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Neurofarmacologia: Anticonvulsivantes

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1 Lucas Dominguez 2020.2 – Terceiro Semestre - Medfacs 
NEUROFARMACOLOGIA 
RESUMO DO LIVRO GOODMAN + AULA PROFESSOR ROBERTO 
ANTICONVULSIVANTES 
Crise Epiléptica: Alteração transitória do comportamento decorrente das deflagrações rítmicas, síncronas e desordenadas de 
neurônios cerebrais. 
• Roberto: Curto-circuito neuronal -> Os neurônios passam a se despolarizar de maneira exacerbada, sem haver tempo de 
pausa! 
• Nem todo mundo que tem convulsão é epiléptico, mas quem é epiléptico vai ter convulsão! 
• Parciais: Quando começam focalmente em uma área do córtex. 
o Simples: Preservação da consciência -> Paciente percebe sensações anormais no corpo. 
o Complexa: Associada ao comprometimento da consciência -> Paciente fica entorpecido e confuso, apresentando 
comportamentos automáticos (paciente não vai lembrar dos atos). 
o 60% de todas as crises. 
o Está comumente associada com uma lesão de determinada área do córtex. 
• Generalizadas: Envolvem os dois hemisférios, difusa e simultaneamente. 
o 40% de todas as crises. 
o Geralmente é genética. 
o Mais comum: Mioclônica Juvenil -> 10%. 
o Generalizadas de Ausência: Lapsos de perda de consciência por alguns segundos. Após a crise, a atividade pode 
ser retomada imediatamente, sendo até ignorada por alguns pacientes. 
o Tonicoclônicas: compreende-se duas fases: na fase tônica há perda de consciência, o paciente cai, o corpo se 
contrai e enrijece. Já na fase clônica o paciente contrai e contorce as extremidades do corpo perdendo a 
consciência que após a crise é recobrada gradativamente. 
• A diferença entre as crises parciais e generalizadas é o tipo de descarga elétrica excessiva no cérebro. Quando a descarga 
elétrica está limitada só a uma área cerebral, diz-se que a crise é parcial, se está em todo o cérebro, é generalizada -> Site 
da FIOCRUZ! 
• O tipo da crise é um dos determinantes do fármaco selecionado para o tratamento! 
Epilepsia: Distúrbio da função cerebral caracterizado pela ocorrência periódica e imprevisível de crises epilépticas. 
OBS: De forma a atenuar os efeitos tóxicos, é preferível tratar o paciente com um único fármaco! 
Roberto -> Existem dois grandes grupos de anticonvulsivantes: 
• Aqueles que vão ser usados para evitar crises -> Manutenção e prevenção! 
o Carbamazepina, valproato, Fenitoína e fenobarbital. 
• Aqueles que vão ser usados durante a crise -> Intervenção! 
o Benzodiazepínico (classe) -> Diazepam/midazolam/lorazepam. 
Revisão Neurofisiologia: Está idêntico a transcrição de Carol, ir por lá! 
• Lembrar que o GABA vai ser completamente inibitório -> Vai estar ali na regulação! 
• O GABA é quem regula a via glutamatérgica, sendo inibitório. Ele abre um canal de cloro no neurônio pós-sináptico, 
aumentando cargas negativas que param o estímulo nervoso. A enzima glutamato-transferase degrada o GABA. A 
inibição dessa enzima reduz essa degradação, ou seja, aumenta a quantidade do GABA. 
CARBAMAZEPINA – TEGRETOL: 
Usada no tratamento das crises de ausência. 
Sua ação vai ser mediada pela redução da taxa de recuperação e inativação dos canais de Na+ ativados pela voltagem -> Ou seja, 
vai atuar bloqueando os canais de sódio (atua também em Ca2+, mas o principal é Na+ -> Roberto!). 
