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Direito Civil - OAB - 60 Apostilas - Curso R2 (3)

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professor: Dr. Marcel Leonardi
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL
Capítulo 2 Aula 1 
DAS PESSOAS FÍSICAS
Coordenação: Dr. Flávio Tartuce
01
Das Pessoas Físicas
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
Art. 1º. -Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. O que esse artigo diz é que toda pessoa 
física, ou pessoa natural, tem personalidade, que é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair 
obrigações. Considerando que a pessoa natural é o sujeito das relações jurídicas e a personalidade é a 
possibilidade de ser sujeito, ou seja, uma aptidão a ele reconhecida, toda pessoa é dotada de 
personalidade. 
O artigo 2º do Código Civil estabelece que: Art. 2º.-A personalidade civil da pessoa começa do nascimento 
com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Exige-se apenas o nascimento 
com vida para o início da personalidade civil da pessoa. Ou seja, ainda que o recém-nascido venha a falecer 
instantes depois, o fato de ter nascido com vida lhe assegura sua personalidade civil. Apesar disso, o Código 
Civil prevê que o nascituro, ou seja, aquele que ainda vai nascer, já tem seus direitos preservados, tais como 
o direito à vida, à filiação, à integridade física; a alimentos, a uma adequada assistência pré-natal, a ser 
reconhecido como filho, e assim por diante.
O artigo 3º do Código Civil regula a situação dos absolutamente incapazes. Ele tem a seguinte redação: Art. 
3º.- São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: os menores de dezesseis 
anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática 
desses atos; os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. A incapacidade é uma 
restrição legal ao exercício dos atos da vida civil. A capacidade é a regra e a incapacidade à exceção. A 
incapacidade absoluta consiste na proibição total do exercício de direitos pelo incapaz. Qualquer ato 
praticado por ele será considerado nulo. Isso quer dizer que os absolutamente incapazes têm direitos, 
porém, não podem exercer esses direitos diretamente, devendo ser representados.
Já o artigo 4º do Código Civil regula a situação dos relativamente incapazes. Ele diz o seguinte: Art. 4º-São 
incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos; os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o 
discernimento reduzido; os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; os pródigos. Parágrafo 
Único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. Assim, o artigo 4º estabelece uma 
incapacidade relativa. As pessoas mencionadas no artigo podem praticar, por si próprias, os atos da vida 
civil, desde que sejam assistidas por um representante, conforme o caso. Se o ato é praticado sem essa 
assistência, ele pode ser anulado pelo lesado, mas ele gera efeitos normalmente se essa providência não for 
tomada. Além disso, o representante pode confirmar os atos praticados pelo relativamente incapaz.
O artigo 5º do Código Civil estabelece que a menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a 
pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. A lei estabelece que a pessoa, ao completar 
dezoito anos, é absolutamente capaz para todos os atos da vida civil. Existe aqui uma presunção de que, 
pelas condições do mundo moderno, uma pessoa com dezoito anos já tem experiência e discernimento 
suficiente para praticar os atos da vida civil.
Aula 1
02
O artigo 6º do Código Civil trata do término da pessoa natural perante o direito. Ele diz o seguinte: Art. 6º.- A 
existência de pessoa natural termina com a morte, presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que 
a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. O artigo prevê, portanto, duas situações: a morte real e a 
morte presumida. A morte real encerra a personalidade jurídica da pessoa natural. No momento do 
falecimento, ela deixa de ser sujeito de direitos e obrigações. A morte ocasiona a dissolução do vínculo 
conjugal e do regime matrimonial, a extinção do poder familiar, o fim dos contratos personalíssimos, tais 
como o mandato, a extinção do usufruto, entre outros exemplos. A morte presumida pela lei ocorre após a 
decretação judicial da ausência de uma pessoa. 
O artigo 7º diz que pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I) se for 
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II) se alguém, desaparecido em 
campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo Único. 
A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as 
buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Isso significa que é 
admitida a declaração judicial de morte presumida, sem a decretação anterior de ausência, em casos 
excepcionais, e somente depois que forem esgotadas todas as buscas e averiguações possíveis. 
A lei também trata de uma situação especial, que é o falecimento de mais de uma pessoa ao mesmo tempo, 
na mesma ocasião. É a chamada comoriência, que está prevista no artigo 8o do Código Civil. Ele diz o 
seguinte: Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se 
algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Assim, a comoriência 
é a morte de duas ou mais pessoas na mesma ocasião e em razão do mesmo acontecimento. Sendo 
impossível saber quem faleceu antes ou depois, presume-se que todos faleceram simultaneamente.
O artigo 9º do Código Civil prevê que devem ser registrados no registro público 1) os nascimentos, 
casamentos e óbitos; 2) a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; 3) a interdição por 
incapacidade absoluta ou relativa, e 4) a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. O 
registro desses acontecimentos é obrigatório para preservar direitos de terceiros. 
