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A Rotina do Repórter: Bastidores do Jornalismo

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Neste capítulo utilizaremos como base teórica e inspiração para a condução das aulas o capítulo 2 – A rotina do repórter – da autora Isabel Travancas.
Sabemos que a rotina do repórter de rádio ou de televisão é bastante dinâmica. Seu cotidiano requer, muitas vezes, a troca do dia pela noite, acordar muito cedo e, acima
de tudo, estar ligado em todas as notícias que ocorrem no País e no mundo. Miriam Leitão, tão conhecida como jornalista de economia, em entrevista já comentou que
acorda bem cedo, lê diversos jornais (impressos e online, quando o periódico é estrangeiro) e só depois desta tarefa é que inicia sua jornada de trabalho.
Nos dias de hoje, o programa Profissão Repórter, da Rede Globo, (http://especiais.profissaoreporter.globo.com/programa) pode ser uma boa fonte de inspiração para levantar o debate sobre os bastidores da reportagem. No site, o aluno pode assinar a newsletter, tomar conhecimento das pautas do programa e interagir com os repórteres.
Neste capítulo vale a pena, inclusive, comentar sobre a vestimenta característica do repórter de televisão. No texto A rotina do repórter, a autora, como acompanhou o dia a
dia de alguns repórteres, destaca a maneira de vestir destes profissionais.
Destacar os jargões jornalísticos utilizado em redações é interessante por poder mostrar aos alunos que muitas das palavras e/ou expressões já podem ser de conhecimento
de alguns. Abaixo segue uma relação destes termos:
Agência de notícias - Empresa que elabora e fornece matérias jornalísticas, por meios rápidos de transmissão, para seus assinantes. Pode ser de âmbito local, nacional ou
internacional. Transmite regularmente e de forma ininterrupta a seus associados o noticiário geral ou especializado, fornecendo informações “por atacado”.
Almanaque - Obra de periodicidade geralmente anual, constituída de textos de cunho informativo e recreativo. Também pode ser uma edição especial de uma revista,
publicada esporadicamente ou com periodicidade anual, em formato maior, com matérias especiais e maior número de páginas.
Articulista - Profissional que, periodicamente, escreve artigos assinados para jornais e revistas, nos quais opina pessoalmente sobre fatos relevantes. Pode ou não fazer
parte do quadro funcional.
Artigo - Texto jornalístico interpretativo e opinativo que desenvolve uma idéia ou comenta um assunto a partir de uma determinada fundamentação.
Assinatura - Nome do autor da matéria.
Barriga - Notícia inverídica publicada na imprensa, geralmente com grande alarde e sem má-fé, na tentativa de furar os concorrentes. Causa grande desgaste e descrédito
ao veículo de imprensa e ao repórter.
Boletim - Publicação periódica que se destina à divulgação de atos oficiais e governamentais, de atividades de órgãos privados etc. Difere do jornal e da revista pelo formato
(menor), estilo redacional (não necessariamente jornalístico) e produção gráfica (pode até ser xerocado).
Boneco - Esquema de paginação e diagramação. Projeto gráfico de jornal, revista, livro ou qualquer outro trabalho de gráfico. Funciona como um leiaute e orienta o
paginador ou diagramador.
Briefing - Instruções e diretrizes transmitidas, de forma resumida, pela chefia (de uma agência de propaganda, birô, jornal, emissora etc.) aos responsáveis pela execução
de um trabalho (como uma cobertura jornalística).
Capitular - Letra em destaque no início do texto.
Calhau - Notícia, artigo, matéria de menor importância ou anúncio de permuta que, na falta de coisa melhor, serve para encher espaços vazios (buracos) por falta de
material editorial ou erro de cálculo na diagramação.
Carta - Texto recebido pela empresa jornalística e publicado em seção destinada para isso.
Cartola - Palavra ou expressão que define o tema da matéria. Geralmente antecede o título.
Cascata - Redação inconsistente, longa e pobre de conteúdo.
Chamada - Pequeno título e/ou resumo de uma matéria, publicado geralmente na primeira página de jornal ou na capa de uma revista, com o objetivo de atrair o leitor e
remetê-lo à matéria completa nas páginas internas.
Charge - é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A
palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco.
Cartoon - Palavra de origem inglesa, difere da Charge, pois retrata situações mais corriqueiras do dia-a-dia da sociedade.
Checar - Confirmar uma notícia ou qualquer informação apurada, antes de publicá -la.
Cobertura - Trabalho de apuração de um fato no local de sua ocorrência para transformá -lo em notícia. Pode ser individual ou em equipe.
Colunista - Jornalista ou escritor que redige em jornal ou revista. Conforme o gênero da coluna, ele pode ser um cronista, um comentarista, um crítico etc.
Checar - Confirmar uma notícia ou qualquer informação apurada, antes de publicá -la.
Cobertura - Trabalho de apuração de um fato no local de sua ocorrência para transformá -lo em notícia. Pode ser individual ou em equipe.
Colunista - Jornalista ou escritor que redige em jornal ou revista. Conforme o gênero da coluna, ele pode ser um cronista, um comentarista, um crítico etc.
Conselho Editorial - Grupo de profissionais ligados a uma editora ou publicação, que se reúnem ou são consultados com o objetivo de definir uma linha editorial e
acompanhar seu desenvolvimento.
Copidesque - Do original copy desk, que designa a mesa onde são colocadas as matérias para revisão. É o trabalho de revisão do texto, da redação final para a publicação
de um texto escrito.
Correspondente - Repórter encarregado de fazer a cobertura de determinada cidade ou região, dentro ou fora do país, e de enviar regularmente as notícias e artigos para a
empresa jornalística.
Cozinha - Trabalho de reescrever (adaptar, atualizar ou condensar) matéria do próprio veículo ou de outra publicação (prática não recomendável).
Crônica - Texto jornalístico desenvolvido de forma livre e pessoal, a partir de fatos e acontecimentos da atualidade, com teor literário, político, esportivo etc.
Deadline - Prazo final para baixar página ou fechar a edição do jornal.
Editar - Manter e produzir determinada publicação jornalística. Organizar o material jornalístico para publicação.
Editor - Pessoa que dirige e coordena uma publicação periódica. Pessoa responsável pela edição de conteúdo ou produtos de determinado setor ou veículo de comunicação.
Editoria - Cada uma das seções de um órgão de imprensa, sob responsabilidade de um editor especializado.
Editorial - Texto jornalístico opinativo, escrito de maneira impessoal e publicado sem assinatura, referente a assuntos relevantes. Define e expressa o ponto de vista do
veículo ou da empresa responsável pela publicação.
Empastelar - No jornalismo significa invadir ou assaltar oficina ou redação de um jornal/revista inutilizando o trabalho que está sendo feito ou danificando as máquinas e
materiais diversos.
Encarte - Folha ou conjunto de folhas, com anúncio, matéria paga, matéria especial, geralmente impressa em papel diferente do que usado no miolo do jornal ou revista e
inseridas entre as folhas normais da publicação.
Entrevista - Trabalho de apuração jornalística que pressupõe contato pessoal entre o repórter e uma ou mais pessoas que se disponham a prestar informações sobre um
assunto. No jornalismo impresso, quando publicada na forma de perguntas e respostas é chamada de pingue -pongue.
