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Sintomas Respiratórios: Manifestações pulmonares: Vias aéreas: tosse, expectoração e hemoptise Pleurais: dor torácica Funcionais: dispneia e cianose Outros sintomas: febere, astenia e emagrecimento. Tosse: · sintomas muito comum · Frequente causa de procura por atendimento médico · Intolerancia no trabalho e familiar · Impacto social negativo · Constrangimento público · Grande absenteísmo ao trabalho e escolar · Incontinência urinária · Prejuízo do sono Fisiopatologia: mecanismo de depuração para proteção das vias aéreas Sistema de defesa eficiente e integrado – movimento dos cílios da célula epitelial e muco – clearence mucociliar -- Tosse (alto reflexo) --voluntária ou involuntária. Benefícios: Eliminação das secreções das vias aéreas pelo aumento da pressão ositiva oleural, o que determina compressão das vias aéreas de pequeno calibre, produção de alta velocidade do fluxo nas vias aéreas. Proteção contra aspiração de alimentos, secreções e corpos estranhos. Mecanismos: · Fase nervosa · Face inspiratória · Fase compressiva · Fase explosiva Fase nervosa: · Estímulo dos receptores · Via aferente: impulsos trafegam pelo nervo vago (laringe, traqueia e brônquios) · Centro da tosse · Via eferente: utiliza nervo vago, frênico e intercostais · Vago: contração da musculatura da laringe, árvore traqueobrônquica – as tronando mais rígidas e de menor calibre o que proporciona maior velocidade e fluxo · Frênico: atua no diafragma · Intercostais: contração sucessiva da musculatura inspiratória e expiratória Fase Inspiratória: · Maior volume torácico e dilatação de brônquios Fase compressiva: · Fechamento da glote por cerca de 0,2 segundos · Ativação do diafragma e dos músculos da parede torácica e abdominal · Aumento da pressão intratorácica até 300 mmHg Fase explosiva: · Abertura súbita da glote com saída do ar em alta velocidade, podendo atingir fluxos de até 12 L/s, 900 Km/h, ocasionando o som característico da tosse Fase de relaxamento: · Relaxamento da musculatura e retorno das pressões aos níveis basais Causas de tosse: · Infecções agudas das vias aéreas · Rinossinusite alérgica · Asma e hiper-reatividade brônquica · Refluxo gastroesofagiano · Tosse por inibidores da enzima conversora de angiostensina (ECA) · Bronquite crônica · Bronquiectasia · Insuficiência cardíaca · Infecções pulmonares · Câncer de pulmão · Doenças intersticiais difusas Classificação da tosse: · Aguda: até 3 semanas · Subaguda: entre 03 e 08 semanas · Crônica: maior que oito semanas · Importante estabelecer com o paciente quando começou a tosse! Causas de tosse aguda em adultos: Mais frequentes: resfriado, rinite alérgica, sinusite, bronquite crônica, enfisema e inalação de irritantes Menos frequentes: asma, pneumonia, insuficiência cardíaca congestiva, tromboembolismo pulmonar, aspiração e abcesso pulmonar Causas crônicas de tosse: drenagem nasal posterior (sinusite), asma, refluxo gastroesofágico e bronquite crônica. Particularidades da tosse a serem investigadas para o diagnóstico etiológico: Características da tosse: produtiva, seca, irritativa, pigarro, paroxística, rouca, com estridor. Ritmo diário: matinal, noturna, piora com o decúbito. Época e condições de início: após entrar em cereches, após infecções, após exercícios, após mudanças de postura, durante a deglutição, após a exposição a alérgenos e irritantes. Tosse seca: · Coceira na garganta: faringite, traqueobronquite aguda · Predomínio noturno: RNS (rinosinusite) crônica · Em acessos, quando o paciente deita: DRGE (doença do refluxo gastroesofágico) · Noturna com ortopnéia: doença cardíaca · Pós exercício: asma, bronquite obstrutiva · Associada á otalgia: otite · Usuário de IECA (Inibidores da enzima conversiva da angiostensiana – remédio para pressão) Tosse produtiva: · Secreção mucoide: asma, traqueobronquite aguda, PNM viral · Secreção purulenta acastanhada ou amarelada: PNM pneumocócica · Secreção purulenta esverdeada: PNM klesiela · Secreção purulenta amarelada: tuberculose, PNM estafilocócia · Secreção