo), músculos e 
fáscia 
o 4. Micose sistêmica ou profundas: órgãos e sistemas internos. Foco primário 
(pulmão) 
o 5. Micose oportunista: agentes com baixo potencial patogênico favorecidos por 
alterações na flora normal (drogas antibacterianas, imunossupressoras, AIDS, 
irradiação, corticoides) 
1. Micoses superficiais 
o Colonizam tecidos mortos (não induzem resposta celular), mas podem apresentar 
hipersensibilidade tipo imediato com elevadas concentrações de IgE. 
o Ptiríase versicolo (pano branco, micose de praia ou tínea versicolo) 
§ Micose de pele causada pelos fungos do gênero Malassezia 
§ O fungo esta na pele; couro cabeludo podendo se espalhar pelo corpo. 
§ 
§ Epidemiologia 
• Atinge os adultos e excepcionalmente as crianças antes da 
puberdade 
• Não é tão transmissível como as outras micoses superficiais, sendo 
mais comum em épocas quentes e úmidas 
 
 28 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
• As lesões tomam-se mais evidentes após exposições ao sol, em 
decorrência de um contraste de cores, pois o local parasitado não se 
bronzeia 
§ Quadro clínico 
• Surgem manchas brancas, eritematosas ou acastanhadas, 
geralmente arredondadas e com descamação fina. 
• Normalmente atingem costas, peito, pescoço, face e braços 
• As lesões não costumam coçar. 
§ Tratamento como uma micose de pele – antifúngico. 
o Piedra Preta 
§ Micose de pele causada pela Piedraia hortae 
§ Fungo adere ao pelo causando prurido. 
§ Pode ser transmitido pelo contato. 
§ Não se da pra ver a olho nu. 
§ Epidemiologia -> ocorre em regiões tropicais acometendo ambos os sexos e 
pode ser observada em todas as idades. 
§ Quadro clínico 
• Nota-se o aparecimento de nódulos enegrecidos, de consistência 
endurecida e bem aderente. 
• Ocorre mais comumente nos cabelos da região frontal; entretanto, 
pode acometer também barba, bigode e pelos da região pubiana. 
2. Micoses cutâneas 
o Agentes transmissíveis -> dermatófitos 
§ Tricophyton sp. 
§ Candida albicans 
o Candida pode ser considerada micose sistêmica, mas geralmente é uma micose 
cutânea. 
o O “sapinho” em recém nascidos -> candida. 
o Tinhas (dermatofitoses) granuloma tricofítico 
 
 29 
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§ Causados por fungos denominados dermatófitos que acometem a pele, os 
pelos e as unhas, e cuja característica é a sua afinidade pela queratina 
presente nesses locais. 
§ Epidemiologia 
• Frequentes em crianças e adultos, acometendo a maioria dos idosos. 
O agente mais comum é o Trichophyton rubrum, que causa as lesões 
nas unhas, pés, virilha. 
• O Microsporum canis, que parasita animais, como o gato (que pode 
ser portador assintomático, ou seja, não apresentar os sinais da 
doença) ou o cão (que em geral apresenta lesões com queda de 
pelo) pode causar lesões na pele do corpo humano. 
§ Transmissão 
• A transmissão ocorre por contato pessoal, com animais (cães e gatos) 
§ Quadro clínico 
• Pode atingir qualquer local do corpo, inclusive cabelos e unhas 
• As doenças recebem nomes de acordo com a área do corpo que 
atingem: 
o Tinha do corpo 
§ Problemas 
• Pode ser confundida com eczema (afecção 
alérgica, aguda ou crônica, da pele, caracterizada 
por reação inflamatória com formação de 
vesículas,desenvolvimento de escamas e prurido.) 
o Tratamento com corticoide -> piora do 
quadro. 
• Solicitar exame micológico. 
 
 30 
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o Tinha do pé 
o Tinha do couro cabeludo 
§ Agentes 
• Trichophyton tonsurans 
• Trichophyton shoenleinii (tinea favus) 
§ Lesões 
• No couro cabeludo apresenta forma de cratera de 
lua, com cheiro de ninho de rato. Pode se estender 
pelo corpo da pessoa. Atinge o folículo piloso 
ocasionando a queda do cabelo. 
§ Transmissão 
• De homem para homem 
 
 
 31 
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o Onicomicose (unhas) 
§ Tinha da unha (Tinea ungueal) 
• Localiza-se no bordo livre da unha, a qual 
apresenta-se serrilhada, com acúmulo de material 
córneo, espessa e descolada, com sulcos 
longitudinais ou transversais, sem brilho, que 
arrebenta facilmente. 
 