Entrevista coletiva - Tipo de entrevista em que a personalidade atende a imprensa em conjunto, respondendo às perguntas dos repórteres de diversos veículos de
comunicação.
Entrevista exclusiva - Tipo de entrevista concedida a apenas um repórter e que só pode ser divulgada pelo veículo de comunicação que ele representa.
Enxugar - Aperfeiçoar a redação de um texto, eliminando elementos supérfluos.
Errata - Lista de retificação dos erros que saíram impressos numa publicação.
Expediente - Quadro de identificaçãoque jornais e revistas, por exigência legal, publicam em todas as edições com informações como: endereço da empresa, fones, e-mail e profissionais responsáveis pelos vários departamentos da publicação.
Fait-divers - Fatos diversos. Diz-se de notícia que desperta interesse do leitor por implicar rompimento insólito ou extraordinário do curso cotidiano dos acontecimentos.
Fio data - Disposição e identificação da data nas publicações.
Foca - Jornalista novato. Repórter sem experiência na profissão.
Fonte - (1) Procedência da informação na apuração jornalística. Podem ser pessoas ou documentos.
(2) Tipologia. Família de letras.
Freelance - Trabalho avulso, sem vínculo empregatício, encomendado a qualquer profissional. Diz-se também free-lancer. No português: frilar ou fazer um frila.
Gancho - Início de uma matéria jornalística. Também pode ser usada como uma expressão para indicar que aquele assunto ou fato desencadeou, ou seja, “deu gancho” para
o desenvolvimento de uma notícia ou reportagem.
Gilete-press - Expressão que indica pejorativamente o hábito de produzir notícias à base de releases ou de matérias prontas, extraídas de outras publicações.
Imprensa marrom - Imprensa sensacionalista.
Imprensa chapa branca - Imprensa alinhada com os governos.
Intertítulo - O mesmo que entretítulo. Cada um dos títulos que subdividem um texto extenso usado para dividir a matéria em vários trechos destacados.
Jabá - Forma abreviada de jabaculé. Corrupção no serviço de um profissional da comunicação. Pagamento “por fora”.
Janela - Espaço aberto dentro de qualquer matéria ou elemento da página, emoldurado ou não por fios, para colocação de olho, retranca, ilustração, quadro etc.
Lauda - Atualmente corresponde a um texto de 1.400 caracteres com espaço. É o jargão jornalístico usado para definir a quantidade de texto a ser produzido na
matéria/reportagem. Por exemplo, um texto de 2 laudas tem 2.800 caracteres com espaço. Antes da informatização das redações o termo expressava também a folha
padronizada usada para datilografar as matérias (21 linhas X 70 toques).
Lead ou Lide - Abertura de texto jornalístico, na qual se apresenta sucintamente o assunto ou se destaca o fato essencial da história. O lide clássico deve responder as
seguintes perguntas: Quem? O quê? Quando? Como? Onde? Por quê?
Legenda - Texto breve que acompanha uma ilustração ou foto.
Foto Legenda - Nota que acompanha uma foto e se destaca na página.
Linha de apoio ou linha fina - Subtítulo composto por frase ou período, geralmente usado logo após o título.
Manchete - Título principal, publicado com grande destaque. Indica o fato de maior importância na edição.
Estácio de Sá Página 2 / 3
Foto Legenda - Nota que acompanha uma foto e se destaca na página.
Linha de apoio ou linha fina - Subtítulo composto por frase ou período, geralmente usado logo após o título.
Manchete - Título principal, publicado com grande destaque. Indica o fato de maior importância na edição.
Chamada - Texto na primeira página dos jornais ou nas capas das revistas destacando as principais matérias da edição.
Matéria ou retranca - Toda e qualquer matéria de jornal.
Newsletter - Boletim informativo periódico, com notícias ou mensagens de interesse especial para um público restrito.
Nota - Matéria ou retranca com poucas frases.
Notícia - Relato de fatos ou acontecimentos atuais, de interesse e importância para a comunidade. É a matéria -prima do jornalismo.
Olho - O mesmo que antetítulo. Pequeno trecho destacado da matéria, diagramado em corpo maior e colocado em janelas.
Pasquim - Jornal insolente, injurioso, mordaz e satírico.
Pauta - (1) Agenda ou roteiro dos principais assuntos a serem abordados no noticiário.
(2) Planejamento esquematizado do assunto a ser coberto pela reportagem.
Perfil - Tipo de entrevista que utiliza aspectos biográficos e pessoais para mostrar ao público características, ideias, opiniões e traços do entrevistado.
Pingue-pongue - Entrevista editada na forma de diálogo, com perguntas e respostas.
Pirâmide invertida - Disposição das informações, por ordem decrescente de importância, em um texto jornalístico, ou seja, as informações mais atuais e importantes vêm na
abertura do texto.
Política Editorial - Conjunto de diretrizes que norteiam a definição de linhas editoriais em uma empresa de comunicação, caracterizando sua posição no contexto cultural e
político.
Redação - (1) Conjunto de pessoas que redigem regularmente para um determinado periódico, editora, agência de notícias, estação de rádio ou TV etc. (2) Lugar onde
trabalham os redatores.
Seção - Parte de uma publicação onde se agrupam informações do mesmo gênero, ou sobre um mesmo tema.
Sic - Palavra latina que significa “assim”, empregada entre parênteses ou colchetes, ao fim de uma citação ou palavra, para indicar que o texto original ou a declaração foi
escrita assim mesmo, por mais estranho e absurdo que pareça.
Suíte - Continuação, sequência. Desdobramento de uma notícia já publicada anteriormente com novas informações.
Quando falamos em redações, os veículos de comunicação de massa estão procurando jornalistas dinâmicos, antenados com as mudanças e usuários de mídias diferentes
das convencionais. É necessário destacar que os alunos, a partir de agora, devem comportar -se de forma diferente dos usuários comuns na hora de utilizar, por exemplo, as
redes sociais: blogs, Orkut, MySpace, Linkedin, Via6, Facebook, Twitter. O olhar destas mídias deve ter um viés jornalístico.
O professor deve abordar novos conceitos no jornalismo como, por exemplo, o surgimento do jornalismo participativo, o destaque do jornalismo na internet, a produção de
conteúdo sugerida pelos usuários (leitores, espectadores, ouvintes etc.), a quebra do paradigma do audiovisual, a interatividade em programas de televisão, a interferência
do público e a formação de formadores de opinião invisíveis.
Segundo PRIMO e TRÄSEL (2006) o fluxo jornalista - notícia - jornal - leitor, por exemplo, renova-se em jornalista-notícia-site-“usuário”. Esta mudança está refletida em
diversas áreas de atuação do jornalista. Desta forma, o profissional dever possuir um perfil multimídia para ser capaz de entender que a tecnologia está a favor dele e não
contra.
