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Orientação à atividade física O sedentarismo é o maior fator de risco modificável, por isso consideramos a AF uma das formas de tratamento para doenças crônicas (ex: DM, câncer, obesidade, hipertensão, doenças osteoarticulares e depressão). Definições: Atividade Física (AF): Qualquer movimento corporal que resultam no aumento do gasto energético. Exercício Físico (EF): Uma atividade física planejada, estruturada e repetitiva. O benefício para doenças crônicas é maior no EF. Para conferir proteção cardiovascular: é necessário exercício físico moderado 5x por no mínimo 150 min por semana. Ou de intensidade severa pode ser 2x na semana por no mínimo 75min por semana. Tipos de exercício físico: 1) Aeróbios: Trabalha vários grupos musculares ao mesmo tempo e de forma contínua e ritmada. Esse exercício é melhor para aptidão cardiovascular. 2) Treinamento resistivo: A principal atividade é a musculação, os grupos musculares podem ser trabalhados de maneira mais selecionada (específicos). Esse exercício é melhor para se trabalhar força, por isso é bom para diminuir risco de quedas em idosos. Os exercícios de flexibilidade também são importantes para amplitude de movimentos articulares, principalmente para os idosos. Esse tipo de atividade possibilita independência para atividades diárias. Sempre orientar em conjunto com os aeróbios e anaeróbios. Promoção da atividade física na APS: O indivíduo é considerado fisicamente inativo ou sedentário se praticar menos de 150 min de AF moderada ou menos de 70 min de AF vigorosa por semana. O laudo para liberação de AF muitas vezes é solicitado, principalmente para idosos. Por isso o médico da família precisa saber prescrever uma atividade física e que seja de acordo com a condição clínica do paciente. Devemos identificar a necessidade de uma avaliação mais aprofundada com exames laboratoriais e físico a depender do paciente, para minimizar os riscos de eventuais complicações da AF (ex: morte súbita, arritmias, anginas...) Durante a anamnese sempre questionar dor precordial, sincope, dispneia aos esforços, palpitações, histórias prévias de sopro cardíaco, se tem alguma doença crônica, exames alterados anteriores e questionar história familiar. Orientações específicas: A melhor atividade física para o hipertenso é a combinação entre exercícios físicos aeróbicos e de resistência. Mas para melhorar a pressão os aeróbicos são mais indicados. Nos diabéticos devemos ter alguns cuidados devido ao risco de hipoglicemia, glicemias em jejum acima de 300 e abaixo de 100 contraindica atividade física. Orientar para não fazer EF em jejum prolongado, o melhor momento para o EF é 30 min após a refeição e de preferência pela manhã para evitar hipoglicemia noturna. Para paciente com histórico familiar de risco: Exame físico detalhado, ECG com 12 derivações e o teste de esforço. O teste ergométrico é para homens > 40 anos e mulheres > 50 anos que tenham HAS, DM, tabagistas, hipercolesterolemia, IAM prévio. Crianças: O objetivo é evitar restrições desnecessárias de atividade física. Prescrição de EF: Devemos definir: - Frequência - Intensidade – Conseguimos avaliar pela frequência cardíaca. FC máx = 220 – idade. - Tipo (nadar, caminhar, lutar, dançar...) - Tempo Ex: proteção cardiovascular: Exercício físico moderado 5x na semana por no mínimo 30min dia. Sempre questionar se o paciente PODE fazer a AF (levar em consideração as limitações individuais, ex: dor articular, pé diabético, questões financeiras...)
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