 32 
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o Tinha inguinal (virilha) 
§ Agentes 
• Epidermophyton floccosum 
• Tricophyton sp. 
• Candida albicans 
§ Lesão 
• Eritemato-descamatória, de bordos ativos, 
localização inguinal, pode aparecer em um ou 
ambos os lados. Apresenta prurido e é mais 
frequente no adulto, devido ao uso de roupas 
intimas de material sintético, etc. a lesão por 
Candida é mais eritematosa, pode ter vesículas 
contendo líquido tornando-a mais umedecida. 
§ 
o Tinha da Barba 
§ Agentes: 
• Tricophyton rubrum 
 
 33 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
• Tricophyton mentagrophytes 
• Microsporum gypseum 
§ Lesão: 
• Descamativa e com queda do pelo da barba; 
pode haver prurido. 
 
Micoses Subcutâneas 
• Doenças causadas por fungos saprófitas (crescem no solo) que penetram no 
tecido através do trauma. 
• - esporotricose (vasos linfáticos) – Sporothrix 
o Definição etimológica 
§ Micose subcutânea causada pelo Sporothrix schenckii (fungo 
geofílico) 
o Epidemiologia 
§ Antigamente conhecida como “doença do jardineiro” 
§ Fungo parasita homem e animais (cavalos, gato, cachorro, papagaio, 
coelho e roedores). 
§ Fungo saprófita da natureza (solo, vegetais, madeira e espinhos) 
o Transmissão 
§ Mordida, perfurações e arranhões. 
 
 34 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Características : nódulos. 
 
• - Cromoblastomicose (lesões verrugosas e hemorrágicas) – Philiaphora 
o Lesão subcutânea mas pode virar uma micose sistêmica. 
o Afeta a pele e o tecido subcutâneo, causada por grupo de fungos de 
coloração escura (fungos demáceos). Dentre eles, o mais comum no Brasil é 
a Fonsecaea pedrosoi. 
o Epidemiologia 
 
 35 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Ocorre em países de clima tropical e principalmente em meio rural. O 
indivíduos contrai a infecção através de um traumatismo da pele, por 
onde o fungo penetra. 
§ Dependendo do estado de imunidade da pessoa o fungo se 
multiplica no local, causando a infecção. 
 
• - Micetoma (lesões tissulares profundas) – Pseudallescheria boydii 
 
• Doença de Jorge Lobo 
o Lesões quelóides 
 
 36 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Fungo que não cresce em meio de cultura; portanto o diagnóstico é clínico. 
 
Micoses sistêmicas ou profundas 
• Micoses adquiridas através da inalação 
• 1° foco: pulmão 
• 2° foco: pode causar doença cutânea, óssea, neurológica 
 
 37 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
• O principal agente inalatório são os esporos 
 
• Histoplasmose – Histoplasma capsularem 
o Inalação de bicas saprófitas provenientes de fezes de morcego de pombo. 
o São fagocitadas por macrófagos e histiócitos. 
o Sintomas: perda de peso e suor noturno, quadro semelhante a gripe. A 
infecção crônica é disseminada principalmente em indivíduos com 
deficiência imune podendo levar a hepatoesplenomegalia. 
• Cripitococose – Cryptococcus neoformas, Cryptococcus gatti. 
o A forma mais comum leva a meningoencefalite. A infecção em geral é 
subaguda ou crônica. 
o Pode envolver pele, pulmão, glândula prostática, trato urinário, olhos, 
miocárdio, ossos e articulação. 
o Inalação de leveduras 
o Fungos capsulados 
o Exame -> tinta da China ou tinta nanquim 
 
 38 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Tem-se também manifestações cutâneas. 
• Paracoccidioidomicose – Paracoccidioides brasiliensis 
o Micose sistêmica (endêmica) 
o Pode variar de infecção assintomática a sintomática crônica. 
o Fungo dimórfico (micelo no solo – levedura no hospedeiro) 
o Lesões ulcerativa – mucosa oral, nasal, grastrintestinal 
o A paracoccidioidomicose só ocorre em focos discretos nas Américas do Sul 
e central, mais frequentemente em homens com 20 a 50 anos, 
 
 39 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
especialmente plantadores de café da Colômbia, Venezuela e Brasil. 
Estima-se que 10 milhões das pessoas na América do Sul estejam infectadas. 
Micoses oportunistas 
• Fatores predisponentes 
o Prematuridade 
o Gravidez 
o Tetraciclina 
o Baixa imunidade celular 
• Causada por fungos de baixa virulência mas ao encontrar condições favoráveis 
como distúrbios do Sistema Imune podem ser patogênicos. 
• Ex: Aspergiloses, Penicilose, Candidíase, Zigonicoses, Criptococose. 
Aspergiloses 
• A. Flavus, A. Fumigatus, A. Niger, A. terreus, A. Nidulans, A. Restrictus. 
• Doenças que se localizam nos pulmões, ouvido, SNC, glóbulos oculares, válvulas 
cardíacas 
• Aspergiloses alérgicas (bronquite): granjeiros, horticultores e jardineiros 
 
 40 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
• Habitat natural: plantas, solo. Material orgânico em geral. 
 