sanguinolenta: tuberculose, neoplasia · Secreção fétida: abscesso, infecção por anaeróbio · Secreção espumosa, ‘rosada’: EAP Hemoptise: Quantidade variável de sangue que passa pela glote oriunda das vias aéreas e dos pulmões. · Classificação segundo o volume: · Pequena: menor que 30 ml/24h · Moderada: 30-200ml · Grave: maior que 200ml · Maciça: maior que 500ml/24h – ameaça a vida Causa frequentes: bronquiectasia (dilatação do brônquios), câncer de pulmão, tuberculose. Dor torácica: · Pariental/Muscular/costal · Nervosa: intercostal (ex: zoster), raízes nervosas · Torácica pleural e torácica mediastinal Dor torácica: origem respiratória · Origem principal: pleura parietal · Menor intensidade: traqueia, brônquios grossos e artérias pulmonares · Insensíveis: pleura visceral, brônquios intrapulmonares e parênquima pulmonar · Quando começou? · Como começou? · Aguda · Relacionada com algum evento? Intensidade? · Frequência? · Duração? · Fatores de melhora? Decúbito lateral? · Fatores de piora? Inspiração? · Sintomas associados? Tosse? Expectoração? Cor? Hemoptise? Dispneia? · Como evoluiu? · Como estava no momento em que procurou o médico? Dor torácica: Pleura Parietal · Somente pleura parietal apresenta inervação sensitiva – proveniente de nervos intercostais · Bem localizada · Apontada com os dedos · Picante, facada, pontada · Relacionada com os movimentos da respiração · Relacionada com tosse · Pouco relacionada com movimentos do tórax Dor torácica mediastinal: artéria pulmonar, traqueia, brônquios grossos · A dor torácica mediastinal é visceral · Tipo dolente e profunda · Mal definida · Geralmente referida na região retroesternal · Geralmente a mão está espalmada sobre o esterno · Exemplo de causas: traqueobronquite, tromboembolismo pulmonar (raramente irradia para dorso e não irradia para mandíbula ou braço/ distensão abrupta do vaso) Dispneia – Respiração difícil Sintoma ou sinal inespecífico, respiratória, não respiratória (cardiovascular, anemia, obesidade, condicionamento físico) e esforço Meanismos: · Aumento da demanda ventilatória: · Fisiológico: exercício, gravidez, altitude · Fisiopatológico: anemia, hipertireoidismo, insufciciencia pulmonar alvéolo capilar · Distúrbios ventilatórios: · Neuromuscular: doenças neurológicas por acometimento da musculatura da respiração · Restritivo: na fibrose pulmonar por aumentar a força elástica do pulmão, na cifoescoliose · Obstrutivo: asma pelo aumento da resistência das vias aéreas, doenças pulmonar obstrutiva crônica (enfisema/bronquite) Termiologias: · Eupneia: respiração normal · Dispneia paroxística noturna · Dispneia de esforço · Dispneia de repouso · Ortopneia · Bradipneia: diminuição anormal da frequência respiratória · Taquipneia: auemnto anormal da frequência respiratória e superficial · Hiperventilação: respiração profunda · Apneia: ausência de movimentos respiratórios · Psicogenica: “dispneia suspirosa” · Platipneia: dispneia na posição em pé e melhora deitado ex: pericardite aguda, cardiopatia congênita com shut direita-esquerda · Trepopneia: dispneia na posição lateral do pulmão doente ex: derrame pleural Elementos serem investigados na anamnese da dispneia: · Quando começou/início? · Como começou? · Modo de instalação · Qual o tipo? · Fatores desencadeantes · Fatores que melhoram · Número de crises e periodicidade · Sintomas associados? · Como evolui? Sintomas associados ou intensificados na evolução · Como está agora? Dispneia aguda: · Relacionada com agentes inalados – asma, alergia e ocupacionais · Com chiado no peito – asma, TEP e IVE · Relacionada com o decúbito ou esforço – cardíaca · Com dor torácica – pneumotórax, embolia pulmonar · Pós trauma de tórax – pneumotórax, hemotórax e fratura costal · Paroxística noturna – doença cardíaca Dispneia Crônica: · Relacionada com os esforço – doença cardíaca e obesidade · Progressividade, mesmo ao repouso – Doença pulmonar obstrutiva cronica ecardíaca · Com siblancia – asma mal tratada · Com sonolência, cansaço, fadiga – anemia crônica
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