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[Pediatria] - Diarreia Aguda - Exercicios Helano

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1 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
1 
Pediatria 
Diarreia Aguda (DA) 
Questões 
1. Como se define e como se classifica a diarreia? 
2. Quais as principais etiologias da diarreia aguda infecciosa? 
Cite os principais agentes de cada tipo. 
3. Cite os principais agentes bacterianos, o quadro clinico e o 
mecanismo da diarreia causada por tais patógenos. 
4. Quais os principais mecanismos patológicos da diarreia 
aguda? Relacione cada mecanismo com seu agente 
patológico e com os principais achados clínicos. 
5. Como é feito o diagnostico do quadro de DA? O que deve 
constar na anamnese do paciente? 
6. Qual a principal complicação da DA? E qual o principal fator 
de risco para agravo do quadro? 
7. Quais os padrões clínicos para avaliação do estado de 
hidratação segundo a OMS? 
8. Qual a composição da SRO atualmente preconizada pela 
OMS? 
9. Como deve ser realizado o tratamento da diarreia sem 
desidratação? 
10. Como deve ser realizado o tratamento da diarreia com 
desidratação leve? 
11. Como deve ser realizado o tratamento da diarreia com 
desidratação severa? 
12. Cite os principais antibióticos e antimicrobianos utilizados 
para cada agente etiológico. Quais as principais indicações 
para uso desses medicamentos? 
13. Como deve ser realizada a prevenção da DA? 
Gabarito 
1. Define-se com quadro de evacuações liquidas/pastosas > 3x 
por dia. Se durar até 14 dias – diarreia aguda. Se durar mais de 
14 dias – diarreia persistente. 
 
 
 
2 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
2 
2. Os vírus são os principais agentes causadores das diarreias 
infecciosas, com destaque para rotavírus (mais importante), 
calicivírus, astrovírus e adenovírus entérico. Além dos vírus, 
tem-se agentes bacterianos, mais prevalentes em países em 
desenvolvimento, especialmente nas estações chuvosas e 
quentes. Os principais são E.histolytica, G.intestinalis, 
C.parvum, C.cayetanensis. 
3. E.coli enterotoxigênica (diarreia do viajante; diarreia do 
lactente) – diarreia liquida, abundante, sem sangue, dor 
abdominal e febre baixa. Mecanismo – diarreia secretora. 
E.coli enteropatogênica (lactentes e adultos) – diarreia com 
muco, sem sangue, dor abdominal, vômitos e febre. 
Mecanismo – Lesão de microvilosidades. E.coli enteroinvasiva 
(>2 anos de idade e adultos) – disenteria, febre, cólica, mal 
estar, semelhante à Shigella. Mecanismo – invasão do 
enterócito. 
4. Mecanismo osmótico – quadros virais (rotavírus) – fezes 
liquida/volumosa com aspecto amarelado e grande perda 
eletrolítica. Febre alta em 50% dos casos; mecanismo secretor 
– ETEC e V.cholerae – Perda de aguda e de eletrólitos por 
vômitos, febre baixa ou ausente, poucos sintomas sistêmicos; 
mecanismo inflamatório – patógenos que invadem a mucosa 
intestinal – febre, mal estar, cólica, diarreia disentérica, muco, 
sangue e eletrólitos nas fezes; mecanismo de alteração da 
motilidade. 
5. Diagnostico majoritariamente clínico. Anamnese – duração da 
diarreia; características das fezes; número de evacuações; 
vômitos; febre; diurese (volume, cor e tempo desde a ultima 
micção); uso de medicamentos; sede; apetite; tipo e 
quantidade de alimentos oferecidos após inicio da diarreia; 
doenças previas; queixas relativas a outros sistemas; contato 
com pessoas com diarreia e/ou ingestão de alimentos 
suspeitos; uso recente de atb. 
6. Desidratação severa. O principal fator de agravo é a 
desnutrição. 
7. Elasticidade e turgor da pele (sinal da prega); sede; mucosa 
oral; lagrimas; olhos; fontanela; pulsos; sensório; enchimento 
 
 
 
3 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
3 
capilar (normal < 3s/ desidratação leve – 3 a 6s/ grave > 6s); 
diurese; déficit de fluidos/Kg peso. 
8. Solução hiposmolar. Sódio – 75; potássio – 20; cloro – 65; 
glicose – 75; osmolaridade – 245. 
9. Plano A: SRO (hiposmolar) – menor que 2 anos de idade – 50 a 
100ml após evacuações. Entre 2 e 10 anos de idade – 100 a 
200ml após evacuações. Maior do que 10 anos de idade – livre 
aceitação. Zinco (por 10 a 14 dias) – até 6 meses de vida 
10mg/dia. Maior do que 6 meses de vida 20mg/dia. Além disso, 
manter hidratação com ingesta liquida, manter alimentação, 
manter amamentação. 
10. Plano B: SRO (hiposmolar) – 50 a 100 ml/kg em 4 a 6 horas. 
Durante esse período, não ingerir alimentos! Caso não haja 
melhora após 2h de SRO, iniciar SNG (gastroclise) – 20 a 
30ml/kg/hora durante 4 a 6 horas. Além disso, manter 
amamentação e não restringir totalmente gorduras da dieta do 
paciente. 
11. Plano C: Hidratação venosa com fase de expansão (uso de 
cristaloide – solução fisiológica 0,9%) – o padrão é 20ml/kg/ a 
cada 20 minutos. Segundo a OMS, devem ser feitos 100ml de 
solução nas seguintes variações: criança menor do que 12 
meses – 30ml/kg em 1h + 70ml/kg em 5h. Criança maior do 
que 12 meses – 30ml/kg em 30 minutos + 70ml/kg em 150 
minutos. 
12. E.coli – ciprofloxacina ou ceftriaxone; giardíase – metronidazol, 
tinidazol ou secnidazol; Shigella – azitromicina, ceftriaxone e 
ácido nalidíxico; cólera – azitromicina, ciprofloxacina. 
Indicações – diarreia com sangue, pacientes imunodeprimidos, 
lactentes < 4 meses de vida. 
13. Aleitamento materno exclusivo ate os 6 meses de vida; uso de 
água tratada e de alimentos higienizados; presença de 
esgotamento sanitário adequado. Quanto ao rotavírus, tem-se 
a vacinação aos 2 meses e aos 4 meses.

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