 41 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
Candidíases 
§ Agente: Candida albicans 
§ Candida : fungo oportunista que se aproveita da debilidade orgânica para 
causar patologia. Pode ser encontrada nas mucosas respiratórias, digestivas 
e genitais. Ela torna-se patogénica com uso abusivo de antibióticos, 
alterações hormonais, estresse, uso de corticoides, quimioterapias com 
antineoplásicos, AIDS e outras imunodeficiências. 
§ Na pele: ataca principalmente as dobras do corpo, região crural, axilar, 
inframamária, fissuras labiais, etc. São lesões vesiculosas e úmidas com 
intenso prurido. 
§ Nas mucosas: na vaginal, formando vulvovaginites (pode atacar o homem) 
com odor fétido, formação de placas brancas, presença de corrimento e 
intenso prurido. Na mucosa oral, atinge crianças, formando “sapinhos, com 
intensa ardência e dificultando a alimentação. 
§ Na unha: base da unha com reação inflamatória. 
§ Visceral ou sistêmica: pulmonar, renal, no caso de cirurgias (cardíacas e 
esofagianas). 
o Paroníquea 
§ Definição e etiologia 
• Doença de pele causada por fungos do gênero Candida, podendo 
sofrer infecção secundária por bactérias do gênero Staphylococcus. 
 
 42 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
• Epidemiologia: doença comum, atingindo principalmente adultos 
que expõem continuamente as mãos a umidade (água). 
 
o Candidíase ou candidose oral 
§ Etiologia e fisiopatologia 
• Causada por leveduras do gênero Candida, principalmente da 
espécie Candida albicans. 
• Nas pessoas saudáveis, mecanismos de defesa imunológicos e não 
imunológicos como os relacionados a saliva e a própria descamação 
do epitélio bucal, impedem a instalação do microrganismo nos 
tecidos. 
• A doença vai aparecer quando um ou mais fatores, locais ou 
sistêmicos quebrarem a homeostase do meio bucal. 
§ Fatores de risco associados ao desenvolvimento da candidíase: 
• Infecção por vírus HIV 
• Xerostomia 
• Uso de dentaduras ou próteses parciais removíveis desadaptadas; mal 
higienizadas ou de forma contínua (sem remover para dormir a noite); 
• Má nutrição 
 
 43 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
• Doença maligna avançada 
• Quimioterapia ou radioterapia para câncer 
• Gravidez 
• Terapia imunossupressora recente e antibioticoterapia ou tratamento 
com corticoides. -> desequilíbrio da microbiota 
§ Características clínica 
• A doença pode apresentar-se a partir de diferentes padrões clínicos. 
• Pseudomembranosa: mais comumem indivíduos 
imunocomprometidos, sob uso de corticoides e/ou antibióticos de 
amplo espectro ou com desordens sistêmicas como diabetes 
descompensada, leucemia e/ou infecção por HIV. 
o Caracterizada pela presença de placas pastosas brancas (ou 
amareladas) na língua, palato e mucosa jugal que cedem à 
raspagem com gaze ou espátula de madeira, evidenciando 
área eritematosa. 
 
• Eritematosa: mais frequentemente observada do que a forma 
anterior, pode apresentar diferentes formas clínicas. 
 
 44 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o São visualizadas áreas extensas ou pontuais atróficas, planas, 
avermelhadas, principalmente no palato e na língua e podem 
estar associadas à queixa de ardência. 
 
• Glossite Romboidal Mediana: caracterizada pela presença de área 
eritematosa de aspecto elíptico ou romboide bem demarcada na 
linha média da região posterior do dorso da língua. Usualmente 
 
 45 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
assintomática, simétrica, com superfície variando de plana a 
lobulada. 
 
 
 
 
Resposta imune Contra bactérias e fungos 
 
§ Defesa contra microrganismos -> mediada pelos mecanismos da imunidade inata e adaptativa 
§ O que determina o resultado de infecções é o equilíbrio entre a resposta imune e estratégias 
microbianas de resistência 
§ Imunidade contra microrganismos 
o Muitos microrganismos conseguem estabelecer infecções latentes e persistentes -> 
resposta imune controla, mas não elimina o microrganismo 
o Ex: infecção persistente – tuberculose -> bactérias podem sobreviver dentro das vesículas 
endossomais de células infectadas 
o Situações clínicas que favorecem infecções 
§ Indivíduo imunossuprimido como o câncer, ou tratamento de câncer, tratamento 
de transplante, infecção por HIV -> afetam a resposta imune do paciente e podem 
reativar infecção latente causando problemas significativos 
§ Mutações genéticas em componentes do sistema imune -> altera susceptibilidade 
a infecção 
§ Imunidade a bactérias extracelulares 
o Bactérias extracelulares -> replicação fora das células do hospedeiro (ex: sangue, tecidos 
conjuntivos, lúmen das vias aéreas e do TGI) 
o Induzem inflamação -> resulta na destruição de tecidos no local da infecção 
o Produzem toxinas (endo e exotoxina) -> diversos efeitos patológicos 
o Alguns exemplos de bactérias extracelulares : 
o Imunidade inata contra bactérias extracelulares 
§ Principais mecanismos de imunidade inata contra bactérias extracelulares -> 
ativação do complemento, fagocitose e resposta inflamatória (liberação de C3a e 
C5a) 
 
