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RESUMO DE IMUNOLOGIA

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ELISA 
O ELISA (do inglês, Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) se baseia na identificação de anticorpos e ou antígenos, 
por anticorpos marcados com uma enzima, de maneira que esta enzima age sobre um substrato e a reação faz com 
que o cromógeno mude de cor. O produto da reação, além de colorido, é insolúvel para não difundir do local da 
formação. 
Quando o sistema imunológico do corpo encontra um antígeno específico (por exemplo, uma proteína característica na 
superfície de um vírus ou bactéria), os anticorpos que são específicos para o antígeno interceptam-no com uma ligação 
física a ele em uma "chave e fechadura", neutralizando assim o antígeno. O ELISA é uma técnica fundamental para 
avaliações imunológicas e bioquímicas, utilizada para detectar o antígeno ou anticorpo em uma amostra, com base em 
interações anticorpo-antígeno. Se um antígeno (ou da mesma forma, um anticorpo) é detectada, um sinal é produzido 
na forma de uma mudança mensurável. 
ELISA DE CAPTURA DE ANTICORPO 
A ELISA por captura de antígeno se baseia na absorção de antígenos purificados na fundo da placa. Primeiramente, 
deve se colocar os antígenos de determinada doença na placa. Depois, são colocados antígenos não relacionados na 
placa, para que eles bloqueiem a parede da placa em que não foram colocados antígenos. Então, é colocado a 
amostra a ser analisada na placa. Se o paciente estiver com determinada patologia, ele terá produzidos anticorpos 
específicos ao antígeno que está na placa, e eles irão se ligar de maneira forte. Então a placa é lavada, para que 
todas as ligações exceto antígeno-anticorpo do paciente sejam eliminadas (pois elas são ligadas fracamente). É 
colocado um detergente, para que este atrapalhem as interações inespecíficas de antígeno-anticorpo, sem destruir as 
interações especificas. Logo, temos uma placa somente com complexos especificas antígeno-anticorpo. 
Então, é feita a evidenciação desses complexos através da injeção de anti-anticorpos humanos que estão acoplados a 
enzima peroxidase. A reação que está enzima catalisa produz cor, então o meio que antes era incolor, passa a ser 
amarelado, indicando a presença do complexo. O produto da reação, além de colorido, é insolúvel para não difundir do 
local da formação. Para parar a reação catalisada pela peroxidase, basta adicionar acido sulfúrico ao meio, que irá 
inativar a enzima pela mudança de pH. 
ELISA DE CAPTURA DE ANTIGENO 
O método competitivo é mais usado para identificação de antígenos, mas pode também ser empregado para a 
detecção de anticorpos. Neste método primeiro se adsorve o anticorpo no poço da microplaca, direcionando a porção 
FAB para a captura do antigeno. Após a adsorção do anticorpo, uma solução que possivelmente contém o antígeno é 
adicionada sobre os anticorpos adsorvidos. O próximo passo é adicionar o antígeno marcado com uma enzima (como 
a biotina, que será reconhecida por biotinas). Os poços que não possuem o antígeno primário (da solução problema) 
aderido ao anticorpo ficam coloridos, enquanto que os poços que possuem antígenos aderidos aos anticorpos não 
mudam de cor. Além disso, a revelação pode ser feita através da adição de antígenos frios que são do paciente e 
antigenos quentes (marcados com radioisótopos) que NÃO são do paciente, que irão emitir radiação. Quanto mais 
radiação for detectada, mais antígenos que não são do paciente foram ligados e menos antígenos do paciente foram 
capturados. 
ELISA SANDUICHE 
O Elisa sanduiche baseia no método de Elisa de captura de antígeno, porém a evidenciação dos antígenos é feita 
através da injeção de antianticorpos marcacados com enzimas catalisadoras de reações que mudam de cor, como na 
Elisa de captura de anticorpo. 
ANTICORPOS MONOCLONAIS 
Quando se injeta um antígeno em animal, os anticorpos resultantes são policlonais, ou seja, sintetizados por uma 
mistura de células B. Os anticorpos policlonais são direcionados contra diferentes epitopos do antígeno, não sendo 
monoespecificos. A existência de anticorpos diferentes para um mesmo agente patogénico torna a resposta pouco 
eficiente, sendo os anticorpos monoclonais os mais eficientes. Devido a isto, na pesquisa de diagnósticos e 
