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Potencial de Ação

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Bruna França – Medicina UFAL 
Os potenciais de ação gerados por uma porção da 
membrana são similares em tamanho e duração, e não 
diminuem à medida que são propagados pelo axônio. 
 
A frequência e o padrão de potenciais de ação 
constituem o código utilizado pelos neurônios para 
transferir informação de um local para outro. Os 
potenciais de ação são causados pela despolarização 
da membrana além do limiar. 
Em interneurônios, a despolarização é, em geral, 
causada pela entrada de Na+ através dos canais que 
são sensíveis aos neurotransmissores liberados por 
outros neurônios. Além desses mecanismos naturais, 
os neurônios também podem ser despolarizados pela 
injeção de uma corrente elétrica. É impossível iniciar 
outro durante cerca de 1 ms. 
 Esse período de tempo é chamado de período 
refratário absoluto. Além disso, pode ser relativamente 
difícil iniciar outro potencial de ação durante diversos 
milissegundos após o fim do período refratário 
absoluto. Durante esse período refratário relativo, a 
quantidade de corrente necessária para despolarizar o 
neurônio até o limiar do potencial de ação é maior do 
que a normal. O potencial de ação é uma redistribuição 
de carga elétrica através da membrana. 
A despolarização da célula durante o potencial de ação 
é causada pelo influxo de íons sódio através da 
membrana, e a repolarização é causada pelo efluxo de 
íons potássio. 
Mudança do potencial de membrana durante o tempo 
em que ocorre um potencial de ação. 
A fase ascendente do potencial de ação é causada pelo 
influxo de Na+ através de centenas de canais de sódio 
dependentes de voltagem. A fase descendente é 
causada pela inativação dos canais de sódio 
dependentes de voltagem e o efluxo de K+ através de 
canais de potássio dependentes de voltagem. É 
necessário que o potencial de ação, uma vez gerado, 
seja conduzido ao longo do axônio - Quando uma 
porção da membrana axonal é despolarizada 
suficientemente para atingir o limiar, os canais de 
sódio dependentes de voltagem se abrem e o potencial 
de ação é iniciado. O influxo de carga positiva se 
difunde dentro do axônio e despolariza os segmentos 
adjacentes da membrana, e quando atinge o limiar, os 
canais de sódio dependentes de voltagem se abrem 
nessa porção da membrana. 
 
 Dessa forma, o potencial de ação faz seu caminho ao 
longo do axônio até alcançar o terminal axonal, assim 
iniciando a transmissão sináptica. Um potencial de 
ação iniciado em uma extremidade de um axônio 
apenas se propaga em um sentido; ele não volta pelo 
caminho já percorrido. Isso ocorre porque a membrana 
por onde passou está refratária como resultado da 
inativação dos canais de sódio recém-utilizados. 
Em geral, os potenciais de ação se conduzem em 
apenas uma direção, do cone do axônio, próximo ao 
corpo celular, para o axônio terminal; chamada de 
condução ortodrômica. 
Bruna França – Medicina UFAL 
Existem duas vias pelas quais a carga positiva pode se 
difundir: pelo interior do axônio ou através dos canais 
da membrana axonal. Se o axônio for estreito e houver 
muitos poros abertos na membrana, a maior parte da 
corrente fluirá através da membrana. Se o axônio for 
largo e houver poucos poros abertos na membrana, a 
maior parte da corrente fluirá pelo interior do axônio. 
Quanto mais longe a corrente se propagar ao longo do 
axônio, mais longe o potencial de ação despolarizará a 
sua frente e mais rápido ele se propagará. Como regra, 
portanto, a velocidade de condução do potencial de 
ação aumenta com o diâmetro axonal. O tamanho 
axonal e o número de canais dependentes de voltagem 
na membrana também afetam a excitabilidade 
neuronal. Axônios menores necessitam de uma maior 
despolarização para alcançar o limiar do potencial de 
ação. 
Vertebrados apresentaram outra solução para 
aumentar a velocidade de condução: envolver o axônio 
com um isolante chamado de mielina 
A bainha de mielina consiste em muitas voltas de 
membrana fornecidas por células gliais, as células de 
Schwann no sistema nervoso periférico (fora do 
encéfalo e da medula espinhal) e os oligodendrócitos 
no sistema nervoso central. 
A bainha de mielina não se estende continuamente ao 
longo de todo o axônio. Existem quebras no 
isolamento, onde os íons podem atravessar a 
membrana para gerar potenciais de ação. Esse tipo de 
propagação do potencial de ação é chamado de 
condução saltatória. Em geral, as membranas dos 
dendritos e dos corpos celulares neuronais não geram 
potenciais de ação causados pelo sódio, uma vez que 
possuem muito poucos canais de sódio dependentes 
de voltagem. Assim, a parte do neurônio onde o axônio 
se origina do corpo celular, o cone de implantação 
axonal, é frequentemente também chamada de zona 
de gatilho. Em um neurônio típico no encéfalo ou na 
medula espinhal, a despolarização dos dendritos e do 
corpo celular, causada pelo estímulo sináptico de 
outros neurônios, leva à geração de potenciais de ação 
se a membrana do cone de implantação axonal for 
despolarizada além do limiar.

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