 46 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Os peptídeosglicanos na parede celular das bactérias gram-positivas e o LPS em 
Gram-negativas ativam o complemento. 
§ O que pode acontecer também é a bactéria possuir alguma forma de contra-
atacar o sistema complemento bloqueando o processo – mecanismo de 
resistência. 
§ Fagócitos ( neutrófilos e macrófagos) utilizam receptores de superfície para 
reconhecer e fagocitar bactérias extracelulares. (Enzimas lisossomais, espécies 
reativas de nitrogênio e oxigênio) 
• fagolisossomo possui enzima lisossomais e além disso tem as espécies reativas 
que contribuem para matar a bactéria 
§ Os produtos microbianos ativam os PRRs -> receptores do tipo Toll (TLRs) e vários 
sensores citoplasmáticos (ex: inflamassoma) em fagócitos e em outras células. 
o Imunidade adaptativa contra bactérias extracelulares 
§ Antígenos proteicos de bactérias extracelular -> ativam células T CD4+ auxiliares 
• Produção de citocinas 
• Inflamação 
• Aumento das atividades fagocíticas e microbicidas de macrófagos e 
neutrófilos 
• Estimulam a produção de anticorpos 
 
 47 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Imunidade humoral -> bloqueio de infecção, eliminação dos microrganismos e 
neutralização de toxinas 
 
o Consequências das respostas imune contra bactérias extracelulares 
§ Principais consequências prejudiciais das resposta do hospedeiro contra as 
bactérias extracelulares são a inflamação e choque séptico (colapso circulatório e 
coagulação intravascular disseminada) 
§ Neutrófilos e macrófagos -> enzimas lisossomais, espécies reativas de oxigênio e 
nitrogênio -> dano tecidual 
o EVASÃO IMUNE DE BACTÉRIAS EXTRACELULARES 
§ Variação antigênica – bactéria pode deixar de expressar o antígeno 
temporariamente, dificultando o reconhecimento da bactéria 
§ Inibição da ativação do complemento 
§ Resistência a fagocitose 
§ Eliminação de espécie reativa de oxigênio 
§ Bactérias com cápsulas ricas em polissacarídeos -> resistência a fagocitose -> são 
mais virulentas 
§ Resíduos de ácido siálico na cápsula de gram-negativa e positiva -> inibem 
ativação do sistema complemento 
§ Protease -> quebra de anticorpos 
§ Imunidade contra bactérias intracelulares 
o Bactérias intracelulares facultativas e obrigatórias -> capacidade de sobreviver e de se 
replicar dentro das células 
o Inacessíveis aos anticorpos circulantes (requer mecanismos da imunidade inata e 
adaptativa celular) 
o A reposta imune inata contra bactérias intracelulares é mediada principalmente por 
fagócifos (neutrófilos e macrófagos) e células natural Killer (NK) 
o Estruturas e produtos bacterianos são reconhecidos por TLR, NOD, inflamassoma, 
cGAS/STING -> produção de citocinas, ROS, NO, enzimas lisossomais. 
o Resposta adaptativa -> tem-se principalmente os linfócitos T 
 
 48 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Linfócitos TCD4+ -> induzem ativação de fagócitos -> produção de ROS, NO, 
enzimas lisossomais 
§ Bactérias fagocitadas estimulam respostas de linfócitos TCD8+ se os antígenos 
bacterianos forem transportados a partir de fagossomos para o citosol ou se as 
bactérias escalarem dos fagossomos. 
§ Ativação dos macrófagos contra bactérias intracelulares (ex: tuberculose) -> lesão 
tecidual 
§ Pode ser resultado de reações de hipersensibilidade do tipo tardia (DTH) 
§ Genética e ambiente -> diferenças entre padrões de resposta das células T e 
microrganismos intracelulares -> determinantes da progressão da doença e da 
evolução clínica. 
o Evasão imune 
§ Inativação de especia reativas de oxigênio e nitrogênio 
§ Imunidade contra fungos 
o Infecções fúngicas (micoses) -> importantes causas de morbidade e mortalidade em seres 
humanos 
o Micoses são normalmente crônicas e classificadas como: sistêmicas, subcutânea, 
cutânea, superficial ou oportunista. 
o Fungos afetam principalmente 
 