terapêuticas eficazes contra certas patologias, utilizam-se preferencialmente anticorpos monoclonais.Já os anticorpos 
monoclonais são Ig geradas por uma população geneticamente idêntica de células B, especificos para um único 
epitopo, sendo muito úteis na área da biologia e da medicina. Por exemplo, eles são usados para direcionar agentes 
terapêuticos para células tumorais, ou para acelerar a eliminação de alguns fármacos na circulação. 
Estes anticorpos não são passíveis de serem isolados a partir de um soro policlonal, logo há necessidade de se 
produzirem anticorpos monoclonais. A produção de um anticorpo monoclonal envolve a fusão celular de duas espécies 
num meio de polietilenoglicol: uma população idêntica de linfócitos B, que geralmente tem uma vida curta e são 
HGPRT positivos (que sintetiza nucleotídeos); e uma população de células mieloides, com alta capacidade de 
replicação, que são imortais e HGPRT negativo. O resultado disso é um linfócito B imortal, HGPRT positivo chamado 
HIBRIDOMA, que se forem clonados, produzem anticorpos monoclonais. Esses hibridomas são cultivados em um meio 
de hipoxantina-aminopterina-timidina, HAT, que permite que só esses hibridomas consigam sobreviver. No meio HAT, 
os linfócitos B morrem por ter vida curta e aminopterina bloqueia a principal via de síntese de purinas e pirimidinas; 
assim células de mieloma, que já não expressam a enzima HPRT, num meio HAT, não podem se multiplicar. A seleção 
do anticorpo específico é feito por Elisa de Captura de anticorpo. 
Os anticorpos monoclonais podem ser usados podem ser usados em fármacos antagonistas de CD3, e assim evitar a 
rejeição da medula óssea transplantada. Para tumores, os anticorpos monoclonais são ineficientes, porque o corpo 
produz anti-anticorpos. Então, para contornar isso, utilizando a técnica do DNA recombinante, foi possível humanizar 
os anticorpos, para que eles não rejeitem os anticorpos monoclonais. O processo de humanização não deve alterar a 
afinidade do anticorpo com o respectivo antígeno e possibilita assim o seu emprego continuado em procedimentos 
terapêuticos. 
Na área de oncologia, uma nova geração de medicamentos está baseada na capacidade dos mAbs em reconhecer 
antígenos específicos de tumores e induzir uma resposta imune contra as células cancerosas. Além disso, os mAbs 
podem ser modificados de forma a atuarem como portadores de radioisótopos ou toxinas às células cancerosas, 
ampliando seu espectro de aplicação terapêutica. 
IMUNIDADE MEDIADA POR LINFÓCITOS T 
Uma vez completado o desenvolvimento no timo, as células T entram na corrente sanguínea. Chegando ao órgão 
linfoide periférico, deixam a circulação para migrar pelos tecidos linfoides, retornando ao sangue através dos vasos 
linfáticos para recircular entre o sangue e os tecidos linfoides periféricos até encontrar o seu antígeno específico. As 
células T maduras recirculantes que ainda não encontraram seus antígenos específicos recebem o nome de células T 
virgens. Para participar de uma resposta imune adaptativa, uma célula T virgem deve encontrar seu antígeno 
específico apresentado como um complexo peptídeo:MHC na superfície de uma célula apresentadora de antígeno, e 
ser induzida a proliferar e diferenciar-se em células que adquirem novas atividades que contribuem para a remoção do 
antígeno. Essas células são chamadas de células T efetoras e atuam rapidamente quando encontram seu antígeno 
específico em outras células. Devido à necessidade de reconhecer antígenos peptídicos apresentados por moléculas 
do MHC, todas as células T efetoras atuam em outras células do hospedeiro e não diretamente nos patógenos. As 
células sobre as quais atuarão as células T efetoras serão referidas como células-alvo.A migração das células T virgens para os tecidos linfoides periféricos depende de sua ligação às vênulas endoteliais 
altas por meio de interações que não são específicas ao antígeno. Essas interações inespecíficas são coordenadas 
por moléculas de adesão célula-célula, como integrinas e selectinas. A entrada dos linfócitos T nos linfonodos ocorre 
em estágios distintos que incluem o rolamento inicial dos linfócitos sobre a superfície das células endoteliais, a ativação 
das integrinas, adesão firme e a transmigração, ou diapedese, através da camada endotelial para as áreas 
paracorticais, as zonas de células T. 
 
