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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina Parede Torácica e Mediastino Introdução O tórax, ou parede torácica, é a parte do tronco situada entre o pescoço e o abdome, a qual contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. É uma das regiões mais dinâmicas do corpo, que altera seu volume a cada movimento respiratório. O tórax é dividido em mediastino, que é uma cavidade central, e de cada lado estão as cavidades direita e esquerda. Esqueleto Torácico O esqueleto torácico forma uma caixa torácica, que protege as vísceras torácicas e alguns órgãos abdominais, resiste às pressões internas negativas geradas pela retração elástica dos pulmões e pelos movimentos inspiratórios e proporciona fixação para os membros superiores e músculos do abdome, dorso e os músculos da respiração. ➔ Costelas É formada pela região torácica de coluna vertebral, osso esterno e costelas. Existem três tipos de costelas, que podem ser classificadas em típicas e atípicas. As costelas verdadeiras, também chamadas de vertebrocostais, compreendem as costelas de 1 a 7 e são fixadas no esterno diretamente por suas cartilagens costais. As costelas falsas são a 8ª, 9ª e geralmente a 10ª costelas, também chamadas de vertebrocondrais, têm suas cartilagens unidas à cartilagem das costelas acima, ligando-se indiretamente ao esterno. As costelas flutuantes correspondem à 11ª, 12ª e, em alguns casos, a 10ª costela não têm conexão com o esterno, terminando na musculatura abdominal posterior, sendo chamadas de costelas livres ou vertebrais. ➔ Cartilagens e Espaços Intercostais As cartilagens costais prolongam as costelas anteriormente (em direção ao esterno) e contribuem para a elasticidade da parede torácica. Elas aumentam de comprimento da 1ª à 7ª, e depois diminui gradualmente. Além disso, as 7 primeiras costelas possuem fixação direta e independente ao esterno, enquanto da 8ª à 10ª se articulam com as cartilagens costais superiores a elas, formando uma margem costal. A 11ª e a 12ª cartilagens costais protegem as extremidades anteriores dessas costelas e não se fixam a nenhum osso ou cartilagem. E as cartilagens da 1ª à 10ª costelas fixam a parte anterior das costelas ao esterno, o que limita seu movimento,diferente da parte posterior, que é capaz de girar ao redor do eixo transversal da costela. Separando as costelas e as cartilagens costais, há os espaços intercostais, que são nomeados de acordo com a costela de sua margem superior. Existem 11 espaços intercostais e 11 músculos intercostais, assim, essas regiões abrigam músculos e membranas intercostais, e dois conjuntos (principal e colateral) de vasos sanguíneos e nervos intercostais, identificados pelo mesmo número atribuído ao espaço. Esses espaços intercostais se alargam mais durante a inspiração, e podem ser mais alargados por extensão e/ou flexão lateral da coluna torácica para o lado oposto. Abaixo da 12ª costela, não há mais costelas, e assim esse espaço é chamado de subcostal. Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina ➔ Vértebras Torácicas As vértebras torácicas compreendem as vértebras de T1 a T12, que podem ser agrupadas em vértebras típicas e atípicas. A maioria das vértebras é típica (T2-T9), ou seja, possuem corpo vertebral, arcos vertebrais e sete processos que servem para conexão com músculos e articulações. As faces articulares superiores das vértebras torácicas típicas dos processos articulares superiores são voltadas no sentido posterolateral, enquanto as faces articulares inferiores dos processos articulares inferiores têm sentido anteromedial. Os planos articulares bilaterais entre as faces articulares de vértebras torácicas adjacentes formam um arco com um eixo de rotação no corpo vertebral como centro, o que permite a realização de movimentos rotatórios que são limitados pela caixa torácica. Já as vértebras torácicas atípicas, que são T1, T10, T11 e T12, possuem fóveas costais inteiras no lugar de hemifóveas e algumas apresentam características específicas: ● T1: não possui