Antifúngicos 
 
§ Doenças causadas por fungos : micoses, hipersensibilidades (esporos) 
§ Agentes 48nfecioso48 -> micoses 
§ Agentes sensibilizantes -> alergias 
§ Agentes intoxicantes -> micetismo (cogumelos alucinógenos) e micotoxicose (toxinas fúngicas – 
ex aflatoxinas) 
§ Fatores de virulência 
o Variabilidade fenotípica – alteração das moléculas de expressão de superfície com 
facilidade 
o Adesão no tecido do hospedeiro – moléculas de adesão que favorecem o processo de 
adesão 
o Cápsula – acaba evadindo do nosso sistema imune – fagocitose 
o Produção de toxinas e enzimas extracelulares – danifica nossas células intensificando o 
processo inflamatório 
o Fungo com essas características é patogênico 
§ Micoses 
o Infecções crônicas – pois eles conseguem escapar bem do nosso sistema imune; 
velocidade de multiplicação da célula fúngica é menor do que uma bactéria 
o Classificação das micoses (grau de envolvimento do tecido e modo de entrada): 
§ Micoses Superficiais – ficam no estrato córneo; não se tem processo infamatório 
associado 
§ Micoses cutâneas (dermatófito) – atinge epiderme e derme 
§ Micoses subcutâneas – invade tecido conjuntivo 
§ Micoses sistêmicas – de maneira geral elas são oportunistas 
• Atinge órgãos internos e vísceras (corrente sanguínea) 
 
 49 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Paracoccidioidomicose – doença que atinge homens 
o Coccidioidomicose 
o Blastomicose 
o Histoplasmose 
• Mais frequentes em indivíduos debilitado ou imunossuprimidos 
o Triptococose– meningite por fungo; fungo capsulado; chamada de 
doença do pombo 
o Candidíase 
o Aspergilose – confunde com tuberculose 
o Histoplasmose 
§ Micoses oportunistas (o agente é até de baixa virulência mas o hospedeiro com 
sistema imune debilitado o microrganismo consegue causar o processo de micose ) 
§ Doenças fúngicas 
o Aumento das infecções fúngicas 
§ Infecções oportunistas 
§ Técnicas diagnósticas mais precisas 
o Difícil tratamento 
§ Toxicidade seletiva (alvos) 
§ Tratamentos de longo prazo 
§ Conceitos 
o Drogas naturais vs. Drogas sintéticas 
o Espectro anti 
o Combinações antifúngicas 
§ Sinergismo e antagonismo 
§ Alterações na membrana plasmática 
o Membrana plasmática fungos -> presença de ergosterol 
§ Bloqueia síntese do ergosterol -> aumento da permeabilidade 
§ Dano direto a membrana 
o Drogas 
§ Polienos 
§ Azóis 
§ Alilaminas 
o Azóis (sintéticos) 
§ Amplo espectro de ação 
§ Imidazóis 
• Clotrimazol e Miconazol -> micoses cutâneas 
• Cetoconazol -> micoses cutâneas e sistêmicas (parou o uso de infecções 
sistêmicas; ficou restrita ao uso cutâneo) 
§ Triazóis 
• Fluconazol, itraconazol, Voriconazol e Posoconazol -> micoses sistêmicas 
• Variações farmacocinéticas entre as moléculas 
• Menos toxicidade comparado a outras drogas antifúngicas 
• Maior interação medicamentosa 
§ Inibição da síntese de esteróis 
§ Alilaminas 
 
 
 
 
 
 50 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
 
Vírus: características gerais e estado viral 
 
§ Vírus -> palavra derivada do latim que significa “veneno” 
§ Características gerais 
o Contém um único tipo de ácido nucleico -> ou DNA ou RNA (a princípio) 
o Contém um revestimento proteico (capsídeo ou nucleocapsídeo viral) que reveste o 
ácido nucleico, as vezes recoberto por um envelope de lipídeos, proteínas e carboidratos. 
o Multiplicam-se no interior de células vivas utilizando a maquinaria sintética da célula (são 
parasitas intracelulares obrigatórios) 
o Vírus podem infectar qualquer organismo vivo : invertebrados, vertebrados, plantas, 
protestas, fungos, bactérias 
o A maioria dos vírus vão infectar tipos específicos de células – por questão de 
compatibilidade de receptores 
o Necessidade de compatibilidade de receptores e maquinaria para replicação 
o IMPORTÂNCIA MÉDICA : 
§ Vírus utilizam grande parte da maquinaria celular para replicação 
§ Maioria dos fármacos que interferem na multiplicação viral também pode interferir 
com a fisiologia da célula hospedeira (toxicidade) 
o Vírus são organismos vivos ? 
§ Depende de como se interpreta 
o Metabolismo de geração de ATP – não possuem metabolismo energético, possuem 
metabolismo biossintético (usam energia da própria célula) 
o Falta de ribossomos – a célula precisa fazer suas proteínas 
§ Estrutra viral 
§ Vírus de importância médica 
o Vírus pode ter DNA com uma fita simples ou fita dupla. 
 