A internet e novo papel do jornalista:
Neste ponto sugerimos que o professor conduza a aula de forma a estimular que a turma reflita sobre as ações que os veículos estão tomando diante da evolução da internet
e o papel do jornalista. Mario Lima Cavalcanti, editor do portal Jornalistas da Web, é organizador do livro “Eu, mídia: a era cidadã e o impacto da publicação pessoal no
jornalismo”. Nesta obra, há artigos escritos por autores brasileiros que estão pesquisando o futuro do jornalismo: Pollyana Ferrari, Raphael Perret, Ana Maria Brambilla,
Raquel Recuero, José Antonio Meira da Rocha e Paulo Henrique Ferreira. As discussões percorrem a abordagem da hipermídia, dos blogs, das redes sociais, do jornalismo participativo, do hipertexto. É válido, se for possível ministrar a aula com projetor e computador com acesso à internet, navegar pelo site www.jornalistasdaweb.com.br
Outros autores também fazem reflexões sobre tais mudanças. Coloque no quadro algumas delas.
De acordo com Pavlik (2001), são três as mutações no papel do jornalista: “O jornalista tem que ser mais do que um contador de factos, o papel do jornalista como
intérprete dos acontecimentos será expandido e em parte modificado e os jornalistas on -line terão um papel central na ligação entre as comunidades ”'.
PAVLIK, John V. (2001) - Journalism and new media. New York: Columbia University Press
Arturo Merayo Pérez (1997), “Todos os meios serão multimeios, a verdadeira especialidade dos futuros profissionais da informação será a capacidade de trabalho em todos eles, selecionando e interpretando informação com a suficiente criatividade para dispor agradavelmente essa informação ”'
PÉREZ, Arturo Merayo (2000) - Periodistas para el siglo de la información: claves para formarlos nuevos comunicadores. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação.
[On-line] Disponível em http://www.bocc.ubi.pt
Para Katherine Fulton (2000), “o jornalismo e os jornalistas não vão desaparecer. Como fornecedores de significado e contexto entre todo o ruído, eles podem tornar -me
mais essenciais do que nunca. Eles terão novas funções, tais como facilitar boas conversações online, organizar arquivos e agregar e reformular informação recolhida
através de muitas fontes ”.
FULTON, Katherine (2000) - News isn't always journalism. Columbia Journalism Review. [On-line] Disponível em http://www.cjr.org/year/00/2/fulton.asp
Neste capítulo o professor deve mostrar qual é a essência da propaganda, o que ela pode fazer, como funciona e, ainda, contar sua origem, sua grande presença no mundo
de hoje e sua força econômica e cultural.
Para começar, a sugestão é que se estimule um brainstorming que leve à lembrança dos comerciais mais famosos relacionando os jingles, os garotos-propaganda, os
personagens, os produtos, o fabricante etc. Uma frase de Armando Sant’Anna, em Teoria, Técnica e Prática (2005) - “Comunicação é, pois, o processo de transmitir ideias
entre indivíduos” – pode incitar a reflexão da turma.
Segundo trabalho publicado por Eloa Muniz no Caderno Universitário, n.148, Canoas, 2004, pela editora ULBRA, a atividade publicitária teve início na Antiguidade Clássica,
conforme demonstram as tabuletas descobertas em Pompeia. As tabuletas, além de terem a função de anunciar embates de gladiadores, faziam referências às
diversas casas de banhos existentes na cidade. Nesta fase, é importante lembrar que a publicidade era sobretudo oral, feita por meio de pregoeiros, que anunciavam as
vendas de escravos, gado e outros produtos, ressaltando, assim, as suas virtudes.
A primeira etapa da publicidade, que se prolongou até à Idade Média, evidenciava sua atividade a serviço dos mercadores e comerciantes que, através de gritos,
ruídos e gestos, procuravam tornar conhecido do público sua mercadoria. A utilização de símbolos, hoje em dia tão comuns, inicia-se neste período. Naquela época, as
casas não possuíam número e as ruas não eram identificadas. O comerciante se obrigava, então, a identificar seu estabelecimento com um símbolo; ou seja, uma cabra
simbolizava uma leiteria e um escudo de armas significava a existência de uma pousada. Estes símbolos tornaram -se mais tarde em emblemas de marca e logotipos.
Ainda de acordo com Muniz, com a invenção da imprensa mecânica, por Gutenberg, surge no século XV, uma etapa importante da publicidade. Creditam -se à utilização do
papel, grandes progressos aos meios de comunicação, pois, mesmo antes da impressão dos livros, surgiram os primeiros panfletos, ou folhas volantes, que a Reforma
posteriormente se utilizaria. Nesta época, surge o primeiro cartaz de que se tem conhecimento: impresso em 1482, destinava -se a anunciar uma manifestação religiosa. Em
1625, apareceu no periódico inglês Mercurius Britannicus o primeiro anúncio publicitário de um livro. Em 1631, na França, Thèophraste Renaudot cria na sua gazeta uma
pequena seção de anúncios. Cria -se, então, uma nova fonte de receita para o jornal que até então vivia somente da venda de assinaturas.
O primeiro publicitário e criador da primeira agência foi Voley B. Palmer que ficou conhecido ao planejar a publicidade de vários anunciantes em 1841, na Filadélfia e Boston,
cobrando dos periódicos 25% do custo dos anúncios. A primeira campanha publicitária teria sido planejada por John Wanamaker, destinada a um estabelecimento de
roupas masculinas na Filadélfia, dando um apoio publicitário, até então nunca visto, utilizando, além dos anúncios de imprensa, de gigantescos painéis exteriores, desfiles de
carros decorados e oferta de bandeirolas.
Com o advento da era industrial, a produção em massa e a consequente necessidade de aumentar o consumo dos bens produzidos, a técnica publicitária foi-se
aperfeiçoando, passando a ser mais persuasiva nas suas mensagens e perdendo, quase que por completo, seu sentido unicamente informativo. A concorrência
desenfreada entre as várias marcas, praticamente obrigou o aparecimento de um tipo de publicidade mais agressiva, chamada publicidade combativa, com a tentativa de
impor um produto, ao invés de sugeri -lo. Isto deu origem a muitos excessos que só foram barrados com a entrada em vigor da legislação que regulou a atividade
publicitária.
Atualmente, a maior parte das mensagens publicitárias é sugestiva e têm por base os estudos de mercado e de motivações. A publicidade informativa e combativa não
deixou de existir completamente; seu espaço foi preenchido pelas relações públicas, enquanto a propaganda ocupou o lugar da publicidade combativa.
Alguns sociólogos dividiram em três épocas (ou eras) o longo caminho percorrido pela publicidade:
1. Na era primária, limitava -se a informar o público sobre os produtos existentes, ao mesmo tempo em que os identificava através de uma marca. Isto sem argumentação
ou incitação à compra;
2. Na era secundária, as técnicas de sondagem desvendavam os gostos dos consumidores e iam orientar a publicidade, que se tornou sugestiva;
3. Na era terciária, baseando -se nos estudos de mercado, na psicologia social, na sociologia e na psicanálise, a publicidade atua sobre as motivações inconscientes do
público, obrigando-o a tomar atitudes e levando-o a determinadas ações. A publicidade contemporânea mitifica e converte em ídolo o objeto de consumo, revestindo -o de
atributos que frequentemente ultrapassam as suas próprias qualidades e sua própria realidade.