As células T virgens circulam do sangue para os linfonodos, o baço e os tecidos linfoides associados à mucosa e 
novamente para o sangue. Isso permite que elas façam contato diariamente com milhares de células dendríticas nos 
linfonodos e inspecionem os complexos peptídeo:MHC na superfície das células dendríticas. Assim, cada célula T 
possui uma alta probabilidade de encontrar antígenos derivados de qualquer patógeno que tenha iniciado uma infecção 
em qualquer local do organismo. As células T virgens que não encontram o seu antígeno específico saem dos tecidos 
linfoides pelos eferentes linfáticos de volta para a circulação sanguínea, permitindo que possam continuar sua 
recirculação 
 
Quando as células dendrítica, ativadas como parte da resposta inata, capturam os antígenos no local de infecção, elas 
levam eles, via linfáticos, até o órgão linfoide secundário, aonde haverá o encontro do antígeno com as células T, que 
chegaram lá via corrente sanguínea. Assim, os órgãos linfoides secundários são considerados o centro da resposta 
imune adaptativa. A captura dos antígenos pelas células dendriticas só é possível pelo fato destas apresentarem Toll-
like Receptors (TLR), que reconhecem o mesmo denominador estrutural que existem em vários antígenos. Existem 
várias vias de processamento e reconhecimento de células dendriticas: 
 
• O aprisionamento do antígeno no sistema endocítico, seja por fagocitose mediada por receptor ou por 
macropinocitose, é considerada a principal via de distribuição do antígeno para as moléculas do MHC de 
classe II para apresentação para às células T CD4. 
• Acredita-se que a produção de antígenos no citosol, por exemplo, como resultado de uma infecção viral, seja a 
principal via de distribuição do antígeno para as moléculas do MHC de classe I para apresentação às células 
CD8. 
• É possível, entretanto, que os antígenos endógenos sejam aprisionados na via endocítica para serem levados 
ao citosol para eventual distribuição para as moléculas do MHC de classe I para apresentação às células T 
CD8, um processo denominado apresentação cruzada 
• Os antígenos parecem ser transmitidos de uma célula dendrítica a outra para apresentação às células T CD8, 
embora os detalhes dessa via ainda não estejam bem esclarecidos. 
 
A interação da célula dendritica com o linfócito T é feita através de interações entre o TCR e a célula dendritica. Deste 
modo, o TCR testa as células dendriticas por meio de interações fracas e rápidas. Quando é detectada uma interação 
mais forte entre essas duas células, a afinidade da integrina aumenta, permitindo o sinal de coestimulação das células 
T. 
 
Alguns outros tipos celulares são capazes de atuar como células apresentadoras de antígenos para as células T 
virgens, mas as células dendríticas são as ativadoras mais potentes das células T virgens e acredita-se que elas 
iniciem a maioria das respostas de células T contra os microrganismos patogênicos. Os macrófagos capturam 
eficientemente antígenos particulados como as bactérias e são induzidos por agentes infecciosos a expressarem as 
moléculas do MHC de classe II e atividade coestimuladora. A habilidade única das células B de ligar e internalizar 
antígenos proteicos solúveis por meio de seus receptores e apresentar os peptídeos processados como um complexo 
peptídeo:MHC pode ser importante na ativação das células T para fornecer um auxílio antígeno-específico às células 
B. Em todos os três tipos de células apresentadoras de antígenos, a expressão de moléculas coestimuladoras é 
ativada em resposta aos sinais de receptores que também atuam na imunidade inata para sinalizar a presença de um 
agente infeccioso. 
 