hemifóveas superiores pois a vértebra C7 não possui hemifóveas para articular. Assim, T1 tem uma hemifóvea costal inferior típica e a 1ª costela articula-se apenas com T1 (e não T1 e C7). ● T10: tem apenas um par bilateral de fóveas costais interiras que ficam em parte no corpo e em parte no pedículo. ● T11 e T12: têm apenas um par de hemifóveas costais em seus pedículos. ➔ Esterno O esterno é um osso plano e alongado, situado na parte anterior e intermediária da caixa torácica, ficando sobre as vísceras do mediastino, como o coração, as protegendo. Este osso possui três partes - manúbrio, corpo e processo xifóide - que são unidas por sincondroses, articulações cartilagíneas que ossificam na meia-idade. O manúbrio é a parte mais espessa do esterno, cujo centro côncavo, chamado de incisura jugular (supraesternal) pode ser facilmente palpada. A incisura se aprofunda nas extremidades esternais (mediais) da clavícula e formam as articulações esternoclaviculares. O manúbrio se articula também com a 1ª costela (sincondrose da primeira costela) e com o corpo do esterno, com o qual forma o ângulo do esterno (sínfise manubrioesternal). O corpo do esterno é longo, estreito e mais fino que o manúbrio, situado na altura das vértebras. Sua largura varia de acordo com as incisuras costais, onde as costelas se articulam com o esterno. Em pessoas jovens, o corpo do esterno possui quatro esternebras, que são Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina estruturas primárias do esterno, que se articulam entre si por articulações cartilagíneas primárias (sincondroses esternais) e começam a fundir entre a puberdade e os 25 anos de idade. Em adultos, a superfície anterior possui três cristas transversais variáveis, que são as linhas de fusão das esternebras. O processo xifóide é a menor parte do esterno, localizado na fossa epigástrica (nível de T10), indicando o limite inferior da parte central da cavidade torácica (sínfise xifoesternal), além de servir de referência para o limite superior do fígado, centro tendíneo do diafragma e margem inferior do coração. O processo xifóide pode ser pontiagudo, rombo, bífido, curvo ou defletido para um dos lados. É cartilaginoso em jovens e ossifica por volta dos 40 anos, sendo que em pessoas idosas pode se fundir ao corpo do esterno na sínfise xifoesternal, onde forma o ângulo infraesternal da abertura inferior do tórax. Músculos Torácicos Os verdadeiros músculos da parede torácica são o m. serrátil posterior, m. levantadores das costelas, m. subcostais e m. transverso do tórax. No entanto, alguns músculos do abdome (anterolaterais – m. oblíquo externo e m. reto do abdome), dorso e pescoço (m. escalenos) inserem-se na caixa torácica, que são os músculos toracoapendiculares, os quais se estendem até os membros superiores. Além disso, o tórax também conta com os músculos intercostais, os quais também participam dos movimentos respiratórios. ➔Músculos Toracoapendiculares Os músculos toracoapendiculares que cobrem a caixa torácica formam o leito da mama, ficando situados na parede torácica e por isso podem ser considerados dessa parte, mas funcionalmente são músculos dos membros superiores, recebendo a inervação correspondente a esses membros. Os músculos toracoapendiculares incluem os músculos peitorais maior e menor, m. serrátil anterior, m. trapézio, m. latíssimo do dorso, entre outros, e alguns deles, como os músculos peitoral maior e menor e a parte inferior do serrátil anterior atuam como músculos acessórios da respiração, ajudando a elevar as costelas para expandir a caixa torácica na inspiração forçada. Os músculos levantadores das costelas são 12 músculos em formato de leque que elevam as costelas, mas que parece ter pouca contribuição na inspiração normal, acreditando-se que seu papel seja relacionado ao movimento vertebral e/ou na propriocepção. Os músculos subcostais apresentam formas e tamanho variáveis, sendo normalmente mais desenvolvidos na parede inferior do tórax. Esses músculos se estendem da superfície internado ângulo da costela até a