Vale ressaltar que há diferença entre os vocábulos Propaganda e Publicidade. Para Sant ’Anna (2005), Publicidade deriva de público (do latim publicus) e designa a qualidade
do que é público. Significa o ato de vulgarizar, de tornar público um fato, uma ideia. Já Propaganda é definida por ele como a propagação de princípios e teorias. Foi
traduzida pelo Papa Clemente VII, em 1957, quando fundou a Congregação da Propaganda, com o fito de programar a fé católica pelo mundo. Deriva do latim propagare,
que significa reproduzir por meio de mergulhia, ou seja, enterrar o rebento de uma planta no solo. Propagare, por sua vez, deriva de pangere, que quer dizer enterrar,
mergulhar, plantar. “Seria, então, a propagação de doutrinas religiosas ou princípios políticos de algum partido ”.
Aplicação Prática Teórica
O Portal da Propaganda (www.portaldapropaganda.com.br) pode ser apresentado aos alunos como forma de estimulá -los e apresentá -los o mundo da publicidade e da
propaganda. Estimule os alunos a cadastrarem-se no portal para que recebam informações por meio da “newsletter” eletrônica via email.
Aproveite, também, para colocar no quadro outros endereços de sites relacionados ao conteúdo:
· Associação Brasileira de Agências de Publicidade (http://webserver.4me.com.br/wwwroot/abap/)
· Associação Brasileira de Anunciantes (www.aba.com.br)
· Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (www.conar.org.br)
Nesta aula o professor deve começar apresentando diversos conceitos sobre propaganda. Como apresentado por Rafael Sampaio:
· “É a manipulação planejada da comunicação visando, pela persuasão, promover comportamentos em benefício do que a utiliza”;
· “É a divulgação de um produto ou serviço com o objetivo de informar e despertar interesse de compra/uso nos consumidores ”;
· “Disseminar informações, raciocínios e ideias que permitam aos consumidores estarem mais informados sobre os produtos e serviços existentes e a sua disposição e, de
outro, possibilitar aos anunciantes o aumento de seus negócios, através da conquista de mais consumidores ”.
Para deixar claro aos alunos de como é o funcionamento de uma agência, é importante que o professor dê uma breve explicação a respeito do papel e da relação entre a
agência de propaganda, os fornecedores e produtoras, o cliente, o anunciante, os consumidores e os veículos (televisão, jornal, revista, rádio, cinema,outdoors, banners de
internet, cartaz etc.). Para tornar a aula mais tangível, o professor deve aproveitar para levar alguns anúncios em meio físico, por exemplo, para ilustrar sua fala.
A fim de dar uma visão geral do mecanismo de geração e realização da propaganda, sugerimos que o professor apresente o quadro do capítulo 2 do livro de Rafael Sampaio
– Propaganda de A a Z – no qual o autor descreve as etapas do processo de realização da propaganda. Nesta etapa é importante ressaltar que o trabalho do publicitário
requer uma multidisciplinaridade e amplo conhecimento do mercado e do comportamento dos consumidores.
Quando o professor abordar os setores da propaganda, é importante que seja dito quais eles são e que, também, seja explicado a função de cada um deles dentro do
processo. Rafael Sampaio destaca:
· O anunciante (também chamado de cliente). Ele é o início do processo de propaganda e o principal responsável (em todos os sentidos) por sua realização;
· Corretores e agenciadores;
· Agência: empresa dedicada à arte e técnica da propaganda;
· Fornecedores e produtoras: pessoas e empresas especializadas na produção das peças (anúncios, cartazes, comerciais, fonogramas etc.);
· Veículo;
· Consumidor.
Lembre-se de abordar algumas destas ferramentas de comunicação comercial, além da propaganda:
· Promoção: realização de qualquer ação ou evento de comunicação com o objetivo de promover empresas ou produtos;
· Promoção de vendas: esforço específico de promoção com claros objetivos de incentivo de vendas;
· Cuponagem: distribuição de cupons com ofertas e descontos aos consumidores, por meio de anúncios, folhetos, malas diretas, email marketing ou mesmo da própria
embalagem do produto;
· Incentivo: forma específica de promoção, geralmente dirigida ao público interno das empresas (vendedores, promotores e funcionários em geral) e ao trade
(distribuidores, atacadistas e varejistas) com o objetivo de motivar as pessoas a cumprirem determinadas metas (vender mais, vender melhor, aumentar a
produtividade, diminuir custos, melhorar a qualidade da produção etc.);
· Merchandising: esforços de comunicação realizados no ponto-de-venda de produtos ou em locais de uso de serviços, diretamente sobre os consumidores, incluem -se nas
ações de merchandising, que podem acontecer isoladamente ou em conjunto com campanhas de promoção, promoção de vendas ou propaganda;
· Marketing direto: venda de qualquer produto ou serviço feita diretamente através da propaganda via anúncios, folhetos, cartas, comerciais, telefone ou outra peça/meio
de comunicação, sem que haja intervenção física de vendedores, representantes ou varejistas;
· Relações Públicas: atividade que tem como função o estabelecimento e a manutenção de adequada comunicação entre uma instituição ou empresa (pública ou privada),
sendo empregados, colaboradores e acionistas, e todas as pessoas com as quais se relaciona – consumidores, fornecedores, clientes, revendedores, compradores,
autoridades governamentais, opinião pública, veículos de comunicação e comunidade em geral (stakeholders);
· Assessoria de Imprensa: divulgação de fatos, informações ou quaisquer outros dados a respeito de uma empresa, marca ou produto, por meio dos veículos de
comunicação, de forma não -controlada pelo anunciante. Ou seja: é uma divulgação sem custos para o cliente;
· Sampling: distribuição de amostras de produtos, prestação gratuita de serviços, degustação de alimentos e bebidas ou qualquer tipo de experimentação promovida pelo
anunciante com o objetivo de fazer com que os consumidores tenham contato com seus produtos e serviços.
Nesta aula, é importante começar com a indagação aos alunos sobre o futuro da publicidade. Diante de tudo o que já foi apresentado, estimule a turma para que ela diga
como a publicidade pode atuar no mercado da internet, por exemplo. Neste contexto, é importante usar exemplos próximos do aluno para que ele entenda como as agências
estão inovando na publicidade.
É importante ressaltar o novo contexto que a sociedade da Informação vem causando: as mudanças de comportamento do consumidor, novas tecnologias e a redução do
tempo gasto assistindo TV. Algumas grandes agências de publicidade já têm um “braço digital”, especializadas em utilizar novas tecnologias e veículos em suas campanhas.
Sugerimos que nesta aula os alunos possam refletir sobre como a comunicação social deve monitorar as redes sociais: Orkut, Blogs, Facebook, Twitter etc. É interessante
que o aluno possa sugerir estes nomes e o professor os coloque no quadro.
Outros pontos podem contribuir para que o aluno entenda a quebra de paradigma nos processos de publicidade:
· Novas formas de coletar, armazenar e gerenciar dados;
· Possibilidades de transmissão das mensagens em tempo real;
· Interatividade com os clientes;
· Convergência das mídias;
· Muitos veículos de comunicação de massa estão migrando para o ambiente da Internet;
· Sites de colaboração (Wikipédia, Slashdot, OhMynews, por exemplo);
· Os consumidores agora também são produtores de informação (prosumers).
Abaixo, compartilhamos com o professor um artigo publicado por Talita Christine, no jornal O Povo (www.opovo.com.br), que revela a atuação da publicidade junto das
novas mídias.
Publicidade e novas mídias:
As campanhas publicitárias se estendem a espaços que vão além das mídias tradicionais. É crescente a elaboração de peças para elevadores, ônibus, arquibancadas,
celulares, entre outros canais alternativos.