 
2 Lucas Dominguez 2020.2 – Terceiro Semestre - Medfacs 
Sua via metabólica predominante envolve a conversão em 10,11-epóxido. Depois vai ser metabolizado em compostos inativos, 
que são excretados na urina principalmente como glicuronídeos -> O CYP3A4 hepático é o principal responsável por sua 
biotransformação. 
• Vai ser inativada por conjugação e hidroxilação. 
Interações Farmacológicas: Fenobarbital, Fenitoína e o valproato podem aumentar seu metabolismo, por indução do CYP3A4. 
Roberto: Como bloqueia os canais de sódio, pode causar bradicardia, certas arritmias, hipernatremia, etc. 
Meia vida: 36 horas, mas reduz para aproximadamente 12 horas em pacientes submetidos à terapia contínua. 
FENITOÍNA (DIFENILIDANTOÍNA): 
Faz parte das hidantoínas. 
É eficaz em todos os tipos de crises epilépticas parciais e tonicoclônicas, mas não nas crises de ausência. 
Limita as deflagrações repetitivas dos potenciais de ação provocados por despolarização persistente. Esse efeito é mediado pela 
diminuição da velocidade de recuperação da inativação dos canais de Na+ ativados pela voltagem. 
Roberto: A Fenitoína tem muito mais afinidade com o canal de Ca2 +. Vai bloquear ele e o canal de Na+ também, além de o de 
K+, etc (vários canais iônicos – não se sabe todos)! 
Possui vários efeitos, podendo ser responsáveis por reações tóxicas indesejáveis associadas aos seus altos níveis. 
95% é metabolizada no retículo endoplasmático hepático pelo CYP2C9/10 e em menor grau pelo CYP2C19. Seu principal 
metabólito, derivado para-hidroxifenílico, é inativo. 
Meia vida: 12 a 36 horas, com média de 24 horas para a maioria dos pacientes. 
VALPROATO – ÁCIDO VALPROICO: 
É eficaz na inibição das convulsões em diversos modelos -> Eficaz nas crises de ausência, bem como nas convulsões parciais e 
tonicoclônicas generalizadas. 
Vai ter uma ação semelhante à Fenitoína e Carbamazepina, com a recuperação prolongada da inativação dos canais de Na+ 
regulados por voltagem, além de produzir reduções discretas das correntes de Ca2+ do tipo T (Roberto: Os principais mecanismos 
dele são o Ca2+ e o GABA). 
Outro mecanismo em potencial envolve o metabolismo do GABA. Ele vai aumentar a quantidade de GABA (neurotransmissor), 
pois vai estimular a atividade da enzima que sintetiza o GABA (ácido glutâmico descarboxilase) e inibir as enzimas que o degradam 
(glutamato transferase). 
O aumento da concentração de GABA leva ao aumento da inibição do neurônio pós-sináptico. 
Meia vida: Varia de 9 a 18 horas. 
FENOBARBITAL - GADERNAL: 
Faz parte da classe dos barbitúricos. 
Tem toxicidade relativamente baixa, baixo custo e ainda é um dos fármacos mais eficazes e amplamente usados com essa 
finalidade. 
Mais eficaz nas crises epilépticas tonicoclônicas parciais e generalizadas e não é eficaz no controle das crises de ausência. 
Ele vai aumentar a corrente mediada pelo receptor GABAa, por meio do aumento da duração da atividade das correntes mediadas 
por esse receptor, sem mudar a frequência das ativações. 
Roberto: O fenobarbital vai se ligar no sítio alostérico do receptor de GABA. Com isso, ele vai abrir os canais de Cl- independente 
do GABA! -> Com a abertura desses canais, entra muito mais cloro na célula, hiperpolarizando-a (vai conseguir agir mesmo que 
tenha baixa de GABA). 
Sua absorção oral é completa, mas um pouco lenta. 
A sedação é o seu efeito adverso mais frequente, ocorrendo em todos os pacientes no início do tratamento, mas há uma tolerância 
durante o uso crônico. 
Pode causar irritabilidade e hiperatividade nas crianças e agitação e confusão no idoso -> Por conta dessas tendências de 
prejudicar o comportamento, seu uso como primeira opção terapêutica vem sendo reduzido. 