A lei também prevê a averbação de outros fatos importantes. Vamos ver o que diz o artigo 10 do Código 
Civil: Far-se-á averbação em registro público: 1) das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do 
casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; 2) dos atos 
judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação, e 3) dos atos judiciais ou extrajudiciais 
de adoção. A averbação é um ato específico que é feito normalmente no próprio registro de um fato 
relacionado. Assim, a averbação esclarece a respeito de modificações no estado de uma pessoa. 
Os direitos da personalidade sempre existiram no sistema jurídico brasileiro. O Código Civil de 2002 
menciona alguns princípios gerais a respeito desses direitos, sem, no entanto, enunciar quais são esses 
direitos, que são reconhecidos por todos os sistemas jurídicos modernos. A regra geral que o artigo 11 do 
Código Civil estabelece é a de que, com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são 
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
Personalidade é o conjunto de caracteres próprios da pessoa. Os direitos da personalidade são, portanto, os 
direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a vida, a integridade, a liberdade, a 
sociabilidade, a reputação ou honra, a imagem, a privacidade, a autoria, entre outros. São direitos 
subjetivos que valem "erga omnes", ou seja, contra todos, pois o titular tem o direito de exigir um 
comportamento negativo por parte de outras pessoas, inclusive através de ação judicial. Apesar de o Código 
Civil fazer referência a apenas três características, os direitos da personalidade têm as seguintes 
características: eles são a) inatos, pois existem desde que a pessoa nasce com vida; b) absolutos, pois não 
podem nunca ser relativizados; c) intransmissíveis, porque pertencem de modo indissolúvel ao próprio titular; 
d) indisponíveis, porque não se pode cedê-los a outras pessoas; e) irrenunciáveis, porque ninguém pode 
rejeitá-los; f) ilimitados, porque não admitem diminuição; g) imprescritíveis, valendo durante toda a vida da 
pessoa; h) impenhoráveis, já que, se é impossível cedê-los, eles também não podem ser utilizados como 
garantia; e, por fim, i) inexpropriáveis, não podendo ninguém removê-los de uma pessoa. 
O Código prevê ao titular dos direitos de personalidade a possibilidade de tutela desses direitos. Isso está 
previsto no artigo 12, que tem a seguinte redação: Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito 
da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo 
Único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge 
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. Assim, o juiz pode conceder 
uma medida de urgência para suspender os atos que ameacem ou desrespeitem a integridade física, 
psíquica, intelectual e moral da pessoa, que pode, também, se for o caso, mover ação de reparação dos 
danos que sofreu. Quando o lesado direto é alguém já falecido, a lei possibilita que os lesados indiretos, 
como por exemplo seus parentes, possam requerer as providências necessárias para fazer cessar a ofensa, 
bem como a reparação dos danos. 
O artigo 13 do Código Civil estabelece que salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do 
próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons 
costumes. Parágrafo Único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial. A lei proíbe que as pessoas cedam, em vida, partes de seu corpo para outras 
pessoas, se isso significar uma diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes, 
a não ser que isso seja feito por exigência médica. A redação do Parágrafo Único autoriza os transplantes, 
desde que seja observada a forma prevista na lei específica. Assim, é importante observar que é possível a 
doação voluntária de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo quando se trata de transplante ou 
tratamento de doença do receptor, mas a regra geral também se aplica, ou seja, não pode haver risco para a 
integridade física do doador, ou comprometimento de suas aptidões vitais e de sua saúde mental. A doação 
também não pode provocar deformação ou mutilação.
A situação é diferente, porém, quando se trata de doação de parte do corpo para depois do falecimento. O 
artigo 14 do Cödigo Civil prevê que é válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do 
próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, e o Parágrafo Único diz que o ato de disposição 
pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Aqui nós podemos observar que a lei trata de modo 
diferente a doação de partes do corpo. Enquanto a pessoa é viva, isso só pode ser feito por motivos de 
transplante; se a doação é ajustada para depois da morte, a pessoa pode doar todo o corpo ou apenas 
partes dele para para fins científicos ou de transplantes. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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É muito importante observar que isso só pode ser feito se o doador tiver manifestado sua vontade de dispor 
gratuitamente do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois de sua morte, com objetivo cientifico ou 
terapêutico. Se esse doador não manifestou sua vontade nesse sentido, a retirada de tecidos, órgãos e partes 
de seu corpo depois da morte dependerá de autorização de parente maior, da linha reta ou colateral até o 2º 
grau, ou do cônjuge, firmada em documento assinado por duas testemunhas. É importante destacar, 
também que o doador pode revogar a qualquer momento essa doação, se mudar de idéia, e seu desejo terá 
que ser observado quando de seu falecimento.