Talita Christine
Especial para O POVO
08 Jan 2009 - 01h04min
Você acorda às seis da manhã com um toque de mensagem do seu celular anunciando a nova promoção daquela loja em que fez sua última compra. Depois, segue para o
trabalho e, enquanto sobe no elevador, assiste aos comerciais veiculados na telinha aí localizada. Para sua surpresa, quando você se dirige ao toalete do prédio, encontra,
no local, cartazes sobre o lançamento de um novo xampu para o verão. Por fim, enquanto você está parado naquele congestionamento típico, na volta para casa, observa a
propaganda de um novo carro na traseira do ônibus.
Não é difícil perceber que a publicidade está se firmando em espaços que vão além das mídias tradicionais, como televisão, rádio, jornal e revista. As agências de
propaganda investem em ousadia e criatividade para atingir seu público-alvo e trazer bons retornos para os anunciantes.
A “La Firma”, agência que existe há oito meses, é um exemplo. Sua especialidade é o marketing de guerrilha e o marketing viral. Segundo o publicitário Ricardo Alves, que é
redator da agência, ações nesse sentido visam “envolver 100% da atenção do público ”. Um exemplo recente foi o “Salão da Aprovação ”, que consistiu num espaço montado
no local de prova para divulgar a marca de um curso pré -vestibular e chamou bastante a atenção dos estudantes.
Mas as mídias alternativas ou novas mídias têm força para sustentar, sozinhas, uma campanha? Na opinião de Alves, estas só funcionam dentro de uma comunicação
integrada, que tenha como suporte as mídias convencionais. “Aqui no Ceará, o uso de mídias alternativas para se fazer publicidade ainda está caminhando. Por parte dos
clientes, ainda há resistência. O mercado é um pouco conservador ”, avalia o publicitário.
Esta visão é compartilhada pelo publicitário W. Gabriel de Oliveira, gerente de Comunicação Integrada e Marketing da NOIX, empresa especializada em desenvolver portais.
“A resistência se deve à dificuldade de visualizar os retornos e de se comparar os custos com mídias tradicionais. Mas que começar a fazer esse tipo de comunicação com
força, com certeza, vai se destacar ”, aposta.
Propaganda via web:
Que a Internet oferece um mundo de possibilidades para se divulgar uma marca, isso ninguém duvida. Por ser uma cross-media, as estratégias de comunicação
ultrapassaram as fronteiras dos banners e pop-ups para se estender a advergames (publicidade em jogos), email marketing, vídeos, mensagens em sites de relacionamento,
entre outros.Segundo dados do Projeto Intermeios, do grupo Meio & Mensagem, a participação da Internet em publicidade cresceu em relação a 2007. Os dados acumulados até outubro
deste ano demonstram que houve faturamento bruto acima de R$ 596 milhões, um aumento de quase 47% em comparação ao ano passado. Os valores acumulados se
perdem quando comparados à “mídia-mãe” (televisão), cujo faturamento foi acima de R$ 10 bilhões. Porém, a expectativa é que a participação do espaço virtual cresça a
cada ano.
Para o publicitário W. Gabriel de Oliveira, o grande diferencial da Internet em relação às outras mídias é a possibilidade de mensurar os resultados “na hora”, pelo número
de acessos a determinado endereço. “A Internet não se resume a site. Existe, por exemplo, o email marketing, que permite uma divulgação mais direcionada àquela seção
de mercado que você pretende atingir ”, explica.
Existe, ainda dentro da Internet, a publicidade alternativa, por meio de sites como Youtube, Orkut e Videolog. A vantagem é o custo, praticamente zero. A camisaria Fora da
Rota, há um ano no mercado, divulga suas novas coleções por meio do site de relacionamento, de blogs e ainda em eventos específicos. “Temos tido uma resposta excelente
do público. O Orkut é, sem dúvida, uma grande ferramenta de divulgação ”, afirma o designer Adams Rebouças, socioproprietário da marca em janeiro de 2005 e a em
português, em agosto do mesmo ano. A participação do internauta é a mesma, mas o que prevalece nos textos não é a informação, mas sim o bom humor. Outro exemplo
de nova mídia é o super popular site de compartilhamento de vídeos, YOU TUBE. Criado em fevereiro de 2005, o site contém os mais variados vídeos, sejam caseiros ou
gravações de vídeos veiculados nas tevês, ou mesmo filmes, desenhos animados. Essas informações que você acaba de ler não chegariam até seu computador se não
Plano de Aula: Unidade 4 - O trabalho do publicitário (continuação)
INTRODUÇÃO ÀS PROFISSÕES EM COMUNICAÇÃO
Estácio de Sá Página 1 / 2
de mercado que você pretende atingir ”, explica.
Existe, ainda dentro da Internet, a publicidade alternativa, por meio de sites como Youtube, Orkut e Videolog. A vantagem é o custo, praticamente zero. A camisaria Fora da
Rota, há um ano no mercado, divulga suas novas coleções por meio do site de relacionamento, de blogs e ainda em eventos específicos. “Temos tido uma resposta excelente
do público. O Orkut é, sem dúvida, uma grande ferramenta de divulgação ”, afirma o designer Adams Rebouças, socioproprietário da marca em janeiro de 2005 e a em
português, em agosto do mesmo ano. A participação do internauta é a mesma, mas o que prevalece nos textos não é a informação, mas sim o bom humor. Outro exemplo
de nova mídia é o super popular site de compartilhamento de vídeos, YOU TUBE. Criado em fevereiro de 2005, o site contém os mais variados vídeos, sejam caseiros ou
gravações de vídeos veiculados nas tevês, ou mesmo filmes, desenhos animados. Essas informações que você acaba de ler não chegariam até seu computador se não
houvesse um conceito de Web 2.0. O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web, tendência que reforça o conceito de troca de
informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. O objetivo é tornar o mundo virtual mais dinâmico e baseado na colaboração dos usuários para
atualizar os conteúdos.
Publicidade e Jornalismo:
O professor desta disciplina tem papel fundamental na boa formação do profissional de comunicação. Diante de uma perspectiva de comunicação integrada, sugerimos que o
professor utilize esta parte da aula para destacar que publicitários e jornalistas devem trabalhar de forma sinérgica e integrada. De acordo com Sant ’Anna (2005), “grande
parte da história da publicidade está ligada à imprensa. (...) A imprensa constitui um meio de publicidade que se dirige essencialmente ao indivíduo isolado ”.
Deve ser lembrado que, em planejamento de mídia, os publicitários também devem conhecer o mercado de jornalismo para escolher e identificar o melhor veículo para
veiculação das peças publicitárias produzidas pelas agências de publicidade e propaganda.
Aplicação Prática Teórica
Antes de falar da profissão de relações públicas é importante conhecer um pouco da história da Comunicação Empresarial. O conceito surgiu nos Estados Unidos, no início do
século XX. Foi 1906, quando em Nova Iorque, Ivy Lee decidiu deixar o jornalismo de lado para montar o primeiro escritório de Relações Públicas do mundo.