 51 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Vírus 51nfecioso51u -> podem alterar o processo de replicação celular e/ou causar lesões 
que favorecem o surgimento do câncer 
§ Ex: HPV 
§ VÍRUS DE DNA 51nfecioso51u: adenoviridae, herpesviridae, 
§ Vírus de RNA 51nfecioso51u: Retrovirae (HTLV-1 e HTLV-2) Flaviviridae 
§ Fases da replicação viral 
o Vírus de conecta a célula (adsorção); penetra na célula; biossíntese (formação de 
partículas virais: material genético e proteínas); sai da célula 
o Adsorção nos bacteriófagos e vírus animais 
o Bacteriófago 
§ Ciclo lítico – gera novas partículas virais 
§ Ciclo lisogênico – não gera novas partículas 
§ Infecção viral latente vs persistente 
o Infecção viral latente – não se tem replicação do vírus, não há sintomas -> pode ser 
ativada por alteração imunológica, estresse, luz UV 
§ Ex: Hermes labial, leucemia, herpes zóster 
o Infecção viral persistente (ou infecção viral crônica) -> se desenvolve gradualmente 
durante um longo período e normalmente são fatais 
§ Replicação de vírus de DNA 
§ Fita de RNA positiva – pode ser traduzida -> gera proteína replicase 
o Molde positivo gera uma fita nova negativa 
§ Fita de RNA negativo – transcrição em RNA positivo, uma parte produz proteínas virais e outra 
parte transcreve em fitas de RNA negativos 
§ Retrovírus – momento em que há transcrição reversa 
§ Possíveis efeitos da infecção viral 
o Célula transformada e formar um câncer 
o Matar a célula 
o Infecção persistente 
o Infecção latente 
o Inflamação – não causada diretamente 
§ Aplicações terapêuticas dos vírus (não cai na prova) 
o Vírus oncolíticos – utilizados para matar tumores; ex: vírus para tratamento de melanoma; 
não há evidências de eficiência mas pode ser utilizada. 
§ Pode matar as celular oncológicas ou pode induzir ativações imunológicas 
contribuindo para matar o câncer 
o Bacteriófagos contra bactérias resistentes a antibióticos 
§ Desenvolvimento de bacteriófagos (vírus específico para bactérias) -> matar a 
célula diretamente; codificar enzimas geradas pelas bactérias matando-as; 
destruição do biofilme das bactérias; codificar enzima capaz de alterar o 
metabolismo da bactéria, e a bactéria resistente torna-se susceptível a ação do 
antibiótico. 
o Terapias gênica 
§ Contra perda de visão – 
• Mutação em gene RPE65; perda de visão gradativamente por não 
responder bem a luz 
• Vírus adenoassociado para expressão da proteína correta 
• Não é 100% eficaz 
• Terapia para cada olho 500 mil dólares 
§ Cura para B-talassemia 
 
 52 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
• Anemia grave 
 
 
 
 
Antivirais 
§ Ciclo viral 
o Adsorção 
o Penetração 
o Desnudamento – degradação do capsídeo viral e liberação do material genético 
o Síntese viral – utilização constante do maquinário da célula 
o Montagem e maturação 
o Liberação 
§ Tropismo – afinidade do vírus pelo tipo celular. 
§ Infecções virais 
o Dano / prejuízo do tecido infectado 
o Viroses – infecção mais comum que acontece no nosso organismo; tipo de infecção por 
vírus, seja ele qual for e qual tecido está afetando. 
o Infecções virais agudas 
§ Replicação rápida do vírus 
§ Resolução e eliminação rápida pelo hospedeiro 
§ Em média sintomas que duram de 5 a 14 dias. (Tempo necessário para a resposta 
adaptativa) 
§ São infecções autolimitadas – terminam sozinhas, sem necessidade de intervenção, 
a não ser que o grau de sintomas seja agravante, indicando que possa haver 
óbito. 
§ Ex: poliomielite ; sarampo; rubéola; resfriados; gripe; hepatite A. 
o Infecções virais persistentes (crônica) 
§ Agente não está sendo eliminado pelo sistema imunológico 
§ Persiste no tecido 
§ Há detecção de carga viral 
§ Ocorre gradualmente 
• Sintomas após longo tempo (geralmente fatal) 
• Alta carga viral. 
• HIV (10 anos após a infecção ocorre o aparecimento de sintomas); hepatite 
B (20 anos para aparecimento dos sintomas; principal via de transmissão é 
sexual) 
§ Carga viral detectável durante todo o tempo da infecção 
• Não se tem pico de crescimento viral 
• Ciclo lisogênico 
• Multiplicação lenta 
• Carga viral baixa 
• Ex: HPV – carcinoma de colo de útero (leva anos para aparecimento de 
células cancerosas; não tem cura; maior parte dos tipos causam verrugas 
genitais 
o Infecções virais latentes 
 