ATIVAÇÃO DE CÉLULAS T 
 
Para as células T serem ativadas, várias células T com receptores idênticos precisam encontrar várias células 
dendriticas que possuam MHC com antígenos idênticos em sua superfície, esse processo é chamado de sinal de 
especificidade. Após isso, a célula apresentadora de antígeno apresenta uma molécula B7 para o receptor CD28 da 
célula T, coestimulando-a. Após essas duas estimulações, a célula T passa expressar CD3, que expõe ITAM’s que 
autofosforilam e fosforilam outras moléculas. Essas fosforilações culminam numa sinapse imunológica, entre a célula 
dendritica e a célula T. Isso resuta na ativação da fosfolipase γ, que ativa a cascata de IP3 e DAG, culminando na 
ativação de fatores de transcrição que fazem a migração do núcleo para a ativação de linfócitos T. Assim, há a ativação 
autocrina e paracrina das células T. A falta de um sinal de coestimulação torna a célula T anergica, ou seja, sem 
função. As células T virgens que reconhecem o seu antígeno específico na superfície de uma célula dendrítica madura 
param de migrar. Elas proliferam por vários dias, sofrendo expansão clonal e diferenciação e dão origem a clones de 
células T efetoras armadas, todas com a mesma especificidade pelo antígeno. No final desse período, as células T 
efetoras tornam-se capazes de deixar os órgãos linfoides e retornam à corrente sanguínea para migrar para os locais 
de infecção. A exceção a esse tipo de recirculação é o baço, o qual não possui conexão com o sistema linfático. Todas 
as células entram do sangue para o baço e depois voltam para a circulação. 
 
FUNÇÃO EFETORA 
 
CÉLULAS T CD4+ (AUXILIARES): A ativação da função efetora dos CD4 é feita fora do órgão secundário por 
qualquer célula que apresente MHC, não precisando ser uma APC. Quando ativada, ela pode se tornar uma célula 
TH1, TH2, TH17 e TH reguladoras. 
As células TH1 produzem citocinas que ativam os macrófagos, habilitando-os a destruir microrganismos intracelulares 
de forma mais eficiente. Elas também ativam as células B a produzir anticorpos fortemente opsonizantes pertencentes 
a certas subclasses de IgG (IgG1 e IgG3 em humanos e seus homólogos, IgG2a e IgG2b, em camundongos). As 
células TH2, em contraste, produzem citocinas que levam as células B a diferenciarem-se produzirem imunoglobulinas 
de todos os outros tipos, principalmente IgE, e são responsáveis por iniciar as respostas de células B, ativando células 
B virgens a proliferarem e produzirem IgM. Juntos, os vários tipos de imunoglobulinas constituem as moléculas efetoras 
da resposta imune humoral. As células TH17 são uma subpopulação de células T CD4 efetoras recém-identificadas. 
Elas induzem células epiteliais e estromais locais à produção de quimiocinas que recrutam neutrófilos para os locais de 
infecção logo no início da resposta imune adaptativa. As restantes subpopulações de células T efetoras são as células 
T reguladoras , uma classe heterogênea de células que inibem a atividade das células T e auxiliam na prevenção e no 
desenvolvimento de autoimunidade durante as respostas imunes. 
 
CÉLULAS T CD8+ (CITOTÓXICAS): As células T CD8 virgens se diferenciam em células citotóxicas, e talvez devido às 
suas ações efetoras elas sejam tão destrutivas. Elas exigem mais atividade coestimuladora em sua ativação para 
tornarem-se células efetoras ativadas do que as células T CD4 virgens. Tal exigência pode ser preenchida de dois 
modos. O mais simples é a ativação pelas células dendríticas maduras, que possuem elevada atividade coestimuladora 
intrínseca. Essas células podem estimular diretamente os linfócitos T CD8 a sintetizarema IL-2 que dirige sua própria 
proliferação e diferenciação. A ativação direta das células T CD8 por meio das células apresentadoras de antígenos 
infectadas por vírus pode ocorrer em algumas situações, mas na maioria das infecções virais parece que a ativação 
das células T CD8 requer um auxílio adicional. Este é fornecido pelas células T efetoras CD4 que reconhecem 
antígenos relacionados na superfície da mesma célula apresentadora de antígeno. 
Uma vez ativado, a célula T citotóxica precisa apenas do sinal de especificidade para começar a desenvolver a sua 
atividade natural, que é matar células infectadas. 
 