O Código também proíbe que alguém se submeta a um tratamento médico ou a uma cirurgia de modo 
forçado. É o que diz o artigo 15 do Código Civil, pelo qual ninguém pode ser constrangido a submeter-se, 
com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. Esse artigo estabelece o princípio da 
autonomia do paciente. Isso quer dizer que o profissional da saúde deve respeitar a vontade do paciente, ou 
de seu representante, caso o paciente seja incapaz. Existe aqui uma exigência de consentimento livre e 
informado do paciente. Ele precisará de informações detalhadas sobre seu estado de saúde e sobre o 
tratamento a ser seguido, para que tome uma decisão a respeito de qual terapia será utilizada. É um direito 
básico do paciente o de não ser constrangido a uma terapia ou uma cirurgia se há a possibilidade de ele 
falecer em razão disso. É importante observar, porém, que isso somente se aplica quando existe de fato um 
risco de vida ao paciente. 
O artigo 16 do Código Civil prevê que toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. Isto é assim porque o nome integra a própria personalidade de cada um, já que ele é o sinal 
exterior pelo qual cada pessoa é individualizada e reconhecida por sua família e pela sociedade. 
O artigo 17 do Código Civil estabelece um sistema de proteção ao nome. Ele diz o seguinte: O nome da 
pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao 
desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Isso significa que a pessoa tem autorização de usar seu próprio nome e de defendê-lo de qualquer abuso 
cometido por um terceiro que, em publicação ou representação, venha a expô-la ao desprezo público, 
mesmo que não haja intenção de difamar, por atingir sua boa reputação, moral e profissional, perante a 
coletividade. Isso é a defesa da honra objetiva, ou seja, daquilo que os outros pensam a nosso respeito. Em 
regra, a reparação por essa ofensa é pecuniária, mas é possível a restauração mediante desagravo.
O artigo 18 do Código Civil prevê que sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda 
comercial. Ou seja, é proibida a utilização de nome alheio em propaganda comercial sem autorização, 
porque o direito ao nome é um direito indisponível. O que se permite apenas é a utilização desse nome 
mediante consentimento do titular, em prol de algum interesse social ou mesmo de promoção de venda de 
algum produtoou serviço. Claro que, nestes casos, a permissão é concedida mediante o pagamento de uma 
remuneração. Os apelidos também têm proteção legal. O artigo 19 do Código Civil inclusive menciona que 
o pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Assim, a lei reconhece, 
através desse artigo, que o pseudônimo merece a mesma proteção que tem o nome. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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A proteção, além de estar mencionada de forma genérica no artigo 5º, Inciso X da Constituição Federal, a 
proteção da imagem está prevista no artigo 20 do Código Civil, que diz o seguinte: Salvo se autorizadas, ou 
se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização de imagem de uma pessoa poderão ser 
proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa 
fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. Assim, o artigo 20 protege o direito à 
imagem e os direitos conexos a ela. Direito à imagem é o direito de cada pessoa de não ter sua imagem 
exposta em público ou utilizada para fins comerciais sem o seu consentimento, bem como o de ter sua 
personalidade alterada de uma maneira que cause dano à sua reputação. Existem certas limitações ao 
direito à imagem, pois nem sempre é necessária a autorização da pessoa para a divulgação de sua imagem. 
Isso ocorre, por exemplo, quando: a) se tratar de pessoa famosa, ou que exerce um cargo público, que tem a 
sua imagem divulgada em razão de sua atividade; b) se for necessária a divulgação da imagem por questões 
de segurança pública, como por exemplo o retrato de criminosos procurados; c) quando a imagem da 
pessoa é apenas parte de um cenário, sem destaque para ela, como, por exemplo, quando são divulgadas 
notícias sobre um fato que ocorreu em determinado local, tais como um congresso, uma enchente, uma 
praia, um tumulto, um show, um desfile, e assim por diante, pois a intenção é divulgar o acontecimento e não 
a pessoa que integra a cena, d) quando se trata de uma identificação compulsória, ou imprescindível para 
algum ato de direito público ou privado. Quando há uma violação ao direito à imagem, o lesado pode 
pleitear a reparação pelo dano moral e patrimonial, além de outras medidas necessárias para fazer cessar a 
violação. Se houve violação à imagem de alguém já falecido, os lesados indiretos podem requerer essa 
reparação e outras medidas judiciais que forem necessárias.
Por fim, o artigo 21 do Código Civil trata da proteção da intimidade da pessoa, da seguinte forma: A vida 
privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências 
necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. Toda pessoa pode, portanto, impedir ou 
fazer cessar qualquer invasão em sua esfera íntima, usando para sua defesa a ação judicial competente, 
conforme o caso. É claro que figuras públicas estão sujeitas a uma maior invasão de privacidade do que uma 
pessoa comum, mas nem por isso são obrigados a tolerar uma situação que passe dos limites. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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