 53 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Primeiro se tem um quadro de infecção viral aguda (contato com o vírus, 
multiplicação, geração de sintomas, ação do sistema imune) 
§ Vírus bastante eliminado mas alguns incorporam seus materiais genéticos nas 
células e ficam escondidos/ latentes a ponto de não ser possível detectar a carga 
viral do sujeito. 
§ Pôde-se ter reativação desse vírus posteriormente devido a envelhecimento, 
estresse, medicamentos imunossupressores e entre outros aspectos. 
§ Equilíbrio com o hospedeiro 
§ Reativação (imunossupressão) 
§ “Latência” (sem detecção de carga viral) 
§ Ex: catapora (infância) e Herpes-Zoster (idoso; não manifesta com mesmo sinal e 
sintomas, apenas algumas lesões) 
§ Outra situação de infecção latente:Herpes simples (herpes labial) e hepatite C. 
§ Alvos virais 
o Estratégia de profilaxia – evitar que inicie o processo de infecção 
§ Rompimento do vírus 
§ Ação viricida – inativar a partícula viral 
§ Uso tópico (álcool gel, desinfetantes) 
o Em situações que já existe infecção – estratégias de substâncias diferentes que atuaram 
em etapas diferentes do ciclo viral, minimizando a multiplicação do vírus – ação 
virustática 
§ Não barram 100% a multiplicação do vírus; coquetéis (combinação de antivirais na 
tentativa de suprimir o máximo possível a multiplicação do vírus) 
o Estratégias que estimulam a resposta imune – favorece a eliminação do vírus no processo 
53nfecioso. 
o Agente antiviral IDEAL: 
§ Penetrar na célula do hospedeiro 
§ Amplo espectro de ação 
§ Especificidade com estrutra do vírus 
§ Inibir completo o ciclo viral 
§ Baixa toxicidade 
§ Não desenvolver resistência 
§ Não interferir com a resposta imune 
o A maioria dos antivirais interferem na célula hospedeira -> tóxicas 
§ Poucas drogas aprovadas para uso 
§ Número estrito de doenças virais são tratadas com medicamentos (HIV, hepatites 
crônicas, herpevírus, influenza graves) 
o Alvos 
§ Enzimas virais (enzimas específicas para cada espécie de vírus) ou estruturas 
importantes de replicação do vírus 
§ Antivirais tem mais especificidade por famílias de vírus (especificidade das 
enzimas) 
o Alta taxa de mutações -> resistências 
§ Ruptura de vírus 
o Substâncias para vírus envelopados e não envelopados 
o Vírus não envelopados 
§ Ácido cítrico (fórmulas tópicas) 
§ Vírus suscetíveis : Rinovírus, adenovírus, rotavírus 
o Vírus envelopados 
 
 54 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
§ Dispersam ou rompem a membrana do envelope 
§ Álcool 70% 
§ Detergentes 
§ Nonoxynol-9 (usado em géis espermicidas) 
§ Estratégias que interferem com o ciclo viral 
§ Bloqueio da Adsorção 
o Anticorpos neutralizadores 
§ Pessoa que já teve a doença, começa produzir Acs, retira o plasma e transfere o 
plasma para outro paciente. 
§ Anticorpos específicos recobrem o vírion 
§ Imunização passiva (2 a 4 semanas são degradados sendo necessário uma nova 
terapia) 
o Receptores antagonistas 
§ Peptídeos ou análogos de carboidratos dos receptores da célula hospedeira 
(bloqueio competitivo) 
§ Exemplo: sulfato de Heparan, Sulfato de dextran 
§ Bloqueio de penetração 
o Somente drogas que bloqueiam a penetração do vírus do HIV 
o Maraviroc – se liga no receptor da célula hospedeira (CCR5), impedindo que a espícula 
do vírus não interaja com o receptor e não penetra na célula. 
o Fuzeon (Enfuvirtida) – se liga na gp41 do vírus, bloqueando a interação, não havendo as 
mudanças conformacionais para fundir as membranas do envelope com as membranas 
da célula. Impede a fusão, penetração ! 
o SÓ SERVEM PARA HIV 
§ Bloqueio do desnudamento 
o Impedem a degradação do capsídeo 
o Servem apenas para influenza tipo A e HSV (tromantadina) 
o Aminas hidrofóbicas – bloqueio do canal de prótons dos vírus e neutralizam o pH da 
vesícula endossômica inibindo a descapsidação 
o Vírus influenza induz a célula englobar ele (vesícula); para conseguir se degradar, forma 
um canal de próton liberando alguns prótons para neutralizar o pH da vesícula 
conseguindo destruir seu capsídeo 
o Administração o quanto antes perceber os sintomas 
o Compostos metilisoxazólicos 
§ Impede a descapsidação de vírus não envelopados 
§ Molécula estabiliza as proteínas do capsídeo, não conseguindo ser degradada. 
§ Ex: Pleconaril, Disoxaril, Arildona 
§ Não aprovados para uso clínico 
§ Vírus 54nfecioso54u: 54nfecioso54us (rinovírus, enterovirus, hepatite A) 
§ Interferência na transcrição 
o Inibem a síntese de RNAm 
§ Alta toxicidade -> afeta a síntese de RNAm na célula hospedeira 
§ Vírus de DNA: usa a enzima RNA polimerase da célula hospedeira 
§ Vírus de RNA: 
§ Guanidinas 
§ RNA de interferência 
• Fita de DNA complementar 
 