Lee mudou de atividade com o objetivo de recuperar a credibilidade perdida pelo poderoso empresário John D. Rockfeller, que era, na época, o mais odiado de todos os
empresários dos Estados Unidos. O motivo era: assim como os mais destacados donos de empresas daquele país, ele vinha sendo acusado de combater impiedosamente as
pequenas e médias organizações. Era "feroz, impiedoso e sanguinário". E não media esforços em busca do seu principal objetivo: o monopólio, ou melhor: o lucro fácil que o
monopólio acabava gerando.
Segundo Manuel Chaparro, em O Processo de Relações Públicas, livro de autoria da pesquisadora norte -americana Hebe Wey, é possível ler que "denunciados, acusados e
acuados" pela imprensa, os grandes capitalistas dos Estados Unidos encontraram uma saída: contratar o jornalista Ivy Lee. Para eles, Lee era o único caminho que
imaginavam para evitar novas denúncias, "a partir de uma nova atitude de respeito pela opinião pública". É importante destacar que até então a opinião pública não tinha a
menor importância para eles.
Conforme abordado pelo jornalista Cláudio Amaram, o escritório criado por Lee passou a fornecer à imprensa "notícias empresariais para serem divulgadas jornalisticamente
e não como anúncios ou como matéria paga". Na opinião de Wey, "eram informações corretas, de interesse e de importância para o público". Eram informações tão
honestas, segundo podemos concluir, que acabavam evitando novas denúncias contra os empresários mal falados, de acordo com a citada pesquisadora.
O primeiro encarregado de Relações Públicas do mundo conseguiu, assim, sucesso imediato e prolongado, ganhou dinheiro e fez escola, porque, segundo Hebe Wey,
escreveu e adotou uma carta de princípios que até hoje representa "uma excelente orientação para os especialistas modernos":
"Este não é um serviço de imprensa secreto. Todo o nosso trabalho é feito às claras. Nós pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é um agenciamento de
anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção comercial, não o usem. Nosso assunto é exato. Mais detalhes, sobre qualquer questão, serão dados
prontamente e qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é
divulgar prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas, com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a
assuntos de valor e de interesse para o público".
O trabalho de Ivy Lee para seu cliente fez tanto sucesso junto à imprensa e à opinião pública, que Rockfeller passou de "patrão sanguinário" a "benfeitor da humanidade".
Lee morreu "por volta de 1935, quando dirigia o Departamento de Relações Públicas da Chrysler". E deve ter morrido feliz, porque a atividade que ele inventara havia sido
adotada em inúmeras empresas e órgãos públicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte e do prestígio de Yale, Harvard e Colúmbia, que criaram
cadeiras específicas e começaram a formar especialistas em Relações Públicas.
Dos Estados Unidos, as Relações Públicas foram sucessivamente para o Canadá (1940), França (1946), Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia
(1950) e Alemanha (1958).
"As Relações Públicas tiveram no Brasil um vertiginoso desenvolvimento a partir de 1964", lembra Manuel Carlos Chaparro em sua dissertação de Mestrado na USP. "Com
elas, generalizou-se também,na iniciativa privada e no serviço público, a prática de Assessoria de Imprensa. E, tal como aconteceu nos Estados Unidos, as duas atividades
atraíram muitos jornalistas." A regulamentação da profissão de Relações Públicas (RP) foi decretada em 1968. Foi tão ampla que acabou gerando conflito com a de jornalista,
assinada em 1969. Durante mais de 20 anos os profissionais de Relações Públicas e os jornalistas lutaram para provar que a elaboração de press-releases, por exemplo, era
uma prerrogativa de apenas uma profissão. Os RPs nunca se conformaram também com a eventual ascensão de um jornalista ao posto de assessoria mais qualificado
dentro da empresa ou do órgão público onde trabalhavam profissionais das duas categorias. Para eles, cabia ao RP ser o comandante, o formulador da política de
Comunicação Empresarial.
Funções de Relações Públicas
As atividades básicas e específicas de um profissional de Relações Públicas estão contidas em cinco grandes segmentos: Pesquisa; Assessoria e Consultoria; Planejamento;
Execução e Avaliação.
Pesquisa:
Promover pesquisas de opinião pública e de audiência;
Analisar resultados e diagnosticar;
Definir os públicos estratégicos da empresa;
Detectar situações que possam afetar a imagem junto à opinião pública.
Assessoria e Consultoria:
Sugerir políticas de Relações Públicas para a organização;
Sugerir políticas de Propaganda Institucional e Apoio ao Marketing;
Sugerir atitudes ou mudanças de atitudes no tratamento com os setores da opinião pública.
Planejamento:
Elaborar Planejamento Estratégico de Comunicação para a organização;
Elaborar planos, campanhas e operações de Relações Públicas;
Planejar Campanhas Institucionais.
Execução:
1. Comunicação entre empresa e públicos estratégicos:
· Implantar e coordenar as ações definidas no Planejamento Estratégico e conduzir os trabalhos de modo a conscientizar, primeiro, todos os níveis da organização
buscando o envolvimento e o engajamento no processo de comunicação e de formação de imagem e, em segundo, definir projetos de comunicação dirigida aos públicos
estratégicos da empresa a fim de informá -los corretamente das atividades da organização e obter deles aceitação e boa vontade perante a empresa.
2. Ações de Comunicação Dirigida:
· Elaborar publicações da empresa para funcionários, clientes, fornecedores etc. (House Organ e Newsletter, Folhetos, Relatórios);
· Desenvolver modos de comunicação por meios audiovisuais e eletrônicos e de informática - internet e intranet;
· Elaborar campanhas de informação, conscientização e institucionais;
· Organizar congressos, conferências, simpósios etc.;
· Elaborar quadros de aviso, exposição, mostras etc.;
· Organizar e dirigir visitas às instalações, viagens etc.;
· Redigir discursos, correspondências e atender consultas e pedidos;
· Manter contatos pessoais e por outros meios com líderes de opinião, empresários, autoridades etc.;
· Supervisionar coberturas fotográficas, vídeos.
3. Eventos e Promoções Especiais:
· Organizar eventos e encontros empresariais, que tenham caráter informativo para construir imagem como inaugurações, comemorações;
· Dirigir cerimonial e representar a empresa e sua direção;
· Manter cadastro de líderes de opinião de interesse da empresa.
4. Gerência de Assuntos Públicos:
· Acompanhar assuntos de interesse público afetos à empresa;
· Organizar e coordenar grupos de trabalho específicos por assunto;
· Coordenar a execução das atividades sugeridas por esses grupos.
5. Divulgação para a imprensa:
· Organizar e manter atualizado cadastro de jornalistas;
· Manter contatos permanentes com a Imprensa;
· Elaborar e distribuir noticiário e organizar e dirigir entrevistas.
· Organizar e manter atualizados arquivos de áudio, foto e imagem.
Avaliação
Avaliar, com técnicas de pesquisa e análise, os resultados dos trabalhos de Relações Públicas desenvolvidos.
Segundo o jornalista Maurício Lara, o assessor de Comunicação deve: atender ao departamento comercial dos veículos de massa, investir os recursos de publicidade, mas
não sem antes decidir onde e de que forma. Há que saber o que dizer à sociedade em cada anúncio, em cada entrevista, em cada situação. Além disso, saber como e o que
dizer ao público interno e como se relacionar com a comunidade em torno da instituição. Essas são só algumas das atribuições do assessor de Comunicação, que segundo
Lara tem um ofício cheio de nuances e facetas.