SINALIZAÇÃO POR MEIO DE CITOXINAS 
As moléculas efetoras produzidas pelas células T efetoras pertencem a duas amplas classes: as citotoxinas, as quais 
são armazenadas em grânulos citotóxicos especializados e liberadas pelas células T citotóxicas CD8 e as citocinas e 
proteínas associadas à membrana, que são sintetizadas de novo por todas as células T efetoras. Elas podem penetrar 
na bicamada lipídica e ativar a apoptose em qualquer célula. Por outro lado, as células T efetoras CD4 atuam 
principalmente pela produção de citocinas e de proteínas associadas à membrana, e suas ações estão restritas às 
células portadoras de moléculas do MHC de classe II e que expressam receptores para essas proteínas. 
Exemplos: 
• CD8: secreta citocinas que tornam células resistentes a infecção viral 
• CD4 (TH1): secretam citocinas altamente microbicidas e que atraem macrófagos 
• CD4 (TH2): secretam citocinas que ativam células B apresentadoras de antígenos específicos a se 
diferenciarem em plasmócitos, e secretarem anticorpos. 
 
DEFESA DO CORPO CONTRA INFECÇÕES 
 
As superfícies epiteliais do corpo são expostas a grandes quantidades de antígeno dos quais elas são separadas por 
somente uma fina camada de células – o epitélio. Esses tecidos são essenciais para a vida e, por isso, requerem 
proteção contínua e efetiva contra invasão. Isso é parcialmente mantido pelo próprio epitélio atuando como uma 
barreira física; entretanto, esta pode ser facilmente rompida, significando que os mecanismos mais sofisticados dos 
sistemas imunes inato e adaptativo também exercem importantes papéis. 
 
As mucosas possuem função de comunicação entre os diferentes tecidos, mas também é porta de entrada para 
inúmeros antígenos patogênicos ou não. Por isso, é preciso que haja diferenciação entre esses antígenos patogênicos 
e não patogênicos, e também uma forma de proteção contra esses antígenos que causam patogenias. 
 
Para isso, as mucosas dispõem de muitas estratégias que diferem do sistema imune do resto do corpo, como: 
• Interações íntimas entre o epitélio mucoso e os tecidos linfoides 
• Compartimentos discretos de tecido linfoide difuso e estruturas mais organizadas, como placas de 
Peyer, folículos linfoides isolados e tonsilas 
• Mecanismos especializados de captação de antígenos, como, por exemplo, células M nas placas de 
Peyer, adenoides e tonsilas 
• Predominância de células T ativadas/de memória mesmo na ausência de infecção 
• Presença de células T efetoras/reguladoras “naturais” ativadas inespecificamente 
• Macrófagos inibitórios e células dendríticas indutoras de tolerância 
• Predominação de sub-regulação ativa de repostas imunes (contra alimentos ou outros antígenos 
inócuos) 
 
As mucosas possuem estruturas linfoides secundárias que são semelhantes a linfonodos, em que há a presença de 
células B e T ativadas. Nessas estruturas, as células M fazem a captação, armazenamento e transporte de antígenos 
por transcitose ou fagocitose da região apical para a região basal celular. Assim, os antígenos são apresentados 
capturados por células dendriticas, que os direcionam para o linfonodo, ocasionando a ativação de células B e T 
anteriormente virgens, que. A motilidade da célula dendrítica é aumentada em resposta à infecção bacteriana local, e 
essas células podem adquirir bactérias do lúmen antes de retornarem à lâmina própria. Esse comportamento permite 
que as células dendríticas de mucosa adquiram antígenos cruzando a barreira epitelial intacta sem a necessidade de 
células M. Após a captação de antígenos a partir do lúmen intestinal, as células dendríticas da lâmina própria 
transportam esses antígenos às áreas de célula T de linfonodos mesentéricos por meio de linfáticos aferentes. 
Outro ponto importante é a presença de células do sistema imune efetoras em tecidos organizados e dispersos no 
epitélio de superfície da mucosa e sob uma camada de tecido conetivo (lâmina própria), garantindo uma resposta 
rápida aos antígenos. No intestino, as células efetoras são encontradas em dois compartimentos principais: o epitélio e a lâmina 
própria. Esses tecidos são diferentes em termos imunológicos, sendo separados somente por uma fina camada de membrana basal. O 
epitélio é composto principalmente por linfócitos, a grande maioria dos quais células T CD8. A lâmina própria é mais heterogênea,com 
grandes números de células T CD4 e CD8, assim como células plasmáticas, macrófagos, células dendríticas, eosinófilos ocasionais e 
mastócitos. 
 