superfície Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina interna da segunda ou terceira costela inferior a ela. Assim, os músculos intercostais cruzam um ou dois espaços intercostais e se unem aos músculos intercostais internos, seguindo a mesma direção que eles. Os músculos transversos do tórax possuem quatro ou cinco alças em sentido súperolateral, saindo da parte inferior do esterno. A parte inferior desses músculos é contínua com os músculos transversos do abdome, e parecem ter uma função expiratória fraca, além de fornecer informações proprioceptivas. ➔Músculos Intercostais Sobre os músculos intercostais, como já mencionado, ocupam os espaços intercostais, sendo divididos em intercostais externos, que cobrem a superfície, intercostais internos, que revestem a camada interna, e intercostais íntimos, que são fibras mais profundas dos intercostais internos. Além dos músculos citados, a cavidade torácica apresenta ainda o músculo diafragma, que a separa da cavidade abdominal. O diafragma controla o volume e a pressão interna da cavidade torácica, constituindo a base da respiração. Durante a inspiração, o diafragma se contrai e desce, com isso as costelas sobem, aumentando o volume da caixa torácica (reduzindo a pressão intratorácica) e forçando o ar a entrar nos pulmões. Na expiração, o diafragma relaxa, reduzindo o volume e aumentando a pressão intratorácica, expelindo o ar. O diafragma é o principal músculo da inspiração. Inervação da Parede Torácica A parede torácica é inervada por 12 pares de nervos espinais torácicos, os quais se dividem em ramos primários anterior e posterior. Assim, os ramos anteriores dos nervos T1 a T11 formam os nervos intercostais, enquanto o ramo anterior de T12 forma o nervo subcostal, que segue inferiormente à 12ª costela. Os ramos posteriores dos nervos espinais torácicos são laterais aos processos articulares das vértebras torácicas, e suprem as articulações, músculos profundos e a pele do dorso do tórax. Os nervos intercostais podem ser divididos em típicos e atípicos. Os nervos intercostais típicos (3º ao 6º nervos) possuem ramos: comunicantes, colaterais, cutâneos laterais, cutâneos anteriores e musculares, que basicamente se diferem em sua origem e/ ou função. Já os nervos intercostais atípicos apresentam algumas características específicas: ● O ramo anterior de T1 se divide em grande parte superior e uma parte inferior pequena. A parte superior se une ao plexo braquial, enquanto a parte inferior se torna o 1º nervo intercostal. ● O 1º nervo intercostal não tem ramo cutâneo anterior e muitas vezes também não tem o ramo cutâneo lateral. ● O 2º (e às vezes o 3º nervo intercostal) origina um grande ramo cutâneo lateral chamado de nervo intercostobraquial. ● Os 7º-11º nervos intercostais, nas suas porções fora do espaço intercostal, formam os nervos toracoabdominais. A maioria dos nervos de T2 a T12 supre um dermátomo do tronco. O grupo de músculos supridos pelos ramos posterior e anterior de cada par de nervos torácicos constitui um Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina miótomo. Assim, os miótomos dos nervos T2 a T11 incluem os músculos intercostal, subcostal, transverso do tórax, levantador da costela e serrátil posterior associados ao espaço intercostal, que inclui o nervo intercostal, além de uma parte dos músculos profundos do dorso. Irrigação Arterial Torácica As artérias que irrigam a parede torácica se originam da aorta (parte torácica), subclávia e artéria axilar e, normalmente, a distribuição dos vasos dessa região seguem os espaços intercostais, paralelamente às costelas. A parte torácica da aorta origina as artérias intercostais posteriores e subcostais, a artéria subclávia dá origem às artérias torácica interna e intercostal suprema e a artéria axilar origina a artéria torácica superior e a artéria torácica lateral. Drenagem Venosa Torácica As veias intercostais acompanham as artérias e nervos intercostais e estão em posição superior nos sulcos das costelas. Há 11 veias intercostais posteriores e uma veia subcostal de cada lado. As