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Pérola Guimarães Doença de Alzheimer Pérola Guimarães Pérola Guimarães Definição É uma doença neurodegenerativa, que é caracterizada por uma síndrome demencial. Essa síndrome é o declínio cognitivo + o prejuízo de funcionalidade. Doenças neurodegenerativas são aquelas que causam a degeneração dos neurônios de forma irreversível. Essas células são fundamentais para o funcionamento do sistema nervoso. Em grande parte dessas doenças, se não houver intervenção, logo no início, e um tratamento adequado, o paciente poderá perder suas funções físicas, motoras, fisiológicas e até mesmo sua capacidade cognitiva, como por exemplo, na doença de Alzheimer O Alzheimer é uma patologia que pode ser classificada em maior ou menor grau, ou seja, existem pacientes portadores que estão em estado inicial e ainda não possuem comprometimento significativo da memória e das habilidades físicas, motoras e intelectuais. No entanto, existem casos em que o portador se encontra em um estado mais tardio, com quadro demencial por exemplo, onde, na maior parte do tempo não responde por ele e não tem controle. Além da perda da capacidade de resolver questões simples e coordenação motora, suas memórias oscilam, necessitando, assim, de cuidados especiais que demandam maior tempo de cuidado dos responsáveis. A doença não é um processo natural do envelhecimento, mas um transtorno mental caracterizado por uma atrofia cerebral, que apresenta configuração cerebral com sulcos corticais mais largos e ventrículos cerebrais maiores do que o esperado pelo processo normal de envelhecimento, demonstrado a partir de Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética Epidemiologia A causa mais comum de demência aumenta exponencialmente com a idade. Morbidade e mortalidade em idosos Formas esporádicas são maioria 5% são formas familiares, tendem a se apresentar numa idade mais jovem (menores que 65 anos) e geralmente estão relacionadas com mutações autossômicas dominantes. Fatores de Risco Portar o alelo APOE4 (A ApoE é uma proteína plasmática envolvida no transporte de colesterol e, provavelmente, no reparo neuronal, sendo codificada por um gene localizado no braço longo do cromossomo 19). A história familial positiva de demência é também considerada como um importante fator de risco para a DA. Quanto ao gênero, embora muitos estudos tenham demonstrado maior prevalência da DA na população feminina, a diferença pode ser explicada por maior incidência ou sobrevida mais longa nas mulheres acometidas pela DA. Dentre os possíveis fatores ambientais, além do baixo nível educacional, foram mais consistentemente associados à DA: hipercolesterolemia e hipertensão arterial sistólica na Pérola Guimarães meia-idade, diabetes melito, tabagismo atual, hiper-homocisteinemia, inatividades física e cognitiva, depressão, baixo suporte social, solteiros e trauma craniano. Neuropatologia Os principais achados neuropatológicos encontrados na DA são a perda neuronal e a degeneração sináptica intensas, com acúmulo e deposição no córtex cerebral de 2 lesões principais: placas senis ou neuríticas e emaranhados neurofibrilares. Quadro clínico Os idosos (ou seus familiares) constantemente se queixam, na avaliação médica, de piora do desempenho cognitivo com o envelhecimento. Os profissionais de saúde devem estar atentos, em todas as oportunidades, para identificar e avaliar a importância relativa das queixas ou dos sintomas detectados e, dessa forma, possibilitar a determinação do estado de acuidade mental atual do paciente, sempre considerando as variações individuais influenciadas, sobretudo, pela idade e pelo grau de escolaridade. Evidências de esquecimento aparente (p. ex., pacientes demasiadamente repetitivos durante a conversação, inobservantes quanto à marcação de consultas e frequentemente confusos quanto ao uso correto da medicação) e alterações psicológicas, de personalidade e no cuidado pessoal adequado podem ser as primeiras pistas para a detecção da deterioração cognitiva. Dificuldade em um ou mais domínios cognitivos. E o que são? Temos diversos! Mas o mais comumente da gente pensar é a memória, geralmente a memória episódica recente. Mas além da memória, temos a orientação temporo-espacial (a capacidade de você saber o dia, o ano, a hora, onde você está, etc); a linguagem (capacidade de se expressar e compreender); função executiva (ter a capacidade de planejar e executar uma ação); praxia (capacidade de ordenar nossos movimentos para fazer tarefas simples, por exemplo, pentear o cabelo); velocidade de pensamento (indivíduo com perda da cognição tem o pensamento mais lentificado); função visuoespacial (por meio da visão a gente se orienta no espaço). Depressão, apatia, irritabilidade Anosognosia: Indivíduo perde a capacidade de perceber que está com a memória prejudicada; ele não tem noção do que está acontecendo. Alterações comportamentais: Idoso vai ficando meio frontalizado (porque o nosso lobo frontal é o responsável pela cognição). O idoso também pode ficar irritado e com comportamento bem diferente do que era habitual para ele. Agitação psicomotora nas fases mais avançadas da doença Diagnóstico Alterações cognitivas, comportamentais e funcionais + Exclusão de outras causas Para o estabelecimento do diagnóstico da demência da DA, o primeiro passo é a confirmação da demência. Para tanto, é fundamental considerar os critérios propostos para esse diagnóstico e o diferencial com as demais condições clínicas, neurológicas e psiquiátricas que podem apresentar-se, de início, com quadro clínico semelhante às demências. Exames laboratoriais; Exames de líquor ; Tomografia ou Ressonância Pode usar a avaliação cognitiva: Mini exame do Estado Mental Pérola Guimarães Pérola Guimarães Tratamento Não farmacológico: -Contato social (não pode deixar o idoso sozinho o tempo todo em casa, ele precisa conversar e interagir). -Atividades produtivas -Exercício físico -Recreação Farmacológico: -Donepezila, galantamina, rivastigmina -Memantina Tratar os sintomas comportamentais: -Depressão, Alterações comportamentais e Alterações do sono Referências: FREITAS, Elizabete V.; PY, Ligia. Doença de Alzheimer. In: MACHADO, João Carlos Barbosa. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. p.605- 660. [Versão digital] CAETANO, Liandra Aparecida Orlando; SILVA, Felipe Santos da; SILVEIRA, Cláudia Alexandra Bolela. Alzheimer, sintomas e grupos: uma revisão integrativa. Vínculo, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 84-93, 2017. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- 24902017000200010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 01 out. 2021.
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