 
 
3 Lucas Dominguez 2020.2 – Terceiro Semestre - Medfacs 
BENZODIAZEPÍNICO: 
É a classe de fármacos, compostas, dentre outros, por: Diazepam/midazolam/lorazepam/clonazepam/valium (o que vai 
terminando com AM). 
São usados durante a crise -> Intervenção. 
As ações anticonvulsivantes resultam em grande parte de sua capacidade de aumentar a inibição sináptica mediada pelo GABA. 
Eles atuam como subgrupo dos receptores GABAa e aumentam a frequência, mas não a duração, da abertura dos canais de Cl- 
ativos pelo GABA. 
Roberto: Assim como o fenobarbital, ele vai se ligar a outro sítio alostérico do receptor de GABA, mudando sua conformação e 
permitindo que mais GABA se ligue com maior afinidade -> Potencializa a ação do GABA. Com isso, o canal de cloro vai ficar mais 
tempo aberto, o hiperpolarizando. 
• É um agonista alostérico. 
• É aqui que ele vai se diferenciar do fenobarbital, pois ele vai depender do GABA, já que vai potencializar sua ação, 
enquanto o fenobarbital não vai importar se tem GABA ou não. 
o Além disso, vaiter uma cinética diferente -> Vai ser mais rápido, por isso é usado em emergência! 
Seus principais efeitos adversos no tratamento crônico são sonolência e letargia. 
 
ANTIDEPRESSIVOS 
Antes de entender a farmacologia, temos que entender a fisiologia. 
SEROTONINA: 
A 5-HT é sintetizada em duas etapas, a partir do aminoácido essencial triptofano, transportado ativamente até o cérebro. 
• Lembrando que as concentrações do triptofano no cérebro são influenciadas não só por suas concentrações plasmáticas, 
mas também pelas concentrações plasmáticas de outros aminoácidos que competem pelo transportador de captação no 
cérebro. 
• A concentração de triptofano no cérebro é que influencia a síntese de 5-TH. 
Roberto: O chocolate é rico em triptofano. Esse triptofano entra no neurônio, onde será transformado em serotonina através da 
triptofano hidroxilase. Ela vai converter o triptofano em 5-ht, que é a serotonina. O triptofano potencializa a secreção de 
melatonina pois acelerará a síntese de serotonina, hormônio neurotransmissor precursor da melatonina (hormônio do sono). 
• Por isso que pessoas com deficiência de serotonina dormem muito mal, pois não produzem melatonina. 
Triptofano > Serotonina (5-TH) > Melatonina 
A serotonina pode se ligar ao receptor serotoninérgico (5HT1a) no neurônio pós-sináptico, gerando um impulso nervoso, a 
sensação de felicidade. 
A 5-TH vai ter funções em diversas partes do corpo, como nas plaquetas, no sistema cardiovascular, no trato GI, no sistema nervoso 
central (sono, cognição, percepção sensorial, atividade motora, regulação da temperatura, nocicepção, humor, apetite, 
comportamento sexual e a secreção hormonal). 
DOPAMINA: 
A tirosina entra no neurônio onde será convertida em levodopa (L-dopa), através da tirosina hidroxilase. Depois disso, ela vai ser 
convertida em dopamina pela dopamina descarboxilase. Essa dopamina sofre ação da noradrenalina descarboxilase, originando 
a noradrenalina. 
Tirosina > L-dopa > Dopamina > Noradrenalina 
• A conversão de tirosina em L-DOPA é o passo limitante da síntese da dopamina. 
• Perceba que a noradrenalina vai ser sintetizada pela mesma via da dopamina! Existem outras vias, mas essa é a principal. 
Logo, se houver uma baixa produção de dopamina, vou ter uma baixa produção de noradrenalina! 
• Obs: A tirosina vem da fenilalanina! 