 
 
 55 
MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
Resposta imune contra vírus 
 
§ Vírus – são microrganismos intracelulares obrigatórios 
§ Os vírus para entrarem na célula precisam de ligar a receptores celulares para promover 
infecção 
§ Utilizam a maquinaria celular para se replicar. 
§ Resposta imune inata e adaptativa contra os vírus tem como objetivo bloquear a infecção e 
eliminar as células infectadas. 
§ Uma das primeiras respostas das células contra os vírus é a produção de intérferons do tipo I 
 
§ Intérferons – tipo I (alfa e beta); células NK -> imunidade inata 
 
§ Linfócitos T citotóxicos e CD4; anticorpos -> resposta adaptativa 
 
§ Reconhecimento inato dos vírus 
 
o Reconhecimento inato dos vírus acontece por vários receptores diferentes, 
principalmente dentro da célula e que isso termina na ativação de fatores de transcrição 
e na expressão de IFN tipo I. 
o Variações de receptores para os vírus (receptores para DNA, RNA) = essas variações são 
decorrentes dos vírus terem capacidade de escape imunológico (vias alternativas que 
podem ser ativadas junta sou independentes) 
§ Pacientes com mutação em fator de transcrição IRF7 – maior susceptibilidade de 
infecção pelo paciente. 
 
§ Resposta INATA contra vírus 
 
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MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
o Reconhecimento do vírus -> Produção de intérferons do tipo I -> estado antiviral do 
organismo 
§ Mecanismo de ação do IFN-1 : célula infectada com vírus -> produção de IFN-1 -> 
atuar sobre a mesma célula ou em outras células da região, até mesmo de forma 
sistêmica -> IFNs ativam várias vias bioquímicas e todas elas tem relação com 
inibição da replicação viral. 
§ Formas de tentar impedir a replicação dos vírus (vias): 
• Degradação de RNA viral (TREX-1 – proteína ativada pelo 
IFN-1) 
• Inibição da expressão do gene viral e montagem do vírion 
• Inibição da síntese de proteína (bloqueio da tradução) 
 
o Células NK -> reconhecimento de célula infectada -> morte da célula infectada 
§ Mecanismo de ação: células NK -> reconhecimento de células infectadas -> morte 
§ Célula NK em contato com a célula normal -> célula normal apresenta receptores 
que são ativadores e inibidores -> quando ela entra em contato com a célula 
normal há um balanço -> tendência que a célula NK não se ative e não mate a 
célula. 
§ Quando a célula está infectada -> alguns vírus conseguem bloquear a expressão 
de MHC -> desbalanço -> ativação de célula NK -> morte de célula infectada. 
• Mas porque os vírus induzem menor expressão de MHC na célula infectada 
se essa célula quando reconhecida será morta pela célula NK ? 
o EVITAR LINFÓCITOS T CD8 (célula muito mais eficiente do que as NK) 
Vias que levam 
ao estado antiviral 
 
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MEDICINA MDD III – THAYNÁ BORBA 
 
 
§ Resposta ADAPTATIVA 
o Principais mecanismos contra as infecções virais: 
§ Anticorpos (linfócitos B) -> bloqueiam a infecção 
§ Linfócitos T CD8+ -> indução de morte das células infectadas 
§ Linfócito T CD4 possui importância também 
• Auxílio na produção de anticorpos 
• Produção de citocinas (que irão auxiliar na ativação de linfócito T CD8) 
• Atividade citotóxica (matar célula infectada, como no caso de HIV) 
o ANTICORPOS 
§ Anticorpos de alta afinidade produzidos nas regiões do centro germinativo 
(depende de célula T) -> mais eficazes 
• Folículos = presentes nos linfonodos e no baço; placas de peyer 
o regiões repletas de linfócitos B 
• Em infecção -> liberação de antígenos virais -> ativação de linfócitos B e T 
(eles podem interagir e essa interação ocorre de forma mais intensa dentro 
do folículo na região do CENTRO GERMINATIVO) 
• CENTRO GERMINATIVO – haverá a troca de isotipo pela interação de 
linfócitos B e T (IgM -> trocar o isotipo e produzir IgG por exemplo) = 
plasmócitos de vida longa (dependentes de linfócitos T) = produção de 
anticorpos mais efetivos = proteção de novas infecções pelo vírus. 
• Mas isso não justifica o fato de estar livre de qualquer infecção. 
• Plasmócitos de vida curta são

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