veias intercostais posteriores se unem às veias intercostais anteriores, tributárias das veias torácicas internas, que por sua vez Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina acompanham as artérias torácicas internas. À medida que se aproximam da coluna vertebral, as veias intercostais posteriores recebem um afluente posterior, que acompanha o ramo posterior do nervo espinal daquele nível, e uma veia intervertebral, que drena os plexos venosos vertebrais associados à coluna. A maioria das veias intercostais posteriores termina no sistema venoso ázigo/hemiázigo, que desemboca na veia cava superior (VCS). A veia intercostal superior direita é tipicamente a última tributária da veia ázigo, antes de sua entrada na VCS, mas a veia intercostal superior esquerda drena para a veia braquiocefálica esquerda. A veia braquiocefálica esquerda também recebe, junto com a veia braquiocefálica direita o sangue das veias intercostais posteriores do 1º espaço intercostal. Mediastino O mediastino compreende a cavidade central do tórax, que separa as cavidades pulmonares direita e esquerda, e se estende do esterno e cartilagens costais à coluna vertebral, e da raiz do pescoço ao diafragma, horizontalmente. Esse compartimento cerca todas vísceras torácicas, exceto os pulmões e pleuras, e por isso sofre com as alterações dinâmicas do coração e esôfago, por exemplo. Além do coração e esôfago, o mediastino também engloba as partes torácicas dos grandes vasos, traqueia e timo. O mediastino pode ser dividido em superior e inferior, cujo limite é determinado por uma linha imaginária que passa pelo ângulo esternal e margem inferior do disco IV de T4 e T5 (plano transverso do tórax). Por fim, o mediastino inferior, que fica entre o plano transverso do tórax e diafragma, pode ser dividido em anterior, médio e posterior pelo pericárdio. O pericárdio, o coração e as raízes dos grandes vasos formam o mediastino médio. O mediastino superior contém o timo, os grandes vasos, e a continuação inferior das vísceras cervicais (traqueia e esôfago), ducto torácico e troncos linfáticos, bem como os vasos e nervos que suprem as estruturas dessa região. Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina A prinicipal invervação do mediastino superior vem dos nervos vagos, que saem do crânio e descem no pescoço posterolateralmente às artérias carótidas comuns. O nervo vago direito (NVD) dá origem ao nervo laríngeo recorrente direito. Próximo à raiz do pulmão direito, divide-se em ramos para o plexo pulmonar direito. Geralmente, o NVD deixa essa plexo como um único nervo e segue até esôfago, onde se divide e envia fibras par o plexo esofágico. O NVD também origina ramos que suprem o plexo cardíaco. O nervo vago esquerdo (NVE) desce no pescoço e segue posterolateralmente à artéra carótida comum esquerda. É separado lateralmente do nervo frênico pela veia intercostal superior esquerda. O NVE emite o nervo laríngeo recorrente esquerdo e próximo à raiz do pulmão esquerdo, divide-se em ramos que contribuem para o plexo pulmonar esquerdo. O NVE emite ramos que se juntam às fibras dos NVD no plexo esofágico. Os nervos frênicos suprem o diafragma com fibras motoras e sensitivas. Também enviam fibras sensitivas para o pericárdio e a parte mediastinal da pleura parietal. – a posição dos nervos frênicos anterior às raízes dos pulmões é importante para diferenciá-los dos nervos vagos, que seguem posteriormente às raízes dos pulmões. ➔ Grandes Vasos Compreendem as veias braquiocefálicas e veia cava superior (VCS); o arco da aorta, com as raízes de seus principais ramos – tronco braquiocefélico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia; e os nervos relacionados – vago, frênico e nervos do plexo cardíaco. A união das veias jugular interna e subclávia formam as veias braquicefálicas direita e esquerda, posteriormente às articulações esternoclaviculares, que por sua vez formam a VCS. O comprimento da veia braquicefálicadireita é maior que da esquerda, porque essa passa do lado esquerdo para o direito, anteriormente às raízes dos