• Diferentemente da dopamina, a L-DOPA facilmente atravessa a barreira hematoencefálica e é convertida em dopamina 
no cérebro. 
 
4 Lucas Dominguez 2020.2 – Terceiro Semestre - Medfacs 
• Ao contrário do triptofano, os níveis cerebrais de tirosina são tipicamente saturantes 
Principal receptor da dopamina no sistema límbico: D1. Principal receptor da noradrenalina: alfa 1. 
Está relacionada com impulsos de prazeres afetivos e com impulsos de recompensa. 
Deficiência de dopamina em uma determinada área do SNC: Depressão (maníaco depressivo -> vai ter uma falta no sistema 
límbico, mas um excesso de dopamina no córtex frontal, fazendo com que se desenvolvam manias específicas). 
• Mania é diferente de TOC -> Mania está mais associada a coisas sensoriais (escutar coisas, ver coisas, etc -> vai 
potencializar essas coisas). 
Deficiência de noradrenalina em uma determinada área do SNC: Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) + Depressão! 
• Tem um comportamento repetitivo! 
Parkinson: Deficiência de dopamina (dopamina tem forte relação com essa parte motora). 
A Cocaína vai inibir a recaptação de dopamina, trazendo a sensação de felicidade. 
• Mas, ao longo do tempo esse excesso de dopamina na fenda sináptica faz com que o corpo diminua sua própria produção 
-> Vai aumentando o uso da droga até o ponto em que a produção da enzima que origina a dopamina é cessada. 
• Se tirar de vez o composto que estava mantendo a alta concentração da dopamina na fenda sináptica, vai ter um efeito 
rebote -> Crise de Abstinência! 
DEGRADAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES 
Depois que se ligam aos seus receptores, vão ter seus efeitos e vão se desligar. Com isso, vão ser recaptados por transportadores 
distintos -> A degradação vai ocorrer após essa recaptação, através da monaminaoxidase (MAO), presente no neurônio pré-
sináptico. 
FÁRMACOS: 
Antidepressivos Tricíclicos: Vão bloquear tanto a recaptação de serotonina quanto a de noradrenalina, mas em afinidades 
diferentes. 
• Amitriptilina: Vai bloquear com muito mais potência a recaptação de serotonina do que a de noradrenalina. Aumenta 
muito mais a serotonina na fenda sináptica. 
• Nortriptilina: Vai bloquear com muito mais potência a recaptação de noradrenalina do que a de serotonina. Aumenta 
muito mais a noradrenalina na fenda sináptica. 
Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina: 
• Fluoxetina: Vai haver uma inibição seletiva da recaptação da serotonina, ou seja, só vai aumentar ela! 
Inibidores de Serotonina e Noradrenalina: Vai inibir em igual intensidade. 
• Venlafaxina: Vai haver a mesma intensidade no bloqueio da recaptação. 
Obs: O aumento de noradrenalina no sistema nervoso periférico, vai acabar interferindo nos receptores B1 no coração, o que 
causa vasoconstrição -> Com isso, vai ocorrer um aumento, a longo prazo, da pressão arterial! 
- Por isso, é comum administrar esse fármaco associado a um betabloqueador! 
Inibidores da MAO: 
• Moclobemida: Vão bloquear a ação da MAO, fazendo com que os neurotransmissores não sejam degradados -> 
Aumentam a quantidade de todos os neurotransmissores. 
IMPORTANTE: Jamais associe um antidepressivos inibidores de recaptação com um inibidor MAO -> Pode ocorrer uma intoxicação 
por excesso de neurotransmissores (tempestades serotoninérgica/dopaminérgica/noradrenérgica), que é fatal! 
 
FÁRMACOS AGONISTAS DA ACETILCOLINA - PARASSIMPATICOMIMÉTICOS 
Relembrando: 
• Simpático: Neurotransmissor pré-ganglionar é a acetilcolina e o pós é a noradrenalina. 
• Parassimpático: Neurotransmissor pré e pós-ganglionar é a acetilcolina. 