Quando os antígenos encontram as células B ativadas (plasmócitos), há a secreção de IgA. A fim de alcançar seu 
antígeno no lúmen intestinal, a IgA precisa ser transportada através do epitélio. Isso é feito por células epiteliais 
imaturaslocalizadas na base das criptas intestinais, que expressam o receptor de imunoglobulina polimérico (receptor poli-Ig) em 
suas superfícies basolaterais. Parte do receptor clivado permanece associada à IgA e é conhecida como componente secretor. O 
anticorpo resultante é então denominado IgA secretora. 
 
Em infecções por helmintos, há a secreção de TH2, eficiente para patógenos extracelulares. A secreção de TH2 ativa 
produção de interleucinas que ativam eosinóflios que secretam IgE e outras interleucinas ativadoras de mastócitos. 
Assim, acontece a eliminação de patógenos extracelulares. A secreção de TH2 inibe a secreção de TH1, eficiente para 
patógenos intracelulares, e que neste caso, seria ineficiente e causaria lesão tecidual. Isso pode causar ineficiência na 
defesa contra dois patógenos diferentes. 
 
MEMÓRIA IMUNOLOGICA 
 
Na primeira vez em que um patógeno é encontrado, os anticorpos antígeno-específicos e as células T efetoras são 
produzidas. Os seus níveis declinam gradualmente depois que uma infecção é eliminada. Uma reinfecção é 
rapidamente eliminada por esses reagentes imunes. Existem poucos sintomas, mas os níveis dos reagentes imunes 
aumentam. As reinfecções subsequentes levam a um rápido aumento nos níveis de anticorpos patógeno-específicos e 
no número de células T efetoras devido à memória imunológica, e os sintomas da doença podem ser suaves ou 
mesmo inaparentes. 
O estabelecimento da memória imunológica é talvez a consequência mais importante da resposta imune adaptativa, 
conhecida como a capacidade que o sistema imune possui de responder rápida e efetivamente a patógenos 
encontrados anteriormente – e preveni-los de causar a doença. Os linfócitos B e T efetores de memória são produzidos 
durante a resposta imune primária, persistindo após ela. Porém, a geração de respostas secundárias de anticorpos 
de células B de memória é diferente da geração da resposta de anticorpos primária. 
A resposta primária normalmente consiste em moléculas de anticorpos feitas por células plasmáticas derivadas de um 
número relativamente grande de diferentes células B precursoras. Os anticorpos são de afinidade relativamente baixa, 
com poucas mutações somáticas. A resposta secundária deriva de poucas células B precursoras com maior afinidade, 
que sofreram uma significativa expansão clonal. Isso pode ser observado como uma diminuição de IgM (inespecífico) e 
aumento de IgG (especifico). Seus receptores e anticorpos são de alta afinidade para o antígeno e mostram muitas 
mutações somáticas. 
Além disso, os anticorpos IgGsuprimem a ativação de células B virgens na resposta secundária, pois não seria 
vantajoso reiniciar todo o processo de produção de anticorpos, começando de IgM inespecífica. Esse processo de 
supressão é feito através da ligação do imunocomplexo antígeno-anticorpo ao receptor da célula B virgem, causando 
uma inibição por feedback negativo. 
 