três principais ramos do arco da aorta. As veias braquicefálicas conduzem o sangue da cabeça, pescoço e membros superiores para o átrio direito. A VCS conduz o sangue de todas as estruturas superiores ao diafragma, exceto dos pulmões e do coração. Situa-se ao lado direito do mediastino superior, terminando no nível da 3ª cartilagem costal, quando entra no átrio direito. Os ramos da parte ascendente da aorta são as artérias coronárias, originadas no seio da aorta. O arco da aorta é a continuação de sua parte ascendente, cuja terminação forma a parte torácica (descendente) da aorta. O tronco braquiocefálico é o maior ramo do arco da aorta, que se divide nas artérias carótidas comum direita e subclávia direita. O mediastino inferior compreende a parte torácica da aorta, o ducto torácico e os troncos linfáticos, esôfago, além dos vasos , linfonodos e nervos da região. O pericárdio, como já mencionado, subdivide essa cavidade em partes anterior, média e posterior, sendo a parte média formado pelo pericárdio e seu conteúdo. Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina O mediastino anterior é a menor das partes do mediastino inferior, situada entre o esterno e os músculos transverso do tórax e o pericárdio posteriormente. Esse compartimento é limitado pelo diafragma, sendo formado por tecido conjuntivo frouxo, gordura, vasos linfáticos, alguns linfonodos e ramos dos vasos torácicos internos. O pericárdio, que forma o mediastino médio, é uma membrana fibrosserosa que reveste o coração e as raízes dos grandes vasos (parte ascendente da aorta, tronco pulmonar e VCS). Ele é formado por duas camadas, uma fibrosa (externa), que possui uma lâmina parietal e outra visceral, e uma camada serosa, formado basicamente por mesotélio e que reveste a superficie interna do pericardio fibroso e superfíice externa do coração. O pericárdio fibroso é contínuo com o centro tendíneo do diafragma e com a túnica adventícia dos grandes vasos. O pericárdio é suprido principalmente pela artéria pericardicofrênica e sua drenagem venosa é feita pelas veias pericardicofrênicas e algumas tributárias do sistema ázigo. O mediastino posterior por sua vez, compreende a parte torácica da aorta, o ducto torácico e os troncos linfáticos, o esôfago e outras estruturas adjacentes. A parte torácica da aorta é a continuação do arco da aorta. É circundada pelo plexo aórtico torácico, uma rede nervosa autônoma. A parte torácica da aorta situa-se posteriormente à raiz do pulmão esquerdo, pericárdio e esôfago, e entra no abdome através do hiato aórtico no diafragma, onde se torna aorta abdominal. O ducto torácico, que ascende através do hiato aórtico no diafragma, é o maior canal linfático do corpo. Transporta a maior parte da linfa do corpo para o sistema venoso: dos membros inferiores, cavidades pélvica e abdominal, membro superior esquerdo e lado direito do tórax, cabeça e pescoço, ou seja, toda a linfa, exceto do quadrante superior direito. O sistema venoso ázigo, principal drenagem venosa do mediastino, fica situado de cada lado da coluna vertebral, drena as paredes do dorso e toracoabdominais e as vísceras do mediastino. A veia ázigo e sua principal tributária, a hemiázigo, geralmente têm origem em raízes da VCI e/ou veia renal, que se fundem com as veias lombares ascendentes. Sua inervação é feita pelos nervos frênicos, vagos e troncos simpáticos. A veia ázigo forma uma via colateral ente as VCS e VCI e drena sangue das paredes posteriores do tórax e abdome. Além das veias intercostais posteriores, a veia ázigo comunica-se com os plexos venosos vertebrais que drenam o dorso, as vértebras e as estruturas no canal vertebral. O mediastino posterior é inervado pelos nervos esplâncnicos torácicos inferiores (n. esplâncnicos maior, menor e imo), que são parte dos nervos esplâncnicos abdominopélvicos porque suprem as vísceras inferiores ao diafragma. São responsáveis pela inervação simpática da maioria das vísceras abdominais. https://www.passeidireto.com/perfil/luiz-felipe-ferreira/
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