A assessoria de Comunicação é uma atividade relacionada à Comunicação Social e busca estabelecer uma ligação entre uma entidade (indivíduo ou instituição) e o
público. Sendo assim, a assessoria de Comunicação é administração de informação que circula no fluxo desta relação.
Em geral, as atividades de uma assessoria de comunicação são geralmente subdivididas em três:
1. Assessoria de Imprensa;	
2. Publicidade & Propaganda;
3. Relações Públicas.
Nesta aula é importante destacar o conceito do termo “freelancer”, pois ele é muito usado pelo mercado de comunicação.
Freelancer é um termo em língua inglesa que serve para denominar, no Brasil, o profissional autônomo, que se autoemprega em diferentes empresas ou, ainda, guia seus
trabalhos por projetos, captando seus clientes de forma independente. Em nosso país também é conhecido pela expressão "freela".
Sugerimos que nestas aulas seja despertado o espírito empreendedor da turma.
De acordo com o estudo de Angela Schaun, um novo perfil do profissional de comunicação passou a ser delineado a partir dos desafios impostos pelas mudanças sociais no
novo milênio, que configuram questões paradigmáticas as mais diversas: valorização da cidadania, multiplicidades de públicos, consumo responsável, questões planetárias,
concorrência global, minorias sociais, entre outras. Diante disso, esse novo perfil ganhou contornos mais amplos e complexos a partir da demanda de desempenhos
baseados na capacidade gerencial e de liderança dos processos comunicativos nos setores tanto privado quanto público.
Schaun destaca os principais itens abaixo e que precisam de atenção dos novos profissionais que estão ingressando na área. O material abaixo foi retirado dos resultados de
seu projeto de pesquisa realizado em 2007.
Informação:
Tida como a matéria prima de toda Comunicação, o conceito de informação passa a adquirir um valor estratégico que atravessa todo um processo de problematização,
investigação, confirmação, produção e difusão. Com a mudança do monopólio da Mídia a partir do advento da Internet, qualquer pessoa pode produzir informação para
difundir na Rede.
Maior transparência nas ações:
Vale dizer que não basta ter a informação, mais importante que isso é saber e poder veicular a informação certa, na hora certa. No caso de uma crise, não existe nada mais
perigoso para a imagem da empresa ou a instituição do que a falta de informação. Essa premissa é válida tanto para o setor público quanto para o setor privado, quer a
comunicação seja gerida direta ou indiretamente, ou ambas as situações. Hoje em dia, com a multiplicidade de serviços existentes na área da comunicação corporativa, o
que é mais comum acontecer é uma organização ou instituição possuir um setor responsável pela sua comunicação e, paralelamente, contratar serviços terceirizados.
Formação cultural: diversidade, amplitude e internacionalização:
Ser um profissional de comunicação requer contato nas mais diversas áreas de conhecimento. Um aspecto da maior relevância para o novo perfil de atuação desse
profissional é investir numa formação cultural cada vez mais ampla e diversificada. Vale dizer que não basta possuir conhecimentos gerais sobre história mundial, sociologia
e política, esses considerados aspectos elementares. É preciso conhecer os principais sistemas do pensamento filosófico do clássico à modernidade, os marcos jurídicos que
regem os sistemas econômico, políticos e sociais da era da globalização. Paralelamente, é fundamental saber reconhecer as principais manifestações no campo da arte,da
ciência e da tecnologia, as novas linguagens das redes multimidiáticas, questões relacionadas com as minorias e as dimensões planetárias.
Capacidade de análise, reflexão e de crítica:
A premissa de uma ampla e diversificada formação cultural é o pressuposto para o desempenho da capacidade de análise, reflexão e de crítica. Exigência prioritária para o
bom desempenho de um profissional de comunicação na nova sociedade global, na qual tais capacidades são prioridades para o exercício das funções de assessoramento,
consultoria e liderança. Toda ação deve ser precedida de reflexão para a elaboração do diagnóstico e da análise de situações e conjunturas diversas, visando uma posterior
tomada de decisão. A capacidade crítica deve ser aliada à análise e à reflexão, notadamente nos processos de avaliação de desempenho e criação de novos cenários para a
ação.
Visão geral do mercado e da concorrência:
Conhecer o mercado e a concorrência são requisitos sem os quais se torna impossível prever e agir de forma estratégica e sistêmica a comunicação corporativa. O
profissional deve conhecer muito bem a empresa em que trabalha ou o cliente a quem atende, os seus concorrentes e o mercado, para ser capaz de opinar, fazer críticas e
propor soluções. Sem um pleno conhecimento dessa tríade – cliente, concorrência e mercado – poderá colocar em risco todo o negócio.
Capacidade de trabalhar em equipe:
A multiplicidade de profissionais que na maioria das vezes está envolvida num programa, projeto ou ação de comunicação exige do profissional uma grande capacidade de
articular e se relacionar com os mais variados tipos de pessoas nas mais diversificadas funções. Assim, a capacidade de trabalhar em equipe é um requisito da maior
relevância para o êxito do trabalho.
Saber pesquisar, trabalhar com método e planejar:
Conhecer as diversas fontes de pesquisa que as novas tecnologias colocam à disposição e saber buscar informações fazem parte de um conjunto de habilidades do novo
perfil do profissional de comunicação. Para desempenhar uma boa pesquisa é necessário conhecer métodos de trabalho e saber planejar as atividades, propor e cumprir
prazos e organizar tarefas visando atingir objetivos e metas propostas. Lidar com as habilidades de pesquisa, uso de métodos e saber planejar se constituem diferenciais no
mercado.
Linguagem e expressão: texto, síntese, argumentação e oratória:
A ideia não é que o profissional de comunicação tenha que ser um “perfomer”, as é fundamental desenvolver a sua própria linguagem e expressão. Não são habilidades que
se encontram nos manuais de “boas maneiras” ou naqueles readers digest que ensinam “como fazer amigos e conquistar pessoas”. Nada disso. Estamos falando do
desenvolvimento de um estilo pessoal para o qual a criação de um bom texto e expressão de ideias devem -se utilizar da síntese na apresentação de novos projetos, uso da
argumentação na defesa e no convencimento de que é algo bom e que mudará alguma realidade são habilidades fundamentais ao bom profissional de comunicação. Ter uma
boa oratória, saber falar bem não é necessariamente usar um vocabulário rebuscado nem simplório demais para apresentar ou defender ideias. O bem falar inclui desde o
texto, a síntese, o argumento até o tom da voz, os movimentos do corpo, o olhar, enfim é um conjunto que une linguagem e expressão, singular a alguém, mas que cria
uma empatia com o público.
Resolução de problemas:
Diante da complexidade de problemas no cotidiano da empresa e da sua relação com os diversos públicos, a capacidade de reflexão, análise e crítica deve estar intimamente
relacionada com a habilidade de propor soluções. De nada adiantaria uma crítica vazia se não for acompanhada de propostas para a melhoria do desempenho e a resolução
de situações críticas e/ou de crise. Para tanto, saber se distanciar das circunstâncias e encontrar novas formas de encarar os problemas serve para produzir o equilíbrio
fundamental à resolução de problemas.