• Quando uma via está estimulada a outra está inibida e vice-versa -> O que uma faz a outra desfaz! 
Os fármacos que vão atuar aqui vão mimetizar as os efeitos da acetilcolina. 
 
5 Lucas Dominguez 2020.2 – Terceiro Semestre - Medfacs 
Os principais receptores colinérgicos são os Receptores Muscarínicos e Nicotínicos. 
MUSCARÍNICOS: 
Todos os receptores muscarínicos conhecidos são receptores acoplados a proteína-G, que, por sua vez, se acopla a vários 
efetuadores celulares. 
Os 5 subtipos de receptores muscarínicos estão amplamente distribuídos no SNC e nos tecidos periféricos; a maioria das células 
expressa no mínimo dois subtipos. 
M1, M3 e M5: Causam hidrólise de polifosfoinositídeos e a mobilização de Ca2+ intracelular, como consequência da ativação da 
via PLC-G. 
M2 e M4: Inibem a adenililciclase e regulam canais iônicos específicos por meio da sua proteína Gi (sensível à toxina pertussis). 
Roberto: Basicamente, temos: 
• Receptores Ímpares: Quando a Ach se liga a ele, vai desencadear uma resposta de ATIVAÇÃO -> Ligado à Proteína Gs. 
• Receptores Pares: Quando a Ach se liga a ele, vai desencadear uma resposta de INIBIÇÃO -> Ligado à Proteína Gi. 
• Obs: Ficar atento nisso de quando for liberado no pré e no pós ganglionar! 
M1: Encontrado nos neurônios. 
M2: Encontrado principalmente no sistema cardiovascular -> Como tem função inibitória, vai diminuir a contratilidade cardíaca. 
Com isso, vai haver a bradicardia. 
• Com essa resposta inibitória no coração, vai haver o aumento de AMPk, que causa efluxo de potássio -> Coração 
negativado vai diminuir a contratilidade e a frequência cardíaca, diminuindo assim seu débito cardíaco! 
• M2 no vaso -> Vasodilatação. 
M3: Reveste a musculatura lisa, vísceras, glândulas. A grande maioria dos receptores muscarínicos são do tipo M3! 
• Vai estar na musculatura lisa bronquiolar, causando broncoconstrição. Logo, compostos que bloqueiam M3 ajudam na 
broncodilatação (tratamento de asma). 
• M3 no vaso -> Vasoconstrição. 
M4: Presente nos mastócitos e provavelmente no SNC. 
M5:Encontrado no SNC. 
NICOTÍNICOS: 
(Não achei no Goodman, então e vamos da aula de Roberto). 
São dois tipos de receptores nicotínicos, que vão ser classificados de acordo com sua localização. 
• Receptores Nicotínicos Neurais (NN). 
• Receptores Nicotínicos da Musculatura Esquelética (NM): A contração da musculatura esquelética normalmente é 
conferida pela ligação da acetilcolina a receptores nicotínicos! 
o Quando a Ach se liga a ele, permite a entrada de cálcio, gerando a contração! 
FÁRMACOS: 
RELEMBRANDO 
A acetilcolina, para ter sua ação efetora, precisa se ligar ao receptor na célula pós-sináptica. Em contrapartida, para evitar uma 
ativação exacerbada, ela também precisa se desligar -> Precisa ter um mecanismo de regulação! 
Esse mecanismo vai se dar através de uma enzima, que está próxima aos receptores colinérgicos -> A Acetilcolinesterase. 
Ela vai clivar a acetilcolina em colina e acetato -> A colina é recaptada pelo neurônio pré-sináptico, onde vai se associar à acetil-
CoA, por meio da acetil-CoA transferase, formando novamente a acetilcolina -> Há uma reciclagem da acetilcolina! 
Nos eritrócitos (hemácias) também tem essa enzima, mas seu nome vai ser butirilcolinesterase. 
Agonistas Diretos: 
São os compostos que imitam a acetilcolina -> Se liga diretamente ao receptor. 