ESCAPE IMUNOLOGICO DE VIRUS/PECADO ORIGINAL ANTIGÊNICO 
 
Quando indivíduos que já foram infectados com uma variante do vírus da gripe são infectados com uma segunda 
variante, eles fazem anticorpos apenas contra epítopos que estavam presentes no primeiro vírus. Uma criança 
infectada pela primeira vez com um vírus da gripe aos dois anos de idade faz uma resposta a todos os epítopos. Aos 
cinco anos, a mesma criança exposta a uma variante do vírus, responde preferencialmente àqueles epítopos 
compartilhados com o vírus original e produz uma resposta menor do que a normal a novos epítopos do vírus. Mesmo 
aos 20 anos de idade, esse comprometimento com a resposta aos epítopos compartilhados com o vírus original e a 
resposta subnormal a novos epítopos são mantidos, ocasionando uma perda de eficiência da resposta imune, que leva 
a um maior tempo de recuperação. 
 
BLA BLA BLA 
 
Transplante de Medula Ossea 
Para ser útil, o enxerto deve compartilhar alguns alelos do MHC com o hospedeiro. Como vimos na Seção 7-15, os 
alelos do MHC expressos pelo epitélio tímico determinam quais células T podem ser positivamente selecionadas. 
Quando células da medula óssea são utilizadas para restaurar a função imune de indivíduos com um estroma tímico 
normal, tanto as células T como as células apresentadoras de antígeno são derivadas do enxerto. Portanto, a menos 
que o enxerto compartilhe pelo menos alguns alelos do MHC com o receptor, as células T que são selecionadas no 
epitélio tímico do hospedeiro não podem ser ativadas por células apresentadoras de antígeno derivadas do enxerto 
(Figura 12.15). Existe também o risco de que as células T pós-tímicas maduras da medula óssea do doador 
reconheçam o hospedeiro como estranho e o ataquem, causando a doença enxerto-versus-hospedeiro (GVHD) (Figura 
12.16, quadro superior). Essa situação pode ser resolvida por meio da depleção das células T maduras damedula 
óssea do doador. Os receptores de medula óssea são tratados, geralmente,com radiação, que mata seus linfócitos 
abrindo espaço para células de medula óssea enxertadas e minimizando a ameaça de doença hospedeiro-versus-
enxerto (HVGD)(Figura 12.16, terceiro quadro). Em pacientes com o fenótipo SCID, entretanto, existem poucos 
problemas com a resposta do hospedeiro à medula óssea transplantada,pois o paciente é imunodeficiente. 
AIDS 
A fase aguda está clinicamente caracterizada com uma doença semelhante à gripe em até 80% dos casos, com abundância de vírus 
(viremia) no sangue periférico e uma queda marcante nos níveis de células T CD4 circulantes. Nesse estágio, o diagnóstico é geralmente 
descartado, a não ser que exista uma grande suspeita da infecção pelo HIV. Essa viremia aguda está associada, em praticamente todos os 
pacientes, à ativação das células T CD8, que matam as células infectadas pelo HIV, e, subsequentemente à produção de anticorpos, ou 
soroconversão. Acredita-se que a resposta das células T citotóxicas seja importante para controlar os níveis do vírus, que atingem um 
pico e depois declinam, à medida que as contagens de células T CD4 retornam a cerca de 800 células _L–1 (o valor normal é de 1.200 
células _L–1). Três ou quatro meses após a infecção, os sintomas da viremia aguda desaparecem. O nível de vírus que persiste no plasma 
sanguíneo nesse ponto da infecção é em geralo melhor indicador da futura progressão da doença. Atualmente, o melhor indicadorde 
uma doença futura é o nível de vírus que persiste no plasma, uma vez que os sintomas da viremia aguda tenham cessado. A maioria dos 
pacientes infectados pelo HIV eventualmente desenvolve AIDS após um período de quiescência aparente da doença, conhecido como 
latência clínica ou período assintomático (Figura 12.18). Esse período não é silencioso, pois existe a replicação persistente do vírus e um 
declínio gradual da função e do número das células T CD4 até que, eventualmente, os pacientes tenham poucas células T CD4 residuais. 
Nesse ponto, que pode ocorrer a qualquer momento entre 6 meses e 20 anos ou mais após a infecção primária, termina a fase de 
latência clínica e as infecções oportunistas começam a surgir. 
A capacidade do HIV de penetrar em determinados tipos de células, conhecida como tropismo celular do vírus, é determinada 
pela expressão de receptores específicos do vírus na superfície dessas células

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