Plano de Aula: Mercado de trabalho, tendências e perspectivas para o profissional de comunicação
INTRODUÇÃO ÀS PROFISSÕES EM COMUNICAÇÃO
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Resolução de problemas:
Diante da complexidade de problemas no cotidiano da empresa e da sua relação com os diversos públicos, a capacidade de reflexão, análise e crítica deve estar intimamente
relacionada com a habilidade de propor soluções. De nada adiantaria uma crítica vazia se não for acompanhada de propostas para a melhoria do desempenho e a resolução
de situações críticas e/ou de crise. Para tanto, saber se distanciar das circunstâncias e encontrar novas formas de encarar os problemas serve para produzir o equilíbrio
fundamental à resolução de problemas.
Inteligência emocional:
Um conceito já amplamente difundido por conta do best-seller de Daniel Colemann “Inteligência Emocional ” não se constitui uma panaceia que resolve todos os problemas,
mas, com certeza, é hoje um elemento que determina o bom desempenho do profissional de comunicação. Ser inteligente emocionalmente é manter -se em consonância com
o ambiente de trabalho e saber lidar com as pessoalidades, as idiossincrasias, as diferenças, e, ao mesmo tempo, manter um comportamento equilibrado e compatível com
o bom convívio social.
Desenvolver talentos fora da sua área:
Ampliar o âmbito de atuação profissional e pessoal é um desafio pouco explorado até o momento no Brasil. Nos Estados Unidos, a capacidade de promover ações
filantrópicas, culturais e esportivas fora da atividade profissionais em prol da sociedade ou de segmentos menos privilegiados é um valor agregado há muito consolidado no
currículo profissional.
Avaliar processos e projetos:
A área de projetos a serem financiados pelas empresas, em nome das suas estratégias de comunicação com os públicos de interesse vem crescendo a cada dia. Empresas
dos mais diversos setores desenvolveram nos últimos dez anos Programas de Responsabilidade Social muito amplos que abrangem as áreas da Cultura, do Esporte, de
Saúde e do Meio Ambiente, só para ficar nas mais conhecidas. O novo perfil profissional deve estar preparado para proceder à análise de projetos e avaliar os processos de
desenvolvimento e resultados. Assim como deve saber acompanhar e redirecionar objetivos e metas de programas e projetos relacionadas à comunicação corporativa em
geral.
Criar redes de relacionamentos e produzir transformações e cadeias de sustentabilidade:
Devido à complexidade da sociedade global é um grande desafio trabalhar com a Comunicação Corporativa hoje. Esse trabalho requer a criação de redes de
relacionamentos, sem contatos nada repercute junto à opinião pública. Ao lado das redes de relacionamentos existe a necessidade de produzir transformações em
consonância com os novos desafios planetários. Entidades nacionais e internacionais buscam repercutir suas ações e querem difundir e fazer conhecer sua missão e os novos
princípios norteadores de cidadania mundial: água, energia, aquecimento global, minorias, exclusão, catástrofes, entre outros temas de relevância.
Ética:
Pensar a ideia de uma ética geral na atualidade torna -se importante na medida em que no debate contemporâneo a ética é entendida de maneira difusa, como se fora uma
normatização de nossa relação com os acontecimentos. Como entende SAROLDI (2006), tal normatização se multiplica nos mais variados discursos: bioética, ética dos
direitos humanos, ética dos negócios, ética da comunicação. Na perspectiva de BADIOU (1995), o discursos “ético” passa a percorrer todos os debates, só havendo consenso
sobre uma questão: o significado do Mal e a nossa incapacidade de perseguir e escolher a noção de Bem.
8 - Ao final, a pesquisa levantou algumas tendências que já estão consolidadas no mercado e outras que apontam para novas perspectivas para a área da Comunicação
Corporativa e que estão intrinsecamente relacionadas à prática das Agências de Comunicação, portanto devem ser consideradas como fatores primordiais na formação donovo perfil do profissional de comunicação.
Comunicação e Educação:
Para Marta Dourado, da Fundamento Comunicação Empresarial, o papel das Agências de Comunicação é educar o cliente (Apud Eduardo, 99-2005). Ressalvadas as
limitações dessa prática e das polêmicas decorrentes, o que importa registrar enquanto perspectiva é a função educativa do profissional de comunicação e, por analogia, das
Agências.
Visão de Comunicação,Terceirização e Internacionalização:
Uma tendência que aparece de forma clara, porém ainda não acelerada, é a internacionalização das empresas quer das Agências de Publicidade quer das Agências de
Comunicação. A internacionalização se concretiza normalmente mediante acordos formais e parcerias e, algumas vezes, pode estar aliada a processos de fusão de grandes
grupos de comunicação - formação de redes de relacionamento (parcerias) das Agências em nível globalizado.
Interesse Público:
DA COSTA (2006) defende que a Comunicação de Interesse Público é um novo universo que começa a ser percebido pelo setor privado dentro de estratégias de
comunicação que podem fazer a diferença num mercado competitivo. Para o autor, a tendência para os próximos anos é trabalhar nessa, pois somente a comunicação que
leva em conta o interesse público poderá agregar verdadeiramente novos valores e diferenciais às marcas, e, por analogia, à imagem da empresa ou instituição, sejam elas
públicas ou privadas.
Novos Ideais, Novos Negócios:
Atualmente estudantes de jornalismo já cursam as Faculdades com o intuito de se tornarem assessores de imprensa e gestores de comunicação. Mais que isso, vários
projetos de conclusão de curso de alunos já incluem estudos analíticos de novas linguagens e comportamento, projetos de criação de agências de comunicação voltadas para
o trabalho na área de Responsabilidade Social, setores culturais, esportes, entre outros. Vale registrar, outro aspecto interessante, mais voltado a propostas relacionadas à
comunicação alternativa, de criação de veículos de comunicação voltados para segmentos de públicos minoritários, como jovens da periferia, grupos de mulheres da maior
idade, entre outros.
Ética, Transparência e Corresponsabilidade:
A globalização trouxe consigo uma necessidade urgente de desenvolver-se a corresponsabilidade e o compromisso mútuos, cujas ações de uns dizem respeito a outros que
podem estar geograficamente distantes. (HUBER MOREIRA, 2001). Temas da atualidade devem estar presentes na pauta das empresas e essas já não podem ser
incoerentes e deixar de lado essas questões. Assim, ética, transparência e corresponsabilidade são valores que partem da cobrança do público e que tendem a estar
presentes na formulação do planejamento estratégico de comunicação, tanto no setor público quanto no privado. Não basta apenas ter a informação, mas saber manuseá-la
e produzir junção de todas as áreas de comunicação. Para KUNSCH (1997), a questão da responsabilidade social pode ser definida como as obrigações da empresa com a
sociedade. Assim, surgem novas concepções das organizações utilitárias, que deixam de ser meras unidades econômicas para se tornarem unidades sociais interessadas nos
aspectos coletivos. Com certeza, o marco histórico mais significativo na direção da institucionalização da ética e da responsabilidade social como missão e filosofia
corporativa ocorreu com a criação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.
Conforme GIDDENS (1991), a globalização trouxe consigo a necessidade de desenvolver -se a corresponsabilidade e o compromisso mútuos cujas ações de uns dizem
respeito a outros que podem estar distantes geograficamente. É mister ter em mente o fato de que os acontecimentos locais são parte da globalização porque eles são
modelados por eventos que acontecem em locais distantes e vice-versa.

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