 
 
6 Lucas Dominguez 2020.2 – Terceiro Semestre - Medfacs 
Pilocarpina: 
• Tem ação predominantemente muscarínica. 
• Vai ser mais resistente à acetilcolinesterase -> Ou seja, vai ter uma meia vida maior do que a acetilcolina. 
o Porém, ela não vai ser tão resistente a butirilcolinesterase -> Com isso, dá para ter uma regulação! 
o Lembrando que ser mais resistente não significa dizer que ela não vai ser degradada! 
• Por ser aminas terciárias, são facilmente absorvidas e podem atravessar a barreira hematoencefálica. 
• As glândulas sudoríparas são particularmente sensíveis a pilocarpina. 
• Vai ser interessante no tratamento do Glaucoma: 
o Ao se ligar aos receptores M3 da musculatura lisa do cristalino, ele vai gerar sua contração, fazendo com que 
haja a abertura das trabéculas, permitindo a drenagem do humor aquoso e reduzindo a pressão intraocular. 
• Vai ser muito usada no tratamento da Xerostomia -> Xerostomia é uma condição em que a contração da glândula salivar 
está inibida, fazendo com que haja pouca saliva na boca do indivíduo. 
Metacolina: Também vai ser um agonista direto, com boa resistência à acetilcolinesterase. 
• É administrada por inalação no diagnóstico de hiper-reatividade brônquica em pacientes que não têm asma clínica 
aparente. 
Agonistas Indiretos: 
Eles vão atuar na inibição da acetilcolinesterase, aumentando o tempo da acetilcolina na fenda sináptica. 
• Eles vão ser agonistas, pois aumentam a quantidade de acetilcolina, mas não vão se relacionar com os receptores de 
acetilcolina! 
Vão ser antagonistas da acetilcolinesterase -> São anticolinesterásicos! 
Fármacos: Fisostigmina, neostigmina, piridostigmina. 
Alguns inibidores podem estar presentes em materiais de quem trabalha com dedetização/pesticidas, etc. Por isso, alguns 
trabalhadores podem acabar tendo esses inibidores ligados de maneira irreversível -> Consequência: Excesso de acetilcolina nas 
fendas, causando vários efeitos colaterais. 
Miastenia Gravis: 
• Condição autoimune em que os linfócitos B passam a ser autorreativos, produzindo anticorpos específicos. 
• Esses anticorpos vão até a musculatura esquelética e se ligam aos receptores NM (nicotínicos), destruindo-os -> Isso 
impede que a acetilcolina se ligue a eles e consequentemente impede a contação da musculatura -> Paralisia gradual. 
o Vai atuar nos receptores muscarínicos também! 
• Enquanto ainda existem alguns receptores muscarínicos, pode-se inibir a acetilcolinesterase, para que a acetilcolina fique 
mais tempo ligadas aos seus receptores -> Trabalho feito pelos agonistas indiretos! 
• Além disso, temos que diminuir a resposta imune, através da utilização de corticoides. 
Alzheimer: 
• Vai haver a queda da acetilcolina no SNC. 
• Com isso, o uso desses medicamentos pode ajudar a aumentar a concentração de acetilcolina nas vias sinápticas 
encefálicas, melhorando a memória, por exemplo. 
 
 
FÁRMACOS ANTAGONISTAS DA ACETILCOLINA - SIMPATICOMIMÉTICOS 
Por outro lado, os fármacos que vão atuar no bloqueio da via parassimpática, vão acabar exacerbando a via simpática, sendo 
simpaticomiméticos. 
Intoxicação Colinérgica: Via parassimpática está exacerbada -> Ou estimula a simpática ou bloqueia a parassimpática -> não 
importa, ambas serão simpaticomiméticas! 
Eles vão ser utilizados justamente como antídotos para a intoxicação colinérgica! 
Os antagonistas muscarínicos evitam os efeitos da acetilcolina por meio do bloqueio da sua ligação aos receptores muscarínicos 
nas células neuroefetoras em junções parassimpáticas nos gânglios periféricos. 
Esses antagonistas vão acabar mexendo muito no sistema cardiovascular, levando a várias arritmias. 
 
7 Lucas Dominguez 2020.2 – Terceiro Semestre - Medfacs 
CLÁSSICOS OU NÃO DESPOLARIZANTES: 
Bloqueiam o receptor e impedem a ligação da acetilcolina. 
Atropina: 
• Antagoniza os receptores muscarínicos. 
• Muito utilizado na intoxicação colinérgica, pois possui um espectro de bloqueio muito maior. 
• Roberto: A atropina vai ter uma ação meio paradoxal, pois em determinada dose ela vai deprimir o SNC, mas quando vai 
aumentando ela vai excitar o SNC. 
• Doses pequenas vai reduzir as secreções salivares e brônquicas e a sudorese. 
• Com doses mais altas, as pupilas dilatam, a acomodação do cristalino à visão de perto fica inibida e os efeitos vagais do 
coração são bloqueados, resultando em aumento da frequência cardíaca. 
• Doses mais altas ainda antagonizam o controle parassimpático da bexiga e do TGI, inibindo a micção e reduzindo o tônus 
e a motilidade intestinais. 
• Doses ainda maiores são necessárias para inibir a motilidade gástrica e principalmente a secreção do estômago. 
• Em situações de choque cardiogênico (muita vasodilatação), pode dar a atropina para bloquear a via parassimpática e 
estimular a simpática, aumentando a frequência cardíaca do indivíduo. 
• OBS: Farmacocineticamente, a atropina tem uma ação mais rápida e mais potente que a escopolamina! 
Escopolamina (Buscopan): 
• Antagoniza os receptores muscarínicos, principalmente o M3, mas também o M1. 
• Causa SEMPRE diminuição da atividade do SNC. 
• Cólica: A Ach vai chegar no intestino e agir no receptor M3, estimulando sua contração e sua peristalse, causando a cólica. 
o O Buscopan vai justamente impedir essa ligação, reduzindo as contrações e aliviando a cólica! 
• Efeito Colateral do Buscopan: O corpo vai produzindo mais Ach por achar que não tem, fazendo com que seja necessário 
aumentar a dose -> Fica nesse ciclo de dependência até perder o efeito e a cólica sentida ao tirar o medicamento seja 
muito pior comparada ao início. 
Brometo de Tiotrópio e Brometo de Ipratrópio: 
• Também vão bloquear M3, mas a diferença é que vão bloquear principalmente a M3 do trato respiratório inferior. 
• Indivíduos que são asmáticos, precisa ter uma broncodilatação -> Esses medicamentes vão bloquear o M3, impedindo 
a broncoconstrição! 
• Estão presentes na bombinha de asma. 
Tubucurarina: 
• Vai ter uma maior afinidade por receptores nicotínicos musculares -> Lembrando que atuam na musculatura esquelética! 
• Esse princípio de antagonistas colinérgicos na musculatura esquelética é muito utilizada na anestesias! 
ANTAGONISTAS DESPOLARIZANTES: 
É um relaxante muscular, mas vai precisar ter uma despolarização (contração) antes -> Ação Bifásica! 
Succinilcolina: 
• Vai antagonizar os receptores nicotínicos -> Os NM. 
• Ela possui uma farmacodinâmica bifásica. 
• Num primeiro momento, ela vai se ligar ao receptor nicotínico -> Vai mimetizar a Ach, permitindo a entrada de cálcio e 
gerando a contração muscular. 
• Primeiro momento: Contração. 
• Entretanto, ela vai continuar ligadaa esse receptor nicotínico, fazendo com que quando o cálcio for embora, a acetilcolina 
não se ligue mais (seu sítio de ligação vai estar ocupado), impedindo assim uma nova contração. Então, ela fica ali 
bloqueando a possibilidade da acetilcolina se ligar ao receptor! 
• Segundo